E se de repente um estranho te dissesse exactamente o que estavas a precisar de ouvir?
Em poucos segundos, entre um sorriso e um esgar indefinido, consegui voltar no tempo a uma velocidade incrível e pensar em como este lugar é mesmo estranho e difícil de entender. Porque gastamos tempo e palavras, muitas delas sem qualquer fundamento, com quem não nos mudará nada? Porque não usamos o tal do tempo, para sermos mais fiéis a nós, não generalizando os sentimentos e mantendo-nos por perto de quem vale, mesmo, a pena? Porque fugimos do óbvio e estamos presentes para o que é desconhecido?
Não sei o que se responde a um estranho, porque quem sabe até nem poderá deixar de o ser. Não sei se vou conseguir voltar a ouvir palavras desenhadas, bem pronunciadas, com sons que até me poderiam tocar, mas que muito certamente não significarão nada. Não sei como se convence os outros que tenho razão e que não devo baixar as defesas. Mas querem saber o que sei? Duvidar afinal é mesmo um alerta, um sinal que não se deve ignorar, sob o risco de nunca mais recuperararmos e de passarmos a ver, todos, com os mesmos olhos e certamente que nem o merecem.
E se de repente um estranho parecesse ter-me conseguido ler, arriscando o que muito provávelmente nunca mais poderá repetir, mas assim mesmo fazendo-o, porque sim, porque o entendeu, porque achou que valeria a pena?
Não sei, porque não me lembro, se respondi, mas sei que pelo menos o meu melhor sorriso conseguiu sair, e até que foi genuíno!
Sinto que já conquistei o direito a escrever da forma que me der na real gana e como até acho que o faço nos momentos certos e sobre o que nos preocupa a todos, não me vou segurar, mais, e agora, com total compromisso para comigo, serei eu mesma, como sinto e penso e sem quaisquer filtros. Para o bem e para o mal, direi o que muitos não fazem por falta de tin tins. Tenho, por um lado, alguma pena de não ter nascido homem, seria TÃO mais fácil, mas por outro, já me resignei à minha condição no género e vou começar a usufruir em pleno do que isso realmente representa.
Sabem o que vos digo? Fujam, a 7 pés de quem não quer viver, não sabe sorrir sem mágoas e de quem não entende a felicidade interior. Isto de ser resolvida é um carma algo pesado, mas no final de cada dia apenas serve para afastar pedras do caminho e seguir em frente. Não queiram menos do que vos pertence por direito e chamem os bois pelos nomes. Sabem o que vos digo? É feio enganarmos os que chegam até nós sem armaduras, de peito aberto e a serem o que são, com todas as fragilidades que isso implica. Não se deve dar com uma mão e tirar com a outra, certamente que não foi essa a educação que os nossos respeitados pais nos deram. Digo eu que muitas vezes também já não sei onde fica a cabeça e o rabo da cobra. Sabem o que vos digo? Não baixem a fasquia e nunca parem de perseguir as vossas metas, porque na corrida apenas ficarão os que valem a pena.
Mas como este post fala de palavras, quero apenas que saibam que aterrei numa nova fase e que a partir de hoje sou oficialmente uma mulher crescida.
Dramas familiares, UI, é aqui que o mundo se vira mesmo do avesso, a sorte é que ele é redondo!
Dramas das mais variadas naturezas, algumas totalmente novas para mim, quando já julgava ter ouvido tudo, na...na...na. Parece que ainda é possível ser-se surpreendida pela negativa. Até terei uns quantos, não lhes faço é muito caso, porque já tenho vida própria há alguns anos e não abdico dela. Sou das que não morre nem que me matem e que vai ali dar uns gritos e depois passa tudo. Sabem o que vos digo? Esta treta do universo acontece mesmo, até para os mais cépticos, para os que aparentemente só acreditam em provas documentadas, mas que depois acreditam em tudo o que se lhes enfia cara dentro, bastando que se lhes toque no calcanhar de Aquiles. OH gentinha pequena e fraca...
Querem uma definição de drama com a qual se vão certamente relacionar? Drama é: (hoje estou tipo escola primária, a fazer composições).
. Pagar as contas e nem vos vou dizer quais porque são muitas;
. Cuidar do que todos comem e o supermercado não passa por aqui a deixar nada:
. Manter o lar, o refúgio, clean e não apenas do pó, mas das más energias e do lixo alheio;
. Roupas, trabalho, relações...
São dramas imediatos, mas não nos param, muito pelo contrário, impelem-nos a ir mais longe e a fazer mais, porque algumas pessoas têm mesmo que fazer. Drama não é saber o que se vai comer e a que horas, drama é saber se há o que comer e por quanto tempo. Assim sendo.e para os dramáticos de serviço, levantem os rabiosques da cama, saiam das tocas e parem de tapar a cabeça com o lençol. Olhem com atenção para como vive a maioria dos mortais, percebam os seus malabarismos só para estarem à tona da água e depois disso tudo, enfiem os vossos dramas onde vos der mais jeito. Ah, e um reparo, isto não sou eu a ser dura, nem azeda, isto sou eu a respirar cansaço, a que acorda e adormece enjoada com tantos filmes de capa e espada e a que perdeu a paciência e a condescendência com todos quantos têm tudo no prato sem mesmo precisarem de pedir. Grow up!
Não gosto de sentir pena de ninguém, mas é um sentimento inevitável, porque vejo tanta gente que apenas sobrevive, que se agarra às rotinas com tanto medo, que nem de rua mudam, seguindo sempre pelo mesmo percurso, ou pior ainda, usando o gps, que é mais emocional, porque não arriscam simplesmente sentir e usufruir.
Tenho pena de quem não sabe o que é dançar para afastar fantasmas, mas usando cada pedaço do corpo, como se estivesse a fazer amor. Tenho pena de quem nunca correu à chuva, ou sequer caminhou, mas sem medo de ficar verdadeiramente molhado. Tenho pena dos que usam o "mas" mais vezes do que o "eu", o "sim", o "também" e o "quero". Tenho pena de quem nem muda a posição da cama e que pousa, invariavelmente, as chaves na mesma cesta.
Há quem se agarre aos salva vidas emocionais, não olhando muito para não ter que ver o que deixa de viver. Há quem até tenha saltado, para outros lugares, mas sem nunca lá ter estado. Há quem ainda não saiba o que fazer consigo e por isso não consiga saber o que fazer com os outros.
Não gosto de ter pena, mas a verdade é que tenho imensa, sobretudo quando vejo desperdiçar, vida, recursos e coração. Que pena tenho de quem nunca irá saber como é simples apenas amar e ser amado...
Exercício mental, acordei a tentar fazê-lo e felizmente até que resultou. Tentei pensar em amores que deram certo, em indivíduos, pessoas que passaram de 1 a 2, que se reencontraram e puderam continuar mais seguros, mais acompanhados, mesmo que com mais medos, mas a poder dividi-los.
Mesmo que o mundo, a forma como ele se movimenta agora e até chego a pensar que gira ao contrário, nos tente fintar, vão sempre existir os resistentes, os que se armam de coragem, agarram nas bagagens, mais ou menos pesadas e seguem sem olhar para trás. Alguns de nós irão saber como impedir muitos de nós de deixar de acreditar e de desistir. Todos cometemos erros e perdemos o caminho, mas a ser um teste, sobretudo do tempo, haverá sempre quem os passe e diga, sem qualquer dúvida, que terá e deverá ser por "ali".
Sou apenas lamechas a ver filmes, tirando isso prefiro ser pés no chão e perseguir o que me persegue, comungando desejos e não forçando vontades. Certamente que não estarei certa e não saberei como se faz, bem, porque de contrário não teria acordado sozinha. Sou lamechas quando vejo amores que dão certo e pessoas que se seguram pelas mãos, decididos a nunca mais se largarem. É bonito e terão que concordar, sobretudo se ficarem juntos significar que irão mesmo manter-se juntos, partilhando tudo e sendo tudo para o outro.
Exercício mental matinal, devidamente recomendado por mim que até sei alguma coisa:
. Foquem-se no sucesso, nas partilhas, nos sonhos e nos sorrisos, mesmo que dos outros.
. Olhem à vossa volta, mas vejam apenas o que vos motivar e mantiver a coragem.
. Acordem certos de que o que for vosso acabará por chegar e não resistam indefinidamente ao que vos souber bem.
. Continuem a acreditar, porque da vida apenas conseguiremos ter o que quisermos mesmo dela.
O amor e a falta dele, transforma-nos para melhor e para pior. Somos o reflexo de tudo o que construímos e do muito que nos faltar, para entendermos que apenas teremos o que formos capazes de doar.