16.4.24

Será que sentes saudades de ti?

abril 16, 2024 0 Comments



Será que sentes saudades de ti? Será que te lembras de quem eras quando desejavas, ardentemente, transformar-te na pessoa que já és hoje? Será que passaste a sonhar outros sonhos e a ansiar pelo que afinal sempre te pertenceu? Será que és feliz na caminhada que escolheste fazer, sabendo que a felicidade é um estado de espírito?

Estares onde é suposto, evoluindo e crescendo por dentro, permite-te ser visto de forma diferente por fora. Passares para os outros o que tens, quando fazes por ter tudo cada dia mais, mostra-lhes o quanto é possível e natural que evoluamos naturalmente, uns mais do que outros, pelas histórias, escolhas e coragem até em momentos de fraqueza. Quereres diferente enquanto tudo é tão pequeno e igual, faz de ti a pessoa para quem se olha, por vezes com estranheza. Teres-te em primeiro lugar, impede-os de te terem sem que para isso se esforcem, porque os forçarás a formatos diferentes e nos quais te encaixes. Permitires-te sentir e dizer o que carregas, afastará os que se carregam com dor e sem esperança.

Será que sentes saudades dos sorrisos sem cobranças e das corridas para lugar nenhum? Será que escolhes ser feliz mesmo sabendo o quão raro e valioso é cada respirar? Será que sabes mesmo quem és, agora que acreditas saber o que importa?



14.4.24

Como está o teu coração?

abril 14, 2024 0 Comments



O coração é o lugar onde vais queres morar com sentimentos bons, porque a não os serem, muito pouco de ti se aproveitará. O coração que tantas vezes alimentamos à pressa, ou que nem sequer nutrimos, é o que nos impede de secar por dentro, porque apenas com ele no lugar certo e cheio de todas as emoções que nos permitem andar por aqui, mais seguros e sem dores que nos derrubem, é que não somos apenas mais um. O coração que deverás escutar com atenção, envolvendo-o da razão que não lhe cabe por competência, porque de contrário tornar-se-à no teu pior inimigo.

Como está o teu coração, será que o escutas com atenção? Como estás quando o tens pleno de amor, mas bem regado de razão e bom senso? Como estarão os que fazem parte dele e para onde envias os que saem quando apenas estiverem a ocupar espaço?

O coração, o meu, tem-me dado que fazer, mas já nos vamos comunicando numa língua comum, ou assim o obrigo. O coração que planeio continuar a fazer bater por mim e comigo na dianteira, não tem total poder sobre como e a quem amo, porque a qualquer momento posso escolher deixar de o fazer. 

12.4.24

O que preciso de ser?

abril 12, 2024 0 Comments


Não tenho que ser, nem preciso de querer que me queiram pelo que julgam saber de mim. Não me escudo em desculpas que nunca desculpariam o que não me representasse e jamais, em nenhum dos momentos que uso para estar comigo, poderia passar o que não tenho.

Não sou parecida com o que dizem ser desejável, provavelmente porque torna tudo menos dificil de entender, mas também não dificulto o que para mim será sempre fácil. Não busco os mesmos lugares, mesmo que saiba o quanto tornaria a minha vida mais simples, se simplesmente seguisse, na passada dos outros, pelos caminhos que já desbravaram. 

Não preciso do que aparentemente é necessidade comum e dificilmente me ouvirão reclamar do que não cuidei, porque é a mim que cabe caber no mundo que escolho. Não vou sem saber de que forma voltar e nunca começo o que souber não poder terminar.

Não sou feita da massa que todos mexem e remexem, até no mesmo recipiente, porque planeio ser muito mais, todos os dias, para mim, vazando-me inevitavelmente para os que amo. Não canto num timbre comum, mas sei de que forma me encantar com as músicas que eu mesma escolho e no final sou quem importa.

O que precisaria afinal de ser para poder pertencer? Provavelmente TUDO excepto quem já sei que não sou e é por isso que NÃO pretendo mudar.

10.4.24

Quantas perdas te vestem?

abril 10, 2024 0 Comments



Perdas inevitáveis quando, inevitavelmente, te deixas levar pelo que sabes não ser real. Batalhas que se avolumam e que perpetuam a guerra, arrancando-te os pedaços que tanto te custaram juntar. Momentos que te impedes de viver, enquanto vives de forma forçada, o que sabes ser de mentira.

Não te iludas por demasiado tempo, não quando já tens todas as respostas e quando partes dos teus dias deixam de ter sabor. Não te massacres perante a incapacidade de quem afinal nem conheces, porque apenas estarás a relegar-te para segundo plano. Não aceites o inaceitável em nome dum amor que apenas criaste no teu imaginário fértil, porque ele cairá tão depressa quanto chegou, e sem aviso, como o fazem quase todos os amores. Não te dispenses dos lugares que já ocupavas, apenas para que possa caber quem nem sequer desejou entrar. Não aceites o não como resposta para o que deveria ser um sim definido e sincero.

Perdas que se colam a todos, aos que perdem por escolha e aos que escolhem, durante demasiado tempo, não perder o que julgavam valer a pena. Perdas que nos recordam do quão bom era não ter por perto quem nunca nos desejou o bastante para nos manter. Perdas que demoram a aceitar, mas que nos permitirão entender melhor quem somos e o que fazemos por aqui. Perdas, porque fazem parte de qualquer processo, mas que nunca nos poderão levar a que nos percamos de nós.

6.4.24

Do que é que gostava?

abril 06, 2024 0 Comments



Gostava de ser egoísta, tanto, que preocupar-me apenas comigo fosse o que soubesse fazer melhor e nenhum remorso me inundasse a alma. Gostava de não precisar de pedir para ser gostada, não à minha maneira, porque já o saberias. Gostava, muito, de já ter as respostas que fui buscando mal te comecei a amar e gostava, ainda mais, de não ter que me preocupar com perguntas sem resposta.

Todos os caminhos que vou fazendo e que escolhei incluir no meu roteiro emocional, têm-me levado aos lugares certos, sinto-o, porque vou entendendo os motivos pelos quais ainda os percorro. Todas as escolhas, até as que nem parecem ser minhas, têm-me mostrado os pedaços inteiros, fazendo de mim uma mulher ainda mais determinada e forte. Todos os beijos que nunca desperdicei, foram-me sabendo ao que sou capaz de dar enquanto amo e é com TODA a certeza que percebo amar como apenas poderia acontecer.

Gostava de não precisar de reiniciar a nossa história de cada vez que algo se quebra, ou que alguma ponta se mantém irremediavelmente solta. Gostava de viver o simples, o certo e o real. Gostava de saber como voltar de cada ida e de poder regressar sempre que sentisse vontade. Gostava de poder pesar e medir o quanto gostas de mim.

Todas as vontades que mantemos até quando parecem não ser o que nos melhoraria, permitem-nos avançar mesmo após alguns recuos. Todos os sonhos que conseguirmos sonhar acompanhados, até quando sozinhos, seguramente que servirão para que se tornem realidade e é por isso que uso cada minuto de todas as longas horas, para te manter no lugar que reservei apenas para ti.

30.3.24

O preço das escolhas!

março 30, 2024 0 Comments



O preço a pagar por cada uma das escolhas que se faz, sendo mulher, é por norma muito alto! 

Já paguei contas que não estavam na lista, mas também já deixei umas quantas por pagar, por indiferença, medo, ou incapacidade. O preço que me pedem, a vida na sua grande maioria, é tão avassalador, que não raras vezes acordo com o pulsar acelerado dum coração que não controlo, mas ainda assim aliando-o à mente que me tem preservado. O preço de saber exatamente o que TENHO que fazere o que NUNCA poderia alguma vez ser feito por mim, quase que me derruba e amiúdes vezes maltrata, mas são essas as minhas escolhas e é com elas que aprendo a viver.

O preço da dor que um amor mal correspondido provoca, é pago em tranches longas e penosas, se não soubermos como as encurtar. O preço de sabores que as nossas bocas recebem, quando estão a receber o NADA que se instala imediatamente após cada um, impede-nos de aceitar o que NÃO deveria, sob nenhuma circunstância, ser aceite. O preço da mentira que cresce e mutila, mas que dificilmente se mantém escondida, afasta-nos da nossa verdade e muda-nos, irremediavelmente, para sempre. O preço de cada SIM, quando sabemos de antemão até onde nos levará, devolve-nos inevitáveis negas, muitas das que acaberemos a sentir na pele, no corpo dolorido e na alma cansada. 

O preço de amores que não o são. O preço de idas e vindas sem fim. O preço de lugares que desejamos manter. O preço das coisas que temos e das que almejamos conquistar. O preço dos sentimentos que suforcamos quando somos mães. O preço de saber línguas diferentes e o preço de não as ter aprendido. O preço de ser autónoma e o preço de nunca conquistar o que nos tornaria livres. O preço que nos colocamos e o preço que os outros julgam ter. O preço das escolhas que teremos que continuar a fazer, vida fora. O preço a pagar por sermos nós...

20.3.24

Nada x nada!

março 20, 2024 0 Comments


Vazios que se instalam quando já mais nada parece ser suficiente, ou valer a pena. Pensamentos que se materializam e sensações que se transformam em verdades impossíveis de negar. Medos que se colam à pele e quase nos derrubam pela impotência. 

Nada como o nada de sempre para que o agora não tenha forma de nos restaurar do muito que antecipámos, mas ainda assim fizemos acontecer. Nada como a incapacidade de aceitar o que nos esventra e mutila para sempre, para que o amanhã tenha um olhar diferente, vazio e sem cor. Nada como deixar de sentir, mesmo que a dor nunca nos abandone, para que deixar de sofrer se transforme numa miragem. Nada como o desamor para que qualquer amor novo se esfume, porque o impediremos de entrar.

Nunca te deixes para mais tarde, porque o amanhã estará aí, ao virar da esquina e depois de um qualquer dia aparentemente normal. Nunca te negues o que fará de ti a pessoa com a qual quererás viver, porque serás a única a restar. Nunca uses de demasiadas desculpas, nem mesmo para ti, para desculpar o que os outros escolher ser e fazer. Nunca esperes do exterior o que apenas o teu interior comporta, porque acabarás irremediavelmente desapontada.

Nada como regressares ao que conheces, para que a determinação se mantenha e te restaures do que não poderás controlar. Nada como saberes o que fazer do amor que carregas, para que saibas, sem qualquer dúvida, quem o poderá receber. Nada como permaneceres determinada até no que te assusta, para que eventualmente os sorrisos regressem. Nada como nunca aceitares o nada que te oferecem, como se te pudesse servir, para que sirvas o propósito que te trouxe até "aqui".