15.10.20

Por vezes andar por aqui é MESMO difícil!

outubro 15, 2020 0 Comments



Por vezes escolhemos acreditar que se nos encolhermos um pedacinho, se cedermos espaço e tempo ao outro, eles conseguirá encaixar-nos no seu mundo, vendo-nos verdadeiramente. Grande parte das vezes espartilhamo-nos, corpo e alma, esperando que a espera eventualmente termine e possamos simplesmente começar a ser quem afinal somos. Na maioria das vezes desculpamos o indesculpável, achando que se o fizermos o outro mudará algo que já não nos impeça de mudar constantemente para que nos aceite. Não raras vezes, fingimos não ver o que escancaram, descaradamente, escudando-se na importância que acreditam ter, mesmo que lhes afirmemos que o mundo não gira em torno de ninguém, apenas do sol e esse sim é vital à nossa sobrevivência.

Por vezes andar por aqui é MESMO difícil!

14.10.20

O tempo passa...

outubro 14, 2020 0 Comments



O tempo passa e o amor com que me envolvo parece querer envolver, ainda mais, aqueles que amo verdadeiramente. O tempo que ficou lá atrás já me passa apenas sorrisos, porque escolho afastar os fantasmas que me sopravam os erros, as escolhas que deveriam ter sido feitas e os medos que pareciam tão reais. O tempo mostra-me que fiz EXACTAMENTE o que me cabia e da única forma possível. O tempo trás de volta os que estiveram sempre no meu tempo, muito antes de existirem e depois de perceber que teriam mesmo que ter chegado, de contrário não seria nem metade do que sinto hoje. O tempo deixa-me a dançar músicas de agora, mas que bem poderiam ter sido dançadas com quem tive. O tempo por vezes embrulha-se nas minhas noites, misturando a realidade que vivo com a quereria ter vivido antes, mas apenas para que durante o dia aceite que tudo o que tenho foi desejado por mim. O tempo acerta as horas, devolvendo a cada minuto a importância que terá para que já não me volte a atrasar. O tempo é este e está aqui, à espera que me acerte com ele e o viva de sorriso nos lábios. O tempo é e será sempre a minha maior arma de desenvolvimento!


Como será que te vêem?

outubro 14, 2020 0 Comments



Por vezes sinto pena dos que ainda não me conhecem, porque poderiam levar TANTO mais do que aquilo que pedem!

Nem sempre nos abrimos aos outros, até porque não teríamos como os deixar "entrar" a todos, mas vezes há em que os outros escolhem ver-nos pelo que são, usando uma espécie de viseira com cores difusas que lhes atrapalham e induzem em erro. Bastaria apenas que a removessem, no entanto a maioria nem sequer sabe que a carrega e continua a carregá-la, de forma enganosa, indefinidamente.
Por vezes sinto vontade de me explicar melhor, de mostrar o que tenho dentro e como sou capaz de sentir, intensamente quando me tocam, ou completamente alheada de tudo quando me desiludem, mas fico apenas por aí, pela vontade, porque a verdade é que não me cabe a mim querer mais.
Nem sempre esbarramos nas pessoas certas no nosso já longo percurso, mas a vida tem-me provado que todos são essenciais à nossa evolução.

12.10.20

Tens que saber quem és!

outubro 12, 2020 0 Comments

Sabes que já atingiste o nível de evolução que te eleva verdadeiramente, quando estás tão tranquila por dentro, que o exterior dos outros, os seus medos e paragens ininterruptas já não te importam. Sabes que a tua quietude interior é demasiado preciosa para que a roubem a troco de nada. Sabes que o que aprendeste é fruto do empenho que os outros se recusam e por isso mesmo recusas-lhes mais cedências. Sabes que tens que parar de te repetir, porque não te ouvem, não te entendem e não pretendem mudar. Sabes ver quem antes era difuso e deixas de ver até os que aparentemente serão bem visíveis. Sabes, porque o sentiste, que as dores não se carregam para sempre, mas que o sorriso, esse sim, pode estar no canto da boca, aquela da qual já apenas sai o que deve ser dito. Sabes tanto sobre ti, que deixas de querer saber do que são feitos os que ainda nada sabem, mesmo que tudo lhes seja demonstrado, uma e outra vez. Sabes quem és e o que precisas para que vás precisando cada vez menos de te explicar. Sabes bem o que consegues quando te dispões a fazer acontecer e é assim que tudo vai acontecendo, no tempo certo, quando te faz mesmo falta e nem 1 segundo antes. Sabes que tens o coração pronto porque já nada do passado te ensombra e porque recebes o hoje com a serenidade que te carrega para um futuro cheio de sol.

9.10.20

Os silêncios ainda te atormentam?

outubro 09, 2020 0 Comments




Quando a vida passava de forma acelerada, sentia-me presa, sem saída, sem querer pensar demasiado e não tinha tempo para processar emoções profundas, nem sequer dores ou anseios, porque quem precisava de mim continuaria a precisar, para se alimentar, para os assuntos da escola e para os sentimentos ao rubro, é que mesmo perante o caos, as necessidades continuavam lá. Não tinha tempo, mas precisava de escapes, de saídas, de gritos com sons que não assustam e foi assim que a escrita chegou e me curou. Ser brutalmente honesta sabe-me pela vida. Escrever sobre o que sinto e outros também sentirão, retira algum do poder que a maldade usa para me tentar enfraquecer.


" O silêncio é amigo de quem atormenta, não de quem é atormentado" - Elie Wiesel -

Temos que saber usar as palavras para mudarmos o que nos atormenta e não o contrário. Mas... e o mas existe sempre, não o podemos fazer de qualquer forma, achando que vale mais dizer algo disparatado, do que pensar, repensar, reconsiderar e ajustar. Nunca mais me permiti silêncios quando tinha que me falar, nem aos que precisavam de saber quem sou para me adicionarem às suas vidas, ou me retirarem para sempre. No entanto quando digo tudo o que me cabe, depois de tecer todas as considerações, acabo sempre por considerar que me devem uns quantos silêncios para que a paz regresse e é nessa altura que nunca mais volto a proferir qualquer palavra.

A vida já não passa de forma acelerada, agora tenho o tempo que o meu tempo precisa para que possa ser a pessoa que exijo aos outros. A vida já não precisa de me repetir que sou a minha pessoa mais importante, porque finalmente o entendi e é assim que me trato todos os dias.

8.10.20

Quem sou afinal, percebeste?

outubro 08, 2020 0 Comments



Quanto tempo precisarias mais para saberes quem sou? O que teria que fazer, para além de tudo o que fiz, para que parasses de me avaliar e apenas usufruísses do que te dei? Quem teria que ser para que conseguisses ser tu mesmo, sem mentiras e sem lugares que apenas existiram na minha mente? Onde foste buscar as forças para me usares e onde encontraste tanta coragem para me dizeres o que afinal até não sentias?

Nunca me conheceste. Nunca chegaste a saber quem era a mulher que acordava ao teu lado, dando-se sem te pedir nada apenas o tempo que desdobrava para que nos tivéssemos em pleno. Nunca percebeste o que te dizia, sem qualquer necessidade de legendas, porque me saía de dentro, era eu toda em cada vontade de te ter enquanto te queria tanto. Nunca saboreaste verdadeiramente a boca que cobrias de beijos, porque certamente não era a mim que beijavas. Nunca agradeceste pelo corpo que estremecia com o teu toque e eram tantos os que o poderiam ter tocado. Nunca confiaste o bastante para te soltares e seres o homem que imaginei, numa fantasia boa, mas apenas até acordar.
Quanto tempo gastas agora a recordar o que foi teu e desperdiçaste? Que partes dos dias que certamente serão bem mais pequenos, reservas à lembrança de quem nunca se esqueceu de ti? Que vontade te arrebata agora de me teres como era, tua, sem imposições nem cobranças? De que palavras ainda te lembras, de todas quantas te disse, sobretudo enquanto tentava que acreditasses que sem mim nunca serias feliz? Quantas vidas já gastaste por não quereres saber o que já sei? Quanto tempo levarás a curar-te do amor que nunca mais sentirás na pele, colado à tua alma e tão reservado para o teu coração? Quanto tempo leva o teu tempo a passar?

7.10.20

De repente regressei a mim...

outubro 07, 2020 0 Comments



De repente deixaste de ser um assunto e nada do que te diga respeito me importa mais. Foste finalmente colocado na prateleira que te cabe por direito e mesmo que me tenha culpado, lá atrás, pelo muito que acabei por te dar, já não me dou o direito de voltar a reclamar. Sou sempre tão assertiva com tudo o que deve fazer parte de mim e das minhas rotinas, mas quando o amor me invade, deixo-me invadir por uma onda meio apalermada de fé no outro e na sua capacidade de me amar de volta e regra geral corre mal. Mas aprendi, felizmente, que ampliamos tudo aquilo no qual colocamos foco, para o bem e para o mal, assim sendo desfoco-me do que não me serve e uso lentes de aumentar para tudo o que quero mesmo ter e manter.

De repente já sou capaz de me rir dos choros descompensados e dos desejos de encontrar a minha suposta metade, busca escusada, porque se sou inteira e valho por tudo o que construí, porque raio deveria querer metade de alguém? Já não me vendo por pouco e já não crio expectativas irrealistas, os outros são simplesmente o que carregam. Criar relações e buscar conexões exige que se queira MESMO ter alguém por perto, porque quando passamos a ter mais do que nós mesmos em espaços comuns, convém que saibamos como nos movimentar adequadamente, sem atropelos e sem demasiadas conceções, porque a terem que acontecer, algo estará claramente errado.

De repente sou apenas eu e já não me incomoda. Não esfriei, não desisti e certamente que não deixei de sentir, apenas reavaliei o peso que tenho na minha própria vida e ele aumentou substancialmente e felizmente não na proporção da massa gorda, essa já está em total consonância com a pessoa que me tornei e naquela que ainda serei lá mais para a frente.

De repente estou aqui e a viagem afinal nem foi assim tão atribulada!