3.2.22

Carpe Diem!

fevereiro 03, 2022 0 Comments


"Carpe Diem" - Colha o dia, aproveite o momento. 

Que bom seria que a maioria soubesse de que forma evitar gastar o tempo com coisas inúteis, ou com uma justificativa para o prazer imediato. Que bem se andaria se percebêssemos que uns quantos conseguem, MESMO, andar, crescendo em decisões que os engrandecem. Que melhores seríamos todos se mais alguns conseguissem melhorar, aprendendo com o que a vida tanto lhes insiste em ensinar, mas que recusam com firmeza, para depois simplesmente protestar.

Não sou apologista do lema "viver como se não houvesse amanhã", primeiro porque pretendo que o meu amanhã exista mesmo e depois porque o meu futuro será tudo o que me dispuser a fazer hoje, supostamente depois de ter aprendido algo ontem. Não entendo os que se deixam ir, sem medir consequências e acreditando que o "troco" não chegará. Não tenho forma de aceitar os que recusam ler as legendas que lhes chegam em bold e que depois, com enorme cara de pau, ainda se lamentam do que já seria expectável, é que mesmo que não saibamos explicar, cientificamente, a lei da gravidade, somos confrontados com ela diariamente, tal não ocorre de igual forma com a lei da atracção, não sendo de efeito imediato, mas não é por isso que deixa de existir. Tudo para dizer que o que vai volta, oh se volta!

Viver SIM e por favor, mas BEM, com equilíbrio entre a razão e a emoção, porque no final o benefício será maior!

2.2.22

Cada vez que olho para o lado!

fevereiro 02, 2022 0 Comments



Cada vez que olho para o lado, percebo que se criam novas versões do amor e que com elas se justifica tudo, a dor, o sofrimento que se instala como um móvel feio e desconfortável, mas ainda assim de uso diário e a ausência da TÃO necessária auto-estima. A cada dia que passa, esbarro em pessoas sem olhares que se viram para dentro e que aceitam o que lhes caiu no colo como se de uma herança se tratasse. Estão alienadas do que é correcto e aceitável e por isso aceitam, sem contestar, tudo o que lhes impõem. Não se permitem vontades, ou desejos de paz interior e deixam-se degradar em silêncios que as matam devagarinho, até quando gritam a plenos pulmões.

Mesmo que me considere resolvida e tranquila quanto às minhas escolhas, ainda me deixo envolver pela vergonha alheia, sentindo que há TANTO para fazer no que diz respeito à socialização com o outro, aos limites e ao uso da razão, que me pergunto de que forma poderei ajudar a mitigar estar torrente de desamor colectivo. Não tenho que ir muito longe para ver o que me dói na alma, porque amadurecer pode ser um acto solitário, mas o desejo de que cada vez mais almas amadureçam comigo, é premente e serviria para melhorar até o ar que respiro. Estou a ver afunilar as possibilidades de relacionamentos novos e que também me engrandeçam. Sinto uma enorme tristeza perante os poucos que ainda são bons, porque não deixo de desejar que sejam muitos mais.

Cada vez que me esforço por aprender com os que comigo também povoam este canto do mundo, deixo-me invadir por uma enorme consciência de vazio, de cegueira inata, ou imposta e de desalento. Tenho tentado, juro que sim, passar o que tanto me custou a aprender, até porque fui sempre bem-sucedida como professora, mas a verdade é que não poderei calçar sapatos alheios e de alguma forma aliviar pesos desnecessários, não aos que o recusam. Não vim a esta vida para salvar todos, mas seria bem mais feliz se o conseguisse a uns quantos.

1.2.22

O que ainda te falta fazer?

fevereiro 01, 2022 0 Comments
Sue Amado´s photo


Dou-me, cada dia mais, a importância que espero ver espelhada nos outros. Trato-me como desejo ser tratada e avalio melhor o que me rodeia, para decidir com clareza. O tempo voa quando estamos distraídos, por isso presto atenção ao que ainda me falta fazer, valorizando o que já conquistei.

31.1.22

Era uma vez uma mulher...

janeiro 31, 2022 0 Comments



Era uma vez...

As histórias parecem já não começar assim, no entanto continuam a existir, a serem passadas, não tanto de boca e boca, mas mais de rede social em equipamento electrónico, difundindo rapidamente o que poucos parecem conseguir parar e que ao voltarem, mesmo que já em verdade, terão sofrido efeitos devastadores. As histórias já parecem não precisar de circular entre gerações, são mais efémeras, irrelevantes na maioria das vezes pela falta de conteúdo e aplicação. Mas, e porque ainda existem histórias que valem a pena ser conhecidas, aqui vai uma:

Era uma vez uma mulher sem idade, porque aparentava não ter nenhuma que se identificasse, mas cuja idade emocional superava os mais antigos e supostamente experientes. Vivia em nenhum lugar específico, talvez porque pouco se soubesse da sua forma de vida, mas acabava a viver em todos os lugares onde fazia falta. Sabia sempre o que dizer e quando, mas usava amiúdes vezes de silêncios desconcertantes e sábios. Ouvia com atenção todas as enormidades, catalogando-as de imediato. Falava com um timbre tranquilizador, mas não raras vezes alvoraçava os mais quietos, os que pareciam não saber do que sabiam e de todos quantos juravam saber de tudo. Era uma vez uma mulher com uma beleza inclassificável de tão bonita, mas que nunca se excedia na beleza que lhe era tão natural quanto ser. Todos a olhavam, mesmo que poucos a conseguissem ver por tempo que bastasse, porque parecia ser diferente a cada dia. Carregava alguns traços únicos que não se assemelhavam a nada anteriormente descrito, mas igualmente tão comuns e naturais, que ninguém junto dela, se lembrava de os salientar. Era uma vez uma mulher que continuava avidamente à procura de se melhorar, mas que nunca se alterava por ainda não o ter conseguido. Ia e vinha sem pressas, mas apressava-se para que ninguém tivesse que a esperar. Sorria a todos quantos com ela se cruzavam, mesmo que a maioria jurasse que não os via. Tinha uma gargalhada que fazia rir os mais sisudos e que sempre se seguiam às piadas que contava como ninguém. Era uma vez uma mulher com imensos nomes, alguns simples e repetíveis, mas com muitos outros que ninguém se atreveria a pronunciar, por isso era, grande parte do tempo, a mulher que a maioria jurava conhecer, talvez para terem algo que dizer.

As histórias existem para que permaneçam na mente de quem as conta e para que o coração de quem as ouve se encha do que os dias roubam, porque a serem verdade lhes iluminaria até a alma!

30.1.22

O que quero afinal?

janeiro 30, 2022 0 Comments



Quero-te feliz, muito feliz, tanto que a minha chance de também o ser possa duplicar. Quero ver o brilho malandro nos teus olhos quando olhas para mim. Quero sentir o teu cheiro de forma mais intensa quando te aninhas no meu pescoço e sussurras que me amas. Quero saber de todos os teus segredos, aqueles que nunca foste capaz de partilhar com quem contigo se cruzou. Quero saber do que pensas e anotar cada um dos teus sonhos mal acordas, porque é a mim que os contas em primeira mão. Quero que me queiras da mesma forma e que o nosso amor seja tão natural quanto o somos a cada dia, fazendo o que nos cabe e cabendo inteiros na vida um do outro. Quero muito, quero tudo e já deixei de recear que seja demasiado.

Nunca julguei possível ter na minha vida a vida de alguém que me dissesse tanto e com quem pudesse fazer planos sem os questionar. És tudo o que pedi, até quando achava não o estar a fazer. Vieste com a força e a determinação que me impediram de duvidar e foi assim que as certezas se instalaram. Sabes-me aos sabores que desconhecia, mas que agora e depois de tão familiares, não trocaria por mais nenhum. Caminhas sempre com tanta segurança, que o teu corpo parece ser a extensão de todas as certezas que carregas, porque és seguramente a pessoa que muitas outras gostariam de poder ter e sabe-lo bem.

Quero-te a cada dia mais feliz, por isso não me permito esquecer da missão mais importante que me coube, acordando para te assegurar de que estarei sempre aqui e nunca adormecendo sem to soprar, para que também saibas o que me move.

Sabem o que me assusta mesmo?

janeiro 30, 2022 0 Comments



Assustam-me as pessoas que são assustadoramente velhas, de mente fechada e incapaz de continuar a olhar para o futuro como um tempo que ainda lhes pertence. Parecem ter desistido de tudo e agarram-se ao passado, simplesmente porque enquanto nele viviam, esperavam pelo tempo que agora lhes fugiu, com mais credulidade e esperança. Assustam-me as pessoas que se agarram às convenções e dão por certo o que têm agora, considerando que nada mais lhes faz falta viver, ou que já viveram tudo, deixando-se sobreviver. Assustam-me os olhares apagados de quem já não acredita em ninguém, porque na verdade nunca acreditou em si mesmo.

Para ti que ainda vais a tempo, "mobila" bem a tua velhice, rodeando-te de ti mesmo em primeiro lugar e depois de todas as pessoas que te saberão amparar nos deslizes emocionais, porque nunca estarás sempre em alta, forte e capaz de lutar contra o mundo, mesmo que ele seja apenas um quintal, ou a porta ao lado.

Assustam-me os que ainda não perceberam poder ter nas mãos o que antes lhes teria mudado toda a trajectória, as escolhas, os olhares, os tempos que desgastaram até já nada mais lhes restar e mais importante do que tudo o resto, o presente. Assusta-me, um pouco, não os conseguir salvar!

28.1.22

Estou quieta e de sorriso em riste a ver-te respirar!

janeiro 28, 2022 0 Comments



Estou quieta e de sorriso em riste a ver-te respirar. O sono não chega quando te tenho ao meu lado e sinto o calor que o teu corpo emana, aquecendo-me o coração e incendiando-me o desejo que não tens forma de matar. É ritmado o movimento do peito onde tantas vezes me aninho e serena a face que conheço de cor. Estou quieta porque não te quero acordar e porque preciso de usufruir de todos os minutos que me reservas quando e sempre que vens. A tua mão esquerda repousa na minha almofada e a direita segura-te a cabeça de onde caem as mechas de cabelos que tantas vezes acaricio e cujo cheiro reconheceria num qualquer planeta distante. Não consigo fechar os olhos e arriscar adormecer, mas mal resisto à enorme tentação de te beijar até que te sugue todo o ar que também me pertence. O lençol deixa a descoberto as pernas torneadas e desprovidas dos pelos que eu mesma te ajudo a tirar. Estás sem a roupa que apenas serviria para nos roubar tempo, mas cheio de todo o amor que fizemos até sentirmos que nos bastava. Estou quieta há tanto tempo que me permiti pensar em tudo o que somos, quando nos reconhecemos, o que já tivemos e fomos capazes de dar. Não precisaste de demasiada determinação porque fui rápida a render-me. Quando te conheci deixei de ter vontade de desafiar o tempo, ao invés corri com ele e é isso que hoje estamos aqui. Quando te senti soube que regressara a casa e tudo o que passei a fazer foi por ti, enquanto fazias de mim a mulher que já sabe o que significa ser cuidada.

Estava quieta, mas acabaste de acordar e o teu abraço diz-me que já não o estarei por muito mais tempo.