6.6.22

Podemos sempre...

junho 06, 2022 0 Comments



Podemos sempre melhorar, sendo mais e querendo mais. Podemos sempre esperar que a vida nos traga crescimento e aprendizagens. Podemos sempre ter mais abertura de mente, aceitando novas formas de andar por "aqui". Podemos sempre tudo, bastando que o desejemos!

Nada acontece por acaso, é uma realidade e não um cliché. Nada nos chega sem pedirmos, mesmo que não nos demos conta. Nada do que somos é impossível de mudar, porque até nós mudamos de cada vez que o dia acontece. Nada do ontem será igual ao hoje, porque os tons serão outros, tal como os desejos mais ou menos intensos e a crença em nós ou nos outros, igualmente passíveis de serem alterados.

Podemos sempre perceber quando é que o nosso percurso não nos é favorável, alterando-o, enquanto houver tempo e julgo que o consigo provar:

. Sou naturalmente elétrica, nunca sossego, nem mente, nem corpo;
. Sou uma insatisfeita que anda sempre à procura de mais e de melhor;
. Sou eu mesma que testo os meus limites e por vezes até os ultrapasso, esgotando-me;
. Sou, ou melhor, era, TOTALMENTE incapaz de relaxar e de me soltar de mim, dos meus
  pensamentos e da minha velocidade.

Foi isto que apregoei desde que me conheço por gente, mas eis que TODA eu mudo e cada músculo do meu corpo se tranquiliza e relaxa. De repente, quando já me considerava um caso perdido, desacelero, passo a usufruir de cada minuto de todas as minhas horas, deixo de ser tão julgadora e limito-me a viver por mim e comigo. Não há ninguém que não note, agora, o quanto estou diferente e não, não estou a tomar Xanax. Quando me perguntam o que fiz e porque mudei tanto, respondo que não aprendi a meditar, não da forma que se conhece, passei apenas a entregar ao mundo o que ao mundo pertence. Deixei de querer correr atrás da lua. Deixei de procurar as estrelas. Deixei de esperar por amores que me preencham. Deixei de me entristecer com a incapacidade alheia. Deixei de jogar à defesa, porque na realidade não preciso de o fazer, é que o meu território já está demarcado. Deixei de querer mais porque já tenho tudo. Deixei de exigir tanto de mim porque já sou o que imaginava.

Podemos sempre mudar, porque até eu o consegui. Eu a distante. Eu a arrogante. Eu a independente. Eu a teimosa. Mas Gosto bem mais da mulher que acabei de me tornar e olhem que já gostava de mim. Gosto de tudo o que me compõe, cada ruga, cada gordura localizada e até os brancos que já começam a despontar. Gosto do que ainda consigo aprender e aprendi que podemos sempre fazer melhor e mesmo que não saiba exatamente como mudei, sei perfeitamente porque o consegui!

Corações preenchidos!

junho 06, 2022 0 Comments



É do senso comum que quando amamos e temos o coração preenchido, os milagres desatam a acontecer. De repente os problemas parecem ficar mais pequenos, mesmo não deixem de existir, as dores tornam-se mais suportáveis e a esperança na vida e nos sonhos amplia-se ao ponto de os querermos mesmo perseguir.

Quando amamos alguém e somos amados, o corpo e o espírito estão sempre alimentados. Quando amamos temos uma perspetiva nova sobre as pessoas e o mundo que nos rodeia. Quando amamos sentimos que temos poder para resolver qualquer percalço.

O coração arranja sempre forma de nos dominar, quando ele decide que quer amar alguém, estamos literalmente lixados com F, por isso ou o sabemos seguir, e por vezes à sua conta sofremos horrores, ou o convencemos, com muito talento, que não acertou, que ainda não é essa pessoa e que tem que regressar à base. De qualquer das formas dará sempre uma enorme trabalheira. Nada é mais poderoso e nada nos impele a mais decisões do que um coração CHEIO, carregado de um amor que deixa tudo colorido e com uma luz que não existe em mais nada, ou lugar. Se o mantivermos assim, bem trabalhado e satisfeito, os nossos dias rodarão a uma velocidade indescritível e nada, mas nada mesmo, conseguirá derrubar-nos. Um coração pleno de amor será a felicidade de bem mais do que duas pessoas, porque tudo ao redor beneficiará das "sobras" e dos "restos" de sentimentos que aproximam até planetas.

Posto isto, vamos lá a amar a torto-e-a-direito, muito, demasiado e tudo o que conseguirmos açambarcar, é que este "medicamento" não tem contra indicações e não se conhecem casos graves de sobre dosagem!

4.6.22

Chamei o Aladino!

junho 04, 2022 0 Comments



Chamei o Aladino, sim esse mesmo, o da lâmpada mágica. Chamei-o e ele tem para cada um de nós, até para ti que me lês agora, os 3 desejos de sempre, por isso vai pensando já em cada um.

Por incrível que possa parecer, ainda existe quem não consiga fazer escolhas, ou tomar decisões, até para o que supostamente seria benéfico e life changing.Todos queremos, quero acreditar, uma vida diferente, com mais do muito que andamos a desejar, mas o interessante é que para algumas pessoas até a ideia de mudar uma moldura do lado esquerdo da estante para o direito, já representa um desafio, que fará tirar a foto e substitui-la por quem está realmente presente. Nesta perspetiva já não se torna tão difícil entender porque alguns não conseguirão, à primeira, responder quais seriam os seus 3 desejos.

O que para mim é natural e simples, para outros será tão complicado quanto comer arroz com uma palhinha, ainda não tentei, mas sei, usando o senso comum, que não é fácil, por isso já tenho mais cautela quando me ponho a ajuizar. Espero que por esta altura já tenham pensado nos vossos 3 desejos, porque mesmo que o "Aladino" não vos bata à porta e garanto que não vai bater, primeiro terão que saber o que esperam da vida, e que ao sabe-lo, se informem disso mesmo, porque a partir daí já terão subido mais um degrau, depois é só seguirem a linha e manter o foco. O Universo, ou o que preferirem chamar-lhe, encarregar-se-á do resto. Garanto-vos!

Querem saber quais são os meus desejos? Algum de vocês é o Aladino por acaso? NÃO? Bem me parecia.

Quem entende afinal?

junho 04, 2022 0 Comments



Quem entende afinal todo o desgaste em relações que até são recentes, num estágio em que supostamente o amor deveria superar tudo e adoçar as bocas mais amargas e massacradas pela vida? Quem entende a necessidade de lutar contra tudo e contra nada, quando se deveria unir forças e chegar onde todos desejamos?

Fico incomodada e algo incrédula perante a incapacidade atual de se amar quem nos ama, apenas e só. Passamos o tempo a analisar, exigindo demasiado e esperando pelo que precisa de tempo para se ajustar e entranhar. Não desculpamos nada e medimos forças, perdendo bem mais no final do que ganhando e terminando vazios para as relações seguintes.

Está a tornar-se cada dia mais difícil desnudarmo-nos, mostrando-nos por dentro. Parecemos ter um medo atroz de que nos conheçam e nos desnudem a alma, quando na verdade é tão bom e tão mais simples ter quem nos identifique, quem nos pertença e saiba de que forma sentimos, desejamos e queremos para além do que conseguimos mostrar. É uma sensação de estar em casa, onde se pertence realmente e a não precisar de explicar o óbvio, recebendo o dobro.

Vou, de alguma forma, persistir na minha crença de que somos sempre capazes de melhorar, de querer mais e de dar mais. Vou continuar à espera que o motor da vida, o único que move montanhas, nos cure, porque se nos transformarmos em doentes crónicos só nos restará apaziguar as dores e nunca mais conseguiremos ter prazeres genuínos. Vou querer continuar a sorrir só por que quero, porque me deixa feliz e porque sim. Vou manter-me crente no amor e quem sabe ele não se instala de vez.

3.6.22

Felizes apenas em filmes?

junho 03, 2022 0 Comments


Será que apenas conseguiremos ver amores pelos quais se lutam e dos quais nunca se desistem em filmes? TRISTE!

Talvez a dúvida ensombre a capacidade de perseguirmos o que supostamente nos faria felizes. Talvez a forma fugaz, apressada e desmedida com que se iniciam relações, baseadas em fundações de areia mole, nos impeça de ver para além do vidro, mas se olhamos pela janela sem a abrir, a perceção do exterior será menor, reduzida e com obstáculos. A solução passaria, quero acreditar, por a escancarar e por colocar a cabeça de fora, olhar e então sim, ver.

Tudo o que imaginamos e sonhamos já existe e já foi inventado. Não vejo então por que razão não nos podemos limitar a copiar e a seguir o que é bom, o que faz bem e o que permite finais felizes. Será porque ainda não saibamos o que significa isso verdadeiramente? Ser feliz, é fazer feliz quem nos muda os dias. Ser feliz e ter finais felizes, que serão apenas recomeços a cada dia, será nunca dar o que não queremos para nós. Ser feliz é ter quem e para onde olhar, sabendo que nos olharão com igual desejo e intensidade. Ser feliz não acontece apenas em filmes!

Fico a cada dia mais triste por todos quantos jamais saberão o que significa ter por perto quem consiga até deixar de respirar para poder olhar, infinitamente, sem que o momento se interrompa. Termos quem mude as noites para passarem a ser dias radiosos apenas para ver sorrir quem ama, é o que ainda desejo, para mim e para todos os outros. Lamento pelos que nunca entenderão o que significa abraçar quem lhes pertença verdadeiramente, mas espeito imenso quem consegue e está disposto a ajustar caminhos de décadas, apenas e só para conseguir ter mais do muito que precisa de dar.

Amar não é um ato egoísta. Amar é, na maioria das vezes, desprovido de qualquer interesse que não passe pelo bem estar de quem reconhecemos, seja lá porque razão for. Por karma, castigo, infortúnio, ou sorte, mas que nos deixou o coração acordado e nos mostrou que, pese embora os revezes venham com a mesma intensidade, valerá sempre a pena usufruir do único sentimento que mantém o mundo a rodar para o mesmo lado desde que o conhecemos.

Se apenas em filmes os finais se poderão manter como nasceram os começos, então já reservei a melhor fila para ir assistindo ao que não desisto de ver possível. Algures, ainda neste meu tempo, sei que estará um protagonista, alguém que precise, tal como eu, de acordar e adormecer a saber quem está ao seu lado. Recuso-me a acreditar, "tal como não morrerei nem que me matem", que sou peça única e que para ter o que consigo dar apenas me resta ficar comigo mesma. Esse não é o final que antecipo para o meu filme!

2.6.22

O que dizes e o que oiço!

junho 02, 2022 0 Comments



O que dizes e o que oiço. O que pensas e colocas nas palavras que me inundam e o que escolho entender quando na realidade entendo muito pouco. O que pensas de mim e o que receio que penses enquanto ainda tateias, sem muito jeito, pela mundo que já sou e do qual não fizeste parte. O que ainda nos falta fazer para que mais fique feito e nos poupe as dores, as avaliações desmedidas e os sons que apenas deveriam transportar amor. 

Nem sempre oiço, de forma isenta, o que me atiras, talvez porque precises de me descodificar, ou de ter num lugar emocional mais seguro. Nem sempre sou tranquila o bastante para te tranquilizar quando te enches de dúvidas. Nem sempre sei o que fazer do que pareces querer fazer de mim e é isso que nos confunde.

O que dizes e o que permito chegar. Tudo o que ainda manténs dentro e que tento rebater, falando-te de mim, por vezes até à exaustão, mas recebendo sempre tão pouco. Tanto que pareces precisar de te proteger, seguramente que não de mim, mas de quem represento, a outra metade de uma vida que ainda não estás pronto para viver, mas que desejas tanto quanto a mim. O que dizes quando ultrapassas as inúmeras perguntas que dançam, perigosas, na mente que te lança algumas rasteiras, talvez para que saibas, MESMO, o quanto precisas de saber de mim para que saibamos ambos o que fazer de nós. O que dizes, amiúdes vezes, soa-me às perguntas que deixaste por fazer algures na tua vida anterior, mas que me soam a setas de fogo que me queimam as poucas seguranças que conquisto. O que me dizes, porque também o pensas, deixa-me, inevitavelmente, a pensar no que ainda te falta dizer.

1.6.22

O mundo a rodar ao contrário!

junho 01, 2022 0 Comments



Nunca fui dada a muito arrojo, ou a cometer loucuras em nome do amor, passei sempre demasiado tempo a medir, a pesar e a retrair-me, mas de repente tudo mudou. Levaste-me à praia num dia de inverno frio, mas cheio de sol e de cores que se misturavam com o mar revolto. Passeámos de mãos dadas, em silêncio. Percorremos a praia até chegarmos à ponta e vermos as dunas que se erguiam imponentes, criando uma barreira entre nós e o mundo. Olhaste-me com ar malandro e cheio de desejo.


- Aqui? Não sei se sou capaz.

- Deixa-te levar, confia em mim, por favor meu amor, sou eu que peço!

Percebi a tua determinação e deixei que me conduzisses, esqueci-me de tudo e senti o meu corpo vibrar de prazer.

- Olha para mim, só para mim e farei de ti hoje uma mulher completa.

Foi tão bom!

Jamais julguei poder desligar e deixar-me ir. Parei de me controlar, aceitei todos os prazeres, senti os teus beijos ansiosos que me fizeram-me perceber o quanto me queres e como és capaz de me transportar para outro lugar, onde apenas existe entrega, corpo e sensações. Fiquei totalmente despida, de pudor, de roupa, de medo, senti as tuas mãos gigantes tocarem-me, mexerem-me, gemi alto e não me assustei, não me segurei. Obedeci-te e em troca deste-me o que nunca tivera antes por medo de arrojar. Mexeste-te devagarinho e não permitiste que terminasse depressa. Hoje soube que só tu me podes devolver o chão, fazendo-me tua, sem restrições. Agora estou pronta, o mundo já pode voltar a rodar ao contrário.