19.5.16

Mesmo que o tempo leve tempo...

maio 19, 2016 0 Comments
sleepinsidemysoul: “ this…..her words purposely silent because they are no where near as important as holding on to each other is ”:


Mesmo que estejas para lá do que eras hoje, o tempo será meu aliado e certamente que acabará a correr para o meu lado. Mesmo que o tempo leve demasiado tempo e que acabe como comecei, apenas eu, sei que aprenderei a aceitar que sou a que terá que me bastar, a que se apanhará do chão e a que ficará quando todos os outros se forem. Tive sempre o meu coração comigo e no lugar certo, pronta para estar pronta para ti quando chegasses. Tive alguma inocência no desejo de ser desejada, quando nunca poderia ser possível, não assim, porque não sou apenas eu, não me tenho apenas a mim para que sintas que o teu lugar sempre foi "este". Tive, desta vez, por uma vez, a abertura que te permitiu ver para além do que mostro, mas não serviu e não bastou.

Tudo tem uma fórmula, um encaixe e um tempo que se encontra com o outro, se nos soubermos encontrar, se o que vivemos e sabemos chegar para além de nós. O que se parte até se pode colar e juntar peça a peça, mas os danos serão sempre visíveis e a recordar-nos, a cada olhar, que já foi da forma errada. Podemos sempre tentar, insistir, esperar e acreditar, mas não podemos somar o que apenas se subtrai, multiplicando o que sempre nos dividiu.

Mesmo que o tempo leve tempo, o amor que sinto por ti ficará mais suave, mais arrumado, a permitir-me acreditar que irei sobreviver, porque desistir, para mim, para nós, nunca foi opção. Não de nós e não dos nossos. Mesmo que o tempo leve tempo, vou ser capaz de perceber porque te quis assim e porque não te soube manter.

16.5.16

Para onde vão os corações?

maio 16, 2016 0 Comments



Para onde vão os corações que perdem os únicos corações de que precisamNinguém sabe, e ninguém explica de que forma começamos a sentir pulsar o único órgão com poder para mudar tudo o resto, aqui e em qualquer outro planeta ou forma de vida. Ninguém sabe porque nos escolhemos e como conseguimos manter, para além das lutas, do desespero e até das quedas, a pessoa que nos completa os dias, mesmo quando os deixa vazios e a parecer que nada importa ou faz sentido se não estiver.

Não sei para onde vão os corações que permanecem sozinhos, os que nunca encontram a sua metade, se é que a metade existe mesmo. Não sei porque esperamos tanto, ou desistimos de esperar, se o que acabamos a sentir nos deixa incapazes de explicar o que todos, em qualquer momento dos seus momentos, deveriam ser capazes de sentir. Não sei porque és tu, porque me sentiste a mim e porque ambos, no nosso percurso, precisamos que seja assim e não com outra pessoa qualquer. Não sei explicar porque me deixas a querer-te como apenas eu pareço conseguir. E não sei, não ainda, como iremos prosseguir num caminho que mais ninguém parece entender, mas que para nós faz tanto sentido como fará sermos nós e andarmos por aqui.

Para onde te sentes e imaginas a ir, quando do teu lado está quem muda tudo e te permite sonhar para além dos sonhos que aprisionas para que ninguém os possa roubar? Para onde, e até onde estás disposta a ir, se o que tens agora ainda não te bastar? Para onde foste, quando já parecias saber do que afinal apenas agora chegou? Para onde olhavas quando ainda não vias nada?

O meu coração tem um lugar, um destinatário e uma razão para bater. É para ele e por ele que pretendo continuar, porque apenas faço sentido enquanto tiver em mim e comigo quem me faz sentir assim.

Nunca soube, nunca o disseste...

maio 16, 2016 0 Comments
.:


Nunca soube, porque nunca me disseste, que antes de mim estivera quem afinal acabaria por ficar. Nunca soube, porque tiveste medo, ou porque talvez tenhas achado que eu a tiraria da tua mente, arrancando-a do único lugar onde sempre estivera. Nunca soube, não poderia, porque não há como estar no sítio errado, sendo a pessoa menos certa num coração que apenas tem lugar para uma de cada vez.

Não sei se fingias, se te forçavas a querer-me ou se apenas esperavas. Não sei quando me reconheceste e se alguma vez o foste capaz de fazer, mesmo que me tenhas dito, vezes sem conta, que era eu, que me querias e que precisavas de precisar de mim assim. Não sei onde falhei e para que lado olhei, para não estar a olhar para o que deveria ter mesmo visto.

Se mandássemos, cada um de nós, no que queremos realmente, talvez os finais fossem mais felizes e mais fáceis de carregar, antecipando o que só poderia chegar. Se mandássemos, tu e eu, teríamos cruzado outros caminhos, porque o que fiz não bastou e o que me deste acabou por me doer bem mais. Se mandássemos, se pudéssemos mostrar ao outro que somos quem lhe serve, nada do que digo e sinto agora seria o que estou a dizer de forma tão dolorosa.

Nunca soube e talvez nunca saiba se terá sido melhor assim, afinal acabei a ter o que recordar de cada vez que me recordar de ti!

Não se pode. Não nos deixam!

maio 16, 2016 0 Comments
Yulia Gorbachenko : Amazing Colorful photography:


Chegamos a um momento na vida, em que parecemos não ser capazes de fazer, o que quer que seja, sem que outros lugares, pessoas ou situações, se interponham. Muito provavelmente, nunca fomos autónomos, decisores, não a cem por cento, de nós e dos nossos desejos, mas quando a idade avança, outros valores se levantam.

Os dias deixam de ser nossos. as vontades, dos outros, parecem sobrepor-se, de cada vez que sentimos vontade, de nós. As noites assustam, porque os acordares já não são tranquilos, nem previsíveis, se é que alguma vez o foram. Tudo parece ser mais importante e urgente e já nem respirar, de forma compassada, se consegue.

Não se pode. Já não posso, dizer que quero desta forma ou de outra, porque não depende apenas de mim. Não me cabe, apenas a mim, escolher, fazer, ou simplesmente deixar de querer. Não deixam, já não me deixam, seguir o que planeei, lá atrás. Já não se importam com o que me importava, e acabo a ser, apenas, um ser igual a todos os outros.

Não se pode, porque já não nos deixam apenas ser. Não se pode, apenas sentir, usufruir, e fugir, para bem longe, não levando nada nem ninguém. Não se pode, mesmo que se lute, deixar para trás quem não acrescenta, não envolve e não permite que se seja, que eu seja, o que afinal sempre acreditei que era.

Evolução? Inevitabilidade? Não sei o que responder, talvez apenas perdas.

15.5.16

Para mim é assim...

maio 15, 2016 0 Comments
.red curls.  I think if I paint this it might take 75 glazes to capture her glorious skin.:


Para mim por mim, o que faço, sinto e desejo é assim, MUITO, FORTE e INTENSO. Para mim que me sei de cor, mesmo quando as voltas da vida me levam a dar voltas ao contrário e mesmo que caia, sei que terei que me levantar rapidamente para que ninguém se assuste demasiado. Para mim ser eu assim chega a ser mais do que pareço aguentar, mas aguento. Para mim amar quem me chega, quem consegue entrar e ficar, é o que saberei fazer bem, numa entrega que só fará sentido por fazermos ambos sentido.


As razões, as questões, as dúvidas, todas e cada uma serão e virão sem que tenhamos muito para controlar. Mas eu, por ser assim, não perco a esperança e sorrio mesmo que a chorar, bastando que o sol brilhe, que a música certa toque e que o meu coração, o que está preenchido, me preencha.

Estou mais "crescida" e madura o bastante para entender, de uma vez por todas, que algumas coisas jamais poderão ser minhas. Estou consciente e preparada, para uma viagem nova, ao teu lado, sabendo que serás comigo, o que preciso, mesmo que o recuse. Estou diferente, algo castigada, com dores físicas que reagem intolerantes à dor que se propaga emocionalmente. Estou mais dura, mais preparada, mas sei que perdi o melhor, o que tinha de inocente, quando acreditava que me bastava acreditar e pronto, ficaria assim...

Para mim agora será assim, outra vez novo e diferente. Agora aceito e percebo que tenho que me aceitar assim!

14.5.16

Estou vazia!

maio 14, 2016 0 Comments


Estou vazia, sem alma e perdida, porque me deixei perder. Estou a perceber que até o que escrevo deixou de ser meu. Não sei para onde fui, quem é esta mulher agora, mas certamente que já não é a mesma. Estou vazia porque passei a deixar-me ir em sentimentos que poderão até nem ser os meus.


É mecânico. É frio e pouco natural. Deixou de ser apaixonado e apaixonante, deixei de ser eu!

Nunca me apaguei, não antes, não desta forma e nem sei porque o faço agora. Nunca foi tão pouco colorido, mesmo que negro, mesmo que sofresse, chorasse e gritasse sem sons. Nunca me deixei sem sabor, porque tinha sempre algum que identificava. Nunca parei de querer mais, da única forma que conhecia, com um desejo que me alimentava e transformava nos sonhos que queria sonhar. Nunca esperei parar de esperar e ao ires-te, fui-me eu também.

Pode ser que o tempo volte. Pode ser até que a minha veia e alma regressem, mas nunca mais serei eu, porque me deixei ir, porque desisti de mim e do que me incendiava num fogo bom.

Estou vazia, sem as músicas que dançava até que dançar fosse eu mesma. Estou vazia do que conheço, porque sempre me conheci, mas agora, no meu agora, restou muito pouco.
Quem sabe gritando e correndo mais veloz, não me reencontro. Quem sabe parando o que parecia ter iniciado da forma certa, não me tenho de volta, porque esta, eu, está vazia...

Não importa...

maio 14, 2016 0 Comments
Feelme/Não importa...


Não importa quem perdeste, o que passou a ser menos, pior, ausente, o bastante para te manter longe, de ti, porque o que importa, mesmo, é que não te percas do que vieste fazer!

Gostava de te poder dizer, com toda a serenidade que o teu amor me trouxe, que serás, sempre, demasiado importante para mim, e que terás, de mim e por mim, o que vivemos, juntos, mesmo que não o bastante. Gostava de te poder tocar, mais uma vez, de te olhar, com os olhos que conhecem os teus, mas sem lágrimas, apenas num calar tranquilo, para me recordar do que me recordava de ti. Gostava de conseguir perceber porque te quis tanto e mesmo assim te deixei ir.

Não importa, não agora, que não tenhamos conseguido seguir, prosseguindo com o que pensámos ser o bastante, usando os motivos que faziam tudo o resto ser, certo, seguro, e inevitável. Não importa, não para mim, e certamente que já não para ti, que sejamos incapazes de nos continuar a amar, porque nos amaremos sempre, da única forma possível, com um formato que talvez ninguém consiga entender, mas que para nós e connosco será o que se encaixa. Não importa que não me consigas ler, que as minhas palavras já não falem do que falava, tantas vezes, por ti. Não importa que afinal nunca me tivesses conhecido, porque já não precisarás de o fazer. Não importa que eu tenha desistido, da dor que a tua dor me infligia, porque teria que parar, tu terias que sair da parte de mim que não controlava.

Eu sei que ficarás, de alguma forma, comigo, com o que levarei para dias novos, com um outro no horizonte. Já não nos sentimos, nem ouvimos. Já não falamos, horas a fio, do tudo, e do nada de que era feito o nosso amor. Parei de sonhar contigo, de acordar e adormecer a querer o que nunca foste capaz de querer. Roubei, memórias, desejos, e sonhos. Roubei-me, a mim mesma a capacidade de continuar, mesmo que derrubada, mas sei que teria que ser assim. Sei que depois de ti, teria que haver mais, melhor, meu, para mim.

Não importa, não agora, porque já desisti, e porque desta vez já não dói.