Quando queremosconseguimos mesmo, não existe qualquer dúvida! Quando queremos ter sucesso, amor, sobretudo por nós, conseguimos fazê-lo, só não podemos desistir quando os revezes surgirem, porque os ups and downs existirão sempre, talvez para testar a nossa vontade, ou apenas porque é assim que deve ser. Já não perco demasiado do meu tempo a analisar, ou a entender quem, ou o que me chega. Se for bom abro os braços e recebo. Se for mau, chuto para o alto e sigo com a minha vida.
Não temos forma de impedir que o sol nasça, que a chuva caia e que a noite se apodere, impiedosa, dos dias que precisávamos de prolongar. Não sabemos como mudar a rotação da terra, nem fazer o mar correr para os rios, por isso, e na inevitabilidade de sermos muito diferentes, devemos saber ser iguais a nós mesmos, levando por diante sonhos que poderão tornar-se realidade, bastando que o queiramos mesmo.
Quando queremos, oh meu Deus, quando queremos escalamos montanhas a pique. Deixamos de sofrer de vertigens. Lançamo-nos de cabeça em mares desconhecidos e embarcamos em navios com rotas a lugares remotos. Quando queremos amar alguém sem reservas e sem pontos de interrogação, as emoções acabam a fluir e o que poderia até parecer complicado, resolve-se.
Sou das que não permite que me diminuam, ou convençam de que não consigo o que desejo. Sou das que sabe que há que lutar para se ser bem-sucedido e que os caminhos raramente são suaves. Sou das que nunca desiste de pensar e de sentir, à minha maneira, porque me tenho dado sempre bem.
Quando queremos, queremos e pronto. Nada como vontades de ferro para mudar o curso da história, mesmo que seja apenas e só a nossa, porque passo será sempre gigante e recompensador!
Até já deixara de acreditar no Pai Natal, para lá de muitas décadas, mas acabei a recebê-lo de braços abertos, nem sequer contestando a barba que bem poderia ser falsa. As palavras e o olhar que me ofereceu, com um sorriso tão aberto, fez-me aceitar TUDO o que me disse ter chegado para mim, porque as minhas cartas, aquelas que escrevera ainda menina, tinham sido lidas e relidas, até que ele percebesse estar na hora.
- Chegou o teu momento menina teimosa. O que querias e quem querias, esteve sempre ao teu alcance, mas o teu percurso teria que ser este, de contrário nunca resistirias ao amor que te tem.
Não falei, nem sequer me lembro de ter pestanejado, mas absorvi todos os conselhos e percebi que me cabia a mim, apenas a mim, acreditar no que me fará feliz, porque esse será o caminho mais curto para chegar onde me encontro agora. Estou mais forte e segura agora, sem qualquer dúvida, mas estou o bastante para não permitir que me ames demais, porque terás que receber na proporção do que me dás. Terei que te saber dosear, de contrário apenas te alimentarás do que sou e também quero ser o alimento que te recordará, a cada minuto de todas as horas que ainda nos irão pertencer, que sou capaz de te dar tudo de volta.
Por ti, eu, a que não queria sequer dividir pensamentos, fiquei pronta para me misturar e para dividir o que sou e o que tenho. Por ti sou uma mulher mais completa, menos dorida e capaz de aceitar que afinal existe quem tenha bem mais do que sempre tive, sobretudo mais capacidade de me provar que querer alguém da forma certa, é possível. Por ti, todos os dias passaram a ser mais do que dias, agora são o que teremos, eu e tu, até ao fim!
Mesmo que chegues em apenas algumas gotas. Mesmo que não me enchas e preenchas em pleno, cada pedaço de ti acaba a saber-me a tanto, que até duvido da minha sanidade!
Em cada pedaço que me fazes chegar de ti, bebo, sorvo e alimento-me, guardando o que consigo para os dias em que não te tenho. Em cada um dos teus olhares percebo do que falas, e aceito sem duvidar, tudo o que me ofereces numa torrente de palavras e sentimentos que desconhecia. Em cada beijo prometido, a certeza de muitos mais, de todos de que nos iremos inundar, um e outro, até que beijar se transforme no que somos quando não estamos juntos.
Já sei que te terei comigo até que a nossa eternidade se esfume, e que serei a que te devolverá a esperança nas relações, nos sentimentos e no amor que sei multiplicar. Já sei que só poderias ter sido tu a tirar-me do marasmo e a afastar-me de quem se afastou, deliberadamente, de mim. Já sei que afinal nunca deixaste de estar comigo e que apenas arrisquei deixar de te sentir por algum tempo. Já sei que me foste prometido e que por isso voltaste.
És a minha "cura" e carregas os abraços que ainda não recebi, não de forma real, mas que me fizeram reconhecer-te, recordando-me do que nunca te atreveste a deixar para trás. És o amor que mereço e contigo terei sempre as palavras certas, as que me lembrarão do quanto importo na tua vida. Quando paramos de apenas pedir e passamos a visualizar quem queremos connosco e de que forma, o que chegar será tão natural que nunca mais voltaremos a duvidar, tal como não duvido que és.
As emoções que nos ameaçam rasgar por dentro são sempre reais, quanto real for o motivo! CLARO que nós as mulheres, seres de mente fértil, somos por vezes.capazes de imaginar o inimaginável, mas por norma, quando sentimos o coração a bater mais forte e até pesado, então algo se passa. Tudo o que sentimos é real, mas o motivo poderá não o ser e as dores que nos infligimos nem sempre têm fundamento, poderão apenas ser um espelho dos nossos medos e os medos são fabricados, não existem, não como existimos nós.
Temos que aprender a aligeirar, a deixar seguir, e a não inventar. Temos que aceitar que não controlamos tudo, e que os dias seguirão mesmo que os queiramos parar. Temos que continuar a desejar, a teimar e a levar por diante as vontades que arriscámos construir. Temos que permitir que os outros nos conduzam, às vezes (esta é inteirinha para mim) porque nem sempre sabemos como.
A realidade será o que fizermos dela, para o bem e para o mal. A solução passará então por analisarmos, cuidadosamente, o que estamos a sentir, e na dúvida, perguntarmos a quem possa realmente responder.
Senti-te ontem. Senti o teu olhar triste, senti o esforço para te manteres comigo. Senti o que sentias, enquanto me imaginavas. Senti que precisavas ainda mais de mim e tentei, juro que tentei estar, mas não sei se me sentiste, não sei se ajudei, não sei se TODO o meu amor te bastou. Não sei e dói-me não saber.
Sei que quando me sinto estranha, que quando as minhas entranhas se revolvem, os sinais mudam de tom, mas vou começando a partilhar as partes de mim, as que me deixam encolhida e pequena. Sei, porque me conheço!
Ui, e se tu registas tudo. Tanto que até chego a estremecer só de pensar em alguma palavra mal dita. Sabes sempre do que falámos, do que partilhámos.e nunca permites que me esqueça dos pormenores, porque para ti tudo importa e tudo serve para mudar o tudo que nos diz respeito. Por vezes chego a assustar-me com a forma como me "carregas" desde há tanto tempo, porque me deixas mais pequena e incapaz de estar na mesma passada. Por vezes, até mesmo por isso, gostaria que tivesses sido apenas tu e que eu te tivesse registado da mesma forma, porque hoje estaríamos bem mais longe.
Os registos que ficam para alguns, serão os que importam mesmo, porque não acumulam "tralha" emocional. Os registos que ficam a quem ama mantêm-se pela vida fora e acabam a espreitar, sempre que sentirmos falta de nós e do que nos fez bem. Os registos que ficam permitem-nos comparar e perceber o que queremos do outro.
Chegas a assustar-me com essa memória para os sons que deixaste que se te entrassem, dentro. Chego a sentir alguma inveja de tudo o que não consegui carregar de ti, porque no meu hoje, queria e precisava de bem mais do teu ontem, que afinal também fui o meu.
Dos registos que me ficaram está o desejo que tive que esconder, porque não te achava possível, porque me parecias a anos-luz do que tenho hoje, sem qualquer medo. Em alguns deles, até estão os tremores que me percorriam o corpo, de cada vez que olhava as tuas mãos e quase as sentia. Dos registos que ficaram estava a tua determinação e segurança, no que dizias e fazias, enquanto ainda navegava em águas demasiado doces e paradas.
Não registei tudo, é um facto, mas o que ficou serviu para que voltasses e para que tivesses terreno para te instalar!
Ainda não sei como encaixar, em mim, tanto desejo, e todas as emoções que cada pedaço de ti me provoca. Ainda não entendi, de onde vieste e porque essa tua força, Hercúlea, se restaura comigo e por mim...
"Cuidado com o que pedes, porque poderás mesmo vir a receber"
Eu até fui específica, em todos os adjectivos, em cada exigência, tanto, que acabei a receber, agora terei que saber gerir quem passou a inundar-me os dias desta forma. Os meus medos, os que usava para me afastar de quem tentasse ser mais, foram arrancados, um a um, e passei a usar, apenas uns quantos, para me lembrar de que perder-te, seria a minha maior perda.
Não se de que forma poderias ter vindo, se não desta, de rompante, pegando-me ao colo, para me assegurares que contigo estou bem, que contigo poderei ser cuidada, que contigo todo o amor que tenho, em mim, poderá ser usado, abusado, e deixado a correr.
Acredito em ti quando dizes que ainda só começámos, e que o tudo de nós, os dois, quando se misturar, chegará para nos certificar que é um SIM redondo. Acredito em ti, quando me provas que a tua preocupação é genuína, e a importância que tenho na tua vida. Acredito em ti, porque se não o fizesse, estaria a duvidar de cada pedaço de mim, e eu sei sempre como me ler.
Não sei de que forma pôde o Universo descobrir-te, para me trazer a única pessoa que me poderia fazer voltar a acreditar no amor, na generosidade, na entrega, na determinação, porque é o que são os que encontram quem procuravam. Não seique lua brilhava no dia que chegaste, mas foi a certa, e tu és, tão certo, que terei que te saber manter.
O amor e a falta dele, transforma-nos para melhor e para pior. Somos o reflexo de tudo o que construímos e do muito que nos faltar, para entendermos que apenas teremos o que formos capazes de doar.