22.10.15

Life sucks sometimes!

outubro 22, 2015 0 Comments


Life sucks às vezes sim, mas temos que a engolir assim mesmo, como se fosse um remédio bem amargo, mas com uma qualquer bebida açucarada, o palato restaura-se e pronto, que venha a próxima!

Será que a vida é imprevisível? Não me parece, porque recebemos sempre o que damos e na maioria das vezes numa proporção assustadora, porque ela cobra-nos e arremessa-nos com toda a trampa com que a fomos presenteando. "Cá se faz..." e que ninguém duvide.

Quando sabemos o nosso lugar, quando estamos disponíveis e atentos, quando semeamos na época certa, cuidando do solo, regando e fertilizando, a colheita será proveitosa, mesmo com os temporais pelo caminho. O contrário, o desligar do que aparentemente não é problema nosso, trará mais tempestades, com raios e inundações à mistura.

A vida é aproveitar ao máximo cada pedacinho de cor e de luz. Olhem que dia maravilhoso está hoje. Quantas vezes já olharam o céu, ou aquela montanha próxima, ou monumento pelo qual passam tantas vezes sem ver? Agradeçam, sorriam do nada, recordem-se dos momentos bons, telefonem a quem amam, partilhem fotografias de felicidade e sejam felizes caramba, hoje e agora.

A vida será sempre o que fizermos dela e tal como nos amores, só seremos amados convenientemente quando aprendermos a amar!


21.10.15

Tiques pequenos e grandes!

outubro 21, 2015 0 Comments
Poli


Tiques pequenos e grandes. A forma como estamos com os outros, ou apenas connosco, nem sempre é algo que nos faça pensar, mas a verdade é que a qualquer momento alguém estará por perto para o analisar. Por norma sou mais metida comigo quando circulo pelas ruas sou eu mesma, sem ver ou sentir quem quer que seja, estou no meu mundo, seguindo um plano, mas fazendo muito pouco caso dos que estão. Não porque não me interessem, mas porque também preciso de momentos apenas meus, daqueles em que não terei que ser questionada, em que os olhares, venham de que lado for, me tocarão muito pouco e importarão ainda menos.


Hoje diziam-me, bem cedo, que ontem eu caminhava qual sonâmbula, sem ver, nem sabendo que estava a ser vista, com uma aura, dourada, impenetrável e que queimava.

"Deixem passar quem vai na sua estrada.
Deixem passar Quem vai cheio de noite e de luar. Deixem passar e não lhe digam nada. Deixem, que vai apenas Beber água de Sonho a qualquer fonte; Ou colher açucenas A um jardim que ele lá sabe, ali defronte".


Falou assim quem acabou a perceber que na verdade tenho um lugar no qual me refugio, passando por onde passam os outros porque terão que lá estar, mas sendo apenas eu!


18.10.15

Somos e seremos sempre 3!

outubro 18, 2015 0 Comments


Estamos juntas há tanto tempo, que já nem consigo separar-nos do que quer que seja. Vi nascer os filhos da Ana, fui dama de honor da Bela e mantive-me próxima de ambas, mesmo não tendo casado, até quando teriam que satisfazer os vossos compromissos familiares. Afinal o que construímos foi uma família paralela, sem laços de sangue, mas bem mais intensos e inquebráveis, como já o percebemos todas.

Adoro as nossas noites de cocktail e chocolate. As lamechices. Os choros sobre tudo e sobre nada. Os pensamentos que não ousamos partilhar com mais ninguém, nem com os "nossos". Adoro que nos adoremos desta maneira e que nos saibamos manter, para além dos dias que são desenfreados, e completamente loucos, mas que pequenos telefonemas rapidamente resolvem.

Vocês sabem quem amo e não tenho coragem de incluir. É com cada uma que me solto e vou atrás dos projectos mais arrojados, mas é comigo que sabem poder contar, quando as vossas casas ficam demasiado cheias, quando mais ninguém vos escuta com atenção e quando a minha cama se estende para que apenas sejam vocês, sem ninguém para cuidar, as mulheres que conheci quando apenas eram mulheres, não já esposas e mães e que bonitas se tornaram.

Obrigada por nunca me deixarem envolver em solidão, por me fazerem tia e irmã e por já não saberem viver sem mim, é que eu recuso-me a saber viver sem cada uma!

Para o amanhã!

outubro 18, 2015 0 Comments
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Ficará o que o amanhã me reservar, sem demasiados planos, mas com todos e cada um delineados, não para o tempo, mas no espaço que estou a criar para mim e para os meus. Já sei como se vive mais no presente. Já sei de que forma posso usufruir dos que chegam até mim, sem querer antecipar se me desiludirão mais tarde, o que me importa verdadeiramente é o que me conseguirem passar no momento em que nos estivermos a partilhar, tudo o resto serão sempre e só ilusões.

- Nada é eterno - dizem-me alguns - eu recuso a perspectiva, porque o amor que criamos, as pessoas que passam a estar dentro de nós, mesmo que não de forma permanente, jamais voltarão a sair, a nossa escolha passa pelo que queremos que nos inflijam, se dor, se prazer, se saudade, ou se tudo misturado num cocktail perigoso, mas de sabor irrepetível.

Para o amanhã deixo o que o amanhã decidir, já controlo muito pouco, mas aprendi que posso projectar o que preciso que me chegue. Posso ser de espírito elevado. Posso criar à minha volta as redes de segurança que me salvarão de mim, quando e de cada vez que quebre, para que não precise de me refugiar na força com que fazia ser olhada. Para o amanhã quero muitos sorrisos e almas preparadas, mesmo que ainda em aprendizagem, mas que me passem a luz que demoverá a escuridão de se instalar. Para o amanhã apenas quero quem deseje ficar, sem cobranças, recebendo de forma natural para devolver como sempre faço. Para o amanhã e sem saber quando esse amanhã chegará, quero-te a "ti" que és puro, verdadeiro, íntegro e que sabes o que precisas de ter para que te queira receber. Para o amanhã, o meu e o "teu", quero o que formos capazes de querer juntos, multiplicando o que já sabemos sonhar cada um para que sonhemos os dois na mesma sintonia.


17.10.15

Resto eu!

outubro 17, 2015 0 Comments
                                            


























Terei que ser primeiro eu a não me deixar desiludir, a procurar o que me faz falta, a ir até onde me levar o corpo e a coragem e a tentar, tantas vezes quantas precise, até conseguir. Ninguém estabelece os meus limites, ou sequer define o que preciso de produzir diariamente, quando paro ou arranco, se desisto ou se simplesmente espero que acalme. Resto eu para ser da forma que consigo, sabendo que nada me impede do que tanto me esforço para ter e mesmo sendo uma posição solitária e tendo todos os riscos por minha conta, acabo a saborear um sabor amargo e doce, acompanhado de um misto de alegria emergente, a que me vem porque sou assim, porque sei do que preciso para me auto motivar e de vazio que sempre resta aos que não se misturam o bastante.

Estou TÃO mais tolerante e paciente com os que não têm a minha velocidade, tentando que se mudem, tal como o fiz, para que possam saborear a felicidade que acompanha, inevitavelmente, o crescimento emocional. Já não respiro fundo tantas vezes, contando infinitamente para me sossegar. Já consigo "perder" umas quantas horas com quem parece precisar mais de mim do que eu mesma. Já sei o que tenho que dizer para que as suas vidas se encaixem, para que tenham mais certezas e para que não se parem, seguindo até que os seus momentos cheguem. O que acontece sempre no final dos dias, numa repetição que quase me consome, é o reflexo do que me sobra, olhando para mim e percebendo o que construí para os outros, de que forma os cuidei e fiz acontecer, em simultâneo comigo, mas sempre e apenas eu.

O bom de tudo isto? No final terei a maior certeza de todas, de que sou a que se procura, a que oferece conselhos, as palavras encorajadoras, os abraços, mesmo que à distância e todos poderão continuar a esperar que os espere e que não desista de os acolher. Quem sabe um dia não chegará a minha vez e não terei, com a mesma certeza com que me dou, quem venha para me dar o que já me começa a fazer falta. Ou quem sabe não restarei apenas eu para mim!


11.10.15

Senti-te!

outubro 11, 2015 0 Comments



Estavas lá, estiveste o tempo todo, enquanto me contorcia numa dor que apenas tu poderias ter atenuado, se a tua presença tivesse sido física, mas o que tive foi a sensação de ti, o olhar que se pousava na minha nuca, o som da voz que me martelava o cérebro cansado. Estavas lá, comigo, até quando tive vontade de desistir!

Tal como um raio nunca cai duas vezes no mesmo sítio, nenhuma relação se restaura, não outra vez, perante a incapacidade de nos envolvermos o suficiente para que possamos estar realmente quando fazemos falta, quando o calor dos nossos corpos eleve o outro e o devolva à vida.

Quase que a voz não me saía, quase que o que diziam os outros não me chegava, ou vinha de modo distorcido, com movimentos de lábios que não acompanhavam o que precisava de saber, de quem me iria apertar forte e soprar ao ouvido - estou aqui meu amor, já estou aqui - não seria preciso mais nada, não teria que chegar mais ninguém, bastarias tu e o resto do mundo voltaria ao lugar certo.

Sei que te senti e que talvez até tenhas estado de longe vigiando as forças que me restavam, deixando que as lágrimas se te escorressem, mas sem a coragem de chegares, de me tocares e de me permitires parar de me segurar. Sei que não foste capaz, que te sobrou medo, que te faltou entrega e que te perdeste na forma como estive perdida.

Adeus meu amor, hoje soube que a tua saída seria para sempre, porque que se não estiveste presente no dia em que a terra me arrancou dos braços o que a minha carne produziu, então nunca mais poderás voltar, já não saberias como e já não te aceitaria.

Hoje enterrei dois dos amores que me mantinham viva e hoje morri também!