16.11.16

Solta-te, por favor!

novembro 16, 2016 0 Comments
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Solta-te, por favor. Mantém em ti e nas tuas memórias o que era antes e verás que mudou muito pouco e que continuo no mesmo lugar a desejar basicamente as mesmas coisas e a não desistir de ti!

Se te deixo confuso fala comigo. Não permitas que passe para a frente, porque tal como nos filmes, acabarás a perder o enredo se depois começares a meio. Não gosto de te saber com dúvidas, deixa-me desconfortável a sensação de desconforto que aparentemente te passo e sem qualquer intenção.

Conheci-te interventivo, teimoso, inquieto e a não aceitares o "não" como resposta. É esse o homem que desejo, que quero de volta e que me dá luta. Vive esta vida. Deixa no teu passado o que não correu bem. Abre-te ao que construirá uma nova história, a nossa. Aceita-me e não te deixarei mal. Podemos recomeçar do ponto onde ficámos. Podemos reavaliar e apagar cada rasto mal calculado. Podemos sentir-nos e deixar que os nossos cheiros se entranhem. Podemos voltar a beijar cada beijo, passando-nos o calor e o sabor que temos um para o outro. Podemos respirar-nos de forma intensa ou compassada, movendo-nos com corpo e alma. Podemos continuar a amar-nos, porque nunca deixámos de o fazer.

Não te reconheci à primeira, mas agora que te vi, sei que és tu. Solta-te e recomeça de onde paraste. Volta para mim por favor, preciso de ti!

As palavras que nos oferecem!

novembro 16, 2016 0 Comments
@ematimofei:




As palavras que nos oferecem chegam, algumas, a parecerem desesperadas, dizendo-nos o que nem sempre queremos ouvir e a não conseguirem fazer eco, simplesmente porque não são de quem desejávamos, ou porque não soam a verdadeiras. Andamos desencontrados, a querermos quem não nos quer e a tropeçarmos no que não procurávamos. Vamos estando nos lugares errados, mexendo com as pessoas e deixando-lhes sabores amargos, sem querer. por vezes não sabemos como desmontar o que construímos de forma distraída e sem o cuidado que mereciam.


Já ouvi e li tantas palavras, que já as conheço de cor, por isso agora, nada nem ninguém consegue surpreender-me e isso deixa-me triste e desalinhada. Nesta nova realidade, na que se usa as pessoas, e e na qual se diz o que supostamente o outro quer ouvir, faz-se o que se tem que fazer apenas para que se chegue onde se determinou.

Pela parte que me toca, tudo se torna mais complicado, porque não me bastava ter rapidez de entendimento, ainda tenho esta relação com as palavras, o que me deixa com pouca paciência para investidas baratas. Para as chamadas conversas da treta, com conteúdos que não acrescentam nada. Irra para a paciência que já não tenho, ONDE É QUE ANDAM AS PESSOAS INTELIGENTES?

Não me apetece azedar, não hoje, por isso vou só ali destilar algum veneno e já volto, espero que mais animada, mais doce e mais eu. Até já!

15.11.16

As memórias!

novembro 15, 2016 0 Comments
Jean-Philippe Lebée:


As memórias são o que fica dos percursos que se vão fazendo, das pessoas que entram e saem da nossa vida!

Deveria ter-te agradecido antes. Deveria ter-te mostrado, e não apenas com palavras, o quanto eras importante para mim e como a sensação de te tocar e de ouvir as palavras que eu absorvia, e que me satisfaziam, me deixavam tão plena. Eu permanecia com a sensação de ter voltado a casa e de estar finalmente a amar que me importava.

As minhas memórias irão manter-se. Estão todas seccionadas, prontas a serem encontradas, de cada vez que sentir a tua falta. Eu sei que o irei sentir durante tantos dias quantos estiveste comigo e em mim.

Falei muito, disse-te tanto, mas nunca disse tudo o que me pedia o coração. Nele cabiam os sonhos que fui aumentando a cada noite que esperava poder vir a partilhar contigo. Cabiam os meus desejos de poder estar finalmente tranquila, pertencendo a alguém, a ti, amando-te como o fiz, mas sem ter sido o suficiente para te manter.

Mudaria muito se a vida me permitisse voltar atrás. Mudaria sobretudo o que deixei por dizer. Tocar-te-ia mais vezes. Beijaria a tua boca até que nos secássemos por dentro, mas ficássemos saciados, por mais um beijo, até aos seguintes, até a todos os outros que te neguei.

As minhas memórias já te carregam e ficarás, tal como elas, sempre em mim e comigo!

Corpos, desejos...

novembro 15, 2016 0 Comments






Corpos que possam encaixar-se, falar a mesma língua, passar o mesmo calor, tocando-se da forma que arrepie o outro e o liberte!


Quando se encontra um toque que nos permite parar de pensar e apenas sentir, bem dentro, até o nosso calor nos consome e nos faz precisar de sermos tomadas, amadas de forma violenta e intensa. Não nos conseguirmos refrear e gritarmos de um prazer que adivinhamos.

Quando nos falamos e de cada vez que o fazemos, a pele não consegue parar de se arrepiar e de antecipar o que o outro trará, assim que nos olhe. Entregarmo-nos, sem mentiras, sabendo que só poderá ser bom, porque já o sentimos de cada vez que fechámos os olhos. Sorrimos sem dizer mais nada, dando, tudo, para poder receber, tudo.

Se o meu corpo te consegue continuar a sentir.Se o teu cheiro se impregnou para não mais sair. Se cada dor que me passaste se transformou num prazer que não conhecia, então quero mais, preciso de mais e vou ter mais. Já ninguém se atravessa ou me cruza o pensamento, és sempre e só tu.

Estou de braços abertos, mas tão abertos que sinto cada músculo. Os olhos estão fechados, a minha boca entre aberta. O coração a bater descompassado, mas firme em cada desejo e sensação. As ancas movem-se, ritmadas, numa canção imaginária. Estou a morder-me agora e juro que te estou a sentir. A respiração aumentou, oiço-me e sinto-me. Fecha também tu os olhos e recebe o prazer que não me deixa parar. Anda, saboreia cada pedaço, enche-te de mim e sê meu, agora...

Fingir!

novembro 15, 2016 0 Comments

Fingir finge-se, porque é mais fácil, porque fingindo se esconde tudo o resto, porque...

Lamento, mas não consigo entender, não agora, talvez mais tarde quando já for totalmente velha e decrépita. Não entendo porque ser outra pessoa e fingir que sentimos algo, apenas para não acabarmos sozinhas, é mais deprimente e mais triste do que nunca ter tido um orgasmo. Verdadeiro, bem entendido!

Podemos ser apenas nós em alguns períodos da vida, rodeadas de amigas, de filhos, de cães ou de gatos, não precisa de ser forçosamente com um homem. A vida prossegue e tem sentido também de forma igualmente intensa, acreditem. Fingir para não magoar, até posso entender, mas também só poderá funcionar por um período não muito longo e no final os estragos serão bem maiores. Não sou totalmente isenta de culpa, porque já usei de algum fingimento durante o tempo que me foi humanamente possível. Não voltaria a fazê-lo, prefiro ser nua e crua, áspera e azeda, mas sempre eu e até sei que assim gostam bem mais de mim.

Fingir para que os problemas sejam mais pequenos, apenas o serão aparentemente.
Fingir para não dar respostas necessárias e honestas. Fingir para parecer melhor, mais forte e em controlo. Fingir para parecer em vez de ser, porque já não se sabe viver sem a máscara.

São inúmeras as razões e as desculpas para o fazerem também, mas cada um saberá de si e de que forma quer passar pela vida. Alguns escolhem simplesmente não a viver, sobrevivendo aos revezes e nunca esperando, realmente, por mais. Outros, e nesses incluo-me eu, optam por NUNCA fingir nada, saboreando até o que não tiver o melhor dos sabores, mas pelo menos sabendo como os avaliar. Alguns escolhem MESMO viver!

Por vezes...

novembro 15, 2016 0 Comments
Such a sweet photo. Love the way the entire focus is on the couple and the background is completely blurred.:

Por vezes conseguimos ver nos outros o que também fizemos de errado e finalmente entender porque nunca poderia ter dado certo!

Num sábado soalheiro com um grupo agradável, cheio de gente bem-disposta, num almoço que se prolongou, que se estendeu pelo prazer que estávamos a tirar uns dos outros, fomos falando de tudo, rindo, adivinhando sensações e tecordando os inícios de cada relação. Sem filhos por perto, sentimo-nos de novo jovens, descontraídos, sem pressas, mas igualmente apressados para conseguir ter um amor que nos completasse, conseguir a certeza na escolha, nos olhares da outra metade de nós.

A Ana estava um pouco cabisbaixa, mesmo rindo eu senti que não estava completa, que algo a magoava por dentro e fui olhando mais atenta, tentando descortinar pensamentos, até que finalmente, porque sou uma pessoa pouco dada a silêncios, derramei todas as palavras que certamente ela gostaria de ter usado.

- Sabes Paulo, estou para aqui a olhar-vos e pergunto-me, porque andas a desperdiçar tamanho amor?

- Não entendi - olhou-me baralhado.

- Não? Então eu explico. Tens uma mulher que enche os olhos de uma luz tão própria e intensa, sempre que te vê passar, a companheira que nunca adianta os passos, mas que os mantém próximos e acertados com os teus. Viste-a crescer fisicamente, aprender contigo a desinibir-se a partilhar o único corpo que reconhece e com o qual fica ainda mais bonita e mulher. Não precisas de perguntar porque o sei, nós falamos de tudo, sobretudo dos sentimentos que lhe negas, mesmo sabendo eu e todos aqui, que a amas realmente. No entanto escuta-me com a atenção de um condenado, assimila cada palavra, porque doravante te irão servir, responder e permitir que também tu cresças e te completes. A diferença entre quereres e seres realmente feliz, está na forma como amas e amar meu querido amigo, é esperar, desejar  bem no fundo de nós, que cada final de dia tenha sido intenso o suficiente para dar ao outro tudo o que queremos para nós. Ver como o nosso cuidado consegue manter a alma tranquila, o sorriso aberto, o desejo inteiro de quem nos laçou as mãos e não pretende largar, quem carregará, se preciso for, cada tijolo de uma casa com todos os andares que vão crescendo até já não ser mais possível vislumbrar os contornos, porque se ampliou a caminho das estrelas, do azul que pacifica, do sol que nunca deixará de nascer e de se pôr.

Todos me olhavam deixando que o silêncio se instalasse e pudesse ter o protagonismo que ansiávamos servisse para mudar algo. Por esta altura a Ana deixava rolar grossas lágrimas e incitava-me para que não me calasse.

- Nunca te vi abraçá-la desenvolto, descontraído, jamais pronunciaste os amo-te que ela, como todo o comum mortal, tanto necessita de ouvir. Andas a arrastar-te na incapacidade de dares e de seres o homem que ela viu algures, num tempo que forças a que se distancie. Acorda meu amigo, amar só poderá ser sempre o começo e recomeço de tudo o que nos dará um final mais preenchido. Usa e abusa de quem te ama como ainda não fizeste por merecer.

O que vimos depois foi o beijo mais meigo, intenso, sentido, suplicado, sofrido e partilhado que a vida nos deixara alguma vez sequer imaginar. Deixei cair um sorriso vitorioso e chorei de felicidade vendo como, também a metade de mim, me acolhia de braços abertos.

- Anda cá minha guerreira, espero que consiga fazer-te sentir tudo o que descreveste, porque de contrário estou condenado a não te manter inteira. Sabes que te amo, não sabes?

Não foi preciso responder, desta vez os protagonistas desta história eram dois seres que pareciam estar a ver-se pela primeira vez, uma vez mais!