21.6.21

Pede, recebe e permite!

junho 21, 2021 0 Comments



Tens que perceber de que forma pedir para receber, mas permitindo que chegue verdadeiramente!

Quando pedes já recebeste, é assim pelas leis do Universo, no mundo onde tudo são ondas, agora precisas de permitir que o pedido venha para o mundo material. Tens que fazer a tua parte.

Nem sempre me cruzo com quem já sabe exactamente o que precisa e deseja. Fico algo pasma com a incapacidade de apenas sonhar, sentir e saber esperar, pacientemente e continuando a viver o dia-a-dia, naturalmente e em paz.

Tens que parar de te parar e simplesmente acreditar, saboreando o prazer da criação e sentindo antecipadamente a felicidade que nos invadirá.


20.6.21

Para onde será que vou?

junho 20, 2021 0 Comments



Ainda não sei onde vou parar, mas já sei que preciso de partir, de deixar o que comecei acreditando que era o certo, mas percebendo que sou muito mais do que um lugar, por melhor que ele seja.

Fui permitindo que a vida escolhesse por mim, delegando-lhe a responsabilidade que me cabia por inteiro e não ficando, obviamente, contente com o que me chegava. Sou eu a condutora do meu destino e não posso, em nenhum momento, largar da mão o que me foi "oferecido". Devo, em todos os momentos, explicar-me bem e desejar ainda melhor cada figura, para que nunca restem dúvidas quanto ao que preciso de ter para poder finalmente ser.

Ainda não sei em que dia volto a respirar de alívio, sabendo que o que tanto pedi finalmente chegou e chegando eu a casa, porque a reconhecerei.

Permiti-me acreditar nas histórias que me contavam e acrescentei uns quantos pontos para a embelezar, mas a realidade apresentou-se mais dura e implacável, sobretudo para me acordar e forçar a reentrar no percurso certo. Perdi umas quantas noites de sonhos furados e muitos outros dias de projectos que nunca saíram do papel, mas acabei por sair do marasmo e concedi-me o direito de escolher, determinar e reajustar, agora só me resta parar de esperar e finalmente concretizar. Estou pronta!

Embora lá mudar de vida!

junho 20, 2021 0 Comments



Para mudar de vida, tenho que me tornar alguém diferente e novo. Já aprendi que apenas teremos o que formos e por isso aqui ando, nesta demanda de crescimento e melhoria interiores, tentando deixar de lado o alegado controlo e previsibilidade que me caracterizam. Dou comigo a ter laivos de espontaneidade e a saber-me bem não saber para onde vou, nem quando.

Fazer igual, sempre, não pode carregar resultados diferentes. Ser e pensar da mesma forma, tal como no passado do qual nos quisemos livrar, não nos livra dum presente mais carregado e eventualmente o futuro será muito idêntico.

Para ter novos horizontes, terei que conseguir ver para além da minha janela e estou mais do que determinada a escancará-la toda, considerando até sair por ela sem medo de me estatelar no chão. Para ir até onde já me visualizo há algum tempo, preciso de aprender a deixar o tempo correr, à sua velocidade, tentando apenas acompanhar.

Para mudar o lugar, os sentimentos, as pessoas e os momentos, toda eu terei que me adaptar e redireccionar o que antes era demasiado óbvio. 1ª etapa concluída!

18.6.21

A carta que nunca escrevi!

junho 18, 2021 0 Comments


Olá meu amor,

Tenho olhado, de forma circunspecta e quase alheada da realidade, para uma folha de papel vazia que tento em vão preencher. Tenho sentido que já nada me preenche, nem sequer a ideia do que fomos e tivemos. Tenho-me deixado ir, sem muita vontade de te arrumar, mas sabendo que terá que acontecer.

Foi sempre natural para os dois as trocas constantes de cartas. Adorávamos a espera, a abertura do envelope e o cheiro da tinta permanente. As respostas eram pensadas e tínhamo-nos prometido abordar tudo, não deixando nada por dizer e sentindo que apenas assim nos passaríamos de forma mais inteira. A escolha do papel timbrado com o nome, os desenhos de corações e a assinatura desenhada, tudo servia para que nos servíssemos melhor, mas não passámos muito delas.

Ainda não sei bem o que escrever, talvez porque não espere pela resposta, os teus silêncios há muito que se instalaram, tirando-me o chão que pisava com tanta confiança e certezas. Talvez acabe por não te enviar a que considero ser a última, muito provavelmente porque já nem a irias ler. 

Os momentos a dois terão que ser definidos por ambos e assim aconteceu até ao dia em que te consideraste mais importante e me deixaste de querer. Os planos só farão sentido se nos incluírem em cada etapa, mas a verdade é que o "nós" mudou e com a falta dele a tua ausência definitiva. O que desejamos só contará como importante se o outro nos tiver no desejo, de contrário não passará dum sonho e o acordar inevitável.

Ainda não sei o que vou escrever, mas de repente até isso deixou de ser importante, por isso a folha permanecerá assim, em branco, tal como o nosso final.

Adeus meu amor,

Eu

Suporto tudo contigo!

junho 18, 2021 0 Comments

Painting By Carmen Tyrrell 


Não há nada que não suporte, nem nenhuma dor que não carregue, se estiveres aí, sempre desse lado da minha vida. Tenho tudo o que preciso e por vezes até o paraíso, do formato que o crio, porque estás aí, onde de ti preciso.

As cores ficam mais vivas com o teu sorriso. O mundo gira mais devagar quando te moves, direitinha a mim, procurando o abraço que tenho reservado, segurando a tua cintura num aperto desmedido e antecipado, com medo de que me fujas e que já não te faça falta. O sol esconde-se quando te vais, mas desata a brilhar, ainda mais forte, quando surges no meu horizonte. A noite nunca me ensombra, nem me rouba as horas em que não te tenho, porque te reencontro nos sonhos e ao meu lado em cada novo acordar. 

Não existem dores que não suporte e até já as tive bem fortes, mas a tua voz serena resolve cada uma e os teus lábios doces recordam-me de que ao seres minha me manténs teu e juntos reviramos o mundo, conquistando todas as galáxias e escolhendo o melhor planeta para ficar.

Não há nada que não suporte, desde que o teu amor se mantenha e com ele bem firme a certeza de que reconheci mal te vi!

17.6.21

Não brinques com ninguém...

junho 17, 2021 0 Comments



Não brinques com as palavras que não souberes usar. Não roubes aos outros o protagonismo que desejas ter, achando que assim brilharás. Não te vistas com roupas bonitas se não puderes ser polido. Não atires ao vento o que acreditas poder ser e fazer, porque se existe verdade universal testada, é a de que tudo o que fazemos recebemos de volta.

Nem sempre os calados são fracos e nem todos os que gritam a plenos pulmões tudo o que julgam saber, sabem realmente algo que valha a pena. Nem sempre os risos são genuínos e por vezes alguns choros carregam uma felicidade que apenas assim poderão deixar correr. Nem sempre sabemos do que sabem os que têm uma alma velha, mas podemos olhá-los com atenção e quiçá aprender algo de valioso.

Não desvalorizes o que para os outros representa o único ouro que acumularam, ao invés usa a sensibilidade para reencontrares o bom-senso, sem nunca quereres que te vejam se te manténs cego. Não acredites em tudo o que vês, deixa margem para poderes acreditar no que não cabe nas mãos, mas certamente até falará ao coração. Não te deites sem reavaliares o dia que passou, agradecendo antecipadamente pelo que esperas ainda poder ver.

Não brinques com o que não souberes dizer sem margem para dúvidas e aceita que és apenas uma parte de muitas outras, sendo tão pequenino quanto te desejares incluir e tão grande quanto a generosidade que souberes estender.

16.6.21

Como responder ao desamor?

junho 16, 2021 0 Comments



Nunca parecem existir respostas suficientes às perguntas sobre o desamor. A sensação que nos fica é a de que o que quer que se explique acerca das poucas explicações que escolhem dar os que não amam, ou o fazem da forma errada, não conseguem convencer os outros. Não existem fórmulas mágicas, nem sequer manuais de comportamento amoroso, mas o bom-senso deveria bastar para que se parasse de infligir dor aos mais vulneráveis de forma gratuita.

Nunca parecemos estar preparados para os que nos irrompem coração dentro, mas que depois não sabem o que fazer dele. Chegam mal preparados, com teorias usadas vezes sem conta, mas que não funcionam e ainda assim vamos permitindo que se alojem e estraguem o que a pulso construímos, derrubando os muros que nos protegiam.

Nunca de deve fugir da vida, mas alguns dos caminhos escolhidos já têm demasiados sinais vermelhos e se insistirmos em os ignorar, acabaremos de cara esborrachada no chão e com o único orgão que nos alimenta feito em mil pedaços.

Nunca parecem existir dores suficientemente grandes que nos impeçam de continuar a tentar ser amados, compreendidos, vistos e admirados pelo que carregamos, talvez por isso regressemos sempre ao ponto de partida e nos preparemos para a corrida seguinte, na esperança de que seja a definitiva.