1.3.16

Como são afinal os outros?

março 01, 2016 0 Comments

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Passou a fazer-me uma ENORME confusão a quantidade de pessoas que ainda embarca em relações para apenas "estarem", sem grandes expectativas, tirando as físicas obviamente. Pois, é que homem e mulher que se prezem, buscam o que parece ser MESMO importante, o corpo!

Até eu sei que pensar dá trabalho, que incluir alguém nas nossas rotinas pode trazer transtornos e ajustes, mas a alternativa a isto é exactamente o quê? NADA. Solidão seguida de muitas dores emocionais e até físicas, porque de cada vez que fugimos de quem até nos parecia certo, estaremos a fugir de nós mesmos, deixando para o futuro o que ele irá cobrar com enormes juros.

Agora que te tenho e que já percebo, vejo os outros tal como são e a verdade é que não são nada, são migalhas, são apenas cores esbatidas. Poder, neste momento, sentir que não tenho porque duvidar de nada, que não preciso de me certificar que o que me ofereces vem mesmo de ti, e que as tuas intenções são tão genuínas quanto as minhas, tem operado milagres e tem-me forçado a ver para além do que já senti antes.

Meus amigos, não há forma, sobretudo para quem já percorreu meio século de existência, ou mais, de não saberem o que fazem aqui. As desculpas serão apenas e só isso, sempre, desculpas, mas quando as usarem, pelo menos acreditem no que tentam, de alguma forma, passar aos outros, é que de contrário tudo passará a ser demasiado ridículo, vazio e despropositado. Ninguém é enganado para sempre. Ninguém escolhe não ser, para sempre. Ninguém, consegue, aceitar, metades, para sempre.

Agora já percebo e vejo os outros, tal como são e a verdade é que já não quero ter NADA a ver com o NADA que sabem oferecer!

29.2.16

Ver de vários ângulos!

fevereiro 29, 2016 0 Comments
Woman in Blue and White Long-sleeved Shirt Walking Along Leafless Tree

Somos seres muito engenhosos e por norma escolhemos sempre o que nos convém, adaptando a realidade à nossa realidade! 

Vale mais dizer, acusar, gritar, mesmo que em silêncios constrangedores, do que aceitar os erros e perceber que nem sempre estivemos bem. Ver de vários ângulos pode ser TÃO conveniente como são as atitudes às quais nos colamos, por não sabermos mais e por nos recusarmos a olhar para o que precisam os outros. Ver de vários ângulos permite-nos perceber que o mundo não gira à nossa volta e que os nossos tempos devem ser ajustados ao dos outros, sob o risco de nos riscarem de vez. Ver de vários ângulos faz de nós seres que os outros vão querer ter por perto, porque quando cedemos, quando aceitamos, quando permitimos que nos mostrem o que não conseguimos ver, estamos a dar-nos na proporção certa.

Alguns dos que andam por aqui vão continuar a fugir da vida, dos olhares mais intensos, das pessoas de alma cheia e dos sentimentos que os forçam a passos que não conhecem. Provavelmente jamais conseguirão ouvir outras palavras que não as suas e para cada som amistoso que lhes chegar, outros mais aterradores irão sobrepor-se e agigantar-se, como se lhes estivessem a desferir golpes profundos. Alguns serão apenas casos perdidos, almas que a própria alma se recusa a aceitar e terão que voltar, uma e outra vez, até que aprendam a aceitar o óbvio.

Estás entre os que nunca saberão para que lado olhar e em quem acreditar. Irás deixar-te ir, até que o teu corpo não te possa carregar mais. Foste quem perdeu a única pessoa que acreditava, mesmo, na tua reabilitação. TU desististe e fizeste com que desistisse de ti, quando decidiste que apenas tu poderias decidir.

28.2.16

Porque é que continua a fazer sentido?

fevereiro 28, 2016 0 Comments




Porque começamos e terminamos de forma tão próxima, numa escrita que a vida parece estar a escrever para cada um, sem sabermos muito bem porque acontece, porque nos acontece?


Existem pequenos nadas aos quais nos agarramos, como se de uma bóia se tratasse, para justificarmos as nossas dores, para explicarmos, a quem afinal nem merece explicação, a razão pela qual estamos assim, neste lugar, sem ter ou ver quem nos acrescenta.

Porque continua a fazer sentido para alguns, eu direi até muitos, que se mantenham infelizes, vazios e sem rumo? Onde foi que desistiram de ser e de querer?

Larguem os medos, levantem os olhos do chão, regressem à vida, tal como ela foi escrita para cada um e arrojem no arrojo que têm os que não desistem de si mesmos. Larguem as amarras, as dores do passado, os mapas mal entendidos e as frases mal escolhidas.
Larguem os amores que não quiseram ficar, arrisquem em novos e se correr mal, continuem.

"Sabes porque bebes de mim e do que divido para que se multiplique, por tantos quantos queiram ver e entender? Porque faço sentido. Porque sei do que falo. Porque não desisto. Porque sei que apenas amando MUITO, valerei a pena.

Agarra-te à metade de ti que a outra metade permitiu perder, e com ela renova, melhora, acrescenta e inclui. Não desistas de acordar e adormecer no lugar certo, com a pessoa que te manterá de corpo preenchido e alma cheia. Não desistas de ti, porque só te tens a ti mesma, primeiro. Depois, depois de teres percebido, chegará de forma natural e quase que antecipada, a pessoa que te recordará todos os dias da tua vida, que és mesmo quem vale a pena ter.

Porque continua a fazer sentido querermos um amor que se envolva no nosso? Porque sem amor, não somos, não sentimos e não permanecemos!

27.2.16

Tratar de quem trata de mim!

fevereiro 27, 2016 0 Comments
...Beauty will save the world... only 18+ ))):

Tratar de quem trata de mim. Estar disponível para quem me escolheu e aceita e olhar com atenção para poder ser olhada, é o que agora me move!

Ser apenas eu, serviu durante algum tempo, mas tornou-se demasiado solitário, demasiado pequeno, sem os momentos que até sei partilhar porque preciso, porque não quero que este percurso seja apenas meu e porque mereço. Comecei a reavaliar, a repensar, e senti-me mais preparada para ti e é por isso que acredito que tenhas chegado. Comecei a deixar as "coisas" pequenas, no lugar certo, porque o que me assustava afinal não fazia qualquer sentido. Comecei por te entender, e acabei a desejar-te com esta intensidade de que sou feita e que sempre ponho em tudo. Comecei a amar-te mal percebi que o teu amor se encaixava e que fazê-lo me melhorava até o sorriso.

Que claro se tornou, mal entraste, que algumas pessoas serão sempre demasiado pequenas para que as possamos amar. Têm medo do medo que eles próprios se infligem e acabam a ver fantasmas em todas as esquinas. Que pena sinto, da falta de amor com que arrastam os dias, não olhando para não verem demasiado, mas querendo ser olhadas, cuidadas e amadas, quem sabe para lhes reavivar a memória esquecida.

Tratar de quem trata de mim não poderá ser de outra forma, porque não há como dar sem retorno!

Será que alguém alguma vez conseguiu explicar, aos que fogem até da sombra, que a vida não espera pelos indecisos? Será que alguém, alguma vez, lhes saberá mostrar o quanto estão errados quando apenas olham para o lado que lhes interessa, sem verem dentro de quem até lhes provou que sabia amar? Não sei se alguém o conseguirá, eu já deixei de querer cuidar dos que não se cuidam. A minha paciência passou a precisar de mais algumas explicações!

26.2.16

O que espelhamos!

fevereiro 26, 2016 0 Comments
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Quem somos para os outros e o que conseguimos mostrar de nós?

No seguimento do programa de hoje na rádio Hertz e no qual abordei o tema da beleza exterior com a minha maravilhosa convidada, Eugénia Tapada, tentámos levantar um pouco o véu da avaliação exterior a que todos estamos sujeitos, homens, mas sobretudo mulheres. A mulher precisa de parecer sempre bem, de espelhar o que muitas vezes não sente, mas que lhe exigem os outros, porque consideram que deve saber de tudo, cuidar de tudo e de todos, carregando o mundo sem protestar demasiado. As consequências para algumas poderão ser devastadoras, sobretudo e de cada vez que se olharem e sentirem que se estão a desgastar, receando falhar e não corresponder.

- Estás de olhar triste, está tudo bem contigo?
- Engordaste muito, estás doente?

Este tipo de avaliações e a busca constante para perceberem porque parecemos desta forma e não de outra, exteriormente, inibe as mais tímidas e afasta até as mais ousadas. O que espelhamos muitas das vezes será apenas um logro, uma mentira que começamos por nos contar e que atiramos aos outros para que parem de nos julgar, para que acreditem na nossa felicidade eterna, ou para que se deliciem com a nossa infelicidadeA tal da beleza exterior muitas vezes apenas atrapalha e conduz ao engano, porque ninguém é suficientemente bonito apenas pelo que aparenta e na maioria das vezes, mesmo que considerem que nos olham da forma certa, porque o nosso interior consegue guardar as cores e os sons que tanto parecem necessitar, estamos de alma escurecida de dores que a própria dor não consegue suportar, mesmo que de sorriso em riste.

Gostaria de poder espelhar sempre o que sou e como sou. Mas também sei que alguns não saberiam como me carregar e ficariam inevitavelmente sem chão, sem respostas e sem máscaras. O que espelhamos confunde muitos, mas terá que servir assim mesmo, sobretudo para os que acharem que parecer importa mais do que ser!

Quando não estás, quando não te vejo!

fevereiro 26, 2016 0 Comments
Sofie & Bishop. #SinnerAndSaint:
Feelme/Quando não estás, quando não te vejo!Tema:Me!
Imagem retirada da internet

Quando não estás, quando não te vejo, o meu coração reage, salta mais aflito e fica numa inquietação que me desinquieta, toda!

Preciso de ti, é um facto. Tu sabes que sim, e que a minha necessidade de ti é para que me complementes os dias agitados, e lhes confiras sentido. Sem ti, sem o teu toque e olhar, nada me preenche, o bastante. Nada me sabe ao sabor que me deixas. Nada me envolve e estimula, se não te souber por perto.

A distância, a tal que assusta tanta gente, não nos impede de estarmos, emocionalmente próximos, tanto que por vezes até consigo cheirar-te, e ouvir-te a sussurrar-me o que tão bem sabes. A distância é a desculpa dos despreparados, dos que precisam de se apoiar em "verdades" universais, para justificarem o injustificável, mas para nós, apenas nos aguça o que já sabemos ter de cada vez que nos tocamos.

Tu entraste, num dia cinzento, mas que clareou e se tornou na referência de todos os outros. Nós sabemos, eu e tu, que nunca nada voltará a ser igual, e que depois de nós mais ninguém importa. Tu entraste para ficar, com a convicção que têm os que amam mesmo, os que não se desculpam pelo que querem ter, e que sabem como largar o que já não lhes pertence. Tu entraste, para me mudares, para me arrebatares o coração magoado, para me provares que nunca tive ninguém igual a ti. Tu entraste para me proporcionares o que preciso, todas as emoções de que somos feitos, e sem as quais, nada do que fazemos por aqui tem razão ou sentido.

Ontem desejaste-me um dia completo, e pediste-me que fizesse por mim o que sempre faço, mas não tudo. Pediste-me que te incluísse em cada decisão, e que percebesse, como venho fazendo a cada dia, que tudo o que movimento te pode afectar, e que se eu te cuidar, estarei a cuidar-nos.

Agora já sei, amor da minha vida, que quando não estás, e quando não te vejo, não consigo ser eu!

25.2.16

A tua namorada!

fevereiro 25, 2016 0 Comments


É assim que me vês, como a tua namorada. Começou por ser estranho e despropositado, mas a verdade é que o que fazemos agora é exactamente isso, namorar, portanto e visto dessa perspectiva, sou a tua namorada e tu és o meu namorado.

Parece que voltei à adolescência e que comecei a acreditar, outra vez, nas inúmeras possibilidades que sempre acabam a surgir quando nos apaixonamos. Gostar mesmo de alguém dá-nos um aconchego maior e enche-nos de um desejo crescente de felicidade a dois.

Não me perguntaste se queria namorar contigo, disseste-me que estávamos a namorar e que passara a ser uma das pessoas mais importantes da tua vida. Acreditei e acredito, porque nunca me deixas margem para pensar de outra forma ou sequer duvidar. Não me perguntaste se estava disposta a arriscar numa relação, arriscaste tu de imediato e tens vindo a ensinar-me a não ser apenas eu, a não querer saber e fazer tudo sozinha. Não me perguntaste se era capaz de te incluir e aceitar no meu presente, incluíste-te todo, entraste de peito cheio e com toda a convicção que sempre têm os que amam.

Já me disseste que NUNCA tive quem se dedicasse TANTO a mim. Quem se preocupasse TANTO comigo. Quem me adorasse,  TANTO. Disseste até que estava mal habituada, mas que me irias ensinar, nem que fosse a "mal", porque te irias explicar muito bem. A tua namorada, eu, está a perceber de que matéria és feito, que determinação pões nesta relação e até onde és capaz de ir para me fazer feliz. A tua namorada por vezes sente-se muito pequena, porque até achava saber dar-se, mas está a aprender que existe muito mais quando se quer realmente.
A tua namorada acredita agora,que pertencer-te é um privilégio e que as "explicações" que nunca te cansas de dar tornarão esta nossa caminhada mais clara. A tua namorada está a gostar de namorar contigo.