26.11.17

Devemos amar-nos agora!

novembro 26, 2017 0 Comments
Confesso que preciso de sorrisos, abraços, chocolates, bons filmes, paciência e coisas desse tipo. Caio Fernando Abreu


Devemos amar-nos agora, muito e enquanto podemos, porque num minuto tudo pode mudar e depois nada do que deixarmos por fazer poderá ser retomado!

Sabes bem de que forma te amo, até porque nunca deixo de o dizer e porque gosto do efeito que ainda provoco de cada vez que te faço sentir que és tudo o que sempre procurei. Sei que o teu amor é proporcional, que a tua vida se encaixa de forma perfeita na minha e que nunca precisamos de precisar de muito mais do que de nós mesmos. Sei que quando oferecemos do nosso precioso tempo, aos outros, é apenas com um desejo insuportável de nos voltarmos para nós, outra vez.

Já não estamos mais novos, mas agora a nossa visão de futuro é mais clara , e claro se torna sempre tudo quando nos encostamos um no outro, e ficamos, por longas horas, a falar da nossa história, bebendo um bom vinho e olhando a luz que é reflectida através da nossas felicidade. Já não sabemos muito bem como tudo começou, e que sentimentos teríamos realmente nessa altura, mas percebemos que cresceu connosco e que a nossa sensatez foi sempre a melhor julgadora. Quando tínhamos arrufos parvos, quando nos atrevíamos a zangar com a pessoa mais importante da nossa vida, TU, EU...

Amarmo-nos agora é a nossa maior prioridade, não encontro nada que deseje mais, mesmo nos sonhos que ainda tenho por concretizar. Se não estiveres comigo, todos os sabores amargarão e tudo o resto estará apenas onde não me faz falta!

Ver-te, mesmo, enquanto te olho!

novembro 26, 2017 0 Comments
Black & white photo couple sleeping in bed holding hands.


Ver-te e sentir o teu toque acendeu a minha vontade de te ter. O teu olhar ainda guarda o que pareço procurar, mas também ele está diferente, pareces ter viajado demasiados mundos em apenas umas semanas. Ver-te e estar aninhada nos teus braços, já não é igual, porque agora também eu sou uma mulher nova, diferente, mais preocupada com o que me pode fazer mal e tu ainda me podes fazer muito mal. Ver-te e sentir os beijos que a minha boca reconhece, deixa-me com vontade de apenas ter vontade de ti, sem passados, sem lugares obscuros, sem caminhos carregados de pedras...

Nós não nos resistimos, é um facto, mas até fazer amor contigo foi novo, mais atento, menos inocente. Agora, o que quer que faças, digas, ou pareças sentir, terá que ser entendido por mim e isso vai certamente tornar tudo mais difícil.

- Lara minha querida, estou aqui, confia por favor, é a ti que quero.

Não duvido que queiras, mas será apenas a mim? Não duvido dos teus toques, sobretudo quando percorres os meus lábios com os teus dedos e pareces estar a memorizá-los, mas no que pensas enquanto penso em ti?

Falámos de tudo. Houve algum choro à mistura, meu de dores acumuladas e teu de culpa. Dissémos o que estava guardado e não pode acontecer entre quem pretende mais do que uns quantos presentes, sem futuro à vista. Amámo-nos, uma e outra vez, até nos esgotarmos e não sermos capazes de dar mais.

Vi-te adormecer, enquanto te beijava e segurava a mão que encaixaste na minha. Não me desliguei um segundo, mesmo em total exaustão e fiquei a olhar para o homem que me tem feito revolver céu e terra para voltar a ser a mesma. Estás num sono tranquilo e de respiração compassada, mas com quem sonharás e por onde viajarás? Estás sereno e eu num turbilhão que me continua a querer matar-me por dentro.

25.11.17

Posso ficar contigo?

novembro 25, 2017 0 Comments
Take this quiz to find out exactly where you are on the scale of 'I'll take my tea however it comes' to ‘I just fired my PA for putting too much milk in my tea’.


Posso ficar contigo? Posso ficar para lá de uma noite, dando-te o que tenho, apenas para ti? Posso ficar contigo, mudando a forma como sentes quem chega? Posso ficar contigo, sem que existam dúvidas e sem que o teu semblante se curve pelo peso do que carregas?

Perguntei-te uma vez, esta vez, mas não vou permanecer à espera que saibas o que responder. Perguntei-te e talvez não o devesse ter feito, mas gosto sempre do que me liberta o coração, porque se não fores tu, se não ficares, nada o impedirá de voltar a bater. Perguntei-te, achando que estarias cheio das certezas que sempre carrego quando estou cheia de amor, até porque é ele que me prova, dia sim e dia também, que o melhor de mim chega quando se instala.

Não sei se posso ficar contigo, ainda não. Não sei o que tens que me faz falta, ou o que poderás levar que me deixe menos eu. Não sei o que vi que não existisse já, mas se te reconheci, se numa qualquer esquina da vida não me virei e fugi, então vou permanecer, mais um pouco, até que a resposta venha, de ti, de mim, ou do que escolherás não escolher. Não sei o bastante sobre algumas escolhas, mas sei que posso ficar contigo, só tens que o querer.

Lembras-te, de ti?

novembro 25, 2017 0 Comments
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Ainda te lembras de como eras, quando eras apenas tu, sem planear mais nada que não o que passava por ti? Será que consegues regressar, tão lá atrás, que vejas quem eras realmente, antes de seres quem todos vêem agora?  Tens, alguma parte de ti, sobrou algum resto de pele, toque, inocência ou desalinho, que o tempo não tivesse morto? Ainda te lembras de onde querias ir e ser, mas tu mesmo, sem o que esperavam os que te empurraram, inevitavelmente, para o que acabaste a escolher?

Já desististe? Já abandonaste a viagem ao desconhecido, mas que te saberia pela vida, a que não foste capaz de perseguir? Já arrumaste os sapatos e calçaste o que nem os pés de aquece? Já te conseguiste matar, vivo, enquanto morres dia-após-dia, sem saber o que te prende? Já te ouves, ou nem sequer falas contigo? Já encontraste a quem culpar pela culpa que te cabe?

Não sei do que ainda te lembras, mas se queres que seja algo para manter, sem te esqueceres de ti, só tens que te esforçar...


Vieste...

novembro 25, 2017 0 Comments
So hard & pain with tearful movement.


Vieste, mas demorou, como demora sempre para quem não tem certezas. Levaste o teu tempo a cruzar-te com o meu e ainda não sei o que vamos ter, ou viver!

Tenho bem presente as tuas dúvidas quando te falei do meu passado, de tudo o que ameaçava o presente que queria construir contigo e que te fez fugir uns quantos dias, para pesares o impacto de toda a informação. Tenho bem presente que foi doloroso e te deixou umas quantas dúvidas. Então embora lá fazer o exercício ao contrário. Tantos medos em redor do que fiz antes de ti. Antes de te ver. Antes de achar que serias o homem que me serviria. Tantos medos infundados, porque o outro não me interessava, apenas perturbava o caminho que decidira percorrer. Tantos medos sem pele, sem toque e sem traição... O que posso sentir agora? De que forma vou tirar de mim o que injectaste, com um líquido frio e cortante? Como posso continuar a olhar-te da mesma forma?

O que sei, agora e depois de te ouvir contar quem encontraste e de que forma, é que afinal não sentias como eu. Sei que continuas perdido e sem porto à vista. Sei que pode voltar a acontecer, porque a tua insegurança, tudo o que trazes do passado que não partilhas, te vai pôr a jeito. Sei que gosto demasiado de mim, para me desrespeitar e que já bastou que um de nós o fizesse. Sei que nem todo o amor do mundo me faria continuar a amar quem não me consegue ver, nem reter depois de me ter olhado. Sei o que me ensinaste, a não confiar.

Vieste, mas demorou demasiado tempo, e não pareces ter forma de me convencer que me queres o bastante, para reagires ao que quer que te magoou. Vieste, é um facto, mas já não foi igual...

Tudo se torna fácil quando decides!

novembro 25, 2017 0 Comments
Enantiodromija


Ir, ficar, querer, apagar, juntar ou desmanchar, passa sempre pelo decidir!

Somos seres pensantes, por isso pesamos, medimos, calculamos e ajustamos rotas, mas depois de termos decidido, tudo se encaixa, como que por milagre. Há quem escolha dizer que "nada está tão mal que não possa piorar", já eu, a optimista, escolho dizer que "nada está assim tão mal que não possa melhorar". É apenas um pormenor técnico.

Podemos, se o desejarmos mesmo, transformar uma má escolha numa boa decisão. Podemos mudar de opinião de cada vez que estivermos, realmente errados. Podemos TUDO, até deixar para trás o que não nos sirva, sem arrependimentos.

Tudo se torna fácil quando decides. Quando escolhes por ti. Quando não te deixas arrastar, acabando por te confessar, no final de cada dia, que não está a adiantar.

Já tomei decisões duras, que me revolveram o universo e quase me deixaram no chão, mas NUNCA me arrependi de nenhuma, porque eu entro sempre para ganhar, entro para fazer acontecer, não sou molusco, não me colo ou deixo levar pela água, eu nado de forma vigorosa, para chegar à costa.
Já tomei decisões que me fizeram sentir o fel na língua que mantenho sempre doce, mas depois de cuspir o amargo, não me restaram quaisquer pedaços.

Não sei como ainda se vive sem decidir, deixando que o tempo passe, que a pele se enrugue e que as pernas se recusem acompanhar o ritmo. Não sei como se dorme, mesmo, sonos reparadores, sabendo que não se faz, NADA, que mude o tom e a tonalidade, mantendo-se veementemente infelizes. IRRA, tenham paciência, só nos vamos lembrar desta vida, por isso agarrem os tintins com ambas as mãos, até os que não os têm, e façam-se à estrada, uma vez que seja. Quem sabe não se surpreendem, ganhando alguém que ainda poderá estar do outro lado!

24.11.17

Retiro-me de ti!

novembro 24, 2017 0 Comments
“Não vou abaixar a voz  Sei que as palavras que eu digo  São meus pensamentos em voz alta”  — A Day To Remember


Nunca fui o que se apelida de mulher frágil, inquieta ou sequer preocupada em ser igual a todas as outras. Os meus caminhos têm sido percorridos na direcção dos amores que me movem e quando assim não for, então deixarei de ser quem construí. Nunca me lembro de sofrer, demasiado tempo, por quem não me deixa de coração pronto e capaz de tudo o que ainda tenho para receber. Gosto de ser gostada. Preciso que me conheçam e reconheçam e quando não acontece, desisto.

Não sei o que andas a fazer e o que esperas dos silêncios que me ofereces. Não é bonito que te cales perante o evidente, até porque fui eu que entendi o que nunca foste capaz de admitir. Não é bonito que tomes o meu corpo enquanto beijas a minha boca e estás a pensar noutra mulher. Não é bonito o mistério em exagero, porque a dada altura passa a ser uma penumbra e uma chuva miudinha em dias de muito frio. Não ser. Não estar e não cuidar, é apagar o que quer que tenha acontecido. Não é bonito mudar os ponteiros à bússula e procurares um outro norte enquanto me dirigia a ti.

Voltei a fechar-me, em mim e comigo. Passei a desejar nunca te ter conhecido, porque a seres quem mostras, tornas tudo demasiado pequeno, até o amor que supostamente senti. Voltei a não acreditar na verdade que supostamente os outros carregam, porque as mentiras são muito mais sonoras e reais. Voltei-me para o que já escolhera antes, e que foi cuidar do meu futuro, fazendo o que ainda me tornará maior.

Retiro cada palavra bonita e até os suspiros de prazer que me proporcionaste, quando achei que o que me davas era para mim. Retiro os minutos e horas que te ofereci, porque nunca fui apenas eu e nunca estiveste sempre apenas tu. Retiro a benevolência, porque essa levar-me-ia a aceitar-te de volta e retiro as perguntas que te queria fazer, porque já nenhuma me importa. Retiro-me de ti!