6.8.21

Sossega a alma e aprecia a viagem!

agosto 06, 2021 0 Comments



Arranja forma de sentires o que imaginas e de viveres o que já te envolve diariamente, tornando-se natural e expectável. Repara o que se danificar e deita fora o que já não tiver lugar nem fizer sentido. Avança para não sentires a tentação de recuar, mas recua na decisão de levares todos contigo, porque inevitavelmente uns quantos ficarão para trás.

Não encontro forma de entender os que dizem já saber tudo, vendo-os rejeitar o que lhes melhoraria substancialmente os dias. Não encontro qualquer nível de tolerância para com os que se queixam de tudo e de todos, mas que nunca se usam como espelho, regra geral semeando sementes mortas. Não encontro explicação para o que nos arremessam os zangados da vida, insistindo em nos afastar do que para nós já tem uma cor clara e definida.

Está contigo e no teu lugar sem esperares demasiado dos outros, mas exigindo tudo de ti. Coopera com a tua vontade de melhorar e melhora para que te chegue bem mais do que já atrais. Não te vendas por pouco e deixa de comprar o que não te serve apenas para agradares. Olha para ti de cada vez que tiveres dúvidas acerca do que te impingem os outros e percebe que já estás onde é suposto, porque para isso trabalhaste. Sossega a alma e aprecia a viagem!

5.8.21

A vida é mesmo engraçada!

agosto 05, 2021 0 Comments



A vida é deveras engraçada e tão incrivelmente fácil, mas já nós complicamos o simples, vendo apenas as pedras ao invés da areia lisa e escolhendo o que nos deprime e impede de simplesmente viver!

Amores que nos magoam. Lugares que nos deixam a sentir presos; Choros que não explicamos, quando afinal as situações até nos deveriam arrancar sorrisos; Pessoas a quem damos mais importância do que aquela que temos, momentos vividos à pressa e avalizações totalmente sobrevalorizadas. 

Talvez seja suposto complicarmos para aprendermos a descomplicar de forma natural, respeitando o progresso que formos capazes de fazer. Talvez os programas com os quais nos enchem a mente já estejam demasiado batidos e por isso provoquem mais danos do que benefícios. Talvez tenhamos tão somente que aprender de que forma correr quando já soubermos caminhar bem.

Nada como a vida a passar para que coloquemos tudo em perspectiva e paremos de empolar o que nem tem matéria que nos deva prender a atenção. Crescer seguramente que será isto e bem mais e o nosso papel, daqueles que evoluem e crescem sem demasiadas marcas, é o de desmistificar os percursos que os restantes poderão trilhar sem as eternas dúvidas existenciais. Nada como já ser capaz de olhar primeiro para dentro, colocando de forma firme ambos os pés no chão e convencendo o resto do mundo do papel que pretendemos desempenhar. Nada como fazer escolhas conscientes e aprender o lugar de cada peça do puzzle, porque mesmo nunca tendo de imediato a imagem final, seguramente que passaremos a conseguir ver muito para lá do agora.

A vida é feita de tantos momentos quantos os que nos dispusermos a viver sem demasiada resistência. A vida é composta por uma linha do tempo perfeitamente delineada e a ti só te cabe segui-la sem imposições e estratagemas que não te dizem respeito, porque uma vez fazendo o que te cabe, caberás inteiro nos planos do mundo.

4.8.21

Como acordo todos os dias?

agosto 04, 2021 0 Comments



Não acordo todos os dias cheia de coragem e propósito, mas desde que coloco os pés no chão e me dou tempo para pensar no que me move, mudo de imediato o chip e desato a cuidar-me por dentro, preparando-me para o efeito exterior. Já vou cada vez menos ao passado e até me permito esquecer do que antes me parecera tão importante. Não sei muito mais do que já sabia, mas continuo a evoluir na minha passada, sabendo esperar pelo que acabarei por conquistar. Já não ouço as mesmas músicas, encontro-me com umas quantas novas que usam das palavras que melhor me reflectem hoje.

Mais de meio ano se passou neste cenário de catástrofe colectiva, mas 2021 tem sido, de longe, o melhor ano do meu meio século de existência. Estou MESMO em cada momento e lugar, não apresso a vida, ao invés vivo-a com a consciência de que serei e terei tudo o que for capaz de antecipar. Caminho diariamente, fazendo os 10 quilómetros propostos, sem interrupções nem desculpas e descubro habilidades e lugares que antes apenas via passar na minha linha do horizonte. Sou bem mais tranquila, generosa comigo e inflexível com os que me roubam a paz. Sei exactamente quem sou e do que necessito para nunca mais precisar de me justificar, não sobre as minhas escolhas e decisões. O meu coração de mãe está mais pleno de emoções que desconhecia, porque passei demasiado tempo apenas a cuidar, mas agora permito-me usufruir das conquistas de cada filho, da sua maturidade e discernimentos. Deixei de ter dúvidas quanto ao que lhes proporcionei, porque a verdade é que têm TUDO o que necessitam para serem as pessoas que me propus criar. O curso intensivo de amor no qual me matriculei mal nasceram, tem-me enchido de créditos que poderei resgatar até ao final da minha "caminhada". Fui passando com distinção a cada exame e mesmo que a vida não tenha um roteiro final, porque até quando já não estiver estarei sempre, sei que me tornei mais hábil na leitura das legendas e interpretação dos sinais.

Não acordo todos os dias de sorriso em riste e convicta de que a minha decisão de permanecer sozinha é a mais acertada, mas de cada vez que me permito duvidar, lembro-me do muito que me proporciono e do quanto é difícil encontrar quem se encontre comigo e me siga as passadas, sendo tão resolvido e pleno quanto me considero. Não acordo todos os dias a saber ao que me saberão os dias de solidão quando já não tiver como voltar atrás, mas porque me foi dada a capacidade de escolher, escolho decidir com base no que me diz o coração agora.

2.8.21

A Matrix é tramada!

agosto 02, 2021 0 Comments



Os programas primitivos condicionam-nos e forçam-nos a dizer e a fazer o que não devemos, sendo na maioria das vezes desagradáveis e controladores.

A necessidade de controlo sob o outro, deixa vir ao de cimo o lixo de que muitos são feitos e por isso mesmo derramam-no sob os mais distraídos. Vou-vos deixar alguns cenários habituais para que me entendam:

Cenário 1 - Então miúda, quando te casas? És tão bonita, os homens devem estar distraídos e olha que a vida boa é a de casada, vais perceber isso mais tarde.

Cenário 2 - Então miúda onde vais com tanta pressa?

- Vou para casa adiantar o jantar que o Pedro está quase a chegar.

- Pois é, a vida de casada é uma chatice, abusam de nós, ficamos sem tempo para nada...

Cenário 3 - Estás mais gordinha, olha que te fica bem, mas só não te deixes engordar mais, porque já estás no teu limite e acabas feia.

A necessidade de controlo, faz com que se tente opinar sobre tudo, achando que o que se sabe é que está certo. A pessoa que te disse que ficas melhor loura quando estás morena, é a mesma que te diz que ficas melhor morena quando estás loura. A nossa responsabilidade está em não ceder às pressões sociais, fazendo o contrário do que os outros entendem por certo e retirando-lhes o poder. Não temos que negar o nosso agora, distanciando-nos de nós, só para agradar aos outros. A vida também é sobre cedências e tolerância, mas apenas para com indivíduos conscientes e que nos tratam da melhor forma possível, não para quem for um controlador ambulante.

O único conselho que me apraz deixar, é o de mandarmos para as cucuias quem apenas sente necessidade de controlar para estar bem. De que forma é que a minha vida pode afectar, positiva ou negativamente o outro? O que acontece contigo se eu estiver mais magra ou mais gorda? Certamente que NADA. Então quem te dá o direito de me abordares com opiniões desagradáveis se nem sequer me pus a jeito? 

Se me disserem o que não devem, garanto-vos que vão ouvir o que não querem, porque do meu presente e estado de alma, cuido eu!

1.8.21

Quem é que que aceita o mal declarado?

agosto 01, 2021 0 Comments



Quem é que sente vontade de voltar ao que não tem sabor, é difícil, desgastante e incompleto? Quem são os loucos que dão segundas chances aos desamores, às dúvidas e aos males de alma? Quem é que se devota à escuridão depois de ter visto a luz, aceitando de volta palavras vazias e sem sentido? Pois, provavelmente ninguém e a isso se chama evolução, emocional e espiritual. Se não nos cuidamos a tempo inteiro, ouvindo com atenção o que nos pede o corpo e respeitando o coração que por norma bate de forma compassada quando é respeitado, os males entram e instalam-se.

Temos todos um lugar que nos serve e faz sentido. Temos raízes que gostaríamos de manter, mas não sendo árvores e a cada dia mais forçados a mudar, aceitamos que as mudanças nos melhorem e ensinem o que faltava. Temos, alguns de nós, razões para impedir que a razão alheia nos perturbe demasiado. Temos o que somos capazes de criar.

Quem é que nos ensina a respeitar o que nos pertence, o corpo e tudo o resto que o mantém a funcionar de forma saudável? Nós em primeira e última instância!

31.7.21

Quais são os teus defeitos?

julho 31, 2021 0 Comments


Há quem diga que até os defeitos devem ser mantidos e relembrados, não vão os mesmos ser o que nos sustenta o edifício interior, mas permitam-me discordar, porque na minha perspectiva, um defeito nunca poderá trazer benefícios a ninguém e muito menos segurar-nos para que não quebremos. Quando admitimos ou reconhecemos um defeito, o passo seguinte será lapidá-lo até que se reestruture, ou mais fácil ainda, eliminá-lo por completo. O chip que nos inserimos, usando de inúmeras desculpas para o manter e receando perder a única identidade que conhecemos, leva-nos a adiar o errado, recorrendo a histórias que contamos a nós mesmos e acreditando piamente na sua verdade.

Até que consigo entender os "defeituosos" crónicos, é que a sua eterna imaturidade inibe-os de remexer no lixo emocional, catalogando-o e transferindo-o para os depósitos certos. Não aprenderam a reciclar e por isso permanecem apegados ao mal que conhecem, acordando e adormecendo mais seguros da única pessoa com a qual sempre se identificaram e temendo a sua mutação, porque o novo assusta.

Somos humanos e por isso todos carregamos defeitos, alguns serão apenas pedrinhas sem relevo, mas já outros, abrem crateras existenciais e vetam os designados ao exílio social, carimbando-os para a eternidade. Assim sendo e porque pretendo ser lembrada pelo bem que produzo, ou pelo mal de que me abstenho, presto muita atenção aos meus defeitos e trabalho-os até que se esfumem e me restaurem. Crescer e manter a passada que terá que nos levar a algum lugar aprazível, tem como regra a identificação de tudo o que nos compõe e será sempre escolha nossa reavaliar e melhorar, ou manter e morrer de más intenções.

30.7.21

Os saltos de fé!

julho 30, 2021 0 Comments



Os saltos de fé. As certezas no incerto, mas que nos sabem a tanto e que fazem o sentido que precisamos para acreditar. Os motivos que encontramos quando já sabemos quem somos e a sabedoria que nos envolve de cada vez que temos as palavras que soam bem.

Tudo o que recebi e me foi chegando, era exactamente o que precisava para me exceder nesta procura eterna pela melhoria e crescimentos. Cada pessoa, lugar, situação invulgar ou mais comum, tudo, mas mesmo tudo, veio recheado do que me acrescentou o bastante para que me bastasse no futuro que antecipo a cada dia mais sereno, até na sua inevitável imprevisibilidade. Todos os amores que me envolveram e lamentavelmente foram poucos, passaram-me os sabores que deverei ter quando o amor de amanhã me bater à porta e for recebido com os sorrisos da alma que mantenho clara, limpa e pronta. A aprendizagem que não descarto e que me atira para mais um degrau acima, já não é vivida ou respirada a ferros nem com pesos que não possa carregar.

Os saltos de fé que ultimamente dou, acreditando que já sei o bastante para não me "esborrachar" nas aterragens, são cada vez mais leves, mais simples e mais naturais, são os meus e estão na fila das escolhas, mas com a contagem certa.

Nada do que me doeu antes deixou marcas permanentes, nem me danificou para me encolhesse a um qualquer canto enquanto a vida seguia na sua passada, totalmente alheia aos meus quês e porquês. Nada nem ninguém alguma vez teve o leme do meu veleiro e ele foi seguindo ao sabor do meu vento, parando para que admirasse a pessoa que me tornei, mas continuando a viagem para que ainda possa ter o que me falta.

Os saltos de fé é que nos definem, uns dão os que precisam para saberem o que na realidade é importante, mas outros haverá que nunca sairão do mesmo lugar emocional, receando o que poderiam descobrir sobre si mesmos.