11.6.12

A maleta vermelha!

junho 11, 2012 0 Comments


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Feelme/A maleta vermelha!Tema:Just women!
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Muito se fala agora da dita cuja, vou no entanto admitir que apenas soube da sua existência há uns parcos 3 ou 4 meses. Achei hilariante a forma como me foi abordada, após um almoço com mais duas mulheres que riram a bandas despregadas perante o meu olhar de espanto.

- Não sabes o que é a maleta vermelha, miúda?

Por norma e por brincadeira digo sempre que quando me render a um vibrador, os homens serão para sempre descartados do meu universo. Senão vejamos, nunca se cansa, não fala, não exige, não se queixa, é discreto e pode ser usado em qualquer altura, querem melhor?

Foi após ter iniciado a leitura do livro, "Os Segredos da Maleta Vermelha", por sinal escrito por uma mulher bem "normal", mãe de filhas e jornalista, que pude perceber a  dimensão da mesma. Muitas mulheres, mais do que poderemos imaginar, ainda se retraiem, recalcam e adiam prazeres negados. Por consequência esta abordagem, e pasmem-se, que também oferece apoio terapeutico tanto no campo da medicina fisica como da mental, tem permitido que se soltem, que se conheçam fisiológicamente e que tenham por fim o melhor dos dois mundos. O sexo e o prazer pelo sexo, são direitos que nos cabem a todas. Por sorte, passei por uma longa relação que me deu imenso prazer físico, tive orgasmos que me levaram à lua e trouxeram de volta, descobri cantos e recantos do meu corpo que me poderiam proporcionar sensações inimagináveis, e no entanto, continuo a achar que nada sei que me baste ainda.

Quando será que me renderei aos artigos da maleta? Uhmmmm, ainda não sinto curiosidade que o justifique, no entanto fica prometido que serão as primeiras a saber. Até lá, bom sexo para todas!

First date!

junho 11, 2012 0 Comments
Feelme/First date!Tema:Just women!
Agora resolvemos fazer uns encontros quinzenais em casa umas da outras, só mulheres. Bem, vocês não estão a ver bem a quantidade de riso e de bom astral que espalhamos durante 2 ou 3 horas. Se alguma fica mais murcha e começa a falar de desgraças, damos uns berros e mudamos a onda. O intuito da coisa é deitar para fora vontades, desejos, tabus, alegrias e novidades. Tentamos falar de tudo um pouco, mas sempre com energia positiva.

Por exemplo a Rebeca finalmente esteve com um homem que não o ex-marido e adorou. Tanto medo, tanto medo e no final entregou-se com a maior das facilidades e sentiu-se uma mulher diferente, admirada, desejada, cortejada. faz tão bem ao ego!

- Ele foi meigo?
- Foi um encanto, sabia mesmo o que dizer, onde tocar, como me pôr à vontade. Foi tão simples, tão natural e no final senti orgasmos tão intensos, nem queria acreditar.
- Uauuu miúda, finalmente deixaste de ser virgem.

Risada geral, porque a Rebeca era sempre a menina dos "Ai, não sei como vocês conseguem", mas eis que tudo muda, a vontade, a perspectiva, deixamos de complicar e passamos a usufruir mais, a sentir!

Ficou estipulado que passaremos a tirar umas notas e a discutirmos os assuntos que constarem nelas, sobretudo assuntos tabus, para que possamos todas falar do que nos perturba, daquilo que não fazemos com mais ninguém com receio de julgamentos, de preconceitos. Vai ser de pôr o oxigénio a arder, eheheheh! Já estou a imaginar a Laura, ou não. Porque aquela rapariga é fogoooo!

Na próxima conto-vos todos os pormenores escabrosos. See you!

10.6.12

Se nos escutarem!

junho 10, 2012 0 Comments

t

Give your eyes the attention they deserve with this sweet-yet-edgy technique.:
Feelme/Se nos escutarem!Tema:Just women!
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As mulheres são todas iguais! Quem o diz certamente que não nos conhece ou sequer consegue ver, quer por fora quer por dentro.

Se nos escutarem, perceberão que temos timbres diferentes. Rimos de forma estridente ou controlada. Amamos em silêncio ou gritamos de prazer. Temos sensualidade inerente ou bamboleamo-nos pesadas. Na verdade não importa quão diferentes, porque somos únicas, cada uma de nós. Já conheci tantas e de algumas consigo gostar quase de imediato, mas em muitas outras encontro silêncios que falam bem mais do que as suas vozes alguma vez conseguirão.

Muito temos mudado. Eu sinto-me assim, diferente. Mais forte e madura, capaz de enfrentar este e muitos outros mundos. Não nos tomem por garantidas por favor, sobretudo se qual leoas, tivermos crias, com elas e por elas ficamos mais poderosas que Sansão.
Sofremos mutações, as nossas identidades alteram-se, logo que o nosso estatuto se altera, assim que deixamos de ser uma fusão e regressamos ao eu individual, as perspectivas alteram-se. Sei que muitas se revêm no que descrevo, porque acordo cada dia mais forte, mais intensa, não querendo pedaços e lutanso, lutando cada dia para que seja a mãe que desejei e a mulher que um dia alguém sonhou!

Gosto de ser mulher, de me sentir mulher, de conseguir mudar vidas, de fazer muitas coisas ao mesmo tempo, de chegar exausta à cama em cada final de dia, mas sabendo que construí, que produzi e que no outro amanhã estarei de novo inteira, pronta para que me chamem e responda infindáveis vezes, pelo nome, pela mãe, pela mulher, por mim!

As mulheres não são todas iguais, no sir! Somos cada uma, uma outra. Se nos escutarem bem, irão perceber!

Always!

junho 10, 2012 0 Comments

lme/Always!Tema:Contos!
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Estou de partida hoje. Sempre adorei o bulício dos aeroportos, muitas caras, cores, passos certos, definidos, todos parecem saber para onde ir e o que procurar, mas desta vez não me enquadro, não usufruo. Continuo a olhar, a procurar pela tua face. Acreditei que virias, que me agarrarias pela cintura roubando-me um beijo quente e intenso como só tu me soubeste sempre dar, mas não vieste...

As pessoas surgem apressadas ao meu lado, sinto as malas que me roçam as pernas e me acordam momentaneamente para o que sou e para onde vou neste momento. Dentro de uma hora estarei num avião, bem lá no alto da distância que não conseguimos quebrar.

- Porque me vais deixar agora? Continuas a ser sempre tu em primeiro lugar, não te consegues sentar num colo de estabilidade, és egoísta!


Olhei-te dorida, sabes usar bem as palavras, sabes magoar e fazer-me sentir pequenina, mesquinha. Deixei que lágrimas gigantes rolassem  até ao meu colo, pingando ruidosas até ao chão que nos dividia. Amar-te já não te bastava, precisavas de me colocar grilhetas na alma e nas mãos cansadas de te pedirem calor, um colo, apenas tu, o melhor de ti cada dia. Nunca precisei de te ver para te recordar, de te ouvir para te reconhecer,bastavam-me os melhores momentos, o tempo que sabíamos dividir, o amor que os nossos corpos esmagavam e de onde saía apenas muito mais por fazer. Amo-te hoje no silêncio estridente das pessoas que passam sem me ver, sinto-te dentro de mim, o teu cheiro inunda-me, grito sem que o som libertador ouse sair. Vou partir, tenho que me cuidar, restabelecer, porque um amor assim apenas mata por dentro, corrói.


- Não te deixaria nunca se conseguisses ver para além de ti, se não esperasses sempre e só pelo que desejas, queres dominar, queres-me pronta, disponível, queres um corpo mesmo que a alma lhe fuja. Não é de mim que precisas afinal, porque eu não sou essa, sou a que olhas mas não vês. Ainda hoje não me consegues ver, e isso magoa-me bem mais do que as palavras que atiras como navalhas.


Forço-me a andar e sinto-me arrastar uma mala que parece agigantar-se a cada passo que dou. Ergo agora a cabeça, endireito os ombros e sinto a garganta seca queimar a vontade que tenho de chorar, chorar tanto que me lave por dentro. Por favor meu Deus, ajuda-me, carrega-me tu agora, não me deixes tropeçar. Não vou olhar para trás, e quando a porta se fechar vou recomeçar, renovar-me para me ter de volta. Vou apenas ser eu outra vez e quem sabe continuar a amar-te, sempre. Always!
 


26.5.12

Eu primeiro!

maio 26, 2012 0 Comments

                                     


Era suposto sairmos hoje, jantar, conversar sobre nós, redefinir prioridades, mas não apareceste, nem avisaste, simplesmente recolheste-te no que sabes fazer melhor, nos silêncios, nos teus medos nem eu mesma sei bem de quê. 

Vou deprimir, chorar, cair na tristeza dos corações abandonados? Nem pensar! Vou sim aproveitar a minha noite, um fim-de-semana todiiiinho só para mim e cuidar-me. Estive bem mais de uma hora na banheira, com espuma, velas que espalhei, som ambiente, e fui recordando passagens da minha vida, percursos, escolhas. Saí com a pela cheirosa, macia e após me limpar com todo o cuidado, passei um óleo de pêssego, vesti um body preto e fui para a sala dançar.

“I don´t wanna lose you” da Tina Turner, sentia-me sensual, feminina e deixava o meu corpo rolar lânguido, ao som  de uma canção cuja letra já não corresponde ao que eu quero. O que eu não quero afinal é perder-me a mim mesma, perder a possibilidade de me sentir a pessoa mais importante da minha vida. Quem me quiser tem que entrar total e completamente, não poderá deixar pedaços, vontades, sonhos ou sequer sons de fora. O que dói mais é o que não se entende, o que não se ouve, vê ou antevê.

Eu sou mulher, bonita por dentro e por fora, sinto com intensidade, respeito, amo e dou de volta tudo o que recebo. Não sou metade de nada, procuro o que me faz feliz e sei agora melhor do que ontem, tudo o que preciso para sorrir de manhã, para levar os meus dias com passos seguros, e confiantes e chegar às noites completa, sequiosa de outros amanhãs, onde apenas estarão os que na verdade importam na minha vida.

Lamento que não queiras, que não consigas dar nem receber mais, que sejas pequeno e mundano no desejo, lamento por ti, e lamento sobretudo que tenhas perdido a oportunidade de ter por perto quem certamente te encheria de vida, de amor, de sensações, de danças sensuais, de músicas eternas. De todo o amor que não te cabe na alma, lamento, mas eu não me quero perder!





14.5.12

The sight of You!

maio 14, 2012 0 Comments

Estou a olhar-te, vejo-te, mas não me mexo, não quero que percebas que estou aqui, sinto-me encolher até ficar invisível. Estás bonito, bem cuidado, oiço o som das tuas gargalhadas e elas doem-me por dentro, a tua felicidade já foi antes a minha, mas hoje tudo o que te move não tem o meu nome, não anda na minha direção, já não somos mais nós, és tu, com uma vida nova, és tu com as escolhas que fizeste e que não me incluem. Julguei que seria mais fácil, nunca me senti verdadeiramente dependente de ti até que me faltaste. Prometi que te traria de volta, mas baixei os braços, recusei-me a mendigar, a soltar as palavras que tantas vezes me pediste.
- Porque te custa tanto dizer que me amas? Porque és tu sempre tão distante, tão assustadoramente segura?
Mas eu não era assim, distante, fugia de ti sim, de ficar presa, de passar a precisar de ti para sobreviver, viver, sentir, querer, e apenas porque amar assim me assustava, não queria ser “addicted to love”, queria ter poder, mandar nos meus sentimentos, queria… até ao dia em que percebi que já o era e que a vida ficava vazia sem ti.
Passei a olhar-me ao espelho sem voltar a ver a mulher que impressiona tanto os outros, eu já não estava mais lá, fugira, nem sei bem para onde. Em tempos dissera que jamais alguém me perderia, me levaria a alma, me obrigaria a arrojar pelas sensações de desespero, a chorar pelos cantos baba e ranho de cada vez que não estivessem para mim, mas enganei-me, afinal sou humana, sou mulher, sofro e choro, caramba e como choro. Juro que inundei a casa, deveria ter armazenado a água para dias mais secos.
Noutro tempo e lugar iria rir de mim, dizer que eram pieguices, mas agora não falo, não reajo, deixo-me ir, resigno-me e enrolo-me à espera de que tudo passe, tudo o que me faz deixar de ser eu mesma. Afinal eras a outra metade que eu nem sabia que buscava, encontrei-te e só para te perder de novo. Que Gaja burra!
Finalmente levanto-me, conserto o vestido de corte elegante, afasto os longos cabelos que por momentos me mantiveram escondida de mim mesma e sinto os olhos que me seguem, sou sempre assim admirada e desejada, mas que pena sentiriam da mulher que me tornei se me vissem por dentro. Tu entretanto já te foste, de bem com a vida, bem acompanhado, a rir com aquele riso que tantas vezes ouvi, agora já te foste e uma vez mais desisti de querer, de pedir, de correr para o que representas na minha vida. Escolhi ficar aqui!
Estou a olhar o mar, perco-me na sua imensidão e estremeço, de medo, de frio, de ansiedade, de desespero. Como será que se sobrevive ao desamor? Como se recomeça? Por favor alguém que me tire a dor, me dê colo, me aperte e conforte. Tenho medo, tanto medo de acabar só, vazia, de nunca voltar a ter por perto quem me faça rir de mim mesma, de me soltar, de andar descalça e de sentir para além do que em vão sempre quis controlar. Eu não sou dona de mim, não mando em nada, nem sequer no meu coração, sobretudo nele!

7.5.12

De volta a mim!

maio 07, 2012 0 Comments

Feelme/De volta a mim!Tema:Contos!
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Estou a olhar para ti mas não acredito, quantas vezes dei comigo a desejar o reencontro que agora aconteceu? Nem eu sei, mas não reajo, quero tocar-te, saber se és real, mas os meus músculos estão paralisados. Estás a sorrir-me, já percebeste que estou incrédula e dás-me, pacientemente, tempo para que recupere. 

Quem é que conhece a sensação de querer tanto alguma coisa que até se surpreenda ou duvide quando finalmente chega? O que foi diferente hoje? Será que esperei com mais força, mais vontade? 

Hoje por acaso foi daqueles dias em que gritei bem alto, enquanto conduzia lá para os lados de onde te vi e senti pela última vez, gritei o teu nome, cerrei os punhos em desespero, tenho alguns dias assim, em que desespero de tanto desesperar, outros serão bem mais tranquilos, serenos, mas hoje quis-te, tanto, tanto que talvez me tivesses ouvido por dentro. Não queria ter que esperar, ter que continuar a sonhar-te apenas, queria e quero sentir-te e como anseio por te sentir de novo.
- Sou eu, vem cá minha querida, deixa-me olhar-te.
Falaste, é a tua voz, aquela mesma que me despertava diariamente para a vida que ansiava mudar, e apenas porque entraste nela. Existem almas gémeas sim senhora, eu atesto, outras que já nos conheceram e que reconhecemos mal vemos e ouvimos. Eu conheço-te de outras eras, de outros amores que te tive, porque sei que sempre te amei, a ti que reencontrei agora.
- Não é possível, parece que os anos não passam por ti, continuas na mesma linda, mais madura, mas de olhos brilhantes.
Enquanto me falavas baixinho, sentia as tuas mãos nas minhas nádegas, na minha cintura, tocavas-me, mexias-me, estavas a sentir-me de novo, como da nossa primeira vez, daquela vez em que passei a sentir o teu cheiro, em que tive os teus abraços fortes que até hoje me reconfortaram sempre que te ansiava. Eu não sei, porque és tu, mas sei que o és, que te sonho sempre tão real, que só poderias estar outra vez aqui a olhar-me. Eu apenas me aninhava no teu peito, não te queria largar, o teu corpo quente estava de volta ao meu.
- Já te disse que te amo? Que te vou amar e querer até que te esfumes para sempre?
- Disseste-me mais vezes do que eu a ti, porque fui um fraco, porque senti sempre que não estava à altura de ti.
Calei-te com o beijo pelo qual esperei tanto, mas tanto, que agora ponho a alma, a dor, a vontade e todos os sonhos que sonhei de ti e contigo, juntos com ele. Sonhos nos quais voltámos a amar-nos com a intensidade a que nos habituámos. Ter-te dentro de mim foi sempre reconfortante, completo. Sempre que te implorava – “Por favor amor entra dentro de mim, preciso de te sentir até que te fundas em mim”. Fazer amor contigo não era apenas físico, era uma necessidade mental, irreal, que vinha das entranhas. Acho que tanta intensidade te assustava sim. Ao contrário de mim não acreditas no além, em reencarnação e em outras vidas. És terra a terra, mas até tu te perdias em explicações vãs do que seriam estes sentimentos.
Estamos ambos nus, olhamos o tecto de mãos dadas, respiramos pesadamente os orgasmos intensos e múltiplos que tivemos. Fora sempre assim e nada mudara ainda.
- Alguém te deu o mesmo que eu, em todos os corpos que procuraste?
- E como sabes tu que tive outros corpos?
- Sei, porque sinto, porque te conheço como a mim mesma. Procuraste outros corpos que te afugentassem de mim. Tiveste outros orgasmos, mas não eram os mesmos. Não tens por onde fugir se quiseres ser tu de novo, e já o entendeste.
- E tu esperaste por mim?
- Eu espero por ti faz muitas vidas. Assim será, até que todas elas sejam vividas.
Estou eu agora por cima e vou-te recordar o quanto é bom sentires-me, como o meu calor te queima, te enlouquece.
- Ninguém se mexe como tu. Enlouquece-me outra vez, lembra-me de ti, sê minha.
Desta vez prometo que não te deixo fugir, ir embora. Vou-te ter, vais ser meu, vou-te matar de amor, de calor, de beijos, de medo de não me teres mais. Vou ser tudo o que precisas e desejas. Mais do muito que sei que ainda te posso dar!