5.1.23

Lembro-me de quando tudo era frágil e escuro!

janeiro 05, 2023 0 Comments



You changed my world!




Lembras-te de quando tudo era frágil, duvidoso e difícil de explicar, sobretudo o meu e o teu lugar em nós? Lembras-te de todas as palavras que nos atirávamos, umas a doer e a adiar o amor que descobrimos ter e outras a saber ao sabor que merecíamos provar? Lembras-te de quando me abraçavas sem que fosse eu toda no processo e de todos os abraços que recebeste, cheios das minhas certezas? Lembras-te do nosso primeiro dia?

O nosso começo não tinha como nos certificar do que poderia vir depois, mas carregou tanta entrega, descobertas envoltas em desejos e tanta vontade de apenas sentir que ainda nos mantínhamos cheios de vontade de gostar, de sermos gostados e de o podermos dizer. O percurso foi estranho, sui generis e tão fora da caixa, que demorámos a saber onde e como nos encaixar. Os timings pareciam nunca se acertar, mesmo que acertássemos em cheio no que cada um precisava de sentir. Os toques, esses foram sempre intensos e muito próximos do que tocar deve representar, mas os olhares nem sempre conseguiram verdadeiramente ver, talvez pela incapacidade de nos deixarmos olhar.

Lembro-me de cada uma das palavras que troquei enquanto escolhia escolher-te, mas também me lembro de todas quantas desejei ouvir de ti, esperando que me quisesses querer. Lembro-me de algumas coisas que me esforçarei por esquecer, no entanto sei que foi com cada uma que decidi permanecer e que foi apenas depois delas que me decidiste escolher.

Será que ainda te lembras de ti antes de mim?

4.1.23

Atravessámos algumas tempestades!

janeiro 04, 2023 0 Comments
Love language!


Precisámos duma tempestade e de todas as pedras que rolaram pela colina dos medos, agigantando-se mal tocaram no chão, para sabermos o quanto precisávamos um do outro. Provámos de sabores amargos, quase que tornando o mel que sempre nos escorreu pela boca, a minha e a tua, num fel que poderia ter permanecido para sempre. Tivemos noites duras e dias tão longos que ameaçaram não correr, enquanto corríamos em direções opostas. Fomos e voltámos em tempos tão diferentes, que reencontrar-te, enquanto finalmente me encontravas, sossegou o mar que agitámos juntos.

Aprendi a viver sem ti, mas percebi que o tempo contigo me deixava de sorriso ainda mais aberto. Sofri com a distância a que me vetaste, mas acabei a permitir que a encurtasses sozinho. Esperei, de forma tranquila, mas igualmente agitada e com as esperanças reduzidas ao mínimo, enquanto tropeçava em cada um dos obstáculos que criaste, mas acabei tão mais forte, que ficar sem ti, a acontecer, jamais me deixará sozinha.

Precisaste de cruzar um oceano de indiferença, até quando parecias verdadeiramente interessado, para perceberes que o amor não se promete nem se pede, apenas se sente, ou de contrário nunca se saberá partilhar. Precisei de ler as legendas que passavam numa língua estranha, para descortinar a tua incapacidade de me leres enquanto era clara e segura do que sentia, mas acredito que começámos finalmente a usar a mesma linguagem.


3.1.23

O frágil equilíbrio do amor!

janeiro 03, 2023 0 Comments

Emotions versus reason!


É tão frágil o equilíbrio diário que tentamos manter entre o que sentimos, passamos e desejamos, porque nunca saberemos tudo e nunca nada estará inteiramente nas nossas mãos, nem mesmo com todo o amor que o coração consegue armazenar. É tão dolorosa a impotência que se instala perante o que não podemos mudar, até porque a vida não cessa de avançar e com ela as diferentes formas de ver e de entender o que nos chega. É tão difícil soltar das mãos a cola que antes segurava os que nos estarão sempre tão dentro, que viver e respirar sem que a tranquilidade os envolva em cada decisão e escolha, nos desfere duros golpes.

Não sei viver sem analisar, entender e resolver. Não sei, nem pretendo, deixar seguir o que me perturba, ou aos meus. Não sei desvalorizar o importante, mas não valorizo demasiado o que apenas está, existe e acontece. Não sei ser menos mãe, mulher e companheira, quero tudo de tudo, ou de contrário fico-me pelo nada que o nada eventualmente me trouxer, já no meio, apenas a virtude. Não sei reduzir a intensidade que me define, porque apenas assim amo intensamente e jamais saberei ou entenderei dos que apenas sabem para o momento, para a hora seguinte e para o que o dia não poderão segurar. Não sei de que forma aceitar metades do que só quererei por inteiro.


2.1.23

O amor tem muitos poderes!

janeiro 02, 2023 0 Comments

Palavras de amor!


O amor tem vários poderes e é dele que nos alimentamos quando tudo ameaça ruir, ou apenas deixamos morrer sempre que nos impeça de sorrir!

Escrevo melhor e sou ainda mais intensa quando e de cada vez que amo, mas torno-me cinzenta e acabo ainda mais metida em mim sempre que não encontro forma de receber o que dou e que é tudo, porque amar foi o que aprendi a fazer melhor. Respiro todos os sentimentos que já acumulei, até quando não fui convenientemente amada, mas aprendi que se o amor termina, está apenas a permitir que outro chegue e se instale.

O amor tem o poder de nos reativar os sonhos, deixando-nos com a alma limpa e o coração cheio de certezas tolas, mas ainda assim possíveis. O amor é e será sempre o único lugar de onde viremos e para onde precisamos de saber voltar. O amor é o que nos faz olhar bem fundo nos olhos de quem nos consegue amar e é com amor que baixamos as defesas e nos permitimos continuar a caminhar. O amor é recheado de especiarias ainda por descobrir, mas é seguramente a descoberta mais engrandecedora e a única que ninguém pretende deixar fugir. O amor sou eu quando te acaricio a face que me ofereces para beijar e és tu quando me apertas no abraço que nunca queremos terminar. O amor, o que quero continuar a sentir e que alimento para nunca definhar vai estar em cada uma das palavras que usar, umas entendíveis, mas certamente que passíveis de adaptar, por ti, para ti e sempre que as quiseres usar. O amor, o meu, está aqui para ficar!

1.1.23

Todos os anos nos testam!

janeiro 01, 2023 0 Comments
New hopes and dreams!


Todos os anos nos testam, obviamente mais uns do que outros, mas o que nos deve mover nas inúmeras  "picadelas" emocionais, é tão somente a capacidade de aprender alguma coisa, saindo ilesos dos males maiores e fintando os que até se poderiam transformar em feridas permanentemente abertas. 2022 foi um desses para mim. Tanto que cresci, aprendi e recuperei. Tantas adaptações, guinadas em curvas acentuadas mesmo que com o uso constante do GPS, mas que se tornou ineficaz quanto ao destino. Tanto ir e votar, estando sempre no mesmo lugar. Tantas ilusões e umas quantas desilusões que quase ameaçaram o meu natural positivismo, mas apenas para aceitar que não tenho como controlar o que os outros sentem e desejam da vida. Tanto amor que me reavivou as memórias do tempo em que apenas bastava amar e tanta vontade de não o deixar escapar...

Em apenas 1 dia deixámos outro ano para trás e é neste, pleno de tantas esperanças e desejos de fazer mais e melhor, que precisamos de nos focar, parando de olhar para o que o passado um dia transformou no nosso presente desafiador. Mais 1 dia para além de todos aqueles em que nos foram dadas imensas oportunidades de fazer e de ser melhores. 1 dia, este, o primeiro dos que nos ajudarão a escrever as histórias que mais ninguém poderá apagar, nós incluídos. 1 dia, o único, em que a sensação de novo quase que torna tudo possível e é apenas num dia de mais um ano, que juntos, mesmo que sozinhos, porque os outros continuarão a existir e a influenciar as nossas decisões, enchemos o coração de todos os sonhos que continuamos a acreditar poder concretizar.

Todos os anos nos testam e forçam a reforçar as habilidades de que nos munimos para os dias cinzentos, mas aqui está mais um para os que sobreviveram e para os que não querem e não sabem desistir. Todos os outros anos ficaram para trás, agora temos apenas este e planeio usá-lo a meu favor para que nenhum tenha sido em vão e para que continue a ser a pessoa para a qual a minha identidade interior sorrirá. Todos os anos que acumulamos levam eventualmente ao ano em que tudo valerá a pena e porque não esperar que seja em 2023?


29.12.22

Porque é que me olhas assim?

dezembro 29, 2022 0 Comments

O teu olhar move-me!


Porque esperas que o meu corpo não reaja, ou que não se arrepie quando me tocas? Sabes que sem ti não avanço, que o meu sal não se dissolve, que deixo de ser mulher e de permitir que escorra pelo meu corpo todo o prazer que me ofereces. Vem agora. Não me olhes assim. Entra em mim, toma-me, deixa que sinta o teu peso e que me afogue nos beijos que prolongas até que pare de respirar. 


Não me olhes assim, pega-me, leva-me, inunda-me de tudo o que tens e sem o qual apenas sobrevivo. Não é possível nem humano que necessite ainda mais de ti. Bastam-me as tuas mãos para que te obedeça, para que me entregue e pare de lutar. Estou a sorrir-te e a dizer-te com tudo o que tenho dentro e fora de mim que apenas tu consegues o que julgava esquecido. Estou a sonhar-te, másculo, pronto e inteiro só para mim, para me dares uma e outra vez, tantas quantas aguentar, dor, sangue, calor, pecado, tu!

Sinto o meu corpo subir, porque o teu colo preparou-se para o que sei que virá a seguir. Estou pronta e sei que amanhã ainda nos enroscaremos mais em nós mesmos. Amanhã ainda sentirei a tua boca que cobrirá cada infinito pedaço de um corpo que é meu, mas que já te pertence.

Não me olhes assim que me enlouqueces de um prazer que apenas acontece contigo. Estou quieta, mas pronta, porque depois do teu olhar o mundo lá fora deixa de existir!

28.12.22

Será que teremos forma de controlar a vida?

dezembro 28, 2022 0 Comments

Tudo o que não sabemos!


Nunca teremos forma de controlar o que nos chega, quem nos entra coração dentro, nem nenhuma das possíveis pedras que possam surgir, porque a questão não será SE, mas QUANDO, no entanto temos escolha quanto à forma como reagiremos a tudo o que nos for sendo "oferecido". Nunca saberemos de que forma nos comportaremos perante o desafiante e menos generoso, não até que o vivamos e sintamos na pele. Nunca poderemos ou deveremos dizer nunca, porque a vida arranjará sempre forma de nos provar o contrário. 

O que não nos mata torna-nos mais fortes, mas também nos desgasta, impedindo-nos de provar convenientemente de qualquer sabor novo, talvez porque nos tornemos menos crédulos e passemos a duvidar até da sombra que projetamos. Este constante testar de forças. As perguntas ininterruptas que a vida nos coloca para que tenhamos certezas. O subir e baixar de muros emocionais e as idas e vindas para e de lugar nenhum, envolve-nos de mais sombra do que luz, mas tudo fará parte do percurso e ele será seguramente mais leve se já soubermos o que ser, quando e para quem.

Nunca poderemos encontrar respostas às perguntas que nos escudamos a fazer. Nunca saberemos do que sabe verdadeiramente o amor se não o tivermos desejado. Nunca teremos o sempre se ele nos assustar e fizer fugir do que afinal até nos sossegaria a alma. Nunca mais voltaremos a ficar prontos se duvidarmos de nós e dos outros.