28.2.15

"O meu nome é Alice"!

fevereiro 28, 2015 0 Comments


E quando já não os restar nada, e quando o que somos, o que juntámos, em milhares de memórias, simplesmente nos abandonar e fizer de nós pessoas vazias, sem alma, sem emoções, presos num corpo que deixou de nos obedecer?

Estava algo desejosa por ver este filme com Julianne Moore, de quem gosto particularmente, e que esteve numa interpretação soberba, como nos habituou. Tem um ar enigmático, distinto e interpretou esta personagem de forma bem humana, na humanidade possível, sempre que doenças impiedosas, como o é o Alzheimer, nos arrancam a vida, aos pedaços, segundo a segundo, tudo o que tanto lutámos por conquistar.

Triste, mas real. Triste sobretudo porque tudo o resto se mantém, prossegue, nos olha de cima, e não se compadece com a nossa paragem, e redução de velocidade, até porque mesmo, e por muito que nos amem, jamais serão capazes de nos trazer de volta!

Recomendo!

Sei quem me ouve...

fevereiro 28, 2015 0 Comments

                









































Sei quem me ouve. Sei com quem falo, sempre que estou inquieta e de cada vez que preciso de ser tranquilizada!


"Ele" ouve-me, dá-me sinais, aceita as minhas sugestões, mas mostra-me, sempre o melhor caminho. Conhece-me melhor do que eu mesma, antecipa alguns dos meus movimentos e corrige os que recuso aceitar.

Hoje acordei assim, de madrugada, sem norte, com vontade de me gritar, de me chamar de burra e de desistir de tudo. Virei-me e revirei-me na cama, quase que desesperei, mas acabei a pedir-lhe, que me ajudasse, que me fizesse ver as coisas como são mesmo e que me "forçasse" a seguir o meu plano, não há outra forma, se não for testado não terei como saber se será bem sucedido.

PERSEVERANÇA! Será esta a palavra chave? Talvez sim, misturada com muito arrojo e desejo de ter quem me propus. Avizinha-se um caminho atribulado, com muitas pedras para eu chutar para o lado, como muitas indecisões e a questionar-me o tempo todo. Isso até eu percebi, sozinha, mas vamos ver se o sou realmente, perseverante.

"Se te faz feliz, é certo", mas e quando não faz? E quando vem com mais dúvidas do que certezas? Quando me tira o sono e me arrepia a pele, não de desejo, mas de um desconforto que quase se instala, o que faço então? Vou fazendo, vou esperando, vou-me sossegando, tentando perceber que não controlo tudo, por vezes nem chego a controlar nada. Talvez assim me redefina, sem me anular, sem permitir que me "arranquem" o que levei tanto tempo a conseguir.

Vamos ver se gosto da nova versão de mim e se "ele", e por ele saibam que falo do meu Anjo da Guarda, me continua a ouvir!

27.2.15

De que fonte bebo afinal?

fevereiro 27, 2015 0 Comments

Feelme/De que fonte bebo afinal? Tema: Me!
Imagem retirada da internet

Pergunto-me isso mesmo, todos os dias, mas ainda não tenho a resposta completa!

Sei que me alimento de todas as reservas que acumulo, de mim mesma, porque gosto de tudo o que sou e tenho. Sou aquela em quem se pode confiar, com quem se pode caminhar em silêncio, porque o entendo, e com quem se pode falar até que se nos seque a boca e só reste o toque que nunca recuso, a ninguém.

Já sou mais uma, duas, três vezes a mulher em que me tornei, porque me multiplico e desmultiplico no que acredito ser o certo, para fazer o meu percurso, aqui, no lugar e no tempo que me "ofereceram".

Fui bafejada pela sorte, encontrei-me, percebi do que falam os outros quando me conseguem ver e passei a ver-me também eu. Não recuso o que sei fazer melhor, porque sei que mudo muitos mundos. Estou atenta à forma como precisam de mim, porque eu irei precisar de que me recebam também, nos dias mais cinzentos, tenho-os, sobretudo para ver com mais clareza e de sorriso bem aberto, todos os outros, aqueles em que o sol me deixa beber, porque ele é uma parte da minha fonte.

Amo-me, mais facilmente agora, e por isso amar-te a ti é natural e a extensão de mim, do que sei fazer e quero fazer para estar bem, comigo, aquela sem a qual não posso viver.

Eu bebo, todos os dias, um pouco mais de várias fontes, e é por isso que ainda me encontro aqui, à tua espera, para que te possa passar as partes de mim que precisas para também seres quem vale a pena!

Já houve...

fevereiro 27, 2015 0 Comments


Um tempo em que achei que tudo o que fazias era certo, que era por mim e para me fazer bem, mas nada como conhecer e ver, para perceber!

Quem terá que nos fazer, bem, primeiro que todos os outros, deveremos ser nós, porque depois disso, no final de cada etapa que consigamos concluir, tudo o que nos fizerem, os outros, terá sido da única maneira possível, da que sabiam e podiam, porque o permitimos.

Já foste a melhor coisa que tive, a que me fazia acordar a pensar que nada sairia fora dos planos, a sentir que a minha felicidade passava pela tua, que o meu corpo só poderia ter o teu para se preencher, mas acabei a perceber que nada pode passar por alguém que não eu mesma, porque eu NUNCA me deixo ficar mal, eu não apago as luzes de cada vez que preciso de ver e de me sentir acompanhada, eu ofereço-me os silêncios que preciso, mas falo e movimento-me quando e sempre que estou inquieta.

Eu sou a que sabe como conduzir o tempo que preparo para mim, aquele em que quero pertencer para dar, a todos os outros, uma mulher verdadeira, uma que vale a pena ter e manter.
Eu sou a que escolhe as músicas que quer ouvir e que dança até se restaurar de novo.
Eu sou a que se cobra tudo, mas que não cobra nada, se de nada precisar.

Afinal a melhor coisa que tenho sou EU, porque a mim vou-me querer sempre de volta, para mim irei rir e chorar sem me preocupar se fico frágil ou assustada. Eu e eu mesma caminhamos sempre juntas e nunca nos viramos a cara, olharmo-nos sempre dentro, sem medo de ver o que somos, porque somos genuínas, grandes, bonitas...

Já houve dias em que me consegui enganar, mas virão sempre os outros, todos os outros, em que me saberei devolver, a mim!

25.2.15

Por onde foi que andei?

fevereiro 25, 2015 0 Comments
Erica Vanlee ..by Tolga Katas


Por onde foi que andei? Porque fui receando sempre tudo e evitando mostrar esta mulher que sente como respira, que sabe o que quer e quem precisa de ter para que cada poro deite para fora o que guarda dentro, faz demasiado tempo? Será maturidade ou apenas o fim de um ciclo, de avaliações extremas, de medo da pele que tem e que tanto que mexe com os outros? Não me vou perder em perguntas, agora estou mais interessada em conhecer as respostas, em seguir no caminho que vi bem lá atrás, quando era determinada pela inocência e pela capacidade de sonhar sem rede, de voar mesmo que não pudesse voltar à terra. Estou a trazer de volta a menina que sabia de que forma queria ser mulher, a que lugar do mundo pertencer e como se mover para não ficar demasiado quieta...

Sei por onde andei, mas não sei como lá cheguei e fiquei, e de que forma me apaguei e permiti que parte de mim, a maior parte, se auto flagelasse e deixasse de perceber como funcionaria, como me ligaria e manteria a funcionar, se apenas não receasse ser esta mulher.

Não sei por onde andei, mas gosto desta mulher. Gosto das minhas formas e do olhar que dispenso às coisas. Gosto dos planos que traço para cumprir. Gosto da minha capacidade de usar as palavras, de já as não recear, conseguindo que os outros se apoiem na força que afinal tenho. 

Espero já não ir tarde. Espero continuar a ver-me por fora, porque já sei o que me vai dentro. Espero manter esta capacidade de me sentir vulnerável, com desejos que já não escondo e com todas as partes de um corpo que despertei. Espero manter no meu percurso quem fui descobrindo, todos quantos tropeçaram nos meus sorrisos, até os que não conseguem ver. Espero que nunca vos faça falta, porque cuidarei de me manter por perto e a fazer o que já provei sair bem. 

Já vou sabendo mais umas coisas de mim e da vida que escolho a cada dia. Já vou sabendo que até as perdas valerão sempre a pena, porque por onde quer que tenha andado, sei que regressei sempre ao que afinal sou.

Esperou, esperou e ela chegou!

fevereiro 25, 2015 0 Comments

✣… The people we are in relationship with are always a mirror, reflecting our own beliefs, and simultaneously we are mirrors, reflecting their beliefs. So... relationship is one of the most powerful tools for Growth... If we look honestly at our relationships, we can see so much about how we have created them. ✣ Shakti Gawain arTist; Unkown (retouched by Ellen Vaman)




Esperou... esperou e ela acabou a chegar!

- O que aconteceu pequenina?
- Pensei não vir, estava cheia de medo.
- De mim?
- De nós, de recomeçar e de voltar a doer.

Quando o Fernando viu a Elvira pela primeira vez, ela parecia ter saído de um quadro de Renoir. Era frágil, as suas roupas tinham as cores do século XIX e  os lábios eram de um rosa suave, que muito provavelmente nunca teriam sido beijados. Deixou-o de imediato tão apaixonado que resistir-lhe nunca foi opção, não para ele. Era linda, tão branca que certamente nem os raios de sol a tocavam e no entanto tocou-a ele. Nunca imaginara possuir uma mulher assim, que fosse sua primeiro, pela primeira vez e que precisasse tanto dele para pertencer a este mundo, ao mesmo do qual se mantivera escondida, num lugar que até parecia mágico, com tanta cor e tanto talento...

Elvira era uma pintora reconhecida, que vendia tudo o que produzia mesmo antes de ser criado. Os clientes, que ela nunca chegava a conhecer, esperavam meses por uma tela plena de uma magia de um outro mundo, o mesmo no qual vivera até se conhecerem.

Fernando adorava a sua casa, tocar cada objecto, os livros de capa dura e autografados por autores dos quais jamais ouvira falar. Tudo parecia estar no lugar certo, com uma luz própria, a que ela criara para se embrenhar bem dentro de cada cor. Os pincéis, mágicos certamente, sobretudo quando estavam nas mãos pequeninas, mas tão determinadas, que ninguém diria serem dela.

Elvira não olhava nos olhos, não antes, mas passou a entrar bem dentro dos dele, implorando-lhe, sem palavras, o que lhe ensinara a desejar. Fazer amor com ela era um sonho. Beijar a sua pele uma adição. Deixá-la um desespero, uma tortura.

- Não te vou magoar, apenas roubar ao mundo que afinal nem te conhece E que não se importa contigo.
- Preciso de voltar ao antes para criar, já não tenho um lugar só meu, agora estás lá tu e...
- Vem cá pequenina, deixa-me cuidar de ti. já te tirei da tela, ofereci-te a realidade, a mim e tu gostaste, por isso deixa-te ficar.

Talvez alguém já tenha pintado um quadro assim, com duas pessoas que se misturam nas mesmas cores, sobre uma paisagem que ninguém reconhece, mas que só poderia estar ali. Se o virem e se sentirem que estão num mundo paralelo, que o vosso olhar entra, cada vez mais bem dentro da alma de seres que não se distinguem, porque se fundiram, quem sabe não estarão a olhar para o Fernando e para a Elvira!


22.2.15

Até no inferno!

fevereiro 22, 2015 1 Comments


Sempre disse que daria tudo para ter quem me seguisse, quem não soubesse viver se eu não estivesse por perto, alguém que sentisse as minhas palavras, tão fundo, que todas as outras fossem apenas o que se precisa de usar para nos juntarmos ao resto do mundo. Daria tudo para saber de quem pousasse um olhar fixo em mim e conseguisse auscultar-me por dentro. Um corpo no qual me encostasse para que todas as dores do mundo se subtraíssem, tendo quem planeasse ver-me nos mesmos lugares, até que os nossos corpos se recusassem obedecer-nos, mas que deixasse de importar, porque estaríamos a envelhecer juntos.

Gostava de poder mostrar, sentir e viver, um amor que me fizesse mergulhar nos mesmos mares dos quais tenho medo de morte, talvez por já ter morrido em algum. Um amor que me levasse a perdoar cada falha, com receio de falhar também eu, a ponto de perder quem realmente importasse. Gostava de te poder dizer, todos os dias, tal como o sinto agora, que por ti me superaria e iria até onde fosse preciso para ser a pessoa que visualizasses em cada pedaço do teu futuro.

Sei que a forma como te amo me faria ser amada de volta e que se te perdesse procurar-te-ia, iria até no inferno, ao lugar de onde dizem nenhuma alma ter jamais saído e te traria de volta, para que estivesses do lado de quem te respira e sabe como se te entrar dentro.

Nada, nem ninguém, nos roubaria um segundo que fosse, a mais do que aqueles que já teriam que nos arrastar para longe um do outro, porque viver tem, infelizmente, outras nuances e estar contigo e em ti, nunca poderá ser sempre e para sempre, mas seria intenso, sentido e desejado, tanto que não precisaria de te dizer o que escrevo agora, porque já o saberias, já me teria encarregado de te o provar.

Vou aprendendo a tranquilizar-me e a saber esperar, porque agora, mais do que ontem, sei que te terei outra vez. Sei que te reconhecerei em qualquer outra vida, mesmo que o duvides, mas acredita que se te tiraria até do inferno, então também te conseguiria encontrar em qualquer rua de um novo destino, na hora certa, naquela em que passarias para que te visse realmente!

21.2.15

A inteligência parece importar!

fevereiro 21, 2015 0 Comments


A inteligência parece importar, para mim sei que importa, porque tenho pavor de quem não consegue articular duas palavras decentes, seguidas. Abomino quem não se esforça para usar o que já é suposto ter aprendido, porque não temos que ser doutorados em coisa alguma, apenas interessados e interessantes!

Já me vou cruzando com um Universo masculino mais interessado em pessoas inteligentes, claro que aliada à presença física e ao saber estar, porque a verdade é que ter o cérebro estimulado é um verdadeiro desafio. Eu gosto, dá-me pica, alento, vontade de continuar a surpreender e a ser surpreendida. Conquistem-me com palavras, mas atenção, VERDADEIRAS, sentidas e que falem de vocês, de contrário e ao mais pequeno deslize, volto as costas e PRONTO, já não permito mais abertura.

Nada como uma alma inteligente que saiba do mundo e que se importe com ele. Posso falar horas a fio, sem nunca bocejar, se ao menos me "tocarem" nesse poderoso órgão que tanta gente deveria exercitar. o cérebro, claro está. Gastem-no caramba, tirem-lhe o pó, mostrem-se, ofereçam e aprendam, porque vai sempre valer a pena!

18.2.15

It´s raining men!

fevereiro 18, 2015 0 Comments


Conhecem a música?

Nunca a entendi tão bem quanto agora, não vou dizer Aleluia, como no refrão, mas ou a primavera está a chegar mais cedo, ou eu abri algum portal e vem daí, HOMENS!

São de todas as idades, feitios, objectivos, lugares no mundo, passados, mas em comum, uiii, em comum têm o desejo de me terem. OK, então e eu faço e digo o quê exactamente? Ajudem-me porque já experimentei de tudo, fui dura, compreensível, doce, azeda, torcida, condescendente, mas o resultado é o mesmo, querem por que querem e pronto.

Vou começar a andar de bastão em riste, de cara feia e boca puxada, esta parte não resultaria de certeza, dizem -me sempre que os meus lábios os enlouquecem.

Pleeeeeese, tirem-me deste filme, é que eu só preciso de UM, de cada vez, eheheheheh!!


17.2.15

100,000!!

fevereiro 17, 2015 0 Comments


Um blog, três anos depois e 100,000 visitas, uauuuu!!

Quando o "construí", quando teclei as primeiras palavras, jamais me visualizei aqui, assim. Fui crescendo, entregando-me ao que por vezes me parece um emprego, mas que trás tanto prazer agarrado que não tenho forma de parar, já nem saberia como.

Agora, a olhar para o número, tive como que um flash back, tanto que me passou pela cabeça, tantos lugares, pessoas, dias e dias que não paro de acrescentar, palavras que vão saindo, comigo, com todas as dores e conquistas que nunca cesso de sentir e de antecipar.

100, 000 olhares para o que largo, com sentido, para o que procuro e desejo, por vezes em quase desespero, sendo como que uma extensão de mim mesma. 100,000 obrigados para cada um de vocês que me mantêm aqui, é também por vocês que estou, para ficar!

"Cake"!

fevereiro 17, 2015 0 Comments


Nome do filme que estive a ver com a Jennifer Aniston, forte, num registo tão diferente de tudo o que já fez!

Interpretação incrível de dor física, tão poderosa que a consegui sentir, que me passou um desconforto, uma incapacidade em encontrar uma posição que me deixasse, também a mim, sem dores. Aqui não vemos a mulher bonita e cuidada de outros filmes, apenas uma que sofre, diáriamente, e com dores emocionais bem maiores, que a estraçalham por dentro e a impedem de ser quem outrora apenas seguia com a vida, provávelmente achando que controlava tudo, que sabia o que precisava para ser feliz.

Num segundo, num tempo que passará demasiado rápido, ou tão lento que nos prenda numa outra dimensão, ficamos à mercê de tudo o que nos queiram e consigam tirar, e nem a vida como a conhecíamos alguma vez poderá voltar a ser a mesma.

Forte, demasiado para quem se lhe entre dentro, como o fiz eu e acabei a sorrir, ainda mais confiante, para tudo o que ainda tenho, hoje!

16.2.15

Sensações, emoções...

fevereiro 16, 2015 0 Comments



Dizem-me que sou exímia em passá-las, que pareço saber do que padecem os outros, de que forma se sentem, nos momentos menos bons, mas também nos que vão chegando para nos iluminar!

Penso, e isto sou eu a analisar, que aprendi a não me refrear, a querer, sempre, o que é suposto, em cada momento, no que me deixará passar para o patamar seguinte, porque os caminhos fazem-se realmente caminhando. Aprendi a deixar muito pouco por dizer, a usar as palavras que quase "lutei" para conquistar, quando apenas aos 5 anos, supliquei que me ensinassem a ler e a escrever, e as passei a sentir tão dentro, porque reproduziam o que apenas muito mais tarde aprendi a entender, reproduziam-me a mim. Com elas poderia passar a explicar o que desejava, a fazer-me ouvir, com os sons que tocam os outros e cedo comecei a tocar, mesmo que me achassem algo estranha pela profundidade, pela determinação em corrigir erros ortográficos, porque as palavras são preciosas para mim.

Eu sou todas as sensações e emoções que armazenei, sem elas ficaria vazia, incapaz de me mostrar, incapaz de "vos" entender e por vezes com a quase vidência perante o que cada rosto mostra ou tenta esconder.

Sou eu a que nunca recusa uma palavra, um gesto, um sorriso, mesmo que de alma ensanguentada, a segurar-me para não gritar que também estou a precisar, de todas as palavras que consigam juntar para me curarem do que por vezes padeço.
Sou eu a que fala consigo mesma, que se reconhece frágil ou com uma força de super mulher.
Sou eu a que abre as portas e os braços a quem chora por dentro e se recusa a entender as pedras do mundo.
Sou eu, a que está deste lado, de cada uma das vidas que já "toquei" para ficar, para nunca vos abandonar, para continuar a escrever até que me doam os dedos, até que se me seque a magia que pareço fazer, sempre e de cada vez que não me detenho para mudar cada um dos vossos mundos que juntos fazem também o meu.

Um dia, quando já pouco restar de mim, ficará tudo o que consegui dizer e até o que me neguei estará implícito em cada som que levou o vento, mas que de alguma forma até que chegou, lá, ao lugar certo, porque quem me conhece sabe que de mim terá sempre verdade, entrega, palavras duras, mas que fazem parte de mim e do que somos todos.

A minha homenagem à maior riqueza que possuo, ao que me esvaziaria se parasse, se me atrevesse a silenciar-me, porque até posso perder o maior amor da minha vida, e sobreviver-lhe, mas sem palavras não seria nada, seria uma pobre amostra de uma mulher que mesmo grande, como o são todas, não teria a voz nas mãos, nos lábios, no olhar.

Quando parar de vos passar emoções, sensações em forma de palavras, gritem-me, bem alto, que eu carregarei as baterias e começarei de novo.

Uma homenagem a vocês que fazem de mim o que sou. Obrigada!!

14.2.15

O que é que já não receias?

fevereiro 14, 2015 0 Comments

all the beauty things...

Deixei de ter medo de que o meu coração se transforme e que fique empedernido apenas porque uns quantos não o souberam cuidar. Sei que sou bem mais do que a forma como me olham e desejam e que o que pretendo para mim existe, por isso o meu sorriso já não é fingido, já o sei e já o entendi, porque quem me trás de volta sou sempre eu!

Já não sou de chorar, não por mim e não pelo que adianta muito pouco. Sou a que chamam de forte, mas sou forte porque me conheço e porque mesmo em cada passo menos seguro, acabo sempre a perceber de que forma errei, o que calculei de forma leviana e que defesas desarmei. Sou a que se levanta de cabeça bem para cima, olhando para lá de mim, com os braços abertos para os que necessitam de dias seguros e previsíveis. Sou a mulher, a que largou muita bagagem num passado que o passou a ser e para o qual não pretendo voltar. Sou quem programa cada pedaço de tempo que passei a querer que seja de qualidade, para mim e para quem sabe do que falo, mesmo quando não me lê na íntegra, mas que me tem. Sou eu, a que se aprendeu a amar, a que gosta de cada imperfeição e a que amadurece mantendo-se jovem de alma.

Já não receio que os meus braços fiquem fechados, porque já sei que os abrirei de cada vez que entender que vale a pena. Se me provar errada, terei caminhado mais um pouco, continuado e ficado mais perto de quem não receará nada, tal como eu. Viver só pode ser isto, continuar, encontrar, querer, lutar e amar inteira, não quero que seja morno, acanhado, quero tudo a que tenho direito e vou dar para ter, em cada hoje e nos muitos amanhã que ainda me pertencerão!


12.2.15

DESCULPA?

fevereiro 12, 2015 0 Comments
Imagem relacionada

- Desculpa lá, quando vieste até mim, éramos apenas nós os dois, os nossos amigos, o trabalho e tudo se encaixava na perfeição, por que carga de água me estás a falar agora na tua MÃE?

As relações chegam e com ela tudo o resto e todos. Os que muito provavelmente nunca irão engraçar connosco, nem nós com eles, mas que são como a bagagem, nem sempre vem com as malas mais bonitas.

Mães versus sogras, já algum tempo que deixei de lidar com esse sentimento contraditório, o de precisar de agradar a outra mulher, a mais importante na vida do homem que entrou na nossa, mas a de nos querermos demarcar de tudo o que ela representa. Viver sem esse "engasgamento" diário, poder ser maravilhosamente imperfeita, não ter que participar em almoços que se arrastam, e em conversas que testam a nossa capacidade de não nos agarrarmos ao pescoço de alguém e de o torcer como ao das galinhas... ufaaa, até respirei de alívio.

Vou querer uma relação assim, sem mães, cada um que fique com a sua, sem sorrisos forçados, sem explicações, nem histórias de quando ele era pequeno e gostava de ... Por favor, não há pachorra, não nesta altura da minha vida, mais perto do que nunca de ser avó.

 É verdade que sou pouco dada a partilha de emoções em grupo, sobretudo no feminino e quando ele representa competição. Não compito quando sei que não posso ganhar. Não compito por afectos, nem colos. Não compito quando sei o que é meu por direito. Não há forma de ganhar a uma mãe controladora, vão por mim. Elas sabem exactamente por onde agarrar" os filhinhos. Por isso desistam mal vos surja algo remotamente parecido, não há quem mereça. Por mim falo, até porque e para além de tudo, já tive a minha dose, por quarenta mil anos!

11.2.15

Não eras tu!

fevereiro 11, 2015 0 Comments


Eu tentei, juro que sim, e até que corria bem, mas lembrei-me de ti, do teu cheiro e não consegui, até o mais ínfimo pedaço de mim se arrepiou e soube que não seria capaz!

A música era suave, estava a ser bem cuidada, para que me soltasse e parasse de pensar no mundo lá fora, mas bastou uma palavra, igual à tua, ao que me chamavas de forma carinhosa, para que eu gelasse e fugisse, de mim, do que senti tão dentro que me assustou.

Não estou pronta e vai demorar, já o percebemos todos, mas estou a ser afortunada, afinal até tenho quem me olha e deseja, consigo sentir o calor de quem espera receber o que acredita ter eu para dar, não tenho do que reclamar, não posso.

Nunca mais serás tu. e um dia deixará de importar, porque deixarás de cruzar o meu pensamento, os cheiros não voltarão a ser familiares, o teu nome sairá de mim e as palavras já não te trarão junto.

Hoje não consegui, mas pelo menos voltei a sentir-me e a saber que estou viva!

Estou, mas apenas metade de mim!

fevereiro 11, 2015 0 Comments


Estou, mas apenas metade de mim, a parte que já não controlo, porque a que deixou de me obedecer já partiu, viajou há algum tempo, para fora de um corpo do qual recusa fazer parte...

Já nem eu mesma me quero, não me reconheço, não consigo que a minha alma sossegue, não sei como a trazer de volta. No meu mundo, antes de ti, eu sabia para onde tudo girava, sabia como arrumar cada emoção, entendia a linguagem e entendia-me a mim. Agora, aqui, continua apenas a parte que me permite funcionar, que me permite sorrisos mecânicos, que cada uma das minhas obrigações surja, como que por milagre, porque nem pareço ser eu a realizá-las, e quando sou eu, nada de mim está lá dentro. Estou tão vazia que parei de entender as piadas, apenas reajo quando me olham, surpreendidos com a minha quietude e eu me escudo numa constipação que não passa.

Hoje forcei-me a levantar, gritei e implorei ao meu corpo que reagisse, que me pusesse a mexer, um pé depois do outro, que me trouxesse até aqui para me limpar do que acumulei em mais uma noite que se arrastou, que me deu mais do mesmo e que me impediu de pousar a cabeça e apenas adormecer.

Preciso de parar, preciso que a dor saia, preciso de me limpar, de voltar ao ponto de onde comecei e no qual sabia exactamente para onde ir. Preciso de não pensar, de deixar de querer entender, preciso de aceitar.

Estou aqui a tentar convencer-me que tenho que voltar, que me faço falta, que tenho a energia que me parece ter fugido, mas que continua em mim e comigo e só tenho que a tocar para que volte.
Estou aqui, não consigo muito mais do que faço neste momento, mas sei que terei que estar sempre, para mim e para os que, no resto da minha vida, também estarão para me fazerem levantar, mesmo que sem mãos, mesmo que não saibam do que padeço.

Sei que a minha alegria lhes faz falta, que a forma como dançava, livre e determinada, lhes sossegava o espírito e mostrava que controlava cada pedaço dos nossos dias.
Sei que se não voltar depressa, o ar ficará pesado no nosso refúgio e que sou eu o motor que os move a todos.
 Sei que me amam o suficiente para me oferecerem o sol de novo e que eu vou precisar apenas de o aceitar e de entender que não posso cair, não devo, não tenho o direito.
Sei que estou aqui, agora, assim, mas que amanhã já será menos difícil, terá que ser, sou eu que me estou a dizer a mim mesma, a prometer, e eu cumpro sempre o que me prometo!

9.2.15

Quem é esta mulher?

fevereiro 09, 2015 0 Comments






Quem é esta mulher? Quem sou afinal e porque espero e desejo sempre demasiado de mim? Não sei relaxar, nem quando danço e abandono o meu corpo aos sons, nem aí deixo de me visualizar como quero ser, porque acredito que se não o fizer não restará mais nada meu. Convicções, sim, são importantes, tal como as cedências e a capacidade de aceitar os outros da forma como se construíram, porque mesmo que para mim não seja a melhor, é a que as compõem e foi assim que chegaram até a mim e ficaram. Se ao menos não fosse tão exigente e conseguisse ver para além de mim, mas acabo a achar que se o fiz, se o consegui, também o conseguirão os restantes mortais e que se não o fazem, é porque consideram não ser importante, não o sendo eu também afinal.

Se me perguntarem se também amo assim, de forma exigente e com entrega total, a resposta só poderá ser um SIM redondo, porque não há outra forma, não agora, não nesta altura da minha vida. Consigo olhar para cada tijolo em cada casa, até para os que ficaram cobertos de tinta, simplesmente porque continuam lá, foram a base,« e permitem a estabilidade, o erguer de espaços povoados por quem carrega sonhos, desilusões, choros e penas bem pesadas. Agora sou a sensibilidade na extremidade de cada pedaço meu, sou a que se arrepia com um olhar. A que quer ser vista por dentro. A que caminha atenta e já levanta a cabeça para olhar cada ser que se cruza no seu caminho. 

Não sei muito bem quem é esta mulher, mas começo a gostar do que oferece e apenas desejo que me gostem de volta com a mesma vontade e capacidade de absorver este mundo como ele é, com tudo o que nos dificulta os dias, mas que também nos borrifa com pedacinhos de uma felicidade que apenas os humanos têm capacidade de sentir.

Quem sabe um dia já não terei todas as respostas e do meu lado estará quem me tenha ajudado a chegar até elas de forma natural, porque se atreveu permitir-me partilhar tudo o que sei, tudo o que quero que sintamos ambos e tudo o que nos levará até ao final do nosso futuro. Quem sabe um dia não vos contarei que já posso apenas cuidar dos vossos amores, porque o meu chegou e instalou-se. Quem sabe...


8.2.15

SOL!

fevereiro 08, 2015 0 Comments



Hoje entrou-me, bem dentro e restaurou alguns pedaços, os que já se começavam a cansar de me sentir assim, down, com pena de mim!

Estou bem junto a ele, agora, a conseguir que o meu sorriso chegue, dominador e seguro, porque acordei com o corpo preparado e com a alma ansiosa por fazer o que me trará de volta, por sair altiva a perceber que foi apenas um percalço, que sou muito mais do que mostro e que é a minha força, a que tanto me custou a cimentar, que virá de novo ao de cimo para me certificar de que posso, de que consigo e de que chego lá...

Não quero apagar nada, mesmo que ache que não tive o controle, de mim, porque também me reservo o direito de errar e assim mesmo continuar, e quem sabe dar-me melhor na próxima.

Já me pus de pé, agradeci por tudo o que sou e tenho, afastei os cabelos da cara e percebi que afinal tinha sorrido todo este tempo!


Pedro Chagas Freitas

fevereiro 08, 2015 0 Comments



Não me senti NADA defraudada, porque recebi TUDO o que estava à espera desta sessão de autógrafos, o Pedro é um homem fantástico, terra à terra, que me conseguiu passar, e certamente que ao restante público, muitos por sinal, o que foi surpreendente pelo facto de estarmos num sábado, e numa noite bem fria, as emoções de que se arma para nos oferecer sons em forma de palavras.

Escreve por prazer, o que quer, como quer e sem se preocupar com rótulos. Acredito que será a combinação de tudo isto que faz dos seus livros um sucesso e a este em particular, porque vem pôr a nu a capacidade que afinal todos ainda vamos tendo, homens e mulheres, de dizer o que sentimos, de passar o que nos vai dentro, de projectar no outro o que o fará feliz, porque só assim se poderá ser feliz de volta.

Quem não conhece, procure, quem nunca leu, renda-se, quem já sabe do que falo, certamente que concordou comigo.

O meu enorme aplauso a um escritor de emoções, de qualidade, português e pasmem-se, homem!

3.2.15

Em dias de chuva...

fevereiro 03, 2015 0 Comments



Em dias de chuva fico  insuportável e a precisar de colo mais do que o habitual, mas esta porra do Universo tem coisas engraçadas e acabo eu a dar colo ao mundo inteiro!

Só me apetece esgueirar-me para um lugar com milhares de livros, para os poder tocar, um a um, cheirando-os e passando as páginas, tentando descortinar as histórias. Acho que desta forma tudo o resto ficaria para trás, entraria bem dentro de lugares diferentes do meu, com personagens que não conheço e quase que me restauraria a mim mesma. Eu e as palavras!

O que me vale é que não posso simplesmente deitar-me e adormecer, tenho que cuidar de quem realmente depende de mim e é por isso que nunca baixo os braços, mas os dias cinzentos, a chuva e o frio, enregelam-me por dentro, deixam-me mais céptica e amarga. Torno-me mais sensível e choro com facilidade, mas não é o TPM, é mau feitio mesmo e falta de sol.

Como nem tudo é mau, beneficiam os meus, torno-me mais mãe ainda e transformo a nossa casa no lugar para onde lhes apetece mesmo voltar. Eles sabem que valerá a pena, terão calor, cheiros e a mim, mais disponível.

2.2.15

Quanto tempo ainda?

fevereiro 02, 2015 0 Comments


Sim, é difícil estar assim, sem parceiro, homem, macho e por consequência sem SEXO!

Sou mulher e depois? Também tenho necessidades, cuido de umas quantas, mas não há nada que chegue a um corpo, não só ao calor, mas ao peso, ao cheiro, aos sons e aos movimentos. Nem sei porque estou a falar sobre isto, afinal só me deixa ainda pior. Não me quero ver aos gritos, rua fora, a implorar por uma sessão tórrida de sexo, acho que até já dispensava o "tórrido". Está mau mesmo!

Agora falando a sério. Será que as mulheres podem falar abertamente sobre necessidades tão elementares como o sexo, sem caírem no risco de serem julgadas? Entre elas, talvez seja algo pacífico, agora para o mundo em geral já não me parece. Dores de cabeça até que podemos ter, cansaço e falta de desejo também, mas vontade, necessidade, isso é que nem pensar, não é natural. DIZ QUEM?

Prometo que não vou gritar, nem ir a correr aceitar o primeiro que me aparecer, estou controlada e ainda me aguento, um pouco mais, por enquanto!

1.2.15

Quando me beijas...

fevereiro 01, 2015 0 Comments


Quando me beijas não são apenas lábios, nem bocas que se juntam, somos nós e a nossa essência, é tudo o que sentimos e conseguimos passar, com um calor anormal e com uma vontade que não se gasta, desejando ficar colados um no outro até que não seja possível sequer respirar. Quando me beijas és tu outra vez, como o foste quando te conheci, quando me deixei arrepiar e te senti de uma forma que nem eu consigo pôr em palavras. Nesses momentos reconheço-te, não precisas de te explicar, nem de te mostrar por dentro porque eu entendo. Quando me beijas, juntamos os corpos e acabo a  perceber de que forma sentes a minha falta, por isso arrumo todas as armas, encostando-me tanto que quase me misturo em ti e quase que vejo cada pensamento teu fluir, sentindo o teu sentir e sonhando cada um dos teus sonhos, sobretudo o que te trouxe até a mim.


Se te pudesse beijar agora, afastaria todos os receios, dando-te o que sei que precisas para continuares no meu percurso, e não permitindo que penses sequer desistir de mim,  porque se o fizeres estarás a ser menos tu e já nem os teus beijos serão iguais. Sei que és meu quando me beijas e é isso que me faz amar-te assim!