5.5.20

Podemos sempre muito mais!

maio 05, 2020 0 Comments

Quando achamos que já não podemos mais, ainda podemos mais um tanto!
Somos feitos de muita resiliência e de uma vontade que nos deixa a ter ainda vontade de mais e mais, mas para isso precisamos, diariamente, de saber o que fazemos aqui, porque se a busca não for nossa, as respostas nunca chegarão. Somos sempre corajosos quando estamos a "empurrar" alguém, mas tendemos a perder alguma da coragem de que já somos feitos, quando precisamos MESMO de nos empurrar, nem que seja porta fora (agora até que vamos sem reclamar).
Quando acharmos que o mundo conspira todo contra nós, é aí que temos que operar mudanças e passar para o nível seguinte, afinal a vida é mesmo um jogo e alguns dos elementos terão que ser aniquilados para que outros surjam e vençam.
Quando achamos que não temos recursos, a solução passa por procurar, nos outros, o que nos preencherá cada falha e nos impedirá de voltar a falhar!

4.5.20

O país que tem a língua do amor!

maio 04, 2020 2 Comments
A Itália é um dos países que me povoa os sonhos, agora então que a cria mais nova se encontra por lá, TUDO acabou mais activado. 


A Toscana é o meu lugar de eleição e mesmo que ainda não tenha totalmente compreendido o fascínio, mas já sei que pisarei aquele chão e respirarei os ares que envolverei nas cores que apenas ali existem. Aguardo serenamente pelo dia!




E lá voltamos nós!

maio 04, 2020 0 Comments

E lá voltamos nós, ao vai vem que nos confunde e não permite que saibamos quem somos, o que precisamos neste momento e ponto da vida, para que possamos olhar em conjunto. Quando não és tu a duvidar e a recuar, sou eu a julgar-te até pelo que não pensas, porque pensar é o que faço com demasiada agilidade. E lá voltamos nós a querer muito, dizendo e usando as palavras certas, as que o outro precisa de ouvir, mas a fazermos muito pouco. Parecemos duas pessoas em cada uma e demonstramos personalidades que não se encaixam em nenhum padrão. Falamos do que não aceitamos, mas acabamos a aceitar as nossas inseguranças, minando um amor que ainda apenas agora começou. E lá vamos nós, totalmente descrentes de alguém que nos possa enriquecer e devolver os sonhos. Continuamos fiéis à nossa bagagem e nunca a distanciamos demasiado. E lá vamos nós, sem saber o que fazer para que também o outro faça alguma coisa. Não damos o primeiro passo e culpamos quem nos culpa, porque já não sabemos ser nem fazer diferente. E lá vamos nós, a dizer que estamos bem assim e que o amor dá trabalho, quando o que quase nos afoga é o medo de voltar a amar, de forma simples e descomplicada, pelo menos no inicio. E lá vamos nós, sem nunca ir a lugar algum e permanecendo no que nos fixa a um chão que não queremos pisar...

3.5.20

O narrador nunca parece ser confiável!

maio 03, 2020 0 Comments

O narrador nunca parece ser confiável, não quando conta as histórias dos outros e lhes confere emoções e pensamentos que poderão nunca ter existido. O narrador da vida, dos que povoam as nossas vidas ou simples universo, tem um cunho muito próprio e pode até nem ser baseado em coisa alguma real, porque imaginar, sonhar e inventar é o que faz melhor.
Somos todos narradores da vida, mas uns escrevem e outros partilham discursos mais ou menos articulados. Por norma escolhemos os lados mais bonitos para impulsionar os outros, mas também existem os lados feios, os distorcidos, os que não melhoram nem promovem qualquer felicidade, mas ainda assim, usados até à exaustão.
O narrador sou eu e és tu, mas o que muda é e será sempre a forma como escolhemos olhar para a vida "oferecendo-a" depois aos outros.
Como é que narras a história da tua vida? Como escolhes ver a vida dos outros? Que pontuação estás a usar para poderes escrever algo que permaneça? Quando é que pensas verdadeiramente no que passas aos outros e que muito provavelmente ficará, para sempre, sem que mais nada possas fazer para reescrever uma única linha?

2.5.20

E quando chega o tão esperado telefonema?

maio 02, 2020 0 Comments

E quando chega o tão esperado telefonema, aquele que tem do outro lado a voz que tanta falta te fez, o que fazes?
Primeiro permites que a surpresa se instale e depois absorves cada som, ouvindo o que te diz quem já foi a pessoa mais importante da tua vida. Primeiro que tudo o resto sentes o coração bater como se fosse saltar para bem longe. Primeiro tentas colocar nos lábios o sorriso que passa o teu prazer. Primeiro pensas no que será diferente hoje, que dia especial estará a trazer de volta quem se ausentou por escolha. Primeiro respiras fundo, mas esqueces-te de deixar sair o ar...
- Olá pequenina.
Não me lembro de ter respondido. Não sei exactamente o que ouvi, mas lembro-me de me perguntar, sem palavras, porquê agora? Foram longos minutos que me pareceram horas, mas que não me revolviam as entranhas, nem permitiam que o prazer se voltasse a colar. Foram minutos a ouvir quem escolhera o silêncio, para me castigar; para mostrar a importância de que era feito; para estar em controlo.
- Não dizes nada? Gosto tanto do timbre da tua voz.
Continuo sem me lembrar do teor da conversa, certamente que foi envolta em muitas desculpas, mas de repente, do nada, lembro-me de me sentir rir, soltando gargalhadas, mesmo que sem som. De repente já não era prisioneira de nenhum amor unilateral. De repente tinha a minha vida de volta.
Não me lembro de que forma nos despedimos e o que terei dito exactamente para que o silêncio que tanto fizera questão de usar, agora se transformasse em suplicas. Não me lembro sequer se fui dura ou generosa na minha recusa. Não me lembro do que foi que tanto quis em alguém que nunca me soube querer, mas o que quer que tenha sido, deixou de me importar.

1.5.20

Quando a normalidade se instala e me reconheço!

maio 01, 2020 0 Comments

Deixo que a normalidade me toque e volto a ser eu outra vez. Escolho ver o mundo à minha maneira e reconheço-me em cada sorriso, até na forma como danço, porque sei, porque posso e porque me move muito mais do que o corpo. Percebo, todos os dias mais um pouco, o que não quero e o que nunca mais voltarei a permitir, sobretudo a mim quando pensar em fraquejar. Sei do que preciso para permanecer no trilho que já percorro e reencontro-me com a minha essência quando sou genuína, sem filtros, mesmo que permaneça a filtrar os que me olham. Já não disparo em todas as direcções, os alvos são totalmente visíveis e mais ninguém terá que carregar o que me pesa. Afasto os momentos menos azuis e agradeço a visão que se abre quando e enquanto estou no meu lugar seguro. Afasto os medos que não me fazem evoluir e subo mais uns quantos degraus, deixando para trás quem se recusa a acompanhar-me. Abro os braços e recebo o que irá durar o tempo que dura a minha determinação e ela cresce à velocidade da minha entrega.
Deixo que o amor me invada e aceito que alguns nunca saberão do que falo, até quando acharem que estão a ser amados. Deixo para trás o que há muito parou de estar aqui e foco-me no que já vislumbro. Deixo TUDO o que não me representa e passo a afirmar, com muito mais certezas, que sei exactamente quem sou.

30.4.20

O que me resta agora?

abril 30, 2020 0 Comments


O que me resta fazer do resto da minha vida sem ti parece ser muito pouco, e foi tanto o que planeámos...

Tinhamo-nos prometido mais lugares comuns e menos distâncias impostas. Tinhamo-nos visto a fazer o que antes adiáramos, por falta de tempo, por já não nos lembrarmos do sabor das coisas que sabem bem e por nos faltar vontade de ter vontade de alguém.

O melhor de mim não existia sem ti. Os sonhos apenas começavam se estivesses em cada um e terminá-los deixava-me vazia e sem foco. Os dias arrastavam-se enquanto não te ouvisse, mas ouvir-te nunca me bastava.

Não sei o que poderá restar de quem já não parecia ser o suficiente, até que finalmente chegaste, apenas para partir outra vez, mas deve ser pouco, muito pouco, porque já não sinto nada.