28.12.17

A nossa princesa!

dezembro 28, 2017 0 Comments
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Agora já não sou a única a reinar neste nosso reino de amor. Agora e de há um tempo para cá, tenho uma princesa que nos veio enriquecer ainda mais. Agora sou sogra de alguém, mas sem o peso que a palavra comporta, porque é apenas uma palavra e eu sou bem mais. Agora tenho uma menina-mulher em casa e pela primeira vez sei o que significa partilhar de forma feminina e estou a gostar de tudo.

A nossa princesa faz anos hoje, 21, e espero ver muitos mais do que ainda será feita, com a felicidade que merece e fazendo o meu primogénito igualmente feliz!

Esta viagem está a ser carregada de aprendizagem e algum deslumbre perante o que afinal até aprendem de mim, os 3 homens da minha vida. Vou percebendo do que padecem os amores com esta maravilhosa idade, os vinte. Vou percebendo o cuidado que o meu filho mais velho coloca no amor que está a aprender a direccionar, porque amar é realmente difícil, pela viagem constante, pela impossibilidade de continuarmos a ser apenas nós e por tudo o que terá que representar quem representa tudo para nós.

Há muito que não sei sobre ela, ainda, mas muito que já consegui saber pela forma como se movimenta. É uma acelerada crónica, com uma energia que nos esgota. É uma trabalhadora incansável e responde ao que lhe é pedido, com a maturidade de quem ainda não pode ser demasiado madura. É atenta e repara em cada um de nós, porque somos realmente diferentes, com outras movimentações às quais se tem que adaptar, patinando em terreno novo.

A nossa princesa já faz parte de nós e mesmo que não lho diga sempre, e deveria, sendo eu a mulher das palavras, vou tentando que saiba que já gosto muito de a ter connosco. Gosto do que dá a uma das pessoas mais importantes da minha vida e gosto de saber, que dia-a-dia, receberá de igual forma, de cada um de nós.

Parabéns Ana Maria!

27.12.17

Há um ar que te sopra para mim!

dezembro 27, 2017 0 Comments
Reírnos de todo y de todos. Porque somos felices. Y para qué más.


Há uma brisa a entrar pela janela e uma luz que te ilumina a cara, a mesma que gosto de beijar, uma  e outra vez. És tu a minha pessoa certa, a que sempre acreditou em mim. És tu que me acolhes, proteges e amas, acima de tudo o resto. És tu...

Conhecemos tanta gente, todos os dias. Passamos e deixamo-nos passar por tantos que não nos dizem nada, não nos tocam ou sequer fazem olhar duas vezes, mas de repente, do nada, encontramos uma, a que mudará tudo, a melhor para nós e a única.

Estou a ver as nossas fotografias e não consigo parar de sorrir. Tanto que já caminhámos desde o dia em que me irritaste profundamente, mas conquistaste para sempre. Estás na mesma, mas deixaste de ser o mesmo homem. Agora explicas-te bem, lutas pelo que sonhaste no dia anterior, confiante de que é o mais importante. Agora tudo em ti é mais preciso, mas menos previsível. Agora pareces querer tudo e não desistes de nada, sobretudo de nós.

Há uma brisa que quase consegue arrefecer o nosso quarto e há muito que me faz pensar, em mim, em nós e neste braço de justiça gigante que te trouxe até mim. Os teus sonos são tranquilos, ao contrário de tudo o resto na tua vida. És o meu fogo incandescente. O mar revolto onde quase me afogo, és o sossego e a tormenta ao mesmo tempo e no mesmo minuto. És quem me arremessa mais vida e me retira o nervosismo de que sou feita. És tudo em tão pouco tempo.

Estou a tocar os teus cabelos e sinto cada um dos cheiros que te tornam a pessoa que reconheço até de olhos fechados. Já nada me assusta, nada que não implique a tua perda. Já nada me demove de continuar a cuidar de quem me cuida. Já tenho o que me faz falta quando ainda nem sabia a falta que me fazias. Já me aninhei em ti e senti-te mover, quando acordares, outra vez, sei que te vou ter, mais uma vez. Quando olhares para mim, vais saber que estive a olhar-te enquanto dormias e que te consigo mesmo ver.

26.12.17

Cada dia que passa...

dezembro 26, 2017 0 Comments


Cada dia que passa. Cada momento em que apenas estou eu. Cada pensamento que se cruza com o que estou a pensar. Cada sorriso e riso que já foram reais, fazem-me lembrar de ti!

Todos os meus movimentos, agora, fazem-me sentir a tua falta. Tanto que me conhecias e cuidavas, consigo ainda sentir a tua mão gigante tocar a minha face logo pela manhã. Os teus dedos nos meus lábios, que entreabrias para que os teus coubessem. O esfregar ligeiro, compassado, mas depois quase desesperado do corpo que o meu já esperava. O teu respirar, misturando-se com o meu, tal como faziam as palavras que continuávamos a usar, porque nada parecia ser capaz de nos parar.

A cada dia que passa agora, sinto que o frio não se arranca, quando o melhor de nós acabou arrancado por forças que as nossas não seguram. Queria que me assegurasses, como esperava de quem sempre me cuidou e me desses o único colo que tive. A cada dia consigo ouvir o que me sopras, meio triste, porque precisas que eu continue, que me reencontre encontrando quem te poderá substituir, mas é aí que me zango mesmo e não quero estar zangada contigo, não mais do que fiquei quando olhei, pela última vez, para a tua figura inerte e sem a vida que a minha tinha quando estavas por aqui. Os teus olhos já não me olhavam e a tua boca quieta como nunca ficava quando a minha estava por perto. As mãos que cruzaram numa rigidez que as minhas não conseguiram amaciar. A pele que nunca mais se encostaria na minha, aquecendo-me do frio dos outros e da vida que te escolheu, deixando-me onde estou, a ver cada dia que passa, sem passar...

Cada dia que passa sinto mais a tua falta e mesmo que me tentem explicar os mil porquês, nenhum explicará porque tiveste que me ser levado. Cada dia e noite que vão passando por mim, apenas acrescentando tempo, não me deixam nada, porque já levaram tudo. Cada dia que passa, tal como passam os movimentos que já não repito, sei que não precisava de saber como seria não te ter, porque nunca deixei nada por fazer, ou dizer. Fui sempre tudo o que foste para mim e agradeci, lembro-me bem, todos os dias por cada segundo em que estiveste. Fiz, supostamente, o que era certo, mas nada pareceu bastar. Cada dia que passa agora, serve apenas para que saiba esperar pelo dia em que deixarei de ter que esperar por ti.



Nada como conseguir ver o nada...

dezembro 26, 2017 0 Comments
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Nada como o dia depois do outro onde estiveste, para saber quem és. Nada como deixar que te mostres, solto e sem muita intervenção minha, para que eu perceba quando terei que intervir. Nada como ter na minha boca o sabor que trouxeste de uma outra, para que ele não fique, não se me cole e não me iluda. Nada como não ter nada de ti para nada poder esperar...

Algumas pessoas chegam para que o frio se instale, bem dentro e sem que nada possamos fazer para o arrancar, não de imediato, não quando seria bem mais fácil. Não sei porque teremos que as ter, se na verdade nunca nos poderão pertencer. Algumas pessoas conseguem revirar o nosso Universo e levar-nos a acreditar que este mundo é bem pior do que o vemos. Trazem dores que não nos pertencem e escolhem não tirar, porque sem elas deixariam de ser quem conhecem. Olham-nos bem fundo como se procurassem salvação, mas não se deixam olhar. Fogem com o olhar e refugiam-se no vazio que criaram, o mesmo vazio do qual deveremos fugir, recusando salvar quem não se salva.

Nada como um dia quieto, sem barulhos que nos perturbem o pensamento, para podermos pensar. Nada como lavar as mãos em águas límpidas para ver a sujidade que se colou. Nada como não querermos mais nada de quem nunca nada nos deu, para que o nada possa finalmente partir...

25.12.17

Amor a 50/50

dezembro 25, 2017 0 Comments
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Amor a 50/50. Já tive. Já soube o que significava sentir por metades, metade eu e metade quem me amava. Já consegui medir, e pesar, a pessoa que nunca me parecia bastar, porque cansar-me dela seria desistir da vida como a conheço. Amor a 50/50. Do mesmo lado e ao mesmo tempo. Amor que dava e recebia logo de volta, no mesmo segundo. Quando estávamos apenas nós, éramos mesmo só eu e tu e nada parecia ter espaço ou volume bastante para nos atrapalhar.

Tanto que recordo as palavras que não pareciam chegar, porque deixar de as usar, mesmo durante os silêncios a que as nossas bocas nos forçavam, se tornaria doloroso. Tanto que o doce que te passava me adoçava a alma e fazia acreditar em tudo, em ti, em mim e na força que parecia crescer de cada vez que nos tocávamos. Tanto que aprendi, quando estava contigo, porque aprender me aproximava e deixava pronta para o que me trazias.

Amor a 50/50. Amor que não se gastava, mas que gastámos quando decidimos explicá-lo. Amor que não voltaremos a ter, nem eu que amo com a intensidade dos condenados e muito menos tu que receias amar. Amor que soubemos replicar, mas não pelo tempo que nos bastaria e menos ainda para que pudéssemos parar de nos parar. Amor que ainda não voltei a sentir e que muito provavelmente, e para que o castigo seja bem maior, nunca mais será meu. Amor, o teu, que mesmo perdido sei ter sentido e meu que mesmo tendo desperdiçado, porque o duvidaste, foi o melhor que já tiveste, nesta e em muitas outras vidas onde não estive.

Amor a 50/50, só assim concebo os que arriscarem querer instalar-se. Quem teve tudo nunca mais entenderá o sabor do menos. Eu sei que não...

Natal velho e Natal novo!

dezembro 25, 2017 0 Comments
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Para cada Natal uma nova prioridade, não pela quadra em si, mas pela proximidade de mais um final de ano. No Natal novo, o de hoje, não encontrei nenhuma similaridade com o Natal velho, o de ontem. Sou uma pessoa nova, diferente, mais exigente e ainda mais consciente. Neste Natal tive corações novos, que entraram para encher o meu e é com eles que vou aprendendo a arte de acrescentar. Neste Natal, ao contrário do anterior, estou em mudança externa, bem maior do que a interna. Mas neste Natal, tal como nos anteriores, algumas pessoas não seguirão em frente e permanecerão tão-somente uma lembrança. Para cada Natal a esperança amplia-se e consigo ver-me ainda maior, mais intensa (para mal de uns quantos) mas bem mais capaz de abrir as mãos para quem as saiba segurar. 

Natal velho e Natal novo, apresento-vos a que era e a que sou. Tanto que deixei de ser e tantos doces-amargos provei em cada um dos que já estão tão lá para trás, que nenhuma lembrança é capaz de me escurecer os sorrisos que mantenho, comigo e por mim, porque sou a fazedora e faço sobretudo amor para distribuir.

Já me despedi de alguns, desejando-lhes o melhor deste mundo e sentindo que apenas assim poderei continuar, sem rastos que possam ser seguidos e sem os olhares que nunca me viram. Vou deixar para o resto da semana, até ao dia 31, mais uns quantos recados, limpando de mim e de tudo o que me movimenta, quem não passou nos meus testes, que mesmo não sendo demasiado rigorosos, são de peneira estreita.

Natal novo, leva todos os velhos quando te fores e não permitas que voltem para me ensombrar, eu sei que cuidarás de lhes responder ao que não tiveram coragem de me perguntar, assegurando-lhes que sou da consistência a que me obrigam, cedendo tantas vezes quantas confie que merecem segundas e terceiras oportunidades, mas depois, depois de me ordenar que pare, parar será sempre a opção mais viável. Natal novo, enquanto andares por aqui, podes ir espreitando o que virá e sei já, de antemão, que vais validar cada decisão, porque eu só sirvo depois de me ter servido convenientemente!

Despojos de mais um Natal!

dezembro 25, 2017 0 Comments


O que foi que te restou de mais um Natal? Mais um em que certamente correste, mudaste tudo e adaptaste muito de ti para que outros coubessem. O que foi que aprendeste com mais um Natal? Estás pronta para repetir, tudo, outra vez? O que foi que ganhaste, se é que alguma vez ganhas, mais tempo, mais amor e a companhia dos que contam mesmo? O que foi que viste repetido, ou mudaste para um outro Natal?

Despojos de mais um Natal, é assim que uma grande maioria vive, ano após ano, com o que não lhes enche nem preenche. O Natal passou a ser uma época de enorme corrida de celebridades, queremos mostrar mais, ser maiores e ter o que os outros não conseguiram no anterior. Já não se preserva o que deveria mesmo importar. Já não se dá beijos sentidos e abraços de mais de 6 segundos. Já não se deixa o relógio de lado e apenas se vive, vivendo com os que não poderão estar sempre, o que o Natal ofereceria se ao menos estivéssemos onde queríamos estar.

"Não é fácil" - Dirão alguns. Eu respondo que o que não é de todo fácil é ter que fingir. Olhar sem querer ver e fazer que não ouvimos o que já nem sequer faz eco. Mais um Natal e não aprendeste nada. Não mudaste nada. Não te puseste em primeiro lugar. Não cresceste...

Despojos de mais um Natal, com tudo visto da perspectiva errada e sem sentimentos que compensem tanto esforço.Se falhaste ser neste, desejo-te um próximo Natal, para o qual terás um ano inteiro para te preparares, cheio de ti mesma, sem máscaras e a seres quem consegues. Desejo que chores com lágrimas verdadeiras, para que alguém as possa limpar e que rias com gargalhadas sonoras, porque isso significará que alguém as estará a ouvir. Desejo que no próximo, se neste não afastaste qualquer vírgula das frases que não completaste, que tenhas bem mais do que uma mesa farta. Desejo-te um coração preenchido de um amor que Natal nenhum precisa de reforçar e de pessoas reais à tua volta. Desejo, por ti, já que te tem faltado a coragem, que sejas bem mais corajosa no próximo!