29.10.16

Se fosses minha!

outubro 29, 2016 0 Comments
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Se fosses minha, se o pudesse dizer, se o conseguisse sentir, se fosse verdade, serias minha de todas as formas!


Não sei se me enfeitiçaste, o que tens que me deixa a querer sempre mais, a não conseguir que saias da minha cabeça, a desejar que te coles a mim e que não precises de mais nada, nem de mais ninguém. Não sei quem és tu e porque entras assim, no meu sistema, paralisando a minha vontade de tudo o resto. Não funciono sem ti. Nada é igual se não te oiço, se te afastas e se decides viver outras vidas onde não esteja. Não gosto de gostar de mais nada, não me apetece sequer usar palavras que não sejam para ti. Não decido, não escolho, nem sonho se não for contigo e por ti. Não é doença incurável, é apenas um amor que nunca experimentei antes, são emoções, talvez em demasia, mas que para mim fazem sentido e me servem.

Será que posso dizer que és minha? Será que o permites? Será que me aceitas?

Só posso prometer que tudo farei para não te falhar. Que estarei aqui sempre que precisares de colo. Que farei de ti a minha primeira opção e que o meu amor não se esgotará, porque amar-te foi o que aprendi a fazer melhor. Só posso prometer que te quero comigo, sempre e para sempre, porque agora és tu que me moves e me renovas a fé na vida, nas relações e na felicidade da qual fugi para não ser magoado.

Quem sabe não me surpreendes e acabas a dizer que sentes de igual forma que não receias que passemos a ser apenas nós. Quem sabe não me pedes para que te peça e não fazes de mim o homem que sempre esperei ser. Quem sabe até sabes mais de mim e estás a sorrir ao óbvio.

Só preciso que sejas minha e que que o digas com a convicção que pões em tudo o que fazes e que me "prendeu" a ti assim. Vou ficar aqui, onde estou sempre, ansiosamente à tua espera!

Quando já não estiver!

outubro 29, 2016 0 Comments



Proverbs 4:25-27 Look straight ahead, and fix your eyes on what lies before you. 26 Mark out a straight path for your feet; stay on the safe path. 27 Don’t get sidetracked; keep your feet from following evil:



Quando já não estiver sei que irás sentir a minha falta. Vais querer ouvir-me e  tocar-me, mas já não estarei mais aqui, mesmo e nem terei como voltar! 


São escolhas, foram as tuas. As minhas agora passam por um outro Universo, por um lugar que me acolherá e no qual irei recomeçar. Quando deres por ti, eu já estarei a tirar-te de mim, terei viajado muitos quilómetros e começado a ver gente nova, lugares que me abrirão horizontes, começarei a ter rotinas que já não te voltarão a incluir, nem memória de ti, porque lembrar-te seria masoquismo e seria sofrer em vão...

Talvez sintas a minha falta quando te faltar realmente. Talvez passes a lembrar-te mais vezes do que desejávamos ambos. Talvez te arrependas do que deixaste por fazer, mas aí já nem eu poderei valer-te, a nossa distância será tão grande quanto ainda é o meu amor por ti, aquele que se vai desvanecendo, agora mais depressa, sabendo o que há fazer e desistindo de lutar.

Já regressei há algum tempo às minhas rotinas. Deixei de te pensar a toda a hora. Deixei de ter espaço apenas para ti, foquei-me em mim e nos meus e passei a acrescentar muito ao que já era meu. Perdi-te, sei, mas apenas a ti, porque continuo aqui, a querer as mesmas coisas, a ser a pessoa com quem se conta e a propagar-me a estar para quem precisa de mim. Continuo aqui, a ser quem sempre fui, da mesma forma, mesmo que em maior descrédito. Continuas aí, do lado que também estiveste sempre, porque apenas foste vindo quando a minha falta crescia, talvez porque eu tivesse algo de especial, ou diferente, mas existem coisas das quais não se regressa, vidas que não recebem a benção da segunda oportunidade e almas que nunca se juntarão, não importa quantas vezes se cruzem. Nada a fazer, nada mais a dizer, nem quando não ter quem importa se tornar insuportável.

De lá...

outubro 29, 2016 0 Comments

De lá não se volta! Não temos como voltar do lugar onde enterraram metade de nós. Não sabemos como tirar de dentro do buraco e do escuro, a esperança feita em pedaços minúsculos de vidro que só teriam porque se partir quando nos agarraram com uma força desmedida e nos fizeram perder o suporte.

Quando alguém se entrega, acreditando que poderia estar de alma aberta, sem camuflagens, usando e falando de todas as palavras, saindo da sombra, rindo-se à luz que surge, caminhando com passos seguros, em direcção a alguém e a algum lugar, fica tão vulnerável que se for magoado ou atingido numa luta desleal, numa entrega falsa, muito dificilmente sairá inteiro...

De lá não se volta, desse lugar obscuro onde se passa a questionar tudo. A sensação de medo claustrofóbico paralisa cada membro, prende até a respiração e deixa-nos a morrer, enterrados tão abaixo da terra, que escapar passará apenas pela capacidade de vermos mais para fora da bolha, como se uma mão estendida nos guiasse e nos puxasse com força. O corpo até poderá vir à superfície, mas o resto morrerá, como morto ficará até o olhar, a capacidade de voltar a acreditar e a coragem de sentir o que nos matou antes.

De lá não se volta, fica-se morto-vivo,
 e até os que se achavam fortes perceberão que apenas salvaram metade, porque tudo o resto, o que faria a diferença, o que existia para completar e para acrescentar de forma a que nunca se duvidasse, permanecerá lá, durante o tempo que o nosso tempo entender!

28.10.16

Mereço ou não?

outubro 28, 2016 0 Comments


Mereço ou não prometer-me a mim mesma ir até onde tiver que ser para conseguir que cada sonho deixe de o ser? Já consigo que as lágrimas sejam de alegria e que aceite de forma estóica cada erro cometido, cada olhar que deixei de ver e cada pedaço de muitos outros que não bastaram para que deixasse de ser apenas eu. Levou tempo até que aceitasse que ou sigo da forma que me identifica, ou ficarei pela metade, lamentando sempre o que permiti que me fizessem acreditar. Demorou, mas consegui, sobretudo, entender que não me posso camuflar, que se me defraudar em qualquer momento, jamais me conseguirei perdoar e que não tenho mais vidas para compensar o que não tiver tido forças para manter.


Parece simples. Parece fácil de entender, mas nunca o será, nem que todas as estrelas no céu se reposicionem. Aceitar-me custou-me tanto que até me arrepia pensá-lo, mas também me fez a única pessoa que concebo, a que olho em cada dia e reconheço. Sou eu em cada sorriso, em todas as lágrimas que largo de forma compulsiva, porque agora quando choro, faço-o como todas as tempestades conhecidas ou por identificar. Não sei sentir pela metade. Não provo, bebo e engulo rápido. Eu sinto todo o calor e sabores bem misturados e únicos.

Mereço a mulher que construí. Mereço não me deixar quebrar e ter conseguido passar a sentir e a desejar TUDO, para o bem e para o mal. Agora quem me quiser merecer que trabalhe tanto quanto eu!

Eu respondo!

outubro 28, 2016 0 Comments
Tippy Toe on The Pi -- ano.:



Perguntam-me, varias vezes, para quem escrevo, se padeço de tudo o que partilho, se tenho mágoas de alma, e se sou assim tão abençoada, por todos os amores que descrevo. E eu respondo, tentando explicar que mesmo sendo eu em cada palavra, muitas delas serão apenas histórias de todos quantos se cruzam comigo e que me enriquecem ao ponto de nunca me esgotar, tendo matéria, amores, dores e arrepios que também me enregelam por dentro. Mas a verdade é que NÃO, nem sempre são histórias minhas. Nem sempre falo de mim, por vezes será apenas para mim, dizendo-me o que preciso de ouvir e mais ninguém consegue.

Tudo o que escrevo não encontra forma de ficar retido, porque se já sou difícil e por vezes intragável, imaginem-me "engasgada", sem poder "gritar" que mesmo quando não for eu, o serei sempre, porque é de toda a vida que me rodeia que me alimento. É de cada um de vocês que me chega cada pensamento, cada lágrima e todos os risos e rasgos de felicidade que a escrita me permite.

Escrevo para quem me quiser ler e para todos os que se conseguirem rever em vidas que serão de alguma forma iguais, com toda a diferença a que os pólos nos obrigam, a latitude, a longitude, o comprimento de onda, o gostar de sal e o ser intolerante à lactose. Eu sou cada um de todos quantos não se conseguem fazer ler, entender e até chorar em conjunto. Eu sou o que escrevo e não vivo sem os sons que provoco.

Obrigada por continuarem desse lado, porque ficarei deste enquanto tiver palavras!