24.9.18

Para onde fomos, eu e tu?

setembro 24, 2018 0 Comments
Verlobungsbilder im Regen | Friedatheres


O que é que continuamos a fazer, agora que parecemos já não estar a fazer nada juntos? Já não sei o que foi que nos juntou, não me lembro, e certamente que nem tu. Porque razão escolhemos magoar-nos, prolongando diariamente o que nem sequer se assemelha a dias normais, escolhendo não desistir?

Tu eras a minha melhor pessoa e ter-te comigo era o que me melhorava e deixava mais solta e luminosa. Fazíamos sentido e todos à nossa volta sentiam a nossa energia, que era boa, já não sei há quanto tempo. Nada connosco era difícil e a previsibilidade apenas aconteceu quando o melhor de nós parou de acontecer. Os nossos planos, negociados noite fora, encaixava-nos e deixavam margem para melhorarmos como casal, por isso deixei de saber quando foi que nos perdemos?

Para onde fomos, eu e tu? Sabemos a resposta a isso e até já saboreámos o amargo da negação, mas continuamos, permanecemos e magoamo-nos para lá do que poderá ser recuperado.

- Artur, vamos ter que falar.

Olhaste-me sem qualquer movimento que indiciasse interesse e esperaste, sem qualquer paciência para que te largasse um assunto sem interesse, mas desta vez estava determinada a saber para onde iremos depois de termos conseguido parar.

23.9.18

Meu para sempre...

setembro 23, 2018 0 Comments
Photograph Feel the melody by Nina Masic on 500px


Se eu te pedir, com jeitinho, soprando-te as palavras que sabem a beijos, será que consegues ser meu para sempre?

Mesmo que os recomeços tenham um brilho especial e os toques novos nos toquem por dentro, vou continuar a esperar pelo que já tinha contigo. Já era meu. Instalava-se sem esforço e nunca me forçava a mudar o que nos sintonizava. Mesmo que achassem que merecia mais, sei que o que merecia era estar nos teus braços para sempre, sendo cuidada e amada com as tuas frágeis certezas. Mesmo que a chuva se misturasse com as minhas lágrimas, demasiadas vezes, em todos os outros momentos o sol brilhava o bastante para que me bastasses. Mesmo que nunca parecesses dar o suficiente, eras tu em cada pedaço que me davas e apenas o teu toque me tocava por dentro.

Se fores capaz de te ver meu para sempre, prometo que te aceitarei assim, como és hoje e que te ensinarei a ser bem mais amanhã. Se alguém como tu souber de que forma amar quem, como eu, ama da única forma possível, muito, então só poderás ser meu para sempre.

Para sempre vai ser o tempo que nos dermos, e mesmo que termine amanhã, hoje foi tão eterno e fez tanto sentido quanto fazem as coisas mais simples da vida. Para sempre pode ser apenas a noite que partilharemos hoje, mas amanhã terei outras tantas para sonhar e lembrar. Para sempre pode ser o meu respirar descompassado quando respiras comigo. Para sempre é a vontade que sinto agora de ti e mesmo que ela se vá, sei que te amarei para sempre, guardando-te no lugar que apenas poderá ser o teu!


22.9.18

Em quem devo acreditar?

setembro 22, 2018 0 Comments
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Em quem devo acreditar? Será que te posso aceitar, assim, como me estás a chegar? O que posso esperar, para além de tudo o que já me dizes poder esperar de ti? Em quem devo acreditar? Em ti, cheio de vontade e coragem, ou na minha voz interior, a que me alerta e me força a pensar?

Os amores não deveriam carregar demasiadas dúvidas. Os novos momentos, aqueles que chegam embrulhados nas vidas que se cruzam com a nossa, precisavam de ser mais ligeiros, de maior entrega e a cores, vivas e brilhantes. Os amores carregados de sombras são apenas maldições bem embrulhadas e não valem o que está dentro do pacote. Os corações que já se encheram de tudo o que deveriam ter limpo, não podem receber o que tem quem está pronto e vê com clareza, por isso confiar é um exercício de boa vontade e muita disciplina.

Em quem devo acreditar? No amor que me dizes estar reservado, ou na reserva que colocas no amor que deverias estar a sentir? Se eu escolher acreditar em ti, é bom que o faças por merecer, porque até já sei alguma coisa de corações partidos e se decidir partir o teu, levarás muito tempo para te reerguer.

21.9.18

Lições valiosas precisam-se!

setembro 21, 2018 0 Comments
#trabalharemcasa


De repente, como se um vento novo tivesse vindo soprar-me na cara, deixei-me de merdas e passei a enjoar sentimentos que quase me engoliram no passado. Tudo tem um tempo, mas por vezes galgamos barreiras invisíveis e forçamo-nos a dores que nunca deveriam ser nossas.

Sou um ser pragmático, de pés no chão e até colocaria mais 2 se os tivesse, no entanto quando amo sou de uma entrega que cansa, sobretudo a mim e de uma intensidade que me consome, mas acrescenta, porque ou é para valer, ou para brincar só à apanhada.

De repente olho para trás, para as lágrimas e para as palavras trocadas, impressas e eternizadas e fico eternamente desgostosa. Caramba que melodramática. Tanta procura do que está bem esparramado na cara que agora já tem outro brilho. Tanta insistência e vontade de ter razão. Tanta perda de tempo. 

"Vamos aligeirar"- Digo isto vezes sem conta, mas quando desato a sofrer por amor, desgasto-me com perguntas e procura encaixar todas as peças, mesmo que caia para o lado.

As lições valiosas chegam sempre na altura devida, nem 1 segundo mais cedo, precisamos apenas de nos dar tempo e de nunca querer remar contra marés vivas!

Hoje sinto que nada do que sentia lá atrás me voltará a perturbar, talvez porque tenha percebido que apenas eu, sozinha, cuidei de todo o enredo dum filme sem qualquer possibilidade dum final feliz

19.9.18

Como se cura o desamor?

setembro 19, 2018 0 Comments
believer in shade believer in silence and elegance believer in ferns believer in patience believer in the rain —  W.S. Merwin, from “Empty Water” in The Rain in the Trees, (Knopf; 1 edition, March 12, 1988)


Raios que partam os amores não correspondidos, porque são eles que nos forçam a dar demasiados passos atrás, questionando tudo o que já tinha sido avaliado e passando a olhar de lado para os que arriscam aproximar-se. 

Quem é que se lembra de culpar o desamor quando o amor nos foge? O que nos mata não é o muito que nos querem, mesmo que pareça demasiado. O que nos mata é a morte lenta a que nos condenam quando nos impedem de receber o que estamos prontos a dar.

Como se cura o desamor? Com muita paciência e não desistindo de tudo aquilo que nos compõe, porque nem sempre seremos nós a falhar, por vezes seremos apenas um prato demasiado cheio. O desamor é a reacção natural de quem não consegue legendar o que ouve. Não basta querer para que se consiga dar na proporção do que precisa quem parece precisar de nós. O desamor é a fuga para a frente e a única defesa de quem não quer ser magoado, por isso magoa primeiro.

"Desamem" os que amam demasiado. Recusem o que vos deixará frágeis e nas mãos de quem não saberá o que fazer com elas. Desarmem-se as barreiras que resolvermos baixar, porque apenas elas nos poderão proteger de quem "desama" mal começa a amar intensamente. Proíbam-se as palavras enganadoras e desenganem-se os que acreditam bastar amar para que o desamor não se instale. Aprisionem-se os que mantêm presos, com muito pouco ar que valha a pena respirar, quem só queria poder aspirar amor, devolvendo-o. Encontre-se antídotos poderosos que nos salvem do risco que corremos quando arriscamos amar e ficaremos todos a salvo, mortos, inertes e vazios, mas sem qualquer dor que valha a pena referir...

Foi uma mentira, sobretudo minha...

setembro 19, 2018 0 Comments
DorianJespers


Foi uma mentira sim, começou por ser, talvez não conscientemente, mas como me intrigavas tanto, porque te via como uma peça rara, com quem nunca, nas minhas andanças amorosas, me tinha cruzado, decidi que te conquistaria e fui bem sucedido!

Demorou, até para mim e quase que desisti, mas fi-lo várias vezes ao dia, regressando sempre com a curiosidade ainda mais aguçada. Quando te vi não foste o que esperava, eras mais, parecias maior do que eu, e não era na altura, tinhas um misto de força e de doçura que me enlouqueceram de imediato. Tudo em ti se encaixava, a forma altiva quando falavas de ti, segura e conhecedora, e os olhos caídos quando te elogiava, quando largava, inconscientemente, palavras que nem sabia conseguir pronunciar, estava maravilhado, aparvalhado, estava definitivamente apanhado por ti.

O primeiro beijo foi roubado, tentaste fugir, mas eu tinha planeado de que forma te deixar presa e incapaz de reagir. Senti os teus músculos retesarem-se, a pressão que fizeste nas cochas, receosa de que me atrevesse a tocar-te. Os teus seios ficaram tão próximos que os poderia ter esmagado de prazer, mas resolvi tirar-te o ar, preferi ver como beijavas quando percebesses que não haveria fuga, e o teu beijo veio, contigo, com toda a paixão que acabei a viver mais tarde. Senti do que eras feita e adorei todos os minutos em que estivemos assim, colados um no outro, apenas nós.

Foi uma mentira a relação que comecei, mas terminei irremediavelmente apaixonado, a amar da mesma forma que me amavas tu, mas como em tudo na vida, e sobretudo nas mentiras, acabamos sempre a pagar pelos erros e da forma mais dura. Quando percebeste que o meu amar era apenas isso, sem mais nada que o suportasse, sem quaisquer planos para poder ficar e construir alguma coisa contigo, saíste. Recusaste ser como eu, um ser pequeno e egoísta e tomaste uma das decisões mais difíceis da tua vida, abandonar quem amavas para continuares a ser a mesma mulher.

Dir-te-ia umas quantas verdades, agora se pudesse, mas percebi que o teu NÃO foi tão determinado quanto o és tu e a tua forma de amar. Vou continuar a respeitar-te pela capacidade que demonstras em querer o que é teu por direito e a não aceitares nadas. Vou continuar a amar-te, agora que já sei como fazê-lo, e vou continuar a culpar-me por não ter sabido manter a mulher que me mudou realmente. Pena que tenha sido tarde demais, pena que eu seja uma besta insensível e agora verdadeiramente sozinho, como fica quem não sabe o que significa dar tudo o que ainda teria para receber.

18.9.18

O que seria perfeito?

setembro 18, 2018 0 Comments
possibly the most beautiful eyes in the world


Por vezes escondo-me para que nada do que já considero ser demasiado, possa ser avaliado de forma errada Por vezes sei bem mais do que digo, mas escolho manter para mim o que aparentemente apenas a mim servirá. Por vezes espero, num desespero consciente, que venha alguém que me entenda, me leia e me impeça de esconder. Por vezes acredito, mas em muitas outras apenas sigo, eu mesma, com as defesas sempre em alta. 

O que seria perfeito era ter-te, como és, como te conheces e em cada um dos dias que guardas apenas para ti. Nada contaria mais do que a história que escreveríamos juntos, ao mesmo tempo e com a mesma entrega. Tudo se encaixaria sem qualquer esforço, se nos esforçássemos para não falharmos ao outro, não de vontade e não por pequenez e egoísmo. O que seria perfeito, no meio de tanta perfeição, porque é assim que nos vejo, era o acordar a dois e o adormecer acompanhado de sonhos, os meus e os teus.

O que seria perfeito, agora, se o recebesse? Os teus segredos, os que nunca contaste a ninguém. Os meus planos, entendidos e movidos a mais do que às certezas que carrego. Os nossos momentos, planeados e tão sagrados, que nenhum momento que não passasse por nós os impedisse. O que seria perfeito, neste momento, era aquele abraço, o que me está prometido e que virá de ti.