22.5.22

O que é que um abraço não cura?

maio 22, 2022 0 Comments





O que é que um abraço não cura? Que dores se conseguem manter dentro depois de sentirmos os corações a bater, bem juntos e pelo tempo que o abraço durar? Quanto de nós conseguimos passar quando nos passamos em abraços sentidos, dando ao outro o tempo, o momento e o lugar que passará a ser apenas o que importa, porque tudo o resto deixará de importar?

Quando me abraças a distância esfuma-se, as dúvidas deixam de fazer sentido e o meu corpo reconhece o teu, percebendo que apenas poderás ser tu, por mais que tentemos fugir de nós. Quando o teu abraço chega, envolto no maior sorriso que consegues colocar, colocas nos meus lábios o que terás que beijar para que permaneça, pelo menos pelo tempo que estivermos abraçados. Quando me encaixo, sem qualquer esforço, nos braços que me recebem, sinto o que nem as palavras explicam e deixo que o mundo fique para lá de nós. Juntos, nos abraços que prolongamos para que as almas se reencontrem e falem de todas as vidas em que se encontrem e perdem, mas apenas para que se voltarem a tocar, o tempo pára de correr.

O que é que desejo quando sinto o teu abraço? Que me limpes os medos, afastando, para bem longe, o que nos impediria de estar perto. O que espero que aconteça quando e sempre que te vejo de braços abertos para me receber? Que já saibas o quanto estou em ti e sem vontade que o fim do abraço nos afaste do propósito que nos juntou e que me vejas e sintas como apenas sou para ti, para que nunca me soltes do abraço que seguramente continuará muito para lá do tempo que durar.

21.5.22

O silêncio pode ser de ouro, será?

maio 21, 2022 0 Comments


"O silêncio bem utilizado é a melhor ferramenta para desativar tensões, potenciar encontros e eliminar erros de linguagem. O silêncio pode facilitar a comunicação mais íntima e profunda entre as pessoas"!

Quem me conhece e acabou de ler isto, deve estar a achar que bebi algo bem forte, ou que passei a sofrer de uma doença mental irreversível. CALMA, porque também tive que ler isto 2 ou 3 vezes para lhe achar sentido e não é que consegui? O que está escrito no início do post, vem num livro cujo título sugestivo é este: "A arte de arruinar a sua própria vida". Porque é que o estou a ler? Bem até eu faço, por vezes, coisas sem qualquer nexo. Nada disso, foi pura curiosidade, foi mesmo o julgar de um livro pela capa.

Agora vamos lá tecer considerações. CLARO que sou avessa aos silêncios. CLARO que sendo a mulher das palavras, jamais poderia oferecer silêncios, muito menos para desativar tensões, porque tensa fico eu e deixo os outros a trepar paredes, se não tiver forma de dizer o que estou a sentir e a pensar. Potenciar encontros? Esta teve IMENSA piada. Senão vejamos: Não se diz nada, fica-se num silêncio típico dos cobardes e mesmo assim consegue-se potenciar um encontro? Expliquem-me lá esta, se conseguirem, mas como se eu fosse realmente, loura. Eliminar erros de linguagem. Óbvio, quanto menos se disser, menos se arriscas a dizer de forma errada. Simples!

Agora a parte com a qual concordo plenamente, mas apenas e só quando já existe uma relação bem sólida. "O silêncio pode facilitar a comunicação mais íntima e profunda entre as pessoas". Poder estar em silêncio com a pessoa que nos preenche, sem causar constrangimentos, sem levar a que o "outro" pense de forma errada, no que pensamos nós, significa que estamos solidamente instalados e que nos conhecemos, tão bem, que as palavras se tornam dispensáveis. Nem todos o conseguem, mas quem sabe não terá sido pela falta das palavras certas, usadas nos momentos certos. Já pensaram nisso?

Bem, na minha avaliação geral e eu que não a fizesse, deixo um conselho:

Vejam lá se não arruínam, mesmo, com a vossa vida, só por terem medo de usar vocabulário que até já aprenderam na escola primária!

Quando é feito com amor!

maio 21, 2022 0 Comments


Tudo aquilo a que nos propomos, cada projeto e sonho perseguido, tem sempre um duplo sabor quando é feito com amor. Quanto a isso julgo que ninguém tem nada contra.

Felizmente para mim, por um lado, tenho sempre trabalhado em áreas que me deram imenso prazer e de cada vez que deixou de ser assim, voei o mais alto que pude e fugi; Do tédio, da rotina, das mentes pequenas e sobretudo da falta de visão, mas isso tem-me custado, obviamente, alguns dissabores sobretudo financeiros, porque poderia já ter viajado meio mundo e conhecido outro meio, bastando que não tivesse muito para opinar. Fugindo ao que a maioria das pessoas faz, não considero que umas férias durante o verão, ou uns quantos dias no inverno, compensem o restante ano, o que fazemos da vida deve ser contínuo e não apenas centrado em algo que jamais terá poder para abafar o que nos minará a alma e a resistência física. Recusei-me sempre a viver segundo as convenções, contentando-me com o expectável e parando de esperar pelo melhor, acomodando-me ao pior.

Amor, paixão, entrega, não são apenas adjetivos comuns às relações amorosas, o trabalho, a nossa "luta" diária, pede tudo isto e exige-os uma exigência maior, porque é a trabalhar que passamos grande parte dos nossos dias. Nunca quis pouco, nunca me contentei com migalhas, vindas de onde quer que viessem, até porque tenho filhos a quem tudo o que faço influenciará de uma maneira ou de outra. A coerência e a determinação, levar-nos-ão sempre muito longe, acreditem.

Quando é com amor, até o sol rompe em dias cinzentos e a chuva passa a ter um som especial e reconfortante!

20.5.22

O que procuramos e esperamos?

maio 20, 2022 0 Comments

O que procuramos e esperamos de quem nos procura, mesmo que ainda não o saiba, sobe umas quantas fasquias e faz com que desejemos quem seja capaz de superar o que tem em si, tornando-se melhor, maior e mais resiliente. O que procuramos e esperamos encontrar, são almas que se coloquem ao dispor do conhecimento que terão que acumular, para que sejam válidas, validando os sentimentos do coração e juntos possam regular os medos e o papel, infinito, do cérebro que é o de nos proteger. O que procuramos em quem desejamos, é que deseje limpar-se de tudo o que o possa afastar do propósito maior, que é o de fazer o bem, estando e sentindo que tem o que basta e bastando ao outro para que também ele se limpe do que quase o "matou".

O que me regula é o infinito, o que me permito olhar, tudo o que me disponho a aprender, apreendendo regras de conduta e vontades que não podem colidir com as dos outros, mas afastando tudo e todos quantos colidam com o meu bem estar. Não existe um único dia em que não me deixe surpreender e nenhum dos anos que já conto passaram, ou alguma vez passarão em vão, porque os vejo refletidos nos seres que generosamente me foram confiados. O que me enche de orgulho e dum prazer inexplicável, é a sabedoria que lhes parece vir de dentro, de forma natural e espontânea, mas auto regulada, porque também eles têm sede de mais e do que é maior. O que me afasta dos pensamentos menos bonitos, ou mais reais, porque a realidade é por vezes maior do que o nosso desejo de a embelezar, é perceber que fiz exatamente o que me cabia e que por isso, hoje, cabe na mente e no coração dos meus filhos, o entendimento de que o mundo também lhes pertence e que o podem querer e fazer grande. Sinto que conquistaram a resiliência que os permite distinguir o que lhes serve e que apenas permitirão por perto, o que ainda lhes acrescentar mais. O que não me deixa de querer continuar a procurar, é a certeza de que acabarei por encontrar quem e o que fará mesmo sentido.

19.5.22

Com ou sem roupa?

maio 19, 2022 0 Comments



Com ou sem roupa?

Gosto de ti, TODA, mesmo que tragas a roupa que te rouba de mim, porque te alongas em minutos que se transformam em horas para estares ainda mais bonita, se é que tal é possível. Sabes como me deixar louco, usando vestidos sinuosos que se colam a esse corpo que não me canso de ter. Toda tu permaneces um mistério, rodeada das cores que te iluminam, com os azuis que realçam os olhos, os vermelhos que te dão ainda mais poder e com os brancos que fazem parar até o 112, porque a tua pele morena fica mais viva e ainda mais sensual.
Fico deliciado a ver o teu sorriso de enorme prazer, enquanto passas as mãos sobre cada sapato, escolhendo devagar o que conjugarás com a roupa que certamente me apressarei a tirar, mas que fará toda a diferença e que me deixará orgulhoso por ser o escolhido, aquele que os outros invejam, porque podem apenas imaginar o que vejo.
- Oh mulher sensual, onde foste buscar esse corpo que me enlouquece, com e sem roupa?
Estás a olhar para mim e a morder os lábios de forma marota, escolheste o corset que levará mais algum tempo a ser despido, mas já te posso imaginar, quando as minhas mãos tocarem cada pedaço de pele que fica ainda mais aveludada só de me sentires.
- Gostas assim?
Palavras para quê, qualquer espera valerá sempre a pena, mesmo que vestisses todas as peças desse armário que ameaça engolir-me se me distrair!

18.5.22

Do que gostas afinal?

maio 18, 2022 0 Comments


Gosto de pessoas simples, mas cheias de uma complexidade que desconstroem com imensa facilidade. Gosto de quem usa a criatividade para colocar mais cor na vida dos outros. Gosto de sorrisos francos e sem esforço e de risos que surgem do nada e por vezes do que nem tem piada. Gosto do humor algo estranho que apenas têm os que conseguem ver o mundo para lá do óbvio e que por isso carregam uma leveza que nos retira o peso dos dias mais escuros. Gosto de pessoas no geral, mais de algumas que não parecem caber em nenhuma caixa, por não procurarem validação e das que já parecem ter percebido tudo o que à maioria levará mais do que uma vida.

Em que ponto e momento te encontras agora e que expectativas colocas no que te surge, pelas mãos do acaso que nunca o será na realidade? Quem sentes ser enquanto és de formas diferentes para cada pessoa, lugar ou situação. Até onde te vês a chegar e que importância dás ao que será tão importante que até te muda, ou tão insignificante que já nem te toca? O que pretendes ter no teu percurso e o que estás disposto a fazer, ou a abdicar de, para que nada to impeça? 

Gosto de respostas óbvias quando estou mais tranquila, mas também aprendo, diariamente, a gostar das que surgem e me fazem pensar e quiçá até mudar ou reavaliar. Gosto de acumular as experiências que saberei passar aos meus e para essas, na maioria das vezes, nem precisarei de sair do sofá. Gosto de gostar sem julgamentos alheios, mas esforço-me, grandemente, por gostar da forma que me torne mais gostável.

17.5.22

Sete anos de mau sexo!

maio 17, 2022 0 Comments



Sete anos de mau sexo, dizem que é a maldição inevitável que se abate sobre todos aqueles que não brindam olhos nos olhos. Felizmente que não brindo muitas vezes, até porque não bebo bebidas alcoólicas, mas também não me queixo de mau sexo, nem por tantos anos, mesmo que não tenha sexo nenhum, nem bom nem mau e já bem a caminho dos sete. 

Mal percebi que me cabia por direito escolher, desatei a fazer escolhas que me incluíssem e se em alguma tivesse que deixar para trás alguém, fazia-o, consciente de que me estava a escolher a mim. Também tive a minha dose de más escolhas, mas arquei com cada uma estoicamente, responsabilizando-me pelo tempo e momento em que vi o que não existia. Mal percebi que os anos não poderiam simplesmente passar por mim, não sem que tivesse uma palavra a dizer, disse-me tudo o que precisava de ouvir, baseada em estudos, em pessoas para as quais olhava com admiração e em memórias que não apaguei até que criasse novas.

Seis anos de abstinência em termos de relações com substância. Seis anos de muito mais crescimento emocional e seis anos que se revelaram essenciais à minha perceção do outro, da vida, dos lugares que me receberam e do quanto precisava de ter o meu, interno, para não estar sujeita às mudanças inevitáveis. Quem sou volvidos seis anos? A pessoa que encontrou respostas para muitas das perguntas que não me saiam da cabeça, mas que teimava manter. Sou muito mais crente no amor, mesmo que continue sem o entender, não porque seja complicado, mas porque o complicam sem que nada possa fazer para o evitar. Sou mais tranquila e por isso regenero-me à velocidade da luz. Continuo lamechas e já só choro pelo que me parece importante, mesmo que abra as torneiras quando vejo filmes com histórias bem reais. Desafio-me sem receios e passei apenas a recear que o exterior me condicione, impedindo-me de correr, porque caminhar já não me basta. Encontro explicações para muitas das coisas que antes me pareciam distantes e incompreensíveis e já não culpo ninguém, seja o mundo, Deus ou o Universo, pelo que falhei ver, quando supostamente estaria a olhar para o lugar certo.

Sete anos de mau sexo e muitos mais, terão os que permitiram que a vida os sufocasse, esquecendo-se do quanto pode ser bom dar e receber prazer. Sete anos de mau sexo desejo aos que o têm diariamente, mas que ainda assim escolhem não o ter de todo. Se ao menos se focassem nos benefícios, sobretudo as mulheres, iriam perceber o quanto poupariam em terapia, em cremes e massagens que só lhes massageiam o ego. Sete anos de mau sexo, ou quase sete de sexo algum? Venha o Demo e escolha!