27.3.22

Já posso deixar de ser Mulher Alfa?

março 27, 2022 0 Comments

Já te oiço com mais atenção e tento, não sem alguma dificuldade, permitir-me alguma vulnerabilidade, deixando de me posicionar sempre na dianteira por achar que o mundo ainda o exige. Já vou percebendo que alguns dos meus medos não desapareceram, porque os camuflei e porque a capa, dura e intransponível que uso, me impede de mostrar quem sou quando sou apenas eu, nua da pele sintética e do que até eu tenho que seguir. Já estou um lugar mais à frente nesta nova fase da vida, porque somos feitas de muitas e porque me forço a aprender o que me motivará a melhorar, mas ainda falta tanto, que me arrepio perante a impossibilidade de me superar. Já sei que não posso ser tão Mulher Alfa, apenas Mulher.

. Anda cá pequenina, pousa a cabeça no meu ombro e arruma as armas, comigo podes ser tudo, não te vou cobrar nada, nem sequer esperar que te moldes à ideia que criei duma mulher segura. Fecha os olhos e deixa que te guie, confia, uma vez que seja e prometo que o sabor será doce e natural.

Como é que aprendo a deixar o controlo e a seguir outra pessoa que não eu mesma? De que forma é que posso confiar, sem que ambos os pés se mantenham sempre prontos para fugir? Quando é que serei apenas a mulher que sente e que não tem que fazer acontecer, permitindo que a magia aconteça e que os julgamentos, os meus, me concedam alguma trégua? Qual será o dia, de calendário, em que entregarei corpo e coração, sem limitações, acreditando que existirá quem me impeça de cair, de voltar atrás na evolução e sobretudo de sofrer por amor?

Felizes os que nada esperam e que aceitam o que lhes coube sem questionar. Matava por me saber aligeirar, parando-me e exigindo-me menos, muito menos e não sendo a mão pesada que tabela e penaliza potenciais deslizes. Felizes os que nada querem saber, achando que já sabem tudo, porque a pele nunca se arrepia perante a possibilidade de serem mal-sucedidos. Felizes os seguidores, porque para eles o mundo simplesmente gira e acontece.

Já te olho com menos suspeita, mas suspeito que o caminho ainda será longo, porque não é a ti que cabe passar-me confiança, sou eu que tenho que aprender a confiar.

26.3.22

Enquanto for eu a escolher...

março 26, 2022 0 Comments



Enquanto me fui reservando tempo para amadurecer e pensar por mim, mesmo que não afastando as emoções de que sou feita, porque são elas que me ligam ao que escolho pensar, percebi que percebia muito pouco do mundo e de quem comigo o povoava. Não sei, nem pretendo, não integralmente, saber o que move os outros, já que sou movida a amor e é com ele que me propago, ofereço, mas também retiro, no entanto, enquanto pensava e repensava no que me foi cabendo pelo período que o permiti receber, consegui distanciar-me dos que não me completam nem falam a mesma língua, tão somente porque usam uma linguagem que não pretendo descodificar. Deixei de me esforçar, em esforços desnecessários, para justificar os males que carregam, as incapacidades verbais e as mensagens que me chegam de forma difusa e que por isso recebo numa surdez auto-imposta. Enquanto me reservo o direito de apenas reservar a uns quantos o que tenho, uso o tempo em meu benefício e não desisto de ser, hoje ainda, bem melhor do que consegui ontem. Enquanto me conseguiram acusar de cegueira temporária, apenas porque me recusava a ver os que me surgiam de forma difusa, e tão inertes e pequenos que me faziam sentir verdadeiramente gigante, tratei de me enriquecer visualmente e de saber, como acaba por acontecer aos que se armam do bem, que também terei que estar pronta para usar as armas que mais sentido fizerem em cada luta. Enquanto quiseram acreditar que sabiam quem era, escolhendo a forma que supostamente ditava o meu formato, puderam tão somente ver a mulher que escolhi mostrar, mesmo tendo o cuidado de avisar que era uma outra bem diferente. Enquanto julgarem saber mais de mim que eu mesma, nunca terão forma de ficar por demasiado tempo!

Não somos máquinas de pensar, somos máquinas de sentir que pensam. Foi o que aprendi no PLN e me mostrou quem eram os meus matadores de tempo e monstros emocionais e foi por isso que passei a apenas deixar passar uns quantos, muito poucos nos dias que correm, com imensa pena minha, porque na sua pequenez e imaturidade emocionais, vetaram-me à solidão inevitável. Não faço por pertencer, não aos que me deixariam vazia e plena de dúvidas. Não carrego ao colo os que me "pesariam" pelo vazio, porque não existe nada mais pesado do que o NADA. Não me desculpo por já estar "aqui", no único lugar emocional onde posso ser sempre eu, as 24 horas do dia, quem não aguentar...

Enquanto tiver degraus para subir e momentos que me elevem, jamais estarei disposta a descer para que me toquem, porque seguramente que apenas seria no corpo, já que a alma está suficientemente elevada para que o coração anseie por TUDO. Enquanto não encontrar quem me cuide, continuarei a cuidar de manter à distância os que iriam, sem sucesso, apenas tentar.

Esta é a minha melhor definição de maturidade, se não estiveres pronto ou pronta para a entender, não me procures.

25.3.22

Obrigada meu querido!

março 25, 2022 0 Comments
"Eu gosto de escrever, eu gosto de escrever, crer ver  Ver, crer, eu gosto de escrever e escrevo até até poema" - Gabriel o Pensador (Linhas Tortas)


Olá meu querido,

Soube-me tão bem saber de ti, que te importas e que ainda pensas em mim. Foi tão bom que me deu alguma da energia que já ameaçava fugir, foi mais uma bombada de oxigénio e por isso sei que ainda não morro desta!

Deve haver muito pouco que me falte dizer-te sobre mim e sobre o efeito que me provocas, mas por mais que te ofereça sentimentos em forma de palavras, sinto que nunca serão suficientes, sobretudo para que não duvides, um minuto que seja, de que te fui reservada e por isso me mantenho aqui, à tua espera. Já não perco tempo a tentar perceber se faço bem ou mal, se me vou arrepender ou reconhecer que estava certa, ao invés deixo que os dias sigam o seu curso natural, comigo na dianteira obviamente e contigo no pensamento, no corpo, no respirar e até no olhar que nunca é para os outros, porque teimas em estar em todos. Sentir a tua falta dói, mas sei que foste das pessoas que conheci, a mais perfeita e a que se encaixou de um forma que se sente melhor do que se explica, por isso entendo que ainda não terminou e que não me sais por alguma razão, a única, a possível, a que muda tudo.

Gostava de saber se estás bem, se cuidas de ti, se te manténs pronto, se estás à procura do que pareces ter perdido, lá atrás e se ainda permaneço, pouco, muito ou quase nada. Gostava sobretudo de te ouvir a voz e de perceber por onde anda o teu coração. Gostava de parar de te imaginar, de olhar para os lados e para trás quando caminho, na esperança de que me surjas, imponente, determinado e forte, como só poderá ser o homem da minha vida. Gostava de não precisar de mais nada que não fosse de nós para ser feliz.

Não fiquei nostálgica, nem me culpei pela esperança que até pode ser vã, apenas usufruí e quase que te saboreei. Fizeste-me bem, obrigada.

Continuo a ser a mulher que te adora!

Beijo doce,
S.A.



24.3.22

Pensamentos versus emoções!

março 24, 2022 0 Comments



Não permitas que o pensamento te escureça as emoções. Não te deixes envolver nos males que não consegues curar. Não deixes a vida passar por ti sem que a sintas e vejas com clareza e não te ofereças a quem não te souber receber, porque a tua importância passará pela que te deres.

Por vezes e porque também és humana, deixarás que as tuas vontades te deixem com vontade de apenas sentir, sem calcular os estragos emocionais. Vai e volta, porque a vida é tão longa quanto o tempo que ainda te permites, mas demasiado curta para erros, acabarás por errar de forma consciente e dolorosa, mas o melhor de tudo é que até as dores passam, sobretudo as emocionais. O aqui e agora que tanto nos recomendam, não subsiste isoladamente e o ontem poderá ter impactos devastadores, isolando-te ainda mais no amanhã, por isso e por vezes, deverás permitir-te alguma burrice natural, mesmo sabendo que a margem de erro é pequena, porque ainda assim encontrarás desculpas para o que não cabia, não devia e não tinha como continuar, mas sabia bem e por isso o provaste.

Não te permitas apenas movimentos ritmados, sai do ritmo de quando em vez e depois poderás perdoar-te a humanidade. Não te impeças de acreditar que existem corpos que o teu aceitará sem restrições e que terás que os sentir para saberes. Não te dês demasiado depressa, mas cuida da lentidão nas decisões, porque ou estás pronta para o fel do mundo, ou estás pronta, não existe terceira opção. Não culpes os que não sabem o que fazer da culpa que lhes assiste e segue em frente, quiçá na direcção de quem já estará pronto para te segurar as mãos que estendes. Não te atrevas a apagar o sorriso que te enfeita os lábios que muitos gostariam de beijar e quando o fizeres, sorrir ou beijar, deixa-te bem representada. Não te permitas desistir do que já sabes existir, porque seguramente ainda o receberás nesta vida e eu estarei por perto para o confirmar.

23.3.22

Se é para querer, quero tudo!

março 23, 2022 0 Comments


Agora decidi que quero tudo. Quero a tua disponibilidade emocional e tempo para que te possa ter sem pressas. Quero que saibas de que forma usar tudo o que já sei em nosso benefício e quero ser a pessoa à qual a tua não resiste, nem vive sem. Se é para querer, quero tudo!

Quero saber quem és e não para os outros, porque se te abrires, confiando, saberei mesmo tudo e não precisarei de fazer perguntas em vão. Quero que nada te impeça de me quereres, porque preciso que o faças sem exclusões ou medos infundados. Quero poder abraçar-te sentindo que cada pedaço de corpo e toda a pele que o cobre me pertence. Quero o que mais ninguém foi capaz de ter e que me queiras sem duvidar. Quero que me permitas querer com a intensidade de que sou feito e que não a receies de cada vez que parecer enlouquecer com a tua falta. Quero continuar a querer-te assim, porque de outra forma não me sentirei vivo.

Estou pronta para te querer como pareces precisar, até porque preciso bem mais de ti do que digo. Agora também decidi que quero tudo e que tenho direito ao que ofereces, sem questionar e sem olhar para o que recebi lá atrás e que não te define. 

Quero que saibas, por mim, quem sou e que os outros não te fustiguem com o que recebem de mim, porque nunca será igual. Quero que nada me impeça de juntar o corpo que apenas tu podes tocar e que de cada vez que cada pedaço de pele se arrepie com os beijos que me recordam do quão viva ainda estou, saibas que foi por ti e contigo. Quero os teus abraços fortes e destemidos. Quero manter o prazer que sinto por saber que me queres tanto e quero que a minha falta nunca te impeça de saberes que estás bem vivo em mim. Quero e preciso que continues a querer-me da forma que sabes mostrar e quero poder mostrar-te que já recebi o que me pertencia.

Se é para querer, então vamos lá querer tudo juntos.


Dias que não mudam o foco!

março 23, 2022 0 Comments
Sue Amado´s photo


 Embora lá correr que a chuva apenas molha!

😉É oficial, sou viciada em desafios físicos, mas a satisfação com os resultados é tão grande, que não tenho como o lamentar.

22.3.22

Não tenho paciência para o vitimismo!

março 22, 2022 0 Comments

Deviant Art


Não tenho paciência para o vitimismo instalado, nem para as doses exageradas de impossibilidades emocionais, nas quais se culpa até o chão que é torto e que por isso impede de dançar!

No geral tivemos uma educação baseada na culpa, na cobrança e nas expectativas, muitas delas impossíveis de alimentar, que nos forçavam a escolher caminhos diametralmente opostos aos que seriam certos. Mas cabe-nos fazer escolhas, escolhendo-nos em primeiro lugar. É da nossa inteira responsabilidade ter a sensibilidade necessária para nos colocarmos no lugar que nos fará sentido, porque apenas assim seremos suficientemente fortes. Precisamos de saber quem somos, para que os revezes do mundo e dos que andam por aqui apenas a destabilizar, não nos destabilizem. É de extrema urgência que saibamos de que forma curar as dores internas, exteriorizando-as e fazendo a catarse do que nos poderia adoecer. 

Não tenho respostas para dar aos que nem sabem fazer perguntas, não as certas e não sobre o que me interessa. Não concebo uma vida baseada no que acreditam ouvir sobre mim, quando o que digo não é de todo semelhante. Não vou apenas porque me pedem ou mandam, vou se me fizer bem, mas rapidamente volto se deixar de o fazer. Não sei o que esperar deste novo modelo de mundo, mas sei que não preciso de me encaixar, seguindo cegamente tudo aquilo em que não acredito, simplesmente porque não tenho paciência para o vitimismo.