18.11.16

Às vezes...

novembro 18, 2016 0 Comments
"We all need to look into the dark side of our nature - that's where the energy is, the passion. People are afraid of that because it holds pieces of us we're busy denying.":
Feelme/Às vezes... Tema: Sentimentos!
Imagem retirada da internet


Às vezes confundimos a realidade com a ficção. Às vezes dizemos, ou escrevemos (no meu caso) o que os outros querem e precisam de ouvir e entender. Às vezes deixamo-nos para segundo ou terceiro plano, não porque sejamos menos importantes, mas porque escolhemos não ter que escolher e apenas deixar ir. Às vezes o nosso outro lado, o menos bonito, sobrepõe-se a tudo o resto que nos define e magoamos quem se cruza no nosso caminho.

Nem sempre somos capazes de mostrar o que nos vai dentro, porque dá trabalho, obriga a demasiadas explicações e porque nos fragiliza. Falarmos sobre emoções é o equivalente, para muitos, a andar pelas ruas sem roupa nem sapatos. Chorarmos, mesmo, em vez de sorrirmos para que não nos sejam feitas perguntas, curaria muitas dores, mas escolhemos seguir, de cabeça levantada e de alma caída.

Quantas vezes, por dia, conseguem ser a pessoa que está por dentro, sem máscaras e sem rótulos? Quantas vezes se encontram, convosco, e ouvem, verdadeiramente, o que sentem e desejam?
Quantas vezes se olham no espelho e reconhecem a pessoa que está do outro lado?
Quantas vezes acordam e adormecem a fazer o que gostam?

Fingir. Olhar para o lado. Deturpar a realidade. Insistir no que está errado. Escolher o silêncio e fugir, são os padrões de quem ainda não sabe ao que veio, nem para onde vai. Não sei se lamento por eles, ou se me zango pela cegueira que deveria apenas ser temporária, mas gostava de saber, nem que fosse por um dia, ao que sabe não ter sabor algum. Como se chora sem derramar lágrimas e como se fala quando gritar viria como um bálsamo.

Às vezes acredito que alguns de nós deveriam estar apenas a nascer, porque parecem não estar prontos para se cuidarem e delegam nos outros a responsabilidade que lhes cabe. Às vezes também me apetece desistir de os entender e apenas seguir com a minha vida!

Desculpa-me meu amor!

novembro 18, 2016 0 Comments

simply beautiful eyes:



Desculpa, mas não podia ter ficado, porque não te iria fazer feliz. Não tinha o que procuravas e julgavas ter encontrado em mim!

Sei que te deixo furiosa sempre que digo que se pode amar tanto, que deixar ir será a maior prova, mas é o que sinto, foi o que aprendi e percebi que não te servia nem bastava;

Sei que o mais fácil teria sido aceitar-te e permitir que me conduzisses, mas o medo de me perder, foi maior que o amor que te tenho. Cobardia? Sem dúvida, mas este sou eu, o oposto do teu cavaleiro andante, não que precises de ser salva;

Sei que te desiludi, que procurei o mais fácil para mim, e que nunca estive como o estiveste tu. Mas mesmo sabendo que fui eu, não torna mais fácil o caminho, nem consigo deixar de sentir arrancar-me a alma de cada vez que te imagino nos braços de outro, a seres tocada nos pedaços de corpo que já foram meus, a cobrir-te a boca que me dizia, tantas vezes - amo-te homem da minha vida - beijando-me de forma tão sôfrega, que largar-te era morrer mais um pouco;

Sei que vais continuar. Que te vais reerguer, tu és assim, forte e determinada. Mesmo que te doa, não paras demasiado para que te pares completamente;

Sei que um dia me vou cruzar com a tua felicidade e ser tremendamente infeliz, mas fui eu que escolhi e fui eu que te perdi.

Desculpa, perdoa-me como só tu sabes. Não te posso pedir mais nada, mesmo que me apeteça gritar-te que venhas até mim e me arrastes para o único lugar onde serei feliz, ao teu lado. Sabes, a cobardia tem duas faces, a que decide, demasiado rápido, em fuga e a que se recusa estender a mão com medo de a ver recusada. Desculpa meu amor e por favor, não sejas já demasiado feliz sem mim. Deixa-me sonhar-te mas um pouco, deixa-me crescer no egoísmo de te saber sozinha, mais um pouco, até que me acorde, verdadeiramente, do maior erro da minha vida!

Nada parece conseguir tirar-me a dor da desilusão!

novembro 18, 2016 0 Comments
 :

Nada parece conseguir tirar-me a dor da desilusão, do engano e da frustração perante a capacidade de alguém que já me disse e foi tanto, me fazer lamentar cada olhar carregado de um amor que parecia nunca ter como terminar. Foram dias e dias com entregas plenas, com risos, sonhos e desejos de uma vida que se mantivesse para além da própria vida, daquela que conheço como terrena, que está aqui neste portal de tempo!

A desilusão nas palavras de quem elas sempre vieram. A verdade que já não se consegue ocultar. A "raiva" por me sentir ainda magoada o suficiente para me voltar a atrever a olhar para um passado que nunca o será totalmente, não quando tudo o que fui e a forma como me construí passou por quem já amei mais do que a mim mesma.

Queria saber de quem me ajudasse a ajudar-me a mim mesma, a arrumar um ontem que chegou até a ser bom, que teve pedaços que me fizeram feliz, mas que teve outros tantos que me tornaram amarga e de armas em riste. Agora tenho ambos os pés atrás. Tenho dores que nem sei como consigo suportar e apenas queria que alguém me ajudasse a entender, a aceitar e a continuar sem lamentar nada. Não queria sentir nada, apenas uma liberdade e tranquilidades que tardam em chegar. Queria que me ensinassem a manter fechada a caixa que me trás recordações que me fazem doer e chorar por dentro de cada vez que me atrevo a espreitá-a e a tentar ver onde já estive. Queria alguém que me mostrasse o caminho certo e eu seguilo-ia.

Nada parece conseguir curar a minha alma magoada. Nada me sossega perante a incapacidade de não me terem conseguido amar como eu merecia realmente. Nada, nem ninguém, me faz entender como é que alguém que me conheceu, menina, preparada para correr o mundo se preciso fosse, nunca tivesse conseguido manter as minhas mãos nas mãos que me tocaram pela primeira vez.

Estou aqui hoje, humilde, a pedir que me ajudem se forem capazes, porque quero conseguir perdoar-me a mim mesma e seguir em frente!

Os amores!

novembro 18, 2016 0 Comments
Holding you in my life, holding you at my heart. Feel my heart beat. Feel safe in my arms....:
Feelme/Os amores! Tema:Sentimentos!
Imagem retirada da internet


Acabei de ler, numa frase de Paulo Coelho:

Fique com um amor que te dê respostas e não problemas. 
                  Segurança e não medo. 
                                           Confiança e não mais dúvidas"!

Lindo e verdadeiro, porque o que adianta ter ou investir em quem nos deixe ainda mais inseguros e em quem nem sequer saiba a dimensão da sua capacidade de sentir e de dar? O que eu preciso, agora muito mais do que ontem, é de um homem  seguro, forte, que me queira porque sou eu e porque sem mim, sem me ter, o seu percurso deixará de fazer sentido. Eu ainda não desisti de encontrar quem saiba amar assim!

Porque me conheço e sei da minha capacidade de dar e de amar, não escondo que sou capaz de mover céu e terra se me fizerem sentir que vale a pena. Quem mesmo assim ainda tiver dúvidas, não serve, não me adianta, não me importa. Os amores não se desenrolam como esperamos e raramente chegam de forma planeada e a fazer sentido. Os amores por vezes atropelam a realidade e deixam-nos com um sabor agridoce, porque nos vemos incapazes de cumprir com os nossos próprios desejos. Os amores também colidem, quando uma das partes ainda não está pronta, mesmo desejando muito. Os amores não são, ou não deveriam ser, experiências e atropelos à identidade de quem, supostamente, amamos. Os amores vão e nem sempre voltam, não para os envolvidos, porque quando decidimos desistir, aceitamos que deixámos de precisar, de querer e de saber lutar!

17.11.16

Se o virem...

novembro 17, 2016 0 Comments
For more C H A R M follow: https://www.pinterest.com/kelsiepaigepins/c-h-a-r-m/:
Feelme/Se o virem... Tema: Pensamentos!
Imagem retirada da internet

Se o virem, digam-lhe que mando um olá!

O tempo tem um formato muito próprio, porque por vezes parece que não passa, alonga-se, deixa-nos à espera do que não virá, mas apaga os registos. Aprisiona-nos e faz-nos acordar a achar que tudo se mantém igual, que tudo para trás foi apenas há pouco, ontem.

Não tivesse eu esta falsa sensação de que nem foi há muito que te deixei para trás, a olhar para o vazio que ficou mal a tua face se esfumou e quase me levaria a crer que ainda estavas por perto, no meu presente, a querer-me como sempre te quis e nunca me coibi de to dizer.

Falo com quem te encontra, quem te vê mas nada pergunta. Dizem que estás igual a ti mesmo, que a tua postura, aquela que sempre nos deu, a nós, os que te olhavam com admiração, a ideia de que sabias dominar o mundo e o lugar que te cabia, é a mesma, não mudou. Decidiste e definiste os teus passos, delineaste sempre a forma como e quando tudo estaria do teu lado, fizeste as tuas escolhas em cada passar de lua e não pareces ter precisado de ajustes de rota. Se estás feliz e confortável, quem sou eu para questionar ou sequer tentar mudar-te, até porque não o iria conseguir.

Espero que te digam um olá por mim e que mesmo sem as minhas palavras e sons, te consigam passar o quanto és importante. Foste-o sempre, nunca deixei de te pensar, mesmo já não sendo a cada segundo, porque ainda moras aqui, bem perto do que sou agora e do que sei que seria se te tivesse!

De volta ao mercado!

novembro 17, 2016 0 Comments
engagement photos.:



De volta ao mercado! Já falei sobre isto antes, sobre este estado novo que ainda me deixa embaraçada e me faz sentir estranha e deslocada.

Deixei de me sentir protegida pelo estado civil, tinha "desculpa", na altura, para não olhar para outros homens, não necessitava de estar interessada e de querer que me quisessem.

Estar de novo no "mercado", ter que permitir que me olhem, cobicem, que me mandem piropos, me achem isto ou aquilo, torna-me insegura e já não tenho idade para o ser. Voltar atrás no tempo, procurar namorado, amigo, companheiro, o que quer que lhe chamem agora, não é de todo o que queria para mim. Queria já te ter sem precisar de te procurar, saber onde estás e chamar-te sempre que o meu corpo quisesse, saltar a fase do enamoramento e passar directamente para o "nós".

As conquistas dão trabalho, exigem atenção e tempo que não me apetece despender, queria já ser, estar do outro lado da relação. Queria sentar-me confortável no cadeirão e partilhar contigo o chocolate quente, os livros e os beijos. Queria querer-te e saber que me querias de volta, sem muitos quês nem porquês, porque eu não tenho por hábito deixar dúvidas. Queria que fosses capaz de me ver e de me sentir, sabendo que tudo o que fizer e disser é genuíno e carrega-me como sou. Queria poder mostrar-te ao mundo, descansando-me e libertando-me do "peso" que a sociedade coloca nas mulheres sem companheiro. Queria que fosses o meu cavaleiro andante, aquele que afasta os que me incomodam e me liberta para ter ainda mais de mim. Queria que fosses capaz de me manter a acreditar na humanidade, sentindo que a pessoa que nos cabe anda por "aqui".

Apetece-me por vezes gritar que não quero que me procurem. Que sou assim porque sim e que não preciso que que me bajulem, nem usem palavras deslocadas. Apetece-me conseguir explicar que não me apetece mais ninguém, até porque já encontrei quem me pertence. Apetecia-me apertar-te forte outra vez, para te recordar do que já tinhas e não quiseste manter.

Odeio estar de volta ao mercado!

Onde agora?

novembro 17, 2016 0 Comments
Schöne Mädchen : Photo:
Feelme/Onde agora? Tema: Pensamentos!
Imagem retirada da internet



Onde e por quem bate o meu coração agora?

Já "ouvi" hoje que não devo ser assim tão forte, que tenho apenas uma carapaça e que criei uma crosta dura para me proteger. Que seja, cada um usará as armas de que dispuser. Eu uso de uma frieza enganadora, porque também consigo ser das pessoas mais acolhedoras do planeta. Gosto de cuidar para ser cuidada, Tenho sempre uma palavra para oferecer, mesmo que sirva para alertar, ou fazer acordar, mas não uso os silêncios, esses, já tive diversas oportunidades de repetir, matam por dentro e deixo para os cobardes.

Por onde vou quando o percurso que escolhi, aparentemente, deixa de ser possível? Primeiro luto com todas as minhas forças. Tento, a todo custo, com a intenção de nunca me arrepender do que deixei de fazer, mudar medos, fazendo cedências. Depois, pouco a pouco, largo a emotividade, arranco-a de mim e começo a racionalizar. Não podemos estar sempre disponíveis para quem apenas nos sabe desamar e desconsiderar.

Onde me sinto agora? No lugar de onde nunca deveria ter saído. Mas tenho que ser justa comigo e acabo a entender que se não tivesse encetado algumas viagens, nunca conseguiria conhecer novos lugares. Nunca teria tido beijos de sabor diferente e olhares que mesmo não se fixando, já foram capazes de me olhar. Onde me sinto agora? No lugar tranquilo que criei quando era apenas eu.

Onde e por quem bate o meu coração agora? Quem precisar de o saber vai ter que me perguntar!