26.6.21

O que me define?

junho 26, 2021 0 Comments



Nunca mais voltarei a estar feliz na minha infelicidade, porque a partir do momento em que provei o doce sabor das escolhas, da liberdade e da determinação, passei a saber o que preciso de ser e de ter para que ninguém mos possa "roubar".

Os objectivos chegaram mal me conheci por gente e continuei a agarrar-me a cada um, confiante de que se os mantivesse na mente, também os acabaria por ter nas mãos. É sempre mais fácil saber para onde ir, aguardando apenas que o como nos surja de rompante, ou de forma tranquila e segura, o que nos servir melhor. Aprendi a programar-me e a fazer escolhas colocando-me na dianteira. Fui limpando o que me "sujava" a alma e tolhia os movimentos, mesmo que momentaneamente.

Nunca mais voltarei a desrespeitar a vontade com que acordo diariamente, porque os meus dias apenas seguem de forma serena se me serenar. Sou declaradamente mais afoita e curiosa perante o que me rodeia e talvez por isso mesmo me tenha apenas rodeado de almas boas. Nunca mais deixarei de dizer nunca aos que fingem não ouvir, porque eventualmente acabarão por me ouvir.

Joguinhos de sedução!

junho 26, 2021 0 Comments



É nesta altura que percebo que já passei para a outra fase da vida, ai que coisa...

Ter paciência para os jogos de sedução, estar disponível para fingir emoções, largar sorrisos e parecer, SEMPRE, que acordo linda e maravilhosa, ninguém aguenta. Esperamos tudo nos inícios, corremos e galgamos barreiras para chegar a tempo, antes do outro sequer pensar e para estarmos lá no alto, capazes e suficientemente empenhados para que a "coisa" se dê. Os jogos de sedução cansam a beleza até de quem acorda bonita. Temos horários definidos, timings para as respostas às mensagens e emojis adequados. Os dias arrastam-se pela pessoa que nos irrompeu vida dentro e mais nada parece ser necessário ou fazer sentido. 

Quando analiso as análises alheias, entendo que já deixei há muito de entender o que se deve ser e fazer, sobretudo para quem como eu já saiu de circulação.

Ter jogo de cintura para ouvir e dançar outras músicas. Ficar a saber do que jurávamos não dar a mínima importância. Parecer a pessoa mais culta e interessada, ou então simples e adaptável. Fingir que não nos importam os atrasos e que as distâncias são apenas números. Desvalorizar tudo o que fique no caminho e arremessar para bem longe as pedras grandes, não nos assustando com nada, porque afinal o "amor" supera tudo. 

Deus que me ajude e dirija nesta viagem, porque mesmo com GPS não me parece que encontre o caminho tão cedo.

25.6.21

A música na alma!

junho 25, 2021 0 Comments



Aprendera a tocar piano ainda uma miúda, mas o som das teclas dizia-lhe tanto e entrava-lhe tão dentro, que passeava os dedos por cada uma sempre que estava triste ou feliz. 

A música é um bálsamo para quem não se sossega sozinho. Os sons que nos movimentam o corpo, abastecem-nos a alma. Os ritmos que cada um descodifica à sua maneira, elevam-nos muito mais do que ambos os pés.

Sabia como dançar quase antes de andar com firmeza. Era desenvolta, esguia e determinada. Encontrava na música o bálsamo para todas as dores e nunca se mantinha triste demasiado tempo. Percebera bem cedo que a positividade nos torna mais bonitas, até aos olhos dos outros e assim foi, positiva, aguerrida e  cheia de sons que iam muito para lá das músicas que cantava e dançava.

Aprendera a tocar as músicas que sempre ouvira, ao colo do pai e reproduzia-as agora, segura e certa de que iriam permanecer na sua vida, definindo-a.

Até que a vida nos separe!

junho 25, 2021 0 Comments



De quanto dependes do teu significativo "outro" para estares bem?

Estou bem se estivermos bem. Estou miserável e infeliz se o "nós" se danificar. Não sei quem sou sozinha e mesmo gostando de estar casada e de me sentir protegida por ter alguém, precisava de voltar a ser apenas eu. Que estranho é perceber que vivi tantos anos sem qualquer medo da solidão, achando que me estava a armar das ferramentas certas. Estive na faculdade, fiz Erasmus, viajei por meio mundo e conheci outro meio, mas de repente, quando passei a ser apenas a mulher de alguém, mesmo sentindo que na maioria dos dias sou o ser mais miserável à face da terra, não me consigo divorciar.

Há muito que deixámos de partilhar a mesma cama e estamos em quartos que o outro não povoa. Comemos em silêncio e já quase que me esqueci da cor dos seus olhos, mas quando finjo não os estar a ver, vejo apenas um enorme vazio que quase me arrasta para bem dentro da sua alma, porque também ela deve estar exausta de tanto desamor. Para onde viajou a paixão que nos juntou? O que fizemos de todos os planos e desejos comuns de vida? Agarrámo-nos à educação dos filhos e cuidámos deles inteiramente, descuidando-nos. Algures num tempo que já perdi, perdemo-nos do amor que sentimos mal nos abraçámos e saboreámos o que nos parecia ser apenas um beijo de muitos.

Do que precisas para deixares de depender do outro e passares apenas a precisar de estar bem para te dares na proporção certa?

24.6.21

Vive com significado!

junho 24, 2021 0 Comments



Procura viver uma vida com significado, sentindo intensamente cada emoção, por mais pequena e permitindo que a alegria e os sorrisos te invadam de forma natural e sem esforço.

O que temos por aqui, neste pedaço de mundo, é mais do que o suficiente para que nos enchamos de todas as energias, vontades e desejos possíveis. Em cada esquina uma descoberta. Em cada nova decisão uma escolha definida. Em todas as passagens caminhos a definir e a encontrar.

Não podemos querer apenas ser, mas sem conteúdo relevante, vegetando emocional e espiritualmente. Não devemos deixar nada por fazer, passando apenas por pessoas às quais deveríamos reencontrar, porque já as tivemos. Não precisamos de carregar mais peso do que aquele com que nos atiram mal nos sabemos por gente.

Procura pelo que está pronto a ser encontrado e nunca te distraias ao ponto de deixares passar mais um dia sem o teres realmente vivido.

O que podemos esperar, ainda, das relações?

junho 24, 2021 0 Comments



O que podemos esperar, ainda, das relações?

Sabemos que já nem tudo passa pela assinatura de papéis, mas na realidade a vida a dois ainda parece comportar alguns estereótipos, no que diz respeito às mulheres sobretudo, mesmo pressentindo que acabarão quebrados, um a um. Quem faz o quê, quando? Qual os dois tem que se chegar à frente para que tudo esteja organizado? Quem precisa de se dedicar mais à casa e à família?

Ui que vem aí bomba! A grande maioria das mulheres da nova geração não aceitará, de nenhuma forma, que se espere pelo que não pretendem dar. Desejam e consideram ter direito às escolhas e decisões que as incluam. Já não entregam nas mãos dos outros o seu futuro e vivem o presente de forma mais planeada e consolidada.

O que podemos esperar dos que já carregam uma agenda muito própria, mas que arrisca deixar o mundo num frágil equilíbrio de géneros? De que forma nos estamos a preparar todos para as enormes mudanças que ainda estão por chegar? Para onde planeamos ir, homens e mulheres, se os destinos já vão sendo tão pouco comuns?

23.6.21

Como vês o teu passado?

junho 23, 2021 0 Comments



A forma como sentimos que algo aconteceu no passado, passa mais pela nossa percepção do que pelos eventos em si.

Sentirmo-nos bem no agora, não esperando por nada do futuro, liberta-nos de sentimentos que apenas serviriam de barreira à evolução. Deixar ir o que não tem que nos influenciar. Aceitar que as energias dos outros, nos passam informações que nem sempre são bem-vindas e que ao elevarmos as nossas emoções sincronizamo-las e é nelas que devemos prestar atenção.

As pessoas que estão infelizes ou zangadas com elas mesmas, zangam-se e infernizam os outros, porque se focam nas suas dores e não conseguem ver para além disso. As que estão bem consigo e que aprenderam a amar-se e a largar as frustrações, desejam o melhor aos outros e escolhem não viver no que as magoaria, arrastando um passado que apenas forçaria as fronteiras, limitando-as.

Não podemos viver em falta, querendo que o "muito" chegue no futuro para nos sentirmos BEM. Não devemos deixar de nos ligar ao nosso amor pelo futuro, agora, superando a sensação de que não somos dignos ou capazes de algo. Muitos meditam para atingir este estágio, outros mantêm-se apenas atentos a tudo o que têm, fornecendo ao corpo as emoções a que se agarrará e na qual funcionará sempre, sem falhas, nem maleitas.

A forma como escolhemos ser para nós enquanto o somos para os outros, diz muito do nosso processo evolutivo, emocional e espiritual. Felizmente que não é finito, porque o prazer que retiramos de cada novo degrau superado, deixa-nos tão elevados e resistentes, que o caminho inevitável só poderá ser o da felicidade.