Será que te vives intensamente?
O que vives intensamente, mas devagar e sem as pressas que te afastam do que é perfeito, permite que a perfeição se instale e que o que desejas passar passe eventualmente. Tudo o que escolhes ser enquanto estás a ser tu mesma, nunca te defraudará, deixando-te em metades, porque serás sempre inteira em qualquer olhar e em todos os toques. O amor que decides partilhar de cada vez que amas, porque será sempre uma escolha amar quem te ama, deverá representar-te na íntegra, de contrário não será amor.
As viagens que começamos, sem que saibamos em que paragens seremos verdadeiramente forçados a parar, deveriam carregar-nos e aos sonhos que amealhámos enquanto e pelo tempo que nos permitimos sonhar. As eternas buscas pela perfeição nos outros e as cobranças que nos falhamos cobrar, desviam-nos do essencial e impedem-nos de viver em pleno. As perguntas que lançamos, achando que as sabemos responder, apenas nos inundam de muitos mais pontos de interrogação, levando aos inevitáveis finais mal resolvidos.
O que aprendes, mesmo que ao teu ritmo, mas sem que te escuses a olhar em todas as direções, levar-te-á para o que fará sentido acumular, porque será exatamente isso que terás para dividir. O que sentes, sentindo que te define, definirá os que permanecerão e todos os que inevitavelmente acabarão por partir.