7.2.22
6.2.22
De que cor te pintas?
Apaixonei-me por muitas cores ao longo da vida e por isso fui pintando momentos e sentimentos com cada uma, até deixarem de me mover. Eu mesma já fui um arco-íris que se esbateu ou reforçou, mas independentemente das cores novas, soube sempre que não imaginava os dias sem as que me colocavam para cima e as que, de livre vontade, me deixavam mais nostálgica, mas apenas por pequenos e necessários momentos.
Sei de quem se veja numa amálgama de tons escuros e sem definição e que de alguma forma definem como pretendem ver o mundo. Sei de quem mataria por ver cores mais claras e plenas de esperança, mas que não as consegue encontrar. Sei o poder que cada uma carrega e por isso mesmo rodeio-me das que me retratam em cada percurso, incentivando uns quantos enquanto o faço.
De que cor te pintas quando te agarras aos sonhos e que cores deixas de ver sempre que escolhes sentir pena de ti?
Lá atrás, no que me parece um passado bem longínquo, já me apaixonei por daltónicos e por palhaços coloridos, mas que na verdade eram apenas as pessoas que teriam que chegar para ajustasse a paleta e regressasse ao que sabia fazer bem.
5.2.22
Quanto amor usas habitualmemte?
Quanto amor é salpicado nos hábitos diários que sustêm as relações?
As rotinas vão-se instalando como forma de sobrevivermos a tudo o que nos exige a vida e por vezes deixamos o amor para segundo plano, para os que ainda o alimentam, retirando-lhe o oxigénio que nos mantém à tona. Temos muitos sons familiares que nos recordam de quem temos ao nosso lado, mesmo que irritantes uns quantos. Repetimos gestos sem os questionar, mas não raras vezes deixamos no ar as questões que gostaríamos de ver respondidas.
Quanto de nós imprimimos diariamente, sem pensar demasiado, ou pensando no quanto nos surpreenderíamos e aos outros, se imprimíssemos tudo?
Os namoros tendem a começar com embelezamentos que se colam, para que as desilusões não nos descolem da vontade de permanecermos no coração de alguém. Mas se avançarmos demasiado nas pequenas mentiras, ficaremos reféns do que nos impusemos e acabamos por imputar, ao outro, as culpas que serão apenas nossas.
Quanto de ti ainda sobrevive aos dias que já não te pertencem na íntegra e quanto do outro já recebes como teu?
4.2.22
Trabalhar dá trabalho!
Michael Jordan - Podes praticar o lançamento da bola durante 8 horas por dia, mas se a tua técnica não estiver certa, então apenas te tornarás bom a lançar de forma errada. Tens que aprender os fundamentos de tudo o que te propuseres fazer, para que sejas verdadeiramente bem-sucedido.
Repetir, de forma persistente, o que não te melhora, não fará de ti bom em coisa alguma. Tens que pesquisar, estudar, aprender e mais do que tudo, reconhecer que precisas de melhorar, para que melhores mesmo. Tens que ser capaz de trabalhar com afinco os teus medos e incapacidades, para que as metas se atinjam de forma a pisares os pódios da vida. Tens que entender que trabalhar dá trabalho, sobretudo no que o emocional diz respeito, mas que os sucessos compensarão todo o percurso.
Tendemos a focar-nos no resultado final dos nossos pares, talvez por preguiça ou estupidez natural, desvalorizando, ou não querendo entender, TUDO quanto tiveram que carregar, as noites mal dormidas, os insucessos e os revezes e por norma não premiando a persistência e a tenacidade. Os verdadeiros vencedores, não importa a área, são os que sabem que terão que esperar de si mesmos as coisas que ainda não fizeram. Ter foco, correr atrás do sonho e persistir, persistir sempre, independentemente do tempo e dos maus momentos, separa os vencedores dos eternos perdedores, que são os que nem sequer chegam a tentar.
"Se chegar à conclusão que o meu melhor não foi suficiente, pelo menos não olharei para trás dizendo que tive medo de tentar"!
3.2.22
Carpe Diem!
"Carpe Diem" - Colha o dia, aproveite o momento.
Que bom seria que a maioria soubesse de que forma evitar gastar o tempo com coisas inúteis, ou com uma justificativa para o prazer imediato. Que bem se andaria se percebêssemos que uns quantos conseguem, MESMO, andar, crescendo em decisões que os engrandecem. Que melhores seríamos todos se mais alguns conseguissem melhorar, aprendendo com o que a vida tanto lhes insiste em ensinar, mas que recusam com firmeza, para depois simplesmente protestar.
Não sou apologista do lema "viver como se não houvesse amanhã", primeiro porque pretendo que o meu amanhã exista mesmo e depois porque o meu futuro será tudo o que me dispuser a fazer hoje, supostamente depois de ter aprendido algo ontem. Não entendo os que se deixam ir, sem medir consequências e acreditando que o "troco" não chegará. Não tenho forma de aceitar os que recusam ler as legendas que lhes chegam em bold e que depois, com enorme cara de pau, ainda se lamentam do que já seria expectável, é que mesmo que não saibamos explicar, cientificamente, a lei da gravidade, somos confrontados com ela diariamente, tal não ocorre de igual forma com a lei da atracção, não sendo de efeito imediato, mas não é por isso que deixa de existir. Tudo para dizer que o que vai volta, oh se volta!
Viver SIM e por favor, mas BEM, com equilíbrio entre a razão e a emoção, porque no final o benefício será maior!
2.2.22
Cada vez que olho para o lado!
Cada vez que olho para o lado, percebo que se criam novas versões do amor e que com elas se justifica tudo, a dor, o sofrimento que se instala como um móvel feio e desconfortável, mas ainda assim de uso diário e a ausência da TÃO necessária auto-estima. A cada dia que passa, esbarro em pessoas sem olhares que se viram para dentro e que aceitam o que lhes caiu no colo como se de uma herança se tratasse. Estão alienadas do que é correcto e aceitável e por isso aceitam, sem contestar, tudo o que lhes impõem. Não se permitem vontades, ou desejos de paz interior e deixam-se degradar em silêncios que as matam devagarinho, até quando gritam a plenos pulmões.
Mesmo que me considere resolvida e tranquila quanto às minhas escolhas, ainda me deixo envolver pela vergonha alheia, sentindo que há TANTO para fazer no que diz respeito à socialização com o outro, aos limites e ao uso da razão, que me pergunto de que forma poderei ajudar a mitigar estar torrente de desamor colectivo. Não tenho que ir muito longe para ver o que me dói na alma, porque amadurecer pode ser um acto solitário, mas o desejo de que cada vez mais almas amadureçam comigo, é premente e serviria para melhorar até o ar que respiro. Estou a ver afunilar as possibilidades de relacionamentos novos e que também me engrandeçam. Sinto uma enorme tristeza perante os poucos que ainda são bons, porque não deixo de desejar que sejam muitos mais.
Cada vez que me esforço por aprender com os que comigo também povoam este canto do mundo, deixo-me invadir por uma enorme consciência de vazio, de cegueira inata, ou imposta e de desalento. Tenho tentado, juro que sim, passar o que tanto me custou a aprender, até porque fui sempre bem-sucedida como professora, mas a verdade é que não poderei calçar sapatos alheios e de alguma forma aliviar pesos desnecessários, não aos que o recusam. Não vim a esta vida para salvar todos, mas seria bem mais feliz se o conseguisse a uns quantos.
1.2.22
O que ainda te falta fazer?
Sue Amado´s photo |
Dou-me, cada dia mais, a importância que espero ver espelhada nos outros. Trato-me como desejo ser tratada e avalio melhor o que me rodeia, para decidir com clareza. O tempo voa quando estamos distraídos, por isso presto atenção ao que ainda me falta fazer, valorizando o que já conquistei.