Não é não!
Não entendo a intenção na dor. Não aceito a pequenez de quem diminui e magoa. Não partilho de sentimentos vazios e não fico em lugares onde seja apenas uma figura difusa e sem forma ou formato. Não vivo para quem não sabe viver comigo e recuso-me a respirar o ar dos que apenas sobrevivem de máscara.
Não me retirem a felicidade de que sou feita, até quando me sinto triste e mal entendida. Não me cataloguem ou julguem igual, porque não pretendo colagens. Não me arranquem os sorrisos que ofereço sem esforço e não me forcem a mostrar o pior de mim, porque também o tenho. Não se sintam refletidos em imagens que não entendem e não tentem entender o que parecerá sempre uma língua nova e desconhecida.
Não sou a que pede o que lhe deve ser dado e não dou se for continuamente indesejado. Não queiram iniciar as viagens que já faço por ter roteiros defindos e não se agarrem à indefinição como desculpa, porque nunca saberei de que forma desculpar os que não olham, não conseguem ver e não escutam o que deveriam já ter ouvido. Não esperem por diferente enquanto o igual me continuar a marcar qual ferro em brasa.
Não entendo os que recusam entender-me quando sou clara, coloco legendas e até uso língua gestual. Não aceito os que já me recusaram antes e não partilho, porque me recuso, males de almas que não se redimem. Não vivo para ninguém se não souberem de que forma viver comigo e não coloco gostos no que for declaradamente feio.