9.1.22

Ainda te deixas limitar?

janeiro 09, 2022 0 Comments

Uma crença limitante nunca resiste a um resultado concreto! Podemos até duvidar de algo que pretendamos ver acontecer, mas assim que aconteça, as dúvidas irão dissipar-se de forma instantânea.

Não existem atalhos para a felicidade, o caminho a fazer terá que ser feito e é bom que tenhamos por perto quem nos lembre disso mesmo. Os dias nunca serão iguais e o esforço a imprimir variará igualmente, por isso nada melhor do que nos sabermos "armar" do que nos impedirá de desistir, porque fácil, ninguém terá como garantir. Mas antes que pensem de forma contrária, sou já a avisar que não acredito, de todo, que seja necessário penar para triunfar, ou que apenas após alguns falhanços se atinja o sucesso. O que conquistamos, mais rapidamente, ou a passo de caracol, prende-se com o lixo com que nos entulharam, talvez porque apenas assim nos refreassem.

Quando temos foco e nos munimos de boas intenções, conhecendo-nos melhor do que ninguém, acabaremos, invariavelmente, por chegar onde nos propomos. Se nos soubermos limpar do que apenas nos encurta as passadas, o mapa da vida ser-nos-á aberto e depois, bem, depois só nos restará pousar o dedo no ponto geográfico de escolha e segui-lo.

8.1.22

Que importância dou aos doridos desta vida?

janeiro 08, 2022 0 Comments

A importância que actualmente dou aos que respiram negatividade e são mais amargos do que fel, é nenhuma, porque desisti de querer avaliar, pesar, medir ou sequer entender o que os magoa tanto, ao ponto de apenas quererem ver dor por onde passam. Já lhes consigo desejar uma viagem mais leve, sem tantas grilhetas nos pés e com algum amor à mistura, o mesmo que de imediato destroem mal o encontram, porque considero que a pena é um sentimento demasiado duro e redutor. Ultimamente já não esbarro em tantos assim, até porque nas minhas caminhadas vejo basicamente árvores, água e caminhos que ainda percorro de volta, para minha sorte e restauro interno, mas não deixo de saber duns quantos que continuam a arrastar as línguas para fora da boca, varrendo o que na verdade os deveria conduzir.

O mundo é redondo, não me canso de o dizer e desenganem-se os que julgam que algo ou alguém superior a nós se esqueceu de lhes devolver o troco, porque ele vai chegar, oh se vai! Para ser sincera, considero que o tal do Universo, Deus, ou que entenderem chamar, seria mais bem-sucedido se devolvesse de imediato, tipo bofetada ou grito bem dentro do ouvido, a malvadez gratuita, porque quando a paga chega, por norma tendem a esquecer-se da origem e isso é contraproducente. É exactamente o que me acontece com as crises de vesícula, se as tivesse mal comesse o que não devo, seguramente que me continha. 

Ai gente do meu planeta e arredores, tratem de fazer uns retiros, meditem, revejam e analisem o que estão a espalhar na terra que araram, é que se foram sementes de abóbora, asseguro-vos de que não irão nascer pepinos, ou qualquer outro vegetal. Retirem as palas dos olhos e deliciem-se com o que já existe à vossa volta, mas que não conseguem ver por escolha e cuidem do coração que tanto massacram, porque ele não vai bater para sempre.

7.1.22

Que a estrada me saiba quando me levar...

janeiro 07, 2022 0 Comments
Sue Amado´s photo


Continuo a olhar para a estrada que me impele a cumprir objectivos propostos, esperando que ela saiba para onde me levar, tirando-me do lugar que deixei de sentir como meu. Continuo a desejar que o desejo se transforme em algo mais concreto, e aprendendo a saber esperar!

O que é que te dou?

janeiro 07, 2022 0 Comments

Trazes-me o que sozinha não teria forma de conseguir. Não me complementas, porque não é essa a tua função, mas vens com as tuas experiências, o carácter, os olhares do que apenas tu viste e com o mesmo amor que te devoto. A tua paciência sossega-me e os silêncios que me ofereces nunca são ruidosos, sei sempre que mesmo calado estás atento ao que preciso e que os teus abraços me asseguram de que nunca ficarei sozinha.

Apenas agora consigo responder à eterna questão "o que esperas duma relação?" porque foi através de ti que o entendi. Passei a querer o que representas e percebi que juntos somos o que individualmente ficaria aquém do desejado. A pessoa que a nossa pessoa reconhece e aceita, é feita de tantas histórias que merecem ser ouvidas, mas de muitas outras que nunca deveremos contar, porque cuidar é saber o que dizer e quando calar. 

O respeito que me ofereces é-te devolvido na íntegra e cresce nos dois a admiração perante o que nos tornamos quando e sempre que juntos. Sabes sair quando preciso dos meus momentos e estás pronto e disponível quando tenho que beber de ti, porque arranjas sempre forma de fortalecer as minhas forças e de me impelir a continuar na passada que me imprimo diariamente.

Trazes-me tanto depois de ter desejado, mas recebido tão pouco, que só posso esperar ter igual quantidade para te dar.

6.1.22

Porque não podemos continuar iguais?

janeiro 06, 2022 0 Comments



O que há de errado em querer que tudo permaneça igual e que até as pessoas que "perdemos" ainda estejam por aqui?

Mudar, deixar o velho para trás e seguir viagem faz-nos crescer, mas força a que tudo o que nos era familiar e permitia a sensação de lar, naturalidade e certeza, nos abandone para sempre. Saber que a porta de casa tem outro número, que na rua de sempre já não chamamos pelos nomes que nos sorriam de volta e se lembravam de tudo sobre nós; Perceber que o que tomávamos por adquirido afinal nos fintou e levou para o futuro, mas não como o imaginávamos, faz tremer o chão.

Porque é que não podemos simplesmente ouvir as mesmas canções, dançando-as com a mesma desenvoltura de quem apenas se queria mover, divertindo-se?

De repente somos adultos, envelhecemos e já vemos surgir as mechas da cor que antecipam o começo da viagem final. Do nada passamos a olhar mais para as fotos que não revelavam o que hoje sabemos e que lá atrás nos teriam roubado uns quantos sonhos. No que nos parece tão somente um minuto, a nossa força, coragem e capacidades de abraçar qualquer mundo, esvaem-se e com elas a certeza de que nunca mais poderemos voltar atrás.

Porque é que de repente consigo ver tudo o que já fiz, o que tanto desejei e acreditei conquistar, e sentir que só tenho vontade de voltar a casa e lá permanecer até aprender a saborear devidamente o que me iria fugir pelos dedos?

Sei que nada é igual e não importa se melhor, porque já consigo valorizar o que representava a pessoa que hoje também se dá o direito de olhar para o passado e sentir saudades!

5.1.22

Quando somos dois...

janeiro 05, 2022 0 Comments



Quando somos dois, nunca terminamos da mesma maneira, usando igual velocidade, ou sequer vendo o que o outro há muito percebeu. Quando as relações ficam pelo caminho, passamos metade do nosso tempo útil à procura "do" culpado e na verdade nunca se trata de apenas um, como eventualmente aprenderemos, se não nos mantivermos de olhos vendados.

Quem ainda acreditar que o amor resolve tudo, ponha o dedo no ar! O que na realidade nos permite continuar, fazendo todas as viagens de ida e volta necessárias, é o tempo que nos devotamos, todas as palavras que repetimos para que possam mesmo ser ouvidas e os olhares que terão que se encontrar diariamente para que nunca se deixem de ver.

Quando somos dois, temos que fazer por perceber quem é quem na relação e o que cada um precisa de aceitar para que assim nos mantenhamos. Quando uma das metades inteiras deixa de se identificar com o que aparentemente as juntou, a separação será a única solução. Não existem fórmulas que nos evitem as dores, mas a longo prazo, o que for decidido pela razão, deixando o coração a fazer apenas o que faz melhor, que é bombear sangue, salvaremos duas pessoas de uma prisão emocional, que a eternizar-se, provocará danos irreparáveis.

Quando somos dois, também precisamos de saber de que forma preservar cada um.