20.5.18

De mim terás sempre tudo!

maio 20, 2018 0 Comments
i still write love letters to my hubby and he loves it.  <3


Olá meu amor,

Eu sei que falamos todos os dias. Sei que debitamos milhares de palavras por segundo,  mas ainda assim, nunca nos cansamos de nós, porque que há sempre muito mais por dizer e para saber.

Gosto de escrever para ti e sobre ti. Gosto de me sentir importante na tua vida, de te mudar os dias e os rumos. Gosto deste amor que começou para mim, desta forma, mas que para ti apenas se limitou a crescer. Gosto da nossa parte de dia, aquela em que mais ninguém entra ou faz falta. Gosto de gostar de ti assim.

Dizes-me, quase sempre, que posso ir aprendendo a baixar as defesas e a aceitar que és quem sempre me fez falta. Até que o percebo e tento, com todas as minhas forças, parar de lutar, porque mesmo que sejas real e que digas o que sentes e esperas de mim, a verdade é que existe sempre margem para erros.

De mim, terás sempre tudo meu amor!

É o que me sopras, gritas, apregoas e recordas, todos os dias, para que nunca arrisque duvidar. É, e tem sido, com essa tua capacidade imensa, de me sentir e ver como sou, que acredito estarmos no lugar certo, para durar, para nos acompanharmos quando o corpo e alma precisarem de repousar.

De mim terás sempre tudo, não te cansas de repetir e eu tenho que acreditar, porque continua a fazer sentido e soa a verdadeiro. Foi assim no exacto momento que te reencontrei.

Um beijo, doce da mulher que te ama,

M.A.

O que é verdadeiramente importante?

maio 20, 2018 0 Comments
strong, arrogance


Qual é a importância que dás ao que te chega, coisas e pessoas, lugares e oportunidades? Ao que recorres quando nada parece encaixar-se, ou o que dás de ti, agradecendo, quando tudo é tão certo que não precisas sequer de te mover? Como é que relativizas, ou será complicas ainda mais, cada um dos desafios que a vida te coloca?

Tudo terá a importância que lhe escolheres dar, mesmo que para isso tenhas que te reprogramar, reavaliando o que te trará paz de espírito, ou um turbilhão constante e que aumentará à medida que se adicionam os anos. Tudo é tão premente quanto a pressa que te imprimes, ou tão lento e propício a adiamentos, se não estiveres nem para aí virada. Tudo pode ser o tudo que te faltava ou o nada em que transformará o que não importa.

Já sabes o que é verdadeiramente importante na tua vida, e o que podes fazer se não o tiveres? Se te deixei a pensar, então ainda não carregas o que importa e não definiste o que te cabe por direito. Se ainda estás no começo da vida, vou entender e dar-te tempo, mas se já vais para lá de meio, tem santa paciência, por esta altura já deverias saber que no chão só mesmo os pés...

19.5.18

Se te conseguisses ouvir...

maio 19, 2018 0 Comments

Michael Fassbender .... Hmmmm.... Love these dark portraits with light focused only on the face and upper torso. Like Rembrandt.


Se te conseguisses ouvir serias capaz de perceber que quase nunca fazes sentido!


Queres porque sim, mas recusas quem te quer. Decides porque não te imaginas noutro futuro, mas acabas a renegar o teu presente, fugindo parado. Impedes-te de ser amado e desperdiças o único amor que tanto de custou conquistar.

Se te conseguisses ouvir, no silêncio, sem os barulhos que te embrulham a vida e te deixam tão confuso, saberias que tudo o que perdeste foi porque abriste as mãos.

Ninguém mendiga amor, sentimentos, ou desejos que não parecem ter forma de crescer. Ninguém é louco, o bastante, para aceitar o que nunca chegará. Ninguém deve ver quem não existe, não para si.

Pus o meu amor no alto de mim, gostei, ainda mais, de cada pedaço que sou e dei-me a importância que tenho. Agora preciso de te começar a agradecer a recusa, porque me deixaste espaço e tempo para reencontrar quem afinal esteve sempre aqui. Tornaste-me a mulher mais completa e feliz que conheço, e saber que essa mulher sou eu, impede-me de tirar este sorriso parvo nos lábios, mas que me fica tão bem.


A vida é feita de decisões, umas mais rápidas e prementes que outras, mas que deverão e terão que ser tomadas. A vida é um mar revolto, de ondas demasiado altas. Uns saberão como esperar que se aquietem, e outros terão forma de as surfar, desafiando todos os desafios e medos que também sentem. A vida é um Universo de possibilidades para os que estão atentos e conseguem manter o coração puro e aberto aos outros. A vida é a entrada e a saída dos que terão que passar por nós, e foi por isso que entraste, que me arrebataste, e que te foste, quando te deixei ir, quando te expliquei que comigo só TUDO, só MUITO e só MELHOR.



Se me conseguisses ouvir, agora, saberias que estou cheia de um amor que já não partirá, porque encontrei quem me olhou e viu. Se me conseguisses ouvir, dir-te-ia com o peito carregado de felicidade, que te estou IMENSAMENTE grata por teres desistido. 

Depois de mim quem?

maio 19, 2018 0 Comments


Dizias que estavas louco por mim e que me adoravas. Não te cansavas de repetir que era a única e que nunca terias um amor que se pudesse comparar ao nosso. Ouvi-te sussurrar e gritar tudo o que uma mulher gostaria de ouvir, mas a realidade foi diferente e já não estás no nosso agora, desististe de nós e o que tanto parecia ser, parou...

Depois de mim a quem será que vais repetir todas as promessas, as mesmas que aprendi a ouvir, acreditando em cada uma?

Vamos sempre ter os que planeiam sem executar, decidindo sem reflectir ou entender. Há quem nunca seja capaz de manter o que até escolheu e recebeu, talvez porque não saiba como, ou entenda que pode continuar, indefinidamente, sem ter que prestar contas. Não sei como classificar estes espécimens, provavelmente não me cabe fazê-lo, mas não consigo impedir-me de sofrer por ter acreditado, cegamente, no que não teria forma de acontecer.

Depois de mim quem é que passará pelos teus abraços ansiosos, mesmo que pouco sinceros? Depois de mim quem terá o que senti e me soube a real, como o sou até quando já não sou amada? Depois de mim quem é que te saberá amar?

18.5.18

As palavras que apenas eu entendia...

maio 18, 2018 0 Comments
( Luv de Pose)


O meu mundo, sobretudo o das palavras, há muito que era apenas meu e não tinha eco em ninguém do outro lado de mim. O que escrevia e dizia, importava-me sobretudo a mim e ser UMA, não tendo que me dividir, nem acrescentar, fez-me endurecer e deixar de incluir!

O que tu vieste mudar e o que me vieste ensinar, é que preciso de te meter em tudo o que digo e faço, porque já não estou sozinha. Estás para ficar, movimentas-me e acrescentas-me. Responsabilizas-me por tudo o que desejo, sonho e faço acontecer. Já és a metade de que tantas vezes falei, mesmo que por vezes achasse que seria apenas mais uma palavra. Lembras-me, a cada minuto, de que forma te devo tratar e é por isso que estou a prestar mais atenção.

As palavras que agora debito, encontram um adversário à altura, nunca ficam sem resposta, nunca me deixam no vazio, e sobretudo, nunca me permitem duvidar  do que representas para mim.  As palavras que agora lês e ouves, tocam-te, infligem-te prazer, dor, medos e todas as emoções que apenas elas sabem como passar. As minhas palavras, agora, servem para que vás sabendo mais sobre mim, quem sou, quem fui, e quem era lá atrás quando passaste, mas não ficaste.

Sou demasiado coração na boca, sentimentos soltos, movimentos que não sabia parar e não precisava, porque era apenas eu, porque amava, mas não tinha retorno, porque esperava, para nunca ver chegar, mas deixou de ser assim, e agora vou ter que pesar, medir, olhar e ver mesmo. Agora que estás no meu percurso e que tudo o que sentes me toca, tenho que saber como cuidar de ti, dando-me na proporção certa e usando as palavras a nosso favor.

17.5.18

O que faria e seria se existisses?

maio 17, 2018 0 Comments


Dava tudo o que tenho para ter tudo o que representas, porque és bem mais do que preciso!

Deve saber BEM ouvir algo parecido. Haverá certamente quem ande por aí a desbaratar palavras tão intensas e motivadoras quanto estas, gostava de saber onde, melhor ainda, matava por encontrar pessoas assim, com conteúdo, vontade e coragem acima da média, porque no geral anda tudo a rastejar pelo chão, literalmente, sem vontade de usar ambos os pés, muito menos o coração ou os neurónios.

Será que nos vamos endurecendo, amargando e desistindo, à medida que todos os outros já parecem ter desistido de existir? Será mais fácil termos as mesmas cores e misturarmo-nos com todos os outros? Será loucura querer que alguém nos enlouqueça enquanto se sente incapaz de sobreviver à nossa falta?

Dava tudo para encontrar a metade que reconheceria a minha, mesmo que não se encaixasse inteira, mas que soubesse onde se colocar para que ambos tivéssemos um lugar definido. Com o uso exacerbado de tantas palavras, penso que já passei a ser um caso perdido, talvez por isso ainda esteja à espera de ouvir o que ninguém parece ser capaz de dizer, not as if they really mean it!


16.5.18

Destino, escolhas ou a falta delas...

maio 16, 2018 0 Comments
Sensuali


O que temos. O que nos falta. O que somos e o que nunca conseguiremos ser, terá certamente uma explicação aceitável, mas é muito difícil, ou praticamente impossível, que aceitemos o que não nos acerta.

Destino, escolhas ou a falta delas. É a nós que nos cabe analisar de que forma nos temos conduzido, porque apenas assim poderemos reverter erros dum passado que nos ensombra, mas que já não está mais aqui. Se adivinhássemos nunca nos perdíamos, mas algumas das burrices são tão óbvias que a dor permanecerá por tempo indeterminado. Talvez com o perdão e a aceitação da incapacidade natural nos segure um pouco mais, mas que dói isso dói.

O que é suposto aprender? O que foi que não consegui entender ou ver? Temos que nos perguntar, todos os dias, de que modo caminhamos e até onde acabaremos a chegar, se não tivermos um plano, se não soubermos ler as coordenadas e se insistirmos no que não resulta.

Se fosse destino seríamos apenas marionetas sem vontade própria. Por isso eu aposto nas escolhas, as que não nos caberiam fazer e as que fizemos mesmo depois de sabermos que não deveria ser daquela forma. 

Destino, fim ou resultado de uma determinada acção, mas desenganem-se os que escolhem não escolher nada, achando que se safam, porque não fazer nada também é uma acção. Por mim falo sempre e é por mim que escolho fazer, sendo e agindo, porque se correr mal, pelo menos tentei. O poder é meu!