19.5.18

Depois de mim quem?

maio 19, 2018 0 Comments


Dizias que estavas louco por mim e que me adoravas. Não te cansavas de repetir que era a única e que nunca terias um amor que se pudesse comparar ao nosso. Ouvi-te sussurrar e gritar tudo o que uma mulher gostaria de ouvir, mas a realidade foi diferente e já não estás no nosso agora, desististe de nós e o que tanto parecia ser, parou...

Depois de mim a quem será que vais repetir todas as promessas, as mesmas que aprendi a ouvir, acreditando em cada uma?

Vamos sempre ter os que planeiam sem executar, decidindo sem reflectir ou entender. Há quem nunca seja capaz de manter o que até escolheu e recebeu, talvez porque não saiba como, ou entenda que pode continuar, indefinidamente, sem ter que prestar contas. Não sei como classificar estes espécimens, provavelmente não me cabe fazê-lo, mas não consigo impedir-me de sofrer por ter acreditado, cegamente, no que não teria forma de acontecer.

Depois de mim quem é que passará pelos teus abraços ansiosos, mesmo que pouco sinceros? Depois de mim quem terá o que senti e me soube a real, como o sou até quando já não sou amada? Depois de mim quem é que te saberá amar?

18.5.18

As palavras que apenas eu entendia...

maio 18, 2018 0 Comments
( Luv de Pose)


O meu mundo, sobretudo o das palavras, há muito que era apenas meu e não tinha eco em ninguém do outro lado de mim. O que escrevia e dizia, importava-me sobretudo a mim e ser UMA, não tendo que me dividir, nem acrescentar, fez-me endurecer e deixar de incluir!

O que tu vieste mudar e o que me vieste ensinar, é que preciso de te meter em tudo o que digo e faço, porque já não estou sozinha. Estás para ficar, movimentas-me e acrescentas-me. Responsabilizas-me por tudo o que desejo, sonho e faço acontecer. Já és a metade de que tantas vezes falei, mesmo que por vezes achasse que seria apenas mais uma palavra. Lembras-me, a cada minuto, de que forma te devo tratar e é por isso que estou a prestar mais atenção.

As palavras que agora debito, encontram um adversário à altura, nunca ficam sem resposta, nunca me deixam no vazio, e sobretudo, nunca me permitem duvidar  do que representas para mim.  As palavras que agora lês e ouves, tocam-te, infligem-te prazer, dor, medos e todas as emoções que apenas elas sabem como passar. As minhas palavras, agora, servem para que vás sabendo mais sobre mim, quem sou, quem fui, e quem era lá atrás quando passaste, mas não ficaste.

Sou demasiado coração na boca, sentimentos soltos, movimentos que não sabia parar e não precisava, porque era apenas eu, porque amava, mas não tinha retorno, porque esperava, para nunca ver chegar, mas deixou de ser assim, e agora vou ter que pesar, medir, olhar e ver mesmo. Agora que estás no meu percurso e que tudo o que sentes me toca, tenho que saber como cuidar de ti, dando-me na proporção certa e usando as palavras a nosso favor.

17.5.18

O que faria e seria se existisses?

maio 17, 2018 0 Comments


Dava tudo o que tenho para ter tudo o que representas, porque és bem mais do que preciso!

Deve saber BEM ouvir algo parecido. Haverá certamente quem ande por aí a desbaratar palavras tão intensas e motivadoras quanto estas, gostava de saber onde, melhor ainda, matava por encontrar pessoas assim, com conteúdo, vontade e coragem acima da média, porque no geral anda tudo a rastejar pelo chão, literalmente, sem vontade de usar ambos os pés, muito menos o coração ou os neurónios.

Será que nos vamos endurecendo, amargando e desistindo, à medida que todos os outros já parecem ter desistido de existir? Será mais fácil termos as mesmas cores e misturarmo-nos com todos os outros? Será loucura querer que alguém nos enlouqueça enquanto se sente incapaz de sobreviver à nossa falta?

Dava tudo para encontrar a metade que reconheceria a minha, mesmo que não se encaixasse inteira, mas que soubesse onde se colocar para que ambos tivéssemos um lugar definido. Com o uso exacerbado de tantas palavras, penso que já passei a ser um caso perdido, talvez por isso ainda esteja à espera de ouvir o que ninguém parece ser capaz de dizer, not as if they really mean it!


16.5.18

Destino, escolhas ou a falta delas...

maio 16, 2018 0 Comments
Sensuali


O que temos. O que nos falta. O que somos e o que nunca conseguiremos ser, terá certamente uma explicação aceitável, mas é muito difícil, ou praticamente impossível, que aceitemos o que não nos acerta.

Destino, escolhas ou a falta delas. É a nós que nos cabe analisar de que forma nos temos conduzido, porque apenas assim poderemos reverter erros dum passado que nos ensombra, mas que já não está mais aqui. Se adivinhássemos nunca nos perdíamos, mas algumas das burrices são tão óbvias que a dor permanecerá por tempo indeterminado. Talvez com o perdão e a aceitação da incapacidade natural nos segure um pouco mais, mas que dói isso dói.

O que é suposto aprender? O que foi que não consegui entender ou ver? Temos que nos perguntar, todos os dias, de que modo caminhamos e até onde acabaremos a chegar, se não tivermos um plano, se não soubermos ler as coordenadas e se insistirmos no que não resulta.

Se fosse destino seríamos apenas marionetas sem vontade própria. Por isso eu aposto nas escolhas, as que não nos caberiam fazer e as que fizemos mesmo depois de sabermos que não deveria ser daquela forma. 

Destino, fim ou resultado de uma determinada acção, mas desenganem-se os que escolhem não escolher nada, achando que se safam, porque não fazer nada também é uma acção. Por mim falo sempre e é por mim que escolho fazer, sendo e agindo, porque se correr mal, pelo menos tentei. O poder é meu!

Tatuado em mim porque o permiti!

maio 16, 2018 0 Comments
Inked


Tatuado em mim, por agora, mas a saber-me a um sempre que certamente me deixará em apuros. Tatuado em mim até que já não consiga distinguir o que era do que passei a ser!

Já não tenho como dizer ou explicar por que razão me deixo envolver assim, anulando a vontade de continuar, por mim e comigo em cada passo. Há tão pouco do tudo que tanto me levou a criar, que me entrego à vontade de arrancar, sem anestesia, pedaços de todos os que votei para ti.

Tem sido uma viagem longa, sem ti, mas contigo até quando não penso, ou me distancio do que estou a fazer e a dizer. Pareço saber cada dia menos, mesmo que vá sabendo codificar este amor obstinado e dolorido, entendendo que não é certo, porque me faz mal. Não és tu que me magoas. Não é de ti que me chega esta vontade de te ter, porque na verdade não sei o que significa. Não tenho como te culpar, até porque tens estado tão distante de tudo o que sinto, que já não deveria estar a sentir nada...

Estás tatuado em mim porque o permiti e é a mim que me cabe arrancar-te. Estás tatuado, mas as imagens estão cada vez mais sumidas e pequenas, deixando com a leve esperança de que um dia, talvez até mesmo amanhã, de tanto te ter e querer, já não serei capaz de mais.

15.5.18

Qual o valor duma promessa?

maio 15, 2018 0 Comments
Photo


Qual o valor duma promessa? O que significa, para mim, ouvir-te dizer que será para sempre e que estarás do meu lado até que não estar seja inevitável? Qual o valor que dou à promessa que me fazes todos os dias? É enorme, enche-me a alma e não me permite duvidar, porque sem ti permaneço sem a luz que o dia me dá, sem o amor que não quero perder e sem o ar que nunca posso deixar de ter, mesmo e sobretudo quando nos beijamos de forma sôfrega, numa entrega que apenas conseguem os que se reconhecem.

As promessas vão chegando, encadeadas, perfeitas, como é perfeito o que sinto por ti. As promessas que me trazias antes, mas que apenas agora ousei ouvir, já não saem de mim. As promessas, as tuas, que se colam às minhas, restauram as noites mais longas, como longo está a ser o tempo para te voltar a ter.

Tudo o que sinto passo para ti, e explico, sempre que posso, que és tu e que terás que ficar, porque sem ti não haverá luz, nem amor que resista ao que deixaria de acontecer se não nos tivéssemos. Já sabes, porque te digo, que até de olhos fechados te consigo ver, e que te sinto, até quando achas que me foges e me deixas a sentir como é pouco o que ainda tenho. O valor que dou a tudo o que me passas e o valor que ponho em tudo o que te prometo, tem feito crescer este amor que reinventámos.

O meu vazio, aquele que fui enchendo e preenchendo com tudo o que sei fazer, ficou pleno, agora, mas das emoções certas. A forma como dava, cada passo, inverteu-se, e a vontade de ir, mais rápido, mas com mais firmeza, ampliou-se até quase me sentir no ar, a flutuar naquele do qual me alimento para me alimentar de ti. O que te prometi é para cumprir, e o que passei a ser, por ti, é para te ver sorrir mais vezes, de forma mais segura, impedindo-te de duvidar de até onde estarei disposta a ir para te manter. O que te prometi foi que te amaria, e amar-te será o que farei até que já não seja mais possível, porque aí teremos findado, tu e eu!

14.5.18

O ataque é a melhor defesa...

maio 14, 2018 0 Comments
Powerful Female Portraits by Brian Ypperciel #inspiration #photography

O ataque é a melhor defesa!

É desta forma que muitos, se não a maioria, se movimenta na vida, atacando antes que o façam, gritando mais alto, para que os outros não possam ter voz e desistindo porque continuar obriga a mudanças.

O ataque é a melhor defesa e eu mesma já tive ocasião de testar esta máxima, por isso garanto que resulta. Vamos primeiro à linha da frente e desferimos golpes que ferem mortalmente quem não estava preparado. A necessidade de nos defendermos constantemente dos outros, chega como uma sinal vermelho que nos impede, supostamente, de cair. Estamos sempre com ambos os pés atrás e quando os mais incautos se decidem a acreditar nos outros e na capacidade do mundo se movimentar da forma certa, dão-se mal.

Não sei muito bem que conselho dar, não que me tivesse sido pedido, mas gostaria de poder dizer que não é a desconfiar que confiamos, eventualmente, no outro. Adora poder assegurar, sobretudo aos meus, que é julgando por nós que veremos a verdadeira essência dos que chegam até nós. Dava tudo para não ser a profeta da desgraça, e quiçá o exemplo vivo de que podemos baixar os muros e viver sem demasiadas dores emocionais, mas não posso e não devo, não vão depois atirar-me com dedos acusatórios e risos de escárnio.

O ataque é a melhor defesa, é um facto e vale mais vivo e em pé do que caído e sem esperança, por isso e já que parece assim estar determinado, comecem por matar antes de morrerem, mas depois não digam que não terão nem um vislumbre dos que possam valer a pena, porque não saberão quem são!