10.8.18

Há dias e dias...

agosto 10, 2018 0 Comments
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Há dias e dias, mas quando o calor aperta, aperta também a necessidade de amar mais e de sermos amados. O cuidado fará sempre falta, mas nos dias em que estamos mais carentes, todo o cuidado saberá a pouco, nada do que nos ofereçam bastará e colo é tudo o que desejaríamos que nos oferecessem.

Hoje estou carente, sobretudo de ti. Tenho uma vontade enorme de te abraçar e de ficar quieta nos teus braços, sendo protegida de mim sobretudo, deixando-me parar um pouco, para depois poder continuar, como sou sou habitualmente vista, a que consegue tudo, a que sabe o que é preciso, a que não tem medos. Bla bla bla!

Hoje matava por um abraço teu e por cada um dos beijos com que me inundavas, e que distribuía o prazer por todo o meu corpo, fazendo-me sentir uma mulher abençoada pela forma como me amavas e pela minha capacidade de te amar ainda mais, mesmo que não o julgasse possível. Há dias duros, nos quais tenho que continuar a resolver tudo, até sem saber se o faço da forma correta. Há dias em que me apetecia apenas ficar quieta, a usufruir das cores, do tempo, dos sentimentos, mas nunca parece ser possível, nunca parece que alguma vez me vá deixar apenas ir, sendo conduzida, adormecendo no lado contrário do condutor, usufruindo de quem me concertará, mesmo que temporariamente, a vida.

Já me volto a restabelecer, conheço-me o suficiente para saber que dançando, correndo, rindo e lendo um pouco, ficarei pronta para todos os restantes dias que ainda me esperam e que desejo possam continuar a ser longos e sábios.

Hoje matava por um abraço teu!

Porque é que as palavras se acertam entre nós?

agosto 10, 2018 0 Comments
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Tens-me feito bem porque me ouves realmente e porque partilhas comigo os dias que mesmo diferentes sempre vão sendo algo iguais. Afinal queremos ambos o mesmo, queremos ter ao nosso lado quem nos complete e traga alguma paz. Queremos quem nos aqueça a alma, afaste os dias cinzentos e nos abrace deixando o mundo lá fora.

Já nos ouvi dar gargalhadas sinceras e contar histórias que nos fizeram querer mais de quem um dia escolhemos. Já gastámos horas a largar amargos de boca, a partilhar amores grandes, sonhados e vividos com a intensidade que precisámos para percebermos que amar tem que ser na mesma proporção e que não adianta apenas olhar e nunca ter quem nos olhe de volta.

Porque é que as palavras se acertam entre nós? porque nos parecem familiares e acabam sempre a sair sem esforço?

 Em que esquinas da vida se encontram algumas pessoas? Porque permanecem invisíveis até que se precisem realmente e até que o estarem lá, aqui, possa mudar tudo? Como nos conseguem encher os espaços vazios e permitem acabar o dia sem a sensação de solidão que tantas vezes nos amedronta e nos faz correr atrás do que nunca será suficiente, porque ser apenas um não basta?

Como será que te entendo hoje, depois de tudo o que já nos deixámos saber? Estou certa de que ainda iremos gastar mais umas quantas horas até o conseguirmos perceber!

8.8.18

Será que és tu?

agosto 08, 2018 0 Comments
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Vi-te chegar, de mansinho, mas capaz de derrubar todas as paredes nas quais ninguém se arriscava a encostar. Permiti, nem sei muito bem como, que me lavasses de alguns amores distantes e ainda assim tão presentes que me impediam de sonhar. Sorri, toda eu, com as palavras que já ninguém usava e fui apenas eu outra vez, sem promessas, sem esperas prolongadas e sem lugares que não reconhecesse. Pedi para que fosses paciente, mas desejei que não te segurasses na espera que acabaria por me matar.

- Acho que morreste há algum tempo, mas nem conseguiste perceber.
- Não é o que acontece aos mortos?

Rimos os dois, e rir contigo trás os risos que me poupei, enquanto esbanjava amor sem retorno!

Vi-te por dentro e gostei, talvez porque não me tenhas dado tempo para pensar. Vou ter que deixar, de alguma forma, que me tragas o novo, até o que assusta e quase impede de funcionar, ou de contrário acabarei com o que resta e já me parece tão pouco. Soube que podia. Entendi que devia e permiti-me reencontrar o que terá que ser meu, na tua forma, ou na que finalmente me assentar.

- Afinal não estou assim tão morta... 

É o que me dizem...

agosto 08, 2018 0 Comments


Não te vou conseguir tirar de mim, não terei forma de te deixar ir, se continuar assim. É o que me dizem!

Tantos a opinar, a esfregarem-me experiências que não se parecem com nada do que eu tenha vivido ou sentido, e eu deixo-me estar, quieta, a ouvi-los sem os ouvir realmente. Apetecia-me fugir, esconder-me debaixo de uma pedra como um crustáceo e apenas sair com a luz da lua, esgueirando-me por entre as sombras que vejo, mas que não são minhas, estão apenas lá...

Se ao menos me soubesses amar como fazias antes, e parasses de pensar demasiado, que tal se deixasses isso para mim, afinal sou eu a mulher e isso é o que sabemos fazer muito bem. Se ao menos eu conseguisse perceber e talvez assim deixar-te ir, mas a verdade é que ainda não estou pronta e não o desejo, não ao ponto de me lavar de ti, e é por isso que vais ficando. Se ao menos o que tivemos bastasse e servisse para pender a balança para o lado certo, para nós. Se ao menos eu te soubesse substituir e aceitar um outro, quem sabe não me surpreenderia.

Dizem-me tantas coisas, que parecem até saber do que somos feitos, eu e tu. Tentam que me recorde do que correu mal, mas eu consigo apenas focar-me no que me deste e me ficou, assim, para não ter outra vontade que não sejas tu mesmo.

É o que me dizem, que assim não voltarei a ser a mesma e que tu me sugavas a alma, mas eu sei mais do que todos eles, sei o poder que tinhas de me fazer feliz e por isso quero mais. Ele dizem, mas não sabem nada...

2.8.18

Estou sem cor...

agosto 02, 2018 0 Comments
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Por vezes estou assim, sem qualquer cor. Por vezes nada parece fazer efeito e a falta de ti deixa-me vazia e incapaz de me mover. Por vezes queria estar como estou agora, enrolada em mim mesma, sem qualquer sabor, nem o da boca que tantas vezes me beija. Por vezes nem me consigo lembrar da parte do dia em que te tenho verdadeiramente.

Nada me deixa mais sem ser nada, do que a tua ausência. Nada me desmotiva mais do que não saber quando voltas, o que dirás quando me disseres o que já nem me lembro. Nada consegue fazer de mim a pessoa que se entrega, inteira e determinada, quando não nos podemos tocar e o teu toque alimenta-me, dando-me o que te dou de volta.

Do que somos feitos afinal, e porque permitimos que a metade que nos falta domine tudo o resto? O que teremos ainda, que aprender para não corrermos atrás do que já é nosso, apenas se distancia para que o vejamos melhor?

Estou sem cor e a precisar que venhas e me tomes, seguro, assegurando-me de que ficaremos bem quando ficarmos juntos. Estou sem cor agora, embalada pelo cinzento que invadiu o céu. Estou sem cor, mas sei que retomarei cada uma assim que o sol abrir e o meu sol, és decididamente, tu.

26.7.18

Corres, buscas e eventualmente encontras...

julho 26, 2018 0 Comments
Chasing sunset through the rolling hills of Byron Bay ✨ Editorial with @augustethelabel on tuulavintage.com


Corres, procuras e eventualmente quando encontras passa a fazer sentido. Tudo o que tinhas planeado, desejado e perseguido, chega de forma tão natural, que sentes que não poderia ser de outra forma!

Podes e deves correr atrás do que te motiva. Buscas e não deves parar, porque quem desiste morre. Se procuras, eventualmente encontras, porque é disso que são feitas as tentativas. Claro que existe um tempo para se deixar ir o que não pode ficar. Claro que nem sempre se encontra o que se procura. Claro que correr, por vezes significa que apenas estamos a ir para o lado errado mais depressa. Mas é claro, também, que sem tentar nunca saberemos.

Interessante a forma como agora vejo o mundo e as pessoas e como percebo do que parecem não perceber elas. Quero porque sim e vou atrás do que me deixa feliz, sem desculpas, nem dúvidas convenientes. Interessante dar comigo, agora, a sentir pena dos que não conseguem saborear os mesmos prazeres dos que procuram respostas para as perguntas que ninguém responde, porque simplesmente não as desejam dar. Interessante ter este novo olhar sobre as relações e o que se espera delas, porque a realidade diz-nos que ou queremos e procuramos, fazendo por ter, ou arranjamos desculpas para fugir do que nos exigiria mais do que conseguimos dar.

O que podes dizer, de ti, e da tua felicidade, quando o que tanto alguns desejam, não lhes permite sequer sorrir? O que podes fazer pelos outros, quando percebes que aquele não é o caminho e que a manterem-no, apenas irão cavar mais fundo? Nada, ou muito pouco, porque terão que ser elas a querer.

Corres,  procuras e eventualmente encontras o lugar que te estava reservado. A sensação que passas a carregar, permite-te condescender com o resto do mundo, porque a ti, sobram-te os sorrisos que te preenchem a alma e é apenas disso que é feito o amor!

22.7.18

Já te deixei ir!

julho 22, 2018 0 Comments
p h o t o s


Não gosto de desistir à primeira. Não saio logo de cena, mal as coisas se tornem difíceis. Não consigo estar apenas nos meus "sapatos", calço literalmente o do outro e tento perceber o que sente, porquê e se me cabe a culpa por inteiro. Não faço nada pela metade e por isso mesmo ou amo, ou não sinto coisa alguma...

Já te deixei ir e mesmo tendo visto o tempo arrastar-se, caminhei no meu próprio ritmo até ao momento em que percebi que teria que te deixar ir. Parei de me focar no que tinhas de bom para mim, até porque era tão pouco, que só sendo louca poderia aceitá-lo. Percebi que o amor que supostamente me tinhas era demasiado pequeno para caber no que consegui sentir por ti, e foi tanto o que te dei, que quase acabei vazia. Passei a olhar com atenção para as dúvidas, as tuas, as fugas consecutivas e as dissimulações, porque existiram e senti cada uma de forma diferente. Já te deixei ir, de mim, porque foste tu primeiro a fazê-lo, sem qualquer insegurança, a mesma que parecias ter comigo, porque dizias que eu era demasiado e tinha mais do que sabias gerir, e essa foi sem dúvida a tua única verdade.

Já consigo entender a razão da tua chegada e aceitar que não ficaste porque não me irias fazer feliz. Já sorrio de cada vez que te vejo de costas, porque sempre que te olhei nos olhos, não fui capaz de perceber que me enganavas enquanto te esforçavas para não ser enganado. Já não choro. Já não recordo nem tento esquecer. Já não sofro, simplesmente porque te deixei ir.

Quando as noites voltam a ser carregadas de sonhos bons e os dias acordam connosco, percebemos que falta só nos poderá fazer quem verdadeiramente nos pertencer!