13.2.18

Acordares que nos despertam!

fevereiro 13, 2018 0 Comments
Scenic View of Sea at Sunset

Acordares que nos despertam, ou despertares que nos acordam, não sei muito bem qual a ordem, mas uma leva à outra e terminam ambas com o que começou da forma errada!

Por vezes fico com um enorme receio de ainda ser vista com mais distância do que o habitual. De que achem que me coloco num lugar ao qual os outros não terão como chegar, mas asseguro-vos de que não se trata de afastamento, de supremacia ou sequer de altivez, é tão-somente a tentativa de cada vez mais estar "aqui" neste lugar que é meu enquanto por cá andar, de poder ser mais inteira e de ensinar tudo, da forma certa, aos meus, porque eu sei que eles me olham, analisam e comparam, sei porque mo dizem.

Eu sou quem se vê, em todas as circunstâncias, cuido da minha saúde mental e do meu bem-estar físico, porque apenas tenho este corpo e mente para me conduzirem numa jornada que sei quando começou, mas da qual não tenho sequer ideia de fim. Preciso de saber de mim quando precisar de mim. Preciso de usar da minha experiência para tomar decisões, mas sempre e só baseadas no que nos conferir, a todos, uma vida à qual nos quereremos agarrar e usufruir.

Hoje acordei para um facto indubitável, ainda não encontrei quem me queira mais do que tudo o resto, mesmo que acredite que essa existe, e que está apenas a viver do outro lado da vida que já escolhi. Hoje tive um acordar que me despertou, e despertei para este acordar, sentindo-me uma pessoa bem mais completa, resolvida e pronta. Não preciso de me dizer mais nada, não a mim, a personagem principal desta e de todas as histórias da qual venha a fazer parte. Preciso apenas de saber como nunca desesperar com a espera.


Faz sentido ceder?

fevereiro 13, 2018 0 Comments
girl, landscape, mountain

 
Quanto é que estamos dispostos a ceder até que acabemos, inevitavelmente, por cedermos a nós mesmos, desistindo? O que conseguimos "engolir" do outro, quando nada parece remotamente parecido com o que queremos e conhecemos? Quem é que faz, por nós, tudo o que nem sempre sabemos fazer por nós mesmos?

Cedências. Todos ouvimos falar nelas, e em como devemos ser civilizados, o bastante, para permitirmos que os outros entrem e nos abalroem a vontade, as manias, os vícios e sei eu lá mais o quê. Ceder quando nos apetece desatar a gritar e a correr rua fora. Ceder quando o sexo é para lá de mau e ainda assim sorrir. Ceder para que ninguém saia magoado, ninguém excepto nós mesmos. Ceder quando já sabemos, por experiência pessoal, que ceder é igual a comer o que iremos vomitar logo de seguida.

Resumindo. Nada de cedências. Nada de fingir que iremos conseguir aceitar viver no campo se temos a cidade em cada osso do nosso corpo. Nada de cedências, a não ser que não nos deixe sabores amargos. Nada de cedências que nos levarão à insanidade temporária, porque cada um tem uma visão muito própria da vida, e ou a nossa é igual, ou nunca seremos remotamente capazes de ceder nem que seja a cadeira. 

Não me apetece ceder. Não agora, e que venham de lá todas as filosofias e psicologias baratas, sobretudo de quem nunca acerta em nada. I don´t give a shit! Quero apenas que me entendam, desistam de analisar e nunca tentem que coma mais do que meia-dose, eu sei a minha medida, sei tudo sobre mim, fiz o trabalho de casa a tempo e com tempo. Mas há uma coisa na qual cedo, tudo e já, cedo todo o amor que tenho a quem lhe faça realmente falta.

O prazer de cada recomeço!

fevereiro 13, 2018 0 Comments


Recomeçar será sempre possível e acontecerá tanta vezes quantas nos sentirmos prontos e com a coragem a que obrigam os recomeços. O prazer de cada recomeço está no saber aceitar o que nos chegou, sendo capazes de entender e agradecer a forma e o formato. Recomeçar sabe a início de um novo ano, ao experimentar de um novo alimento, a um beijo de uma boca diferente de tantas outras, até porque nenhuma será igual. Recomeçar enche-nos de esperança e prova-nos que afinal sabemos como seguir em frente. Mas recomeçar não será apenas o novo, também é o que não fomos capazes de viver antes e por isso volta, uma e outra vez, até que se aceite.

Quando sinto o aproximar de cada recomeço, sei que estou a atrair o que desejei, o que pedi e o que guardei bem dentro de mim, na pele e na alma. De cada vez que alguém se aproxima, dizendo-me o que me fazia falta nesse dia, sorrio em agradecimento e reservo uns quantos segundos, para mim não poderão ser muitos mais, porque a minha mente viaja a uma velocidade que poucos acompanham, para analisar o que atraí. Quando estou perante uma nova viagem, uma oferta inusitada ou uma pergunta que eu mesma gostaria de ter feito, sei que estou a receber o que me era devido. Quando agora olho para cada momento, percebo e aceito. Prossigo e corrijo o que não foi visto antes. Agradeço e amo ainda com mais intensidade.

Recomeçar faz-nos aceitar as incapacidades dos outros, deixando-os ir e arrumando-os da forma mais suave que conseguirmos. Recomeçar é querer, outra vez, o que alguém nos fez sentir, mas não soube manter. Recomeçar é esperar que chegue quem já não nos forçará a mais nenhum recomeço, porque nos ensinará o que nos fazia falta.

O prazer de cada recomeço estará em cada novo dia, porque não abdico de nenhum para ser a pessoa que entendo e respeito, esperando que um dia chegue quem eu possa respeitar da mesma forma. O prazer de cada recomeço vai chegar, outra vez, contigo, sei porque já te sinto e porque estou pronta.

12.2.18

Nunca é tarde para amar!|

fevereiro 12, 2018 0 Comments
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"Hampstead", é o nome de mais um filme fabuloso com a Diane Keaton. Na verdade vem apenas abanar um pouco as convenções e tudo o que presumimos ser certo e adequado no que diz respeito ao amor, começando pela idade.

Continuo a dizer que não existe nada, mas mesmo nada, que nos preencha e forneça tanta coragem quanto consegue o amor. É tão bom saber que alguns o conseguem encontrar, mesmo nas fases mais inusitadas das suas vidas e após terem achado que já teriam vivido tudo.

O amor obriga a enormes actos de coragem, porque nos faz sempre, de uma forma ou de outra, escolher lugares, pessoas e tempos. Quem ama verdadeiramente, e sabe o real significado desta palavra, não tem qualquer relutância em escolher diferente, escolhendo quem o manterá feliz sempre e para sempre, mesmo que pareça ser demasiado tempo. Quem ama acaba por ceder e não permite que o orgulho se instale, até porque perderão ambos.

Nunca é tarde para amar. É um bom título, mas cuidado, porque nem sempre a vida carrega segundas oportunidades, sobretudo se não as soubermos agarrar. Recomendo o filme, até porque nos enche de esperança!|


11.2.18

Como se mudam mentalidades?

fevereiro 11, 2018 0 Comments
Диалоги


Mudar mentalidades, quem é que consegue e quem se dispõe?


É tão mais fácil deixarmo-nos ficar quietos, apenas a observar, até e sobretudo as más acções, do que movimentar as águas e mostrar que existem outros caminhos, novos olhares e gente que vale a pena conhecer. Mudar mentalidades nunca será tarefa fácil, até porque precisamos de começar pela nossa e quando bem analisada, às tantas também tem enormes falhas. Mudar mentalidades de quem se sentou e acredita não mais precisar de se mover, afastando tudo o que surja novo e diferente, mesmo que melhor, é tarefa de mágicos e eu nem gosto de circo.

Porque fugimos do que não conhecemos, deixando escapar pessoas que nos poderiam acrescentar? Porque recusamos estender a mão aos que acabaram de chegar e necessitam de um rumo e de um apoio, para poderem ser mais, deixando-nos bem mais? Porque procuramos respostas para as perguntas que nunca fizemos antes, quando seria tão fácil apenas perguntar? Se ao menos tivéssemos consciência do quanto poderemos perder, que é mais, bem mais do que ganhamos nos nossos dias pequenos, nos quais não queremos ver para além do nosso "quintal". Se ao menos víssemos os outros como eles são mesmo e lhes deixássemos mostrar do que são feitos. Se ao menos não tivéssemos medo das sombras que nós mesmos criámos e não impedíssemos a corrente de circular...

Mudar mentalidades é cada vez mais uma necessidade e um dever que nos cabe a todos, porque este é o mundo que estamos a construir e ele pode ser TÃO mais bonito!

Não gosto de gostar de mim desta maneira!

fevereiro 11, 2018 0 Comments
Portrait of Young Woman in Winter

Não gosto de gostar de mim desta maneira, sozinha. Não gosto de não te ter nos meus planos, de saber que não te voltarei a ouvir e que mesmo tendo sido pouco, deixou-me a doce ilusão de que poderia ser mais. Não gosto de não ter de quem gostar, tanto, mas tanto que me sinta grande parte do tempo a flutuar, com a sensação de que caberão todos nas minhas emoções e em que nada nem ninguém me poderá arrancar deste estado de euforia, mais ou menos controlada. Tinha dias!

Não gosto da sensação de não me ter enganado, de não saber julgar as pessoas e de não saber ver para além do que mostram, porque continuo a acreditar que só estamos onde desejamos. Vamos lá a um pouco de realidade, saber até que sabia e tenho quem ateste que TUDO, mas TUDO o que antecipei, aconteceu, mas pronto, sonhar faz bem à alma e eu achei que se sonhasse bem...

Não gosto de gostar de mim desta maneira, porque me faz falta ter um corpo onde descansar o meu, uma outra boca para tapar a minha e para me matar com os desejos que me levarão a esperar tudo o resto. Não gosto de ser a que tem razão, quando isso significa perder mais do que ganhar, mas sou esta coisa, quero o que me pertença por direito, não quero migalhas, quero investir mas ter retorno, que RAIO, quero ser feliz, apenas isso.

Não gosto de gostar de mim desta maneira, mas aceito, porque não me cabe a mim mudar o mundo, dá demasiado trabalho e assim sendo vou-me apenas mudando a mim!

10.2.18

Como é que seria uma sessão no divã?

fevereiro 10, 2018 0 Comments
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Como é que seria uma sessão no divã? Aposto que ficaram logo a pensar em coisas menos próprias, mas eu estava apenas a referir-me a uma ida ao um psicólogo numa sessão de análise, bem deitadinha no divã. Muito provavelmente iria deixá-lo demasiado confuso, a julgar que estava perante mais do que uma mulher.

Há dias, tal como o de hoje, em que acabo com uma sensação de fora do meu corpo, como que a desempenhar um papel que não me assenta, mas no qual terei que dizer o que se espera de mim. Há dias em que quero ser vista de outra forma e com outro corpo que não o meu. Há dias em que me canso de fingir e de sorrir.  dias em que disponibilizar-me, parecendo tranquila e gentil faz-me ficar num estado de exaustão extrema. Há dias, como o de hoje, em que arranjo alguns pedaços de tempo para não ter que provar nada, nem colocar máscaras, mas continuando a saber quem sou, o que quero e porque sinto desta forma e não de uma outra qualquer. Há dias em que me apetecia apenas não estar, não parecer e não ser vista. Há dias cinzentos, mesmo quando o sol brilha de forma intensa.

Como é que seria uma sessão no divã, onde eu pudesse dizer tudo o que penso e me vai dentro?

Por vezes penso que a vida seria bem mais fácil se eu fosse actriz, quem sabe dessa forma não conseguiria despir-me de todas as outras e ser apenas eu, quem quer que eu seja sozinha. Só preciso de descobrir quem são elas, as que também me povoam a mente exageradamente produtiva.

Tenho a certeza de que seria corrida do consultório, sem ter aquecido o divã, se pudesse dizer, sem qualquer filtro, o que me vai dentro!