Como será que te vêem?
Por vezes sinto pena dos que ainda não me conhecem, porque poderiam levar TANTO mais do que aquilo que pedem!
Words can change the world
Por vezes sinto pena dos que ainda não me conhecem, porque poderiam levar TANTO mais do que aquilo que pedem!
Sabes que já atingiste o nível de evolução que te eleva verdadeiramente, quando estás tão tranquila por dentro, que o exterior dos outros, os seus medos e paragens ininterruptas já não te importam. Sabes que a tua quietude interior é demasiado preciosa para que a roubem a troco de nada. Sabes que o que aprendeste é fruto do empenho que os outros se recusam e por isso mesmo recusas-lhes mais cedências. Sabes que tens que parar de te repetir, porque não te ouvem, não te entendem e não pretendem mudar. Sabes ver quem antes era difuso e deixas de ver até os que aparentemente serão bem visíveis. Sabes, porque o sentiste, que as dores não se carregam para sempre, mas que o sorriso, esse sim, pode estar no canto da boca, aquela da qual já apenas sai o que deve ser dito. Sabes tanto sobre ti, que deixas de querer saber do que são feitos os que ainda nada sabem, mesmo que tudo lhes seja demonstrado, uma e outra vez. Sabes quem és e o que precisas para que vás precisando cada vez menos de te explicar. Sabes bem o que consegues quando te dispões a fazer acontecer e é assim que tudo vai acontecendo, no tempo certo, quando te faz mesmo falta e nem 1 segundo antes. Sabes que tens o coração pronto porque já nada do passado te ensombra e porque recebes o hoje com a serenidade que te carrega para um futuro cheio de sol.
Quando a vida passava de forma acelerada, sentia-me presa, sem saída, sem querer pensar demasiado e não tinha tempo para processar emoções profundas, nem sequer dores ou anseios, porque quem precisava de mim continuaria a precisar, para se alimentar, para os assuntos da escola e para os sentimentos ao rubro, é que mesmo perante o caos, as necessidades continuavam lá. Não tinha tempo, mas precisava de escapes, de saídas, de gritos com sons que não assustam e foi assim que a escrita chegou e me curou. Ser brutalmente honesta sabe-me pela vida. Escrever sobre o que sinto e outros também sentirão, retira algum do poder que a maldade usa para me tentar enfraquecer.
Quanto tempo precisarias mais para saberes quem sou? O que teria que fazer, para além de tudo o que fiz, para que parasses de me avaliar e apenas usufruísses do que te dei? Quem teria que ser para que conseguisses ser tu mesmo, sem mentiras e sem lugares que apenas existiram na minha mente? Onde foste buscar as forças para me usares e onde encontraste tanta coragem para me dizeres o que afinal até não sentias?
De repente deixaste de ser um assunto e nada do que te diga respeito me importa mais. Foste finalmente colocado na prateleira que te cabe por direito e mesmo que me tenha culpado, lá atrás, pelo muito que acabei por te dar, já não me dou o direito de voltar a reclamar. Sou sempre tão assertiva com tudo o que deve fazer parte de mim e das minhas rotinas, mas quando o amor me invade, deixo-me invadir por uma onda meio apalermada de fé no outro e na sua capacidade de me amar de volta e regra geral corre mal. Mas aprendi, felizmente, que ampliamos tudo aquilo no qual colocamos foco, para o bem e para o mal, assim sendo desfoco-me do que não me serve e uso lentes de aumentar para tudo o que quero mesmo ter e manter.
Podes ser feliz SIM, apesar da infelicidade generalizada, até porque a tua infelicidade não serviria a ninguém. Podes querer mais, de ti e dos outros que conheces e até dos que ainda esperas ver chegar, porque se subires a fasquia, vais receber aquilo que te acrescenta. Podes olhar para o mundo e ver apenas o lado bom, primeiro porque ele existe, e depois porque ao fazê-lo estarás a criar uma nova realidade, a que te serve. Podes escolher com cuidado as palavras que te mudarão por dentro, descartando as mais pequenas e com uma sonoridade que parte até espelhos e são tantos os que as usam. Podes dançar ao teu ritmo, com músicas diferentes, mas poderosas, porque se te movem e melhoram, são exactamente o que precisas. Podes tudo quando decides ter tudo e nada menos do que isso. Podes decidir quando e onde recomeçar, mesmo que os novos começos tenham sido recentes. Podes mudar o que não está certo, porque a mudança mantém-nos vivos. Podes confiar nos teus instintos e segui-los, porque apenas assim chegarás ao teu lugar. Começa já hoje!
Podes até levar uma vida inteira para criar uma imagem que se transforma na tua marca, com um cunho muito próprio e inimitável, mas quando o consegues, nunca mais aceitas imitações ou avaliações erradas. Sermos nós e sabendo que o estamos a ser em todos os momentos, dá uma trabalheira indecente, mas mal nos colamos o pensamento aos sentimentos, transformamo-nos para sempre.