22.8.22

Continua a fazer escolhas!

agosto 22, 2022 0 Comments



Quando não lidas bem com o outro, é porque não estás a saber de que forma lidar contigo!

Dá-te amor e recebe todo o que te é reservado. Abraça até que te doam os músculos, mas a alma sossegue e o coração deixe de ter dúvidas. Beija, beija muito e sente na tua boca os lábios que te regarem do doce sabor da vida e dança ao som das músicas que te movem para além do que já sentes dentro. Sê diferente, mas sempre igual ao melhor de ti e espalha aos quatro ventos tudo o que acumulaste e poderá servir aos outros tal como a ti mesma.

Quando desistes rapidamente achando que te estás a proteger, apenas recuas ao invés de avançares na direção do que te espera e te pertence.

Recebe sem cobranças. Aceita, com a mente aberta o que até sabes ser certo. Ouve as palavras que tantas vezes repetiste e guarda-as porque também te são dirigidas. Abre as mãos para as que se envolverão nas tuas com determinação e assegurando-te de que serão para o sempre possível. Vai sem rotas definidas ou sequer antecipadas e volta apenas quando te sentires cheia do que te permitirá continuar amanhã, depois e mais um dia, até que nos restantes mais nada te reste do que ser feliz.

Quando achares que ainda não estás pronta, pensa outra vez e quem sabe a segunda volta já trará o que sabes ser teu.

Chora se rir já não for possível, mas usa as gargalhadas quando chegarem, para que te continues a sentir viva, válida e capaz de ainda tocar alguém. Acredita até quando duvidares, mas nunca duvides do que conseguires sentir, redireciona-te apenas e recomeça do ponto que já tomaste como partida, partindo para a viagem que terás que fazer se realmente quiseres concluir o que te trouxe aqui. Deixa-te ir uma vez que seja e sê o que te der na real gana, mas depois volta para que tenhas ainda mais, porque afinal de contas até mereces.

20.8.22

Vinte e uma primaveras!

agosto 20, 2022 0 Comments


Há muito pouco que uma mãe não consiga fazer quando é movida a amor e quando o que sente por um filho é TÃO natural e incondicional, que lhe basta um sorriso sincero para que todos os seus supostos "dramas" se esfumem!

Ontem, dia 19 de Agosto, o meu caçula fez 21 anos e não poderia estar mais feliz perante a possibilidade de usufruir inteiramente de um dia que já acrescentei ao meu calendário de memórias. Tanto que aprendo com os seus silêncios, com o respirar que já sei descortinar, porque nem sempre é agitado e com todos os sorrisos que esconde do exterior, mas que lhe enfeitam os olhos para os quais nunca me canso de olhar. É o terceiro duma linha que me tem enchido de orgulho, porque se tornaram todos BEM maiores do que alguma vez juguei ser possível. O Eduardo foi igualmente abençoado com dois irmãos que o guiam, protegem e amam de uma forma tão bonita, que o meu coração já vai conseguindo sossegar perante o escudo visível que se forma por laços que apenas o sangue consegue. O meu papel é bem mais suave agora, porque estou ladeada de homens incríveis que me certificam de que fiz exatamente o que deveria, quando era suposto e com a enorme sabedoria que acreditava possuir, mesmo que duvidasse sempre, não de mim, mas do que o mundo lhes forçaria e forçará a cada dia.

Já não desvalorizo o importante, mas deixei de valorizar o que importa tão pouco, que consigo finalmente saborear todos os minutos, estando apenas no presente e sabendo que o futuro só poderá reservar-nos mais do que somos todos capazes de dar. O nosso pequeno núcleo começa a crescer e estou segura de que apenas virão os que já carregam o amor que ampliará o nosso.

Parabéns meu filho, por ti e para ti, sou e serei sempre a mãe que escolheste.

17.8.22

Leva-me para casa!

agosto 17, 2022 0 Comments



Leva-me para casa. Segura-me as mãos e diz-me que vai tudo ficar bem. Aperta-me forte nos braços que sempre me abraçaram mais do que o corpo que sinto frágil e sem que o reconheça, porque me susteve corajosamente todo este tempo. Leva-me para casa, mesmo que não saiba o que representa e que morada escrever para que me reencontre enquanto finjo não estar em lugar nenhum. Tira algum do peso que me verga os ombros e mantém-me de pé, porque não posso cair, não ainda e sobretudo não agora. Leva-me para casa já que pareces saber onde fica e até dizes ter-me reconhecido enquanto abria a porta que o meu coração tanto desejava fechar. As janelas já não pareciam deixam passar a luz e as cores das paredes, as de dentro e de fora, estavam a escorrer como se o quadro tivesse sido mal pintado, mas foi assim mesmo que me viste e tens sido tu a manter-me acordada, até quando os sons não me chegam, ou acabam por ser tão altos que nem ouço o coração bater. Leva-me para casa enquanto consigo quere-lo, querendo que o que me afastou me deixe regressar. Leva-me para casa, nem que seja ao colo, mas não me deixes continuar por aqui, assim, muito mais tempo.

16.8.22

Nunca sabemos nada!

agosto 16, 2022 0 Comments



Nunca parecemos saber o suficiente e raramente descodificamos os outros ou sequer conseguimos ler-lhes os sinais, é pelo menos essa a sensação com que fico a cada dia!

Falamos, falamos, analisamos, tentamos seguir padrões, acreditando que os sinais levam a algum lado, mas depois surgem pessoas no nosso percurso que nos mostram que nos dias de hoje nada parece seguir conforme planeado, já ninguém reage ao que é suposto, deixando-nos inevitavelmente desarmados e incapazes de lidar com o que não conhecemos.

A normalidade também pode ser boa, saber com o que contamos e com quem, dá-nos segurança, permitindo-nos saber como começar ou de que forma terminar e não existe mal nenhum em ser previsível. Nos dias de hoje parece que andamos todos a funcionar em código, com imensos botões que colocamos bem visíveis, mas sem qualquer instrução. Forçamos a que os outros a pensem, imaginem e façam perguntas que raramente voltam com respostas, ou seja, andamos como que a balançar-nos em cordas, sendo alguns mais malabaristas que outros, mas acabando, uns e outros, de cara no chão.

Podia ser tudo tão simples e claro, mas pronto, ou entramos no jogo, ou saltamos fora. Por enquanto vou-me deixando ir, tentando perceber onde rebentam as águas, mas não sou das que morrem na praia, por isso, devagar até que posso ir, mas a rastejar é que não, no way!

15.8.22

Sinto a tua falta...

agosto 15, 2022 0 Comments



Mesmo o cinzento do céu não abafa o verde das árvores que em breve terão pinceladas de um castanho-mel. Até as nuvens que correm velozes permitem continuar a sentir o calor que virá das pessoas certas, das que ligam para um simples olá, das que se preocupam mesmo e que nos provam que a amizade uma vez instalada permanece.

Já não te tenho tantas vezes, mas sabemos ambas que estamos lá, aqui, em todas as frentes, uma para a outra, partilhando-nos e às nossas preocupações, rindo das tolices e quase chorando das derrotas inevitáveis, porque nem sempre se vence. Sinto-te diferente, uma mulher determinada, de mente mais disposta e aberta ao que será bom para ti. Acho que percebeste finalmente que afinal controlas bem mais do que julgavas, que tens algo a dizer que merece ser ouvido e é por isso que aceito os teus conselhos, porque o fazes de forma a provar-me que nem sempre estou certa, ou tão simplesmente, que tenho que aprender a ceder. Sinto-te a falta. Falta dos nossos momentos de análise desenfreada da vida, das partilhas, dos medos, das esperanças, dos amores mais ou menos correspondidos e das nossas vidas num todo, porque já estamos por aqui há umas quantas décadas.

Ainda há verde, muita cor, mesmo que envolta em alguma solidão, sobretudo porque apenas sentimos falta do que acaba a fazer falta realmente. É bom que saibas que já embarquei em mais uma "viagem" promovida por ti e espero sinceramente que desta vez tenhas mesmo razão, até porque estou a precisar de que precisem de mim como atestas.