6.6.18

Quem avalia o amor?

junho 06, 2018 0 Comments



Quem avalia o amor? Quem diz o que está mal ou bem feito? Quem nos ensina a sermos mais, quando o menos está tanto em voga? Quem nos pára de cada vez que pisamos o risco e galgamos degraus que empurram o outro?

Já acredito que na maioria das vezes temos apenas sorte, ou azar, porque parecemos não saber ao que vamos, nem com quem. O acaso, o destino, a burrice ou a infantilidade, permitem-nos o que dermos, mesmo que inconscientemente.

A vida não vem com qualquer manual e as experiências de uns jamais serão a de todos os outros. Então o que fazemos? Usamos o bom senso. Estamos mais atentos. Aceitamos o inevitável, e largamos o impossível. Ouvimos, falamos e sentimos, com intensidade e honestidade. Vemo-nos nos outros, para apenas fazermos o que queremos que nos façam.

Sinto que amar, mesmo sendo algo complicado, é mais simples do que parece. Sou para os outros, o que os outros deverão ser para mim, Moedas que se trocam, olhares que se olham mesmo e certezas que se cultivam, para que as dúvidas não se instalem, teimosas. Sou eu que avalio o amor que me chega. Sou eu que percebo, pelos amores que outros carregam, quais me poderão servir e preencher. Sou eu e apenas eu, que posso em todos os momentos, começar, recomeçar, parar ou prosseguir.

Quem avalia o amor, já está inevitavelmente a amar!

Não tens ideia...

junho 06, 2018 0 Comments



Não tens ideia de quantas vezes nos imaginei juntos, frente a frente, a debitarmos os milhões de palavras que servem para falarmos de nós. Não tens ideia dos sonhos que os meus sonos conseguem fazer acontecer, tendo-te onde me fazes falta, e estando eu, onde precisas para te reconstruíres. Não tens ideia, tal como não tinha antes, da importância que adquiriste na minha vida.


Nada poderia ser igual se tu deixasses de estar. Nada me faria continuar, e suportar a tua ausência, se escolhesses deixar de me escolher. Nada poderia servir-me, iluminando-me o sorriso como apenas tu consegues, se os meus dias não te trouxessem.

Por vezes parecemos ter já caminhado muitas vidas, mas a realidade, a nossa, é bem mais recente, mesmo que estejamos a carregar alguma história comum. Sei que fui pedindo, por vezes a medo, que me permitissem recomeçar, tendo ao meu lado quem me carregasse ao colo, se estivesse frágil, quem risse comigo e fosse capaz de me desejar TANTO, que eu nunca precisasse de precisar de nada mais. 

Não sei se terás ideia, meu amor, do que me passas de cada vez que dizes - Olá querida - Não sei se me entendes e lês, mas a verdade é que contigo tudo é bom, até quando arriscamos "zangar-nos". Quando dizemos coisas distintas querendo apenas dizer o mesmo. Não sei se terás ideia, certamente que ainda não, do que serei capaz de fazer e mudar por ti, mas breve, muito breve, e até porque já está escrito, sentirás sem que precise de usar qualquer palavra. Não tens ideia, mas eu vou ajudar, todos os dias, a que me percebas!

5.6.18

E se ficarmos sem tempo?

junho 05, 2018 0 Comments
Cool head


Os planos podem ser apenas isso, e por vezes, não tão raras quanto isso, não somos capazes de completar o que desejámos.

E se ficarmos sem tempo enquanto procuramos pelo que já existe e até encontrámos? E se perdermos o que tanto nos custou a conquistar, apenas porque nos adiámos e fizemos esperar quem não soube ler-nos? E se sonhar, mesmo que acordado, nunca passar disso mesmo? Não vai bastar. Não vai ter um sabor que nos saiba bem. Não vai consolidar nenhuma das promessas que desbaratámos. Não vai durar o tempo que duraremos nós, mas servirá para que o recordemos, doridos, para sempre.

Não quero ficar sem tempo, por isso vou beijar-te durante todos os momentos que me couberem, porque ninguém me prometeu o amanhã. Vou abraçar-te até que a dor se torne boa e te cole mais a mim. Vou andar contigo pelas nuvens, mas sabendo que te tenho para manter. Vou chorar, de alegria, porque não pretendo ficar sem tempo, nem sem ti. Não te vou dizer adeus e não vou permitir que te vás para lá do tempo que afinal ninguém controla.

E se ficarmos sem tempo, como é que nos iremos perdoar e continuar a viver?


3.6.18

O sol que consigo ver!

junho 03, 2018 0 Comments
... by Светлана  Беляева on 500px


Como escreveu a poetisa brasileira Helena Kolody no poema Dom:

Deus dá a todos uma estrela.
Uns fazem da estrela um sol.
Outros nem conseguem vê-la.

Temos todos, mesmo que não o consigamos ver, um dom, algo que poderá ditar todo o nosso percurso, fazendo de nós pessoas completas e bem-sucedidas, ou apenas eternas buscadoras de um propósito. Temos de conseguir entender sobretudo o que ninguém explica, porque apenas assim daremos a volta por inteiro. Temos que desejar o arco-íris, permitindo que as cores nos guiem. Temos que ir esperando, com alguma tranquilidade, pelo que já estivermos a construir. 

O sol que consigo ver, guia-me até quando não está e a escuridão toma o seu lugar. Não tenho apenas dias luminosos e quentes, também acabo imersa num frio que me enregela a alma, mas sei ao que recorrer e até onde ir para não me afastar demasiado dele.

Deus dá a todos uma estrela, só precisam de encontrar a vossa!

2.6.18

Onde param os homens?

junho 02, 2018 0 Comments
Tenho manhas com jeito de mulher fatal. Mas zangada faço biquinho e quando contente eu dou carinho....

Onde param os homens? Sim, a pergunta é mesmo essa.  Onde param os homens? Aqueles e não estes de agora, até os que já o são de algum tempo. Onde param os homens que se conhecem porque já determinaram há MUITO, qual o caminho que precisavam de trilhar? Homens que não se escudam em "ses", usando-os entre cada frase. Homens que enfrentam ventos e tempestades e que não vão a correr recolher-se nos chapéus-de-chuva mais próximos. Homens que mesmo sentindo medo, sabem como lidar com cada um?

Não raras vezes digo que na outra encarnação quero ser homem para os entender melhor, mas a porra da coisa é que não me vou lembrar de nada desta vida e certamente que acabarei, também eu, medrosa, assustadiça, encolhida e desejosa de que o vento não sopre demasiado forte.  Por esta altura já terei uns quantos de bandeira bem no alto a gritar que se os conhecesse não falava assim. Yeah, right! Somos todos crescidos até irmos a correr para debaixo das saias das mãezinhas. Os que têm propensão para a psicologia também dirão para o do lado - coitada, teve muitos desgostos amorosos - mas não meus amigos, tive juízo e pragmatismo que bastasse para pôr a correr uns quantos e para nunca atingir a red zone.

Homem que é homem"... tanto que ouvia esta expressão e outras bem másculas, mas pelo que parece a masculinidade tem fugido para a violência que está a aumentar. Compreende-se que assim seja, é que quando nos faltam os argumentos, a bagagem e a vida que deveríamos viver, recorremos ao mais fácil.

Não meus amigos e amigas, não estou azeda, nem sequer amargurada, estou apenas desiludida com a humanidade, é que por mais que me esforce e tente modernizar, o meu modelo ainda passa por homens e mulheres a serem felizes juntos, construindo cada sonho e resistindo às adversidades, mas também sou um ser adaptável e percebo que ou tenho ao meu lado quem reme comigo, ou afogo-o depressa para não me pesar no barco.

Embora lá a crescer pessoal, é que a vida não espera e eu também não estou a ficar mais nova, gostava, sinceramente, de ainda poder escrever de forma optimista e conciliadora, ainda neste século, se não for pedir muito.

31.5.18

Falar do que nos importa falar!

maio 31, 2018 0 Comments

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Falar do que nos importa falar. Falar do que precisamos e nos deixa mais próximos, é o que não descuramos, em nenhum dos momentos de que os nossos momentos agora são feitos. Falar do que me fazes sentir e da importância que passaste a ter, é o que preciso para me aproximar ainda mais de ti. Falar do amor que sinto crescer, e de tudo o que me consegues dar, é como beber de águas frescas e puras. Falar de ti, de quem és e de como te reconheço, enche-me e preenche-me, porque somos tão parecidos que chega a assustar. Temos tanta história em comum e tantos desejos que se misturam, que por vezes nos confundimos. Queremo-nos de forma tão intensa, que certamente ainda nos acabaremos a esgotar.


Eu vou sempre falar do que me importa, nunca me remetendo aos silêncios que me magoam. Eu vou, enquanto estiver na tua vida, dar-te de mim  as instruções que te provarão que estás no momento certo, naquele em que fiquei pronta para ti. Eu vou, sem qualquer dúvida, ter-te comigo até ao final dos dias que já passaram a brilhar, de um sol tão intenso, que tudo o resto deixou de importar.

Falar do que nos importa falar, dizendo o que deve ser dito e sentindo o que verdadeiramente nos aproxima, nunca será descurado, porque se chegámos até aqui, foi porque nunca nos impedimos de o fazer.

30.5.18

Não importa que a ames...

maio 30, 2018 0 Comments
50 портретов с естественным светом


Queres que te explique? Então aqui vai. Toda a gente diz que ama alguém, mas a verdade é que isso não importa nada, porque o que sentes apenas a ti diz respeito, já o que fazes...

Trataste-a mal. Não respeitaste cada um dos momentos nos quais ela esteve sempre presente, contigo e por ti. Escolheste a tua pequenez e ampliaste os teus medos, tanto, que nem o amor que lhe dizes ter foi capaz de te travar. Esqueceste-te, por momentos cruciais, de todos os que tiveram juntos e nos quais fizeram planos, embrulharam sonhos e saborearam a vida que só vos serviriam se fossem dois. 

Não importa, sobretudo não para mim, que digas que amas, porque o amor mostra-se, prova-se, dá-se e entrega-se connosco dentro. Não importa que a ames, não assim, cheio de medo de que a tua vida e individualidade termine. Duas pessoas continuarão a ser duas e cada uma, com tudo o que fazem por ter e com tudo o que conseguiram armazenar. Só amar não basta para que o amor cresça e se mantenha, precisamos de querer para além do nosso mundinho, aquele em que todos chegam e opinam porque acreditam ter razão. 

Não importa que a ames se não sabes como a fazer feliz, sendo-o também tu. Não importa que a ames, porque amar por si só é muito pouco. Amar carrega uma necessidade que não temos como entender, mas que a acontecer como é suposto, não deixa lugar para as dúvidas, nem para os medos e não ouve para além das palavras que apenas importam aos dois.

Não importa que a ames, sobretudo se não lhe conseguires provar que o teu amor vale a pena, ficando, mostrando-te e dando-te como ela precisa. E acredita que quando ela o tiver, inteiro, irás recebê-lo todo de volta!