20.2.18

De que forma conseguimos reconhecer quem já nos pertenceu?

fevereiro 20, 2018 0 Comments
Ideias para fotos de casal/noivado | http://nathaliakalil.com.br/ideias-para-fotos-de-casalnoivado/

Já fomos apenas quem importou, no mundo que conhecíamos e do qual partimos juntos, como começámos. Para lá do meu rio existia o teu e sempre que eu estava no único lugar que me pacificava a mente, tu estavas por perto, olhando-me e parecendo ver e sentir o que eu via e sentia, mas sem nos falarmos, sem nos tocarmos e sem passar dos nossos lados de um rio diferente, não porque tivesse outro nome, ou corresse em direcções erradas, mas porque eram diferentes nas margens dos nossos mundos.

Porque será que os grandes amores apenas acontecem pela inevitabilidade? Porque queremos sempre o que não podemos ter? Porque olhamos de outra forma para quem é realmente diferente, mas passa a fazer parte do que sabemos precisar e ser certo?

Ninguém nos disse que não nos poderíamos ter, mas não seria preciso, toda a nossa diferença o gritava a cada dia, em todas as formas de estar e de viver.

Para lá do meu rio estavas tu, o homem que mudaria até a forma como usava os sentidos, que me ensinou como se pode e deve toca uma mulher e mal fui tocada passei a querer-te como nunca me tinha sido explicado ou sequer sonhado. O teu lado de lá misturou-se com o meu e nunca mais nos largámos, fomos tão intensos, numa entrega tão real e expressiva, que ninguém se atreveu a contrariar.

Os olhos dos meus pais abriram-se de pasmo quando nos viram, mas inundaram-se de lágrimas sinceras quando nos ouviram falar. Quando todas as fibras dos nossos corpos, aparentemente frágeis, se fortaleceram para que não tivessem dúvidas de que ficaríamos juntos e que seríamos ambos o que o comum dos mortais sonha sentir. Reconhecemo-nos, já teríamos sido um do outro e nada nem ninguém o poderia impedir, mesmo que tentasse. A nossa história não teria o final de um Romeu e Julieta, porque não admitiríamos que parassem o que já tinha começado há muito.

Sou eu que escrevo, enquanto me olhas e esperas paciente que deixe para a posteridade o que deverá ser lido. As nossas emoções. As partilhas. A construção de cada dia. Os ajustes. Os pés juntos e sempre quentes no final de cada dia. A nossa alegria natural e segura, porque seguro era o que tínhamos e eu queria documentar, para que os nossos filhos nunca arriscassem ter menos do que nos sentiriam viver. Acabámos juntos, como seria previsível. O que eu planeava escrever foi escrito. Todo o amor que pensava dar-te foi-te entregue, comigo em cada gesto, contigo na forma como recebias e me davas de volta.

"Que ninguém duvide, um minuto que seja, que se não te tivesse encontrado, teria continuado a procurar-te sem nunca parar, sem nunca pensar em qualquer outra alma que não aquela que agora me pertence e carregarei até que todas as vidas tenham sido gastas e todo o nosso amor preenchido." 

18.2.18

Queres saber o que já sei?

fevereiro 18, 2018 0 Comments
Let's dance

Queres saber o que já sei? Vi-te. Senti-te. Cheirei-te e fui inundada de ti. O teu sorriso enchia a sala, aquela que não identifiquei, ou talvez sim, mas estava demasiado atenta a ti para reparar. Estavas no lugar certo e a tua presença fazia sentido. Não tive o habitual mal estar que os outros me passam quando se tornam demasiado intrusivos, gostei de tudo e conseguiste ser o que me fazia falta, o tempo todo que durou o nosso momento.

Não sei por que nome és chamado. Não sei qual o timbre da tua voz, mas espero, ansiosamente, poder voltar ao mesmo momento e lugar para desta vez registar tudo. Não sei o que significas e se foste apenas fabricado pela minha fértil imaginação, mas pareceste demasiado real, mesmo no meio de tanta irrealidade... Deixaste-me numa paz que me manteve ainda mais serena. Passaste-me, num par de horas, a esperança no outro, no tal, naquele que me é destinado. Não me senti tola. Não procurei desculpar-me e não me impedi de dormir, fi-lo ainda mais profundamente, talvez por me sentir convicta de que voltarás.

Não sei qual a cor dos teus olhos, mas sei que me olhaste enquanto me tocavas e senti que já me procuravas há muito, talvez por isso te tenhas adiantado, soprando-me que não tenho qualquer razão para duvidar, não de nós e sobretudo não do tempo que ainda será nosso.

Queres saber o que já sei? Volta hoje e prometo que te contarei tudo. Volta para que te possa fixar e ver cada pedaço de corpo que me pertencerá. Volta, preciso de saber que existes mesmo.


Vou querer sempre fazer o que é certo!

fevereiro 18, 2018 0 Comments
Woman Wearing Blue Jacket

Fazer o que é certo impõe-se, sobretudo por nós, nunca desistindo daquilo em que acreditamos e sabendo que no final de cada etapa a avaliação terá que ser positiva, porque apenas assim seremos capazes de prosseguir. Fazer o que é certo tem custos, emocionais, profissionais, e tantas vezes físicos, mas há uma hora para tudo, um tempo para cada decisão, mesmo para as mais difíceis. Fazer o que é certo, confere-nos uma responsabilidade maior, mas depois regressa com um sabor único. Fazer o que é certo é a certeza de perceber a diferença entre o que devemos e o que podemos.

De cada vez que olho para o lado, encontro alguém que se arrependeu de não ter dado mais, e por vezes retornar à estrada já não é fácil, por isso decidi que devo puxar por mim, forçando-me a ser sempre o mais possível recta com os outros, proporcionando-lhes o que não têm forma de conseguir sozinhos e dando-me em cada entrega que me exijo genuína.

Quando sabemos analisar o nosso percurso, pondo de lado o que não nos servirá no futuro, mas arrecadando o que nos impedirá de recuar, as luzes acendem-se de forma quase milagrosa, atingindo uma tonalidade que se torna visível e que iremos reter para os momentos mais cinzentos. Quando a certeza perante as tentativas exaustivas de sermos mais correctos, se acentua, tudo o resto acaba a fluir e os esforços que anteriormente tanto nos pesavam, passam a ser tão naturais como respirar.

Fazer o que é certo não é uma utopia, é uma possibilidade que nos assiste, é uma escolha e o direito de terminarmos cada dia mais completos. Já provei todos os sentimentos, sei ao que sabem e como os poderei repetir ou evitar. Já consegui fazer a paz com TODOS os que antes me tiraram tantas vezes o sono e posso dizer agora, sem qualquer dúvida, que sou emocionalmente livre e que já não necessito de impor nada, ou de provar o que quer que seja. Sou dona de mim mesma e por isso escolho fazer o que está certo, até porque sei que sairei bem mais fortalecida no processo!

16.2.18

Acreditas que até me mudaria por ti?

fevereiro 16, 2018 0 Comments
Woman Laying on Stairway Grayscale Photo

Acreditas que até me mudaria por ti?

Sim, é verdade, por ti teria mudado umas quantas coisas, até a forma como as horas correm e passaria a correr também eu, para chegar mais cedo, ficando mais tempo. Por ti já deixei que a chuva me molhasse e o meu corpo se encharcasse tal como fizeram as lágrimas. Por ti teria ido buscar a lua, mesmo sem saber como e mudaria de continente. Por ti e até to prometi, deixaria uns quantos sonhos para trás... 

Não estavas para mim, não como eu. Não sabias como querer e por isso não quiseste o bastante. Não tinhas como me dar o que me faltava, porque também não o tinhas. Não quiseste ser mais, e deixaste-me com tão pouco. Não me olhavas o bastante e nunca foste capaz de me ver, mas ainda assim, porque tinha amor a dobrar, sei que teria mudado tudo por ti.

São uns quantos que chegam, de rompante, a parecer querer o mesmo, mas a não resistir a cada derrube. São poucos os que querem ser mais do que anunciam e acabam a consegui-lo. São bastantes os que falham, mas são esses mesmos que nos ensinam a procurar mais qualidade. Mais conteúdo. Menos ego e muito mais entrega.

Nunca acreditaste que até me mudaria por ti, mesmo que o tivesse mostrado, mas agora deixámos de fazer sentido juntos e seguimos em frente!

Será que sabes o que é amar?

fevereiro 16, 2018 0 Comments
Grayscale Photo of Woman in Black Leather Jacket

Quem me disse que desta forma iria para até onde me imaginei, sonhando com o que representas, até quando ainda não tinhas rosto?

Será que sabes o que é amar? Já me perguntaste algumas vezes e eu quero acreditar que sei, que o entendo, mas a verdade é que da tua forma, com a tua entrega e intensidade, ainda não tinha experimentado para poder falar. Saber o que queremos de alguém, o que temos para lhe dar, até onde iremos para que a sua felicidade se transforme na nossa e para que cada sorriso que espelhamos seja uma réplica do seu, confere-nos um poder maior, uma responsabilidade que se nos cola à pele que a sua pele transforma. Saber que do outro lado de nós, que não pode ser o mesmo, porque tudo do que é feito nos acrescenta, está quem nos vê e sente realmente, muda-nos os dias e envolve-nos num misto de prazer e de medoPrazer pelo que chega até sem o termos pedido e medo de que termine, de que não baste, que nos supere e amachuque, qual papel pardo.

Quem me disse que amar-te seria uma viagem previsível? Quem me disse que aceitar-te me encheria a alma e o coração de sentimentos que ainda não conhecia? Quem me disse que se não te souber amar, como me amas, terei que aprender de forma bem rápida e determinada?

Não sei quem me falou, como me "falou", mas o que aprendi nestes poucos dias de viagem, que já me souberam a milhas, é que de ti não poderei perder nenhuma gota e que onde estiveres estarei eu, toda, sem me esconder da importância que tens em tudo o que faço e decido. Não sei quando te terei, em pleno, mas para já o que somos, eu e tu, é bem mais do que senti em muitas outras vidas.

Quem me disse que amar-te seria assim, sabia bem do que falava!

15.2.18

Gosto de ti e sei porquê!

fevereiro 15, 2018 0 Comments
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Gosto de ti, já não é porque sim, nem é pelo que imaginava, agora sei que gosto de ti e sei que me sabe bem ter certezas. Ter um nome para te atribuir e um lugar onde te esperar!

Gostar de ti mudou-me, acertou-me, fez-me olhar para tudo o que faço de forma mais emocional. Não que eu tenha falta de emoções, até porque as passo sempre que posso, mas porque me esqueci um pouco do que na verdade preciso, emocionalmente. Gostar de ti fez-me gostar, ainda mais de mim, porque agora tenho quem me pertence, sei que do lado de lá está quem me espera e quem deseja os dias de forma a nos termos em pleno. Gostar de ti é o que quero continuar a fazer, sabendo já de que forma terás que estar na minha vida. Gostar de ti não me magoa, nem me indigna, porque encontrei quem me deseja da forma que acreditei ser possível, com entrega, carinho, respeito e com um amor que só tende a crescer e a amadurecer.

Nunca ficam perguntas por responder, existe sempre uma explicação para a forma como nos reencontrámos e tudo o que desejamos encaixar, chega naturalmente.

Será que os beijos magoam?

fevereiro 15, 2018 0 Comments
Mesmo que você não esteja comigo...eu estou sempre com você!  ...Blog NSFW/  Adult content, over...

Beijos que magoam, porque carregam sentimentos errados e porque usam quem os recebe. Beijos que parecem pertencer-nos, até ao momento em que andam por outras bocas e até que deixemos de sentir o que afinal nunca existiu!

Não sei ao que sabem os teus quando não estão na minha boca. Não sei a quem beijas para além de mim, mas sei que não sou apenas eu. Não sei porque achaste que te iria querer beijar, quando o fizeste apenas para me provar, mas acabaste a levar o meu sabor, deixando-me o amargo que agora carrego, dorida e sem nada que me arranque o que implantaste.

Os teus beijos partiram como chegaram, rapidamente, sem nada que me fizesse acreditar que me pertenciam, até durante o momento em que me seguravas com ambas as mãos, a cara que encostava à tua e me olhavas tão dentro, que me desnudavas.

Que encantamento lançaste e porque durou até quase nada de mim restar? Como conseguiste esconder-te, para que visse apenas o que me interessou? Como foi que usaste o teu amor, se é que alguma vez existiu, para que eu nunca duvidasse, até já não ter para onde olhar, nem a quem?

Quem fantasiou quem? 
Quem usou ou foi usado? 
Quem se enganou afinal? 

Nunca prometeste nada. Nunca disseste o que não perguntei, porque nunca perguntei nada. Nunca me mostraste o que não existia. Nunca me pediste para que te  aceitasse, porque nunca te deste, fui apenas eu que achei que me poderias pertencer.

Os teus beijos, aqueles que senti e que me fizeram sentir-te, estão a fazer-me doer. Não consigo parar-me, não de me magoar, nem de chorar para dentro pela dor que me infligiste e que teima em não desaparecer. Os teus beijos nunca foram meus, nem só para mim...