Ai a vida...
A vida esconde lugares tão obscuros e inatingíveis quanto o é a nossa mente e ela é feita de tudo o que soubemos filtrar, ou que absorvemos qual esponjas. Tudo o que não resolvemos, trabalhamos ou nos impedimos de falar, acaba eventualmente por escorrer alma fora, numa avalanche que arrasa tudo e todos à sua volta. A vida ensina-nos todas as lições que nos dispusermos a aprender, reavivando as que deixamos passar, por medo, preguiça mental ou falta de empenho. Não é madrasta, mas ao invés uma educadora firme e determinada e para que sejamos bem-sucedidos, teremos que passar com excelência a cada prova, nunca tentando saltar nenhuma, até porque jamais se distrai. A vida é a que nos cabe viver, de forma mais ou menos suave, contando que tenhamos lido correctamente as legendas e aprendido a interpretar os sinais. A vida é um constante vai-vém de pessoas que apenas atropelam, mas também das que nos trazem olhares renovados e nos permitem recuperar o fôlego. A vida és tu e sou eu, não tendo nenhum mais importância, ou sendo menos relevante.
Quando o sol nos invade pela manhã e elimina a escuridão da noite, passamos a ter mais uma oportunidade de fazer diferente e recuperar o que ficou apenas na mente, navegando pelos sonhos que teremos que fazer acontecer. Quando nos encostamos demasiado às esquinas vivas e nos perdemos no vitimismo, as forças escorrem-nos pelas veias e poderão bem levar-nos para sempre, deixando que sobre apenas o que já não serve. Quando o dia se anuncia, arregaçamos as mangas e vamos, porque eventualmente o que esperamos virá.
A vida nunca será estanque e por isso mesmo a "roda" continuará a rodar, assegura-te então de que o faz para o lado certo.