29.9.15

O teu prazer no meu!

setembro 29, 2015 0 Comments

Estava mais do que acertado, estaríamos apenas nós, sozinhos, tendo-nos completamente num fim de semana que usaríamos para nos amarmos mais, muito mais do que o habitual, até porque a fazê-lo ainda mais especial o facto de ser o meu aniversário. A distância ditava que fossemos criativos, que nunca parássemos de cuidar dos detalhes, por mais pequenos que fossem, porque nunca nos bastavam as horas, mesmo que longas. Nada do que nos déssemos poderia preencher todos os outros momentos de dor absoluta, infligida pelo distanciamento, pela impossibilidade de estarmos sempre um com outro e de resistirmos à falta de toque, que a acontecer parece conseguir compensar tudo o resto.

Eu sabia que tinhas um desejo, que algo do teu passado te deixara uma marca e como tudo o que faço é contigo e por ti, decidi surpreender-te. A tua vida como militar, durante o período em que completaste a tropa obrigatória, deixara-te prazeres que não te cansavas de repetir, mas infelizmente tinhas perdido a tua boina, e já to ouvira lamentar por diversas vezes. O que fazem as mulheres que amam, quando amam mesmo e com a força do mundo? Tratam de manter os seus homens felizes, e foi o que fiz. Eu sabia que não estarias à espera de nada do que te iria oferecer, e por isso toda eu sentia um enorme prazer envolto na antecipação do teu próprio prazer. Estava nervosa, feliz, eléctrica, irrequieta e muito excitada.

- Olá meu amor, já te podes virar, estou aqui.

O olhar que vi pousar em mim, assim que te voltou, ainda hoje me está gravado na mente e no corpo. Eu estava com a lingerie que me ofereceste, e que vinha com a promessa de ser usada de forma especial, estava pronta, sexy e disponível e na cabeça uma boina que comprara e me ensinaram a usar. Larguei-te uma continência irrepreensível e vi, em poucos segundos, como se enlouquece um homem, bastando que o conheçamos bem.

- Amo-te mulher da minha vida - Não foi o que disseste, não com palavras, mas juro que foi o que senti.

Agarraste-te primeiro à boina que olhaste e miraste ao espelho, fazendo poses, soltando risos de felicidade e sentindo um saudosismo que te transportou para lugares onde foste realmente feliz, mas acabaste a pousar os olhos em mim e no restante "presente", aliás era inevitável, porque eu estava, toda, como precisavas e esperavas.

- Isso é tudo para mim?
- O que achas?
- Anda cá, deixa-me mimar-te e lambuzar-te do amor que sinto e do prazer que me deste. És uma mulher muito querida e tudo o que me dás enche-me de uma forma que nem sei explicar.

Agora fico-me por aqui, porque o que tivemos a seguir já não tem forma de ser partilhado, pelo menos não agora, não neste pedaço de tantas histórias que escrevemos juntos!

27.9.15

Sabes o que importa realmente?

setembro 27, 2015 0 Comments



Quem teve razão, quem fez o certo ou o errado, quem começou e terminou, será que importa mesmo?Quando perdemos ambos, as palavras acabarão a valer o que valem, NADA!

Já sei que não fiz o que era suposto, que não fui submissa como deveria, porque a força que nos reconhecem, a nós as mulheres, só é desejável nas dos outros. Eu não me enquadrei, era mais do muito que poderias aguentar, sabia e entendia demasiado, não aceitava os "sim" só porque te saberia bem e não largavas os "não" por ter acordado do lado errado da cama. A minha consistência na forma de sentir é o que me mantém firme e me guia os passos, porque não posso ceder aos balanços da estrada.

Agora, sinceramente, não importa como começou, nem como terminou, porque a luz já está tão ténue, quase que apagada, esperando por tudo o que nunca parei de esperar, sabendo que o que sei é o que me levará até ao lugar que já vi antes e para o qual voltarei, porque o quero de volta. Já tive o teu coração bem perto do meu. Já soube como batia e por isso o que importa verdadeiramente, é que se pertenceram um dia e que nada do que fizermos agora mudará o que deixámos lá atrás.

Sabes o que importa realmente? Eu digo-te caso te tenhas permitido duvidar, o que importa é o que recebemos e que permanecerá muito para além de nós, para além de qualquer amor que acabe por voltar a entrar!

26.9.15

Ainda nós!

setembro 26, 2015 0 Comments
White Stacked Worksheets on Table


Olá meu amor,

Já não te escrevia há algum tempo, não porque tivesse parado de te pensar, mas porque estava a tentar parar de te ter de forma demasiado presente e sem que nunca mais nada ou alguém se consiga sobrepor.
Há dias em que a vontade de atirar tudo para o alto e de te gritar que te quero e que consigo superar tudo o resto quase me enlouquece, mas depois sossego, sento-me mais direita, respiro fundo umas quantas vezes e recordo-me, se é que me poderia alguma vez esquecer, que apenas posso querer quem me queira, e que não existe forma de nos impormos a alguém que simplesmente não nos consegue ver. Se hoje foi um desses dias? Sim, acho que sim, até porque quando me roubo algum tempo para ouvir o que dizem os outros sobre mim, dói-me ainda mais que nenhum dos outros sejas tu e que a forma como te quero não possa ser apenas transferida, aguardando que o amor cresça, porque acontece e é possível.

Já não ando por aí a tentar que me tentem, de alguma forma, estou apenas a cuidar de mim com todas as minhas forças, procurando por um lugar meu, e podendo, a qualquer altura, deixar entrar alguém, porque se não planear o "implaneável", ele até me poderá surpreender.

Voltei-me para mim e passei a ver-me e a gerir-me como se de uma empresa se tratasse, com horários muito definidos, com momentos de pausa e de lazer, entrando e saindo de uma vida quase paralela, mas da qual preciso como do ar que respiro. Quem me conhece reconhece-me uma calma anormal, uma pausa longa mas que tem produzido efeitos. Tenho um olhar bem mais seguro, porque agora, mais do que em qualquer outro período da minha vida, sei que consigo sobreviver a catástrofes emocionais e sair ilesa.

As minhas cartas nunca terão resposta, até porque não as envio, mas sabe-me bem pensar que as lês. Tranquiliza-me a alma imaginar-te, sentado à beira mar, com os cabelos a brilhar ao sol e de sorriso disfarçado, enquanto recordas a forma como bato nas teclas cada palavra. Tudo o que fazia era-te dirigido, mas percebi que ou te ultrapassava e deixava que seguisses, ou morreria todos os dias um pouco mais, até que nada de mim sobrasse ou fizesse falta. Assim sendo, e de cada vez que a saudade bater mais forte, escreverei as cartas que nunca sairão do lugar onde te recusaste entrar.

Espero que estejas bem e peço, com todas as minhas forças, de cada vez que te penso e olha que ainda são muitas, que encontres o que precisas e que sejas tão feliz quanto eu saberia fazer-te.

Um beijo suave por toda a face, parando de mansinho nos lábios que já foram só meus.

De mim, ainda, para ti.

S.A.


23.9.15

Cuidado com o que dizem!

setembro 23, 2015 0 Comments
Foto

Por esta altura do campeonato já não vou dizer que é um atributo meramente masculino, porque já existem imensas mulheres a usarem conversas de "chapa 4", UI se há, a diferença é que aos homens falta a originalidade e o sexto sentido, tirando isso a treta é toda a mesma!

Querem uns quantos exemplos? Eu dou:

- "As coisas não estão bem no meu casamento há muito tempo, em breve saio disto e divorcio-me
    MESMO".
- "O sexo nunca mais foi o mesmo, aliás, já nem nos encontramos na cama (mas o dito cujo continua     a acontecer, por esta altura até com mais fulgor devido às escapadinhas)".
- Já não fazemos nada juntos, o que nos une agora são os miúdos (e lá vão de férias todos para as         Maldivas, com tudo o que a legítima tem direito)

Vou reforçar que isto acontece em ambos os lados. Olhem que conheço umas quantas mulheres que dão com cada chifre aos maridos e com cada peta aos amantes, CARAMBA, digno de um verdadeiro romance, um dia destes quem sabe não me aventuro a escreve-lo.

Os pontos negativos de tanta fugida ao galinheiro avolumam-se. Os homens arriscam-se, ainda, a encontrarem mulheres meio enlouquecidas, daquelas que vão atrás das digníssimas esposas que até sabem do que se passa, mas fingem porque também lhes convém e tornam a vida destes "miseráveis" numa miséria total. Quanto às mulheres, de  vez  em quando lá aparece um que distribui uns balázios e depois entram para as estatísticas, mas tirando esses percalços, dão-se muito bem e usam e abusam de uns quantos lorpas. Olhem que já me ri com algumas das conversas que travam com os actuais candidatos, fiquei até envergonhada, porque na verdade é feio enganar seja quem for, mas pronto, não sou eu que faço as regras.

- Ele acreditou no que disseste?
- Claro, ele acredita em tudo, faço aquele beicinho, ponho um ar de virgem Maria e consigo vender-lhe tudo, até o que já comprou e pagou.
- Mas conta-me lá o que te pergunta.
- É sempre do género:
- Não fazes amor com ele pois não, ele nunca mais te procurou?
- Achas meu querido, eu lá conseguia estar na cama com ele depois de ti, sabes que te amo e que até me arrepio só de pensar noutro a tocar-me.
- Se estivermos juntos, dou-lhe o beijo mais apaixonado e sentido que consigo, nestas alturas ele até comia peixe e jurava que eram bifes de porco preto.

Gargalhada geral, tudo na galhofa e a puxar dos galões, espero conseguir anotar tudo porque mais tarde certamente que vou usar. Não para enganar, calma, para escrever sobre isso, é que como podem imaginar, sou a última alma correcta e sã do planeta feminino e que disso não restem dúvidas. Quem se rir leva uns açoites.

- Vá e que mais, do que falam quando não estão juntos?
- Querem saber o que temos vestido, nessa esmero-me sempre, puxo do cigarro, abro a revista da Max Men e descrevo a lingerie que lá está ao pormenor e nessas alturas quase que jurava que o sinto salivar. São tão visuais que nos basta apenas alguma imaginação e pimba, no próximo encontro até a barraca abana. Claro que as mulheres deles só usam cueca de gola alta, camisas de noite até aos pés e outras atrocidades que matam qualquer tesão. Até pode ser verdade, o que já duvido, mas se for assim com os legítimos, garanto-vos que não é com os amantes, pois, é que as sonsas que têm em casa também os enchifram.

Oh mundo perfeito, o que mais poderei dizer? MUITO mais, por isso em breve terei umas crónicas fantásticas e quem sabe ainda não se transformarão em manual!


22.9.15

Fazer escolhas é:

setembro 22, 2015 0 Comments
Harper (hair's a little light, more shows her lighthearted personality, easy to laugh)


Fazer escolhas é exercer o nosso direito de mudar o que está errado, o que não se enquadra, ou nos deixa presos a uma falsa ilusão de normalidade.


O que precisamos afinal, não para fazer escolhas, mas para nos decidirmos a fazê-las? Precisamos de sair da nossa zona de conforto, alargando-a até que o desconhecido não nos provoque medos infundados. Para mudar há que ter vontade, vendo na mudança a possibilidade de melhorar o presente e de forma a que o futuro seja mais palpável.

Temos uns quantos "medrosos" crónicos que temem até mudar de rua, fazendo sempre os mesmos percursos, não vá cair um raio, ou pior ainda, abrir-se um buraco que os engula. Esses dificilmente moverão um dedo para saírem do que tanto lhes custou a conquistar, mesmo que depois de filtrado seja NADA.

Temos os duvidosos, os  - "e se"? Estes duvidam até da sombra e se lhes dissermos que indo em frente chegam mais depressa, vão certamente franzir o sobrolho, olhando-nos como se fossemos loucos varridos e continuar a seguir por onde quer que seja mais seguro. Mudanças só se forem drásticas, daquelas que nem gritando muito conseguem evitar.

Temos por fim, os - "nunca, jamais, em tempo algum" - eu pessoalmente adoro estes, podem até ter descoberto ouro, o amor da vida, a cura para o cancro, mas não mexem um pézinho que seja, são do género - "não morro nem que me matem" - nada a fazer, são os desenganados, os que desistiram de viver, mesmo que achem que ver o jogo do clube de eleição, religiosamente, no mesmo lugar, com os mesmo amigos, usando o mesmo vocabulário, e só não digo que bebem do mesmo vinho, porque por esta altura estaria azedo, é o que lhes dá vida e alimenta a alma.

Agora vou resumir tudo isto, usando uma escolha minha, que é fazer-vos entender do que falo. CLARO que todos estes quês e porquês se irão reflectir nas relações amorosas, por isso se quiserem saber o desenlace de um novo amor, questionem a sua capacidade de fazer escolhas, na altura certa, pela pessoa certa. Se gaguejar e vos vier com uma data de desculpas sobre o quão difícil é dar o nó nas pontas da linha, desatem a correr e só parem quando já não tiverem mais fôlego, é que difícil é morrer numa hora e acordar na seguinte. Difícil é nascer mulher no corpo de homem, e vice-versa. Difícil é ter males crónicos e doenças incuráveis, tudo o resto são escolhas, tal como se escolhe amar esta ou aquela pessoa.

Fazer escolhas é dizerem como a minha amiga Renata,  - "Se não te consegues decidir, então vai levar no real cagueiro".










15.9.15

Quando uma mulher ama um homem!

setembro 15, 2015 0 Comments

Quando uma mulher ama um homem, não há nada que não consiga fazer acontecer, antecipar ou sonhar, porque se torna demasiado fácil ser a que sabe quem deseja e a quem pertence. Quando uma mulher ama um homem, vê com enorme clareza que papel poderá desempenhar, de que forma se mudará para que caiba a pessoa que passou a ter o papel principal, até onde ir e quantas vezes recuar até que ele o entenda.

Se disser que ainda te amo da mesma maneira, estarei a mentir, porque a verdade é que amo mais, muito mais, sobretudo porque consigo visualizar-te naturalmente na minha vida e porque não te ter se tem transformado num castigo difícil de suportar.

Quando uma mulher ama um homem, todos os segundos de cada minuto são usados para trazer recordações, para definir estratégias, para o ter nos sons de fundo, ouvindo quem fala, mas pensando em quem não está.

Nada do que faço te deixa do lado que estás, desse, sem mim. Estás comigo até nos momentos mais turbulentos e nos quais não pareço ter espaço nem tempo para te incluir. O meu maior desafio agora é sobreviver à tua ausência, sem nunca desistir de um dia te conseguir puxar para o lado de cá.

Já sabes, tens que saber e sentir que ainda não te afastei de mim. Sabes porque já me tiveste e já me ouviste dizer o quanto és o homem que continuo a amar.


8.9.15

Será que me sentes a falta?

setembro 08, 2015 0 Comments

Será que me sentes a falta? A minha amiga recente tem estas dúvidas e ainda sente o coração bem apertado, de cada vez que se vê impotente e incapaz de avaliar o que pensa, onde está e com quem, a pessoa que já foi das mais importantes da sua vida!

Vou ajudar da forma que melhor sei, escrevendo sobre os sentimentos, tentando que se liberte da culpa e da sensação que se cola sempre que considera poder ter dito ou feito mais. Porque a verdade é que quem olha em frente, quem segue com a sua vida e não oferece uma palavra que seja, para confortar quem já o amou tanto, não merece que se desgaste a alma e se encolha o corpo.

Num mundo perfeito, cada um faria o seu papel e pouparia ao outro dores desnecessárias. Num mundo ideal, quem nos amou e foi amado, deveria ser o primeiro a estender a mão, oferecendo as palavras que permitiriam que se continuasse, que se aceitasse e se entendesse.

- O Pedro minha querida, largou a tua mão, mesmo sabendo que iras cair, não olhou para trás, escolheu o mais fácil, escolheu um novo amor e libertou-se aprisionando-te. Não esperes que seja grande, após tanta pequenez. Não gastes o teu precioso tempo a acreditar que ainda terá um laivo de lucidez e que te reconhecerá a entrega. Não queiras mudar quem se mudou para bem longe de ti, esquecendo-se de as todas noites de amor incondicional e de todos os dias de cuidado. Não importa se ainda te sente a falta, quem importará sempre, serás tu mesma, tu e a tua capacidade de amar assim, como desejaríamos todos!