4.10.21

Ainda sentes medo?

outubro 04, 2021 0 Comments


É suposto deixarmos de ter medo à medida que amadurecemos, medo da vida, das escolhas, dos imprevistos e até do aparentemente simples. É suposto resistirmos de forma estoica aos revezes, deixando de recear o que não teremos forma de controlar, mas nem sempre somos bem-sucedidos, sobretudo pela nossa humanidade. "Não vás com medo, agiganta-te, mas se tiver que ser, vai com medo mesmo"!

Acredito que o que nos distingue será sempre a forma como reagimos ao que nos acontece. Acredito na capacidade inata de evolução e de melhoria constantes. Acredito na eterna renovação que nos cimenta as estruturas e que acaba por falar por nós, mostrando aos outros, de forma inequívoca, quem somos. Acredito na pessoa que me tornei e é por ela que luto diariamente.

Andar por aqui é uma aventura que só termina quando nos deixamos terminar, porque seremos sempre os condutores do nosso destino, se o tomarmos nas mãos. Andar por aqui é um constante vai-e-vem de pensamentos, acções, realizações e duros golpes. Andar por aqui é, inequivocamente, um ENORME privilégio.

Os medos de hoje já não os de ontem, também eles evoluíram, adaptando-se ao novo e aos desafios da humanidade. Os medos permanecem para que nos mantenhamos alertas, nunca facilitando demasiado e fugindo das bermas, não vá o pé resvalar. Os medos que já partilho com poucos vão servindo para que nunca troque as prioridades e mantenha a vontade de estar onde possa ser SEMPRE e APENAS EU

2.10.21

Nem sempre sei para onde olhar!

outubro 02, 2021 0 Comments



Nem sempre os dias são intensos e cheios de decisões que terei que tomar, fazendo escolhas que poderão, ou não, levar-me até onde preciso de estar. Nem sempre penso em ti a cada minuto, por vezes esqueço-me de quem passaste a ser quando entraste na minha vida, mas outras há em que te culpo do que não resultou no nosso "for ever after". Nem sempre sei o que dizer e é por isso que me calo, remetendo-me ao silêncio regenerador e impedindo o mundo de me cobrar. Nem sempre escolho bem o amor que me serviria, tal como deixo de entender os que passaram sem ter forma de ficar, mas que ainda assim tiveram algo para me ensinar. Nem sempre me esforço para voltar a incluir os que deixaram de me interessar, talvez porque já não me caiba mais cuidar e o meu tempo tenha, definitivamente passado a importar. Nem sempre sei onde estar quando não pareço estar em nenhum lugar, mas raramente duvido que ainda tenho muito para me acrescentar, por isso persisto, continuo e acabo por "chegar". Nem sempre peço ajuda, não para mim e nunca para o que me poderia melhorar, mas também sei que não desisto de me enquadrar e é assim que melhoro, por mim e para que tenha um dia o que contar. Nem sempre estiveste na minha sintonia, mas isso não me impediu de te amar e fi-lo até me forçar a parar, porque o amor exige que sejamos dois, remando para o mesmo lugar. Nem sempre soube como me dar melhor, mas já me prometi começar ao invés de apenas continuar a esperar.

30.9.21

Como tratas o teu coração?

setembro 30, 2021 0 Comments



Trata bem do teu coração, para que juntos encontrem o melhor caminho!

A verdade é que tenho cuidado pouco do meu, camuflando o que sente e relegando-o para segundo plano, porque considero que o pragmatismo me protege, no entanto ele está "aqui", comigo, o tempo todo e precisa de ser ouvido e entendido. Preciso de me afastar dos ruídos ensurdecedores que me tolhem o discernimento e mantêm acordada até quando julgo dormir. Tenho que saltar do muro alto e colocar-me à vista do resto do mundo. É urgente que me defina e que bata ao pé quanto ao onde, o como e ao quando, porque no final dos dias, serei apenas eu ao leme dum barco que não pretendo desgovernado.

O que preciso para me sentir em casa, sossegando a eterna vontade de me mover? Qual a direcção certa para acertar o relógio interior e simplesmente pertencer? Como recuperar a génese, devolvendo-me o início que afinal também tive?

Eu e o meu coração vamos ter que conversar seriamente sobre o que nos move, tentando chegar a um consenso e prometendo-nos o cuidado que apenas nós nos devemos.

28.9.21

Sabes o que andas a fazer?

setembro 28, 2021 0 Comments



O que andas a fazer com a tua vida, tomando-a por garantida e achando que serás, sempre, capaz de continuar a escolher e a decidir? Porque razão te contentas com o que não te define, fazendo o que os outros consideram ser o teu caminho certo? Até onde é que acreditas que irás se continuares adormecida, desviada do teu foco inicial e incapaz de te afirmares?

As nossas diferenças complementam-nos, ou deveriam, porque o meu tempo poderá nunca ser o teu e porque o que tivemos, fomos e vivemos, carregará especificidades muito próprias, mas ainda assim com um denominador comum e por isso nos vemos. As nossas semelhanças poderão até ser circunstanciais, mas seguramente que nos levarão a esbarrar um no outro, mais facilmente, por isso mesmo.

Onde te colocas quando percebes que temos todos um lugar e que por isso nos devemos fazer valer do que mais ninguém é, ou consegue produzir? De que forma planeias assumir a tua identidade, não permitindo que existam fugas, ou desvios que te desvirtuem? Para onde caminhas quando já não te sentes no lugar certo, ou de que forma reencontras o que já deveria ser o teu lugar?

Não abdiques do que te caracteriza, mesmo e até quando parecer que não te pareces com mais ninguém, é que ser único e diferente apenas promove a diversidade e é isso que torna o mundo mais colorido.

24.9.21

O homem certo será...?

setembro 24, 2021 0 Comments


A pergunta que me foi colocada, de forma bastante directa e quiçá até interessada, começou assim:

- O que precisavas que um homem tivesse?

- Bem, gostava para começar e se não for pedir muito, que tivesse 2 dedos de testa, mais especificamente, cérebro e que o usasse verdadeiramente. 

. Um homem que saiba quando usar o A com H e que não coloque os acentos ao contrário. Quem chegar até mim, terá que perceber que irá lidar com uma mulher de palavras, por consequência, será necessário o seu uso adequado. Seguramente que não me prenderá pela barriga, até porque não gosto de comer, mas já pelas palavras, o normal é que desate a fugir após a segunda frase mal conjugada;

. Um homem seguro, forte, determinado e resolvido e não, não estou com febres altas;

. Um homem tranquilo, mas suficientemente inquieto para continuar a querer viver em pleno, sem demasiadas lamechices e que não se queixe de tudo o que não tem e do nada que não procura; 

. Um romântico assumido, que goste de ver filmes a preto e branco, bem como comédias românticas, porque rir deixa-nos mais bonitos e apetecíveis; 

. Um homem de alma bonita, íntegro e consciente do lugar do outro, porque já terá encontrado o seu;

. Um homem de mente aberta, sem ganchos que o prendam ao passado e que tenha como viver neste presente, sabendo de que forma se adaptar, ao invés de o tentar, sem sucesso, boicotar;

. Um homem que respeite os meus humores, dando-me o espaço que preciso, porque o conquistei, mas que se saiba insinuar para que sinta vontade de o ter por perto mais vezes;

. Um homem que tenha bagagens leves e que pratique o desapego, agarrando-se apenas ao que for verdadeiramente importante e essencial;

Por este altura já me está a rebolar os olhos e a coçar de forma impaciente a cabeça - porque raio lhe fiz esta pergunta? Estou tramado.

- Bem , acho que referi o essencial, pelo menos o que me deixaria com vontade de saber e ter mais. Assustei-te?

Não respondeu, nem a esta, nem a mais nenhuma, porque desapareceu à velocidade do meu pensamento, mas a verdade é que a uma mulher é sempre permitido sonhar e vou continuar a fazê-lo até que o dito cujo apareça, ou acorde de vez.

23.9.21

O que temos de especial, eu e tu?

setembro 23, 2021 0 Comments



O que teremos ambos de especial para que nos tivéssemos levado na mesma direcção e nos víssemos de imediato? Quem somos enquanto o somos apenas nós e o que teremos de diferente quando nos aproximamos e parecemos querer o mesmo? Quem procurávamos, se é que o fazíamos, para que nos pudéssemos encontrar? 

Espero que sejamos feitos da massa que nos manterá juntos para o nosso sempre e capazes de confirmar os motivos que nos juntaram. Tenho muita fé no que já construímos e acredito na vontade comum e férrea de permanecermos na mesma viagem e sempre ao lado um do outro. Acredito que ao acreditarmos no que nos confirma enquanto pessoas, teremos as ferramentas necessárias para nos continuarmos a ver, a ouvir e a cuidar.

Já nem sei quem era antes de o ser contigo. Já nem olho, ou tento recordar do que fazia e sentia antes de ter comigo. Já nem me importo com todos os desamores, falhas e escolhas erradas, porque cada uma delas me levou até a ti. Já não sou, claramente, a mesma pessoa e tenciono cimentar a diferença que nos mantém por aqui, empenhados, mas realistas.

O que teremos de tão especial para que tudo nos saiba a certo?

22.9.21

Can we really cope?

setembro 22, 2021 0 Comments


Adjusting to a new society is though. Knowing the right steps to emotional freedom a longing island, but it becomes harder when we´re talking about wealth. Buying and buying, getting more of what we actually don´t need, and showing, others, how much we are "worth" through what we have, impelles us to get there, but frustrates us when we don´t.

Where exactly are we now? What have we achieved and how much did we recede? Who do we expect to be in a few decades and what price do we have to pay to simply fit in?

I feel like we´ve just hit rock bottom when it comes to human behaviour, but has often said, once down, the only way is up. We´re kind of lost and disturbed by different views of the new era. Nothing is comparable or similar to what our parents and grand parents used to be, live and know, so we are crawling, getting the first steps and actually falling too many times.

What can we expect from now on? Who will save us from ourselves, once we choose to embarc on a journey of no return? Who will be safe and strong enough  to resist the unknown?