8.1.22

Que importância dou aos doridos desta vida?

janeiro 08, 2022 0 Comments

A importância que actualmente dou aos que respiram negatividade e são mais amargos do que fel, é nenhuma, porque desisti de querer avaliar, pesar, medir ou sequer entender o que os magoa tanto, ao ponto de apenas quererem ver dor por onde passam. Já lhes consigo desejar uma viagem mais leve, sem tantas grilhetas nos pés e com algum amor à mistura, o mesmo que de imediato destroem mal o encontram, porque considero que a pena é um sentimento demasiado duro e redutor. Ultimamente já não esbarro em tantos assim, até porque nas minhas caminhadas vejo basicamente árvores, água e caminhos que ainda percorro de volta, para minha sorte e restauro interno, mas não deixo de saber duns quantos que continuam a arrastar as línguas para fora da boca, varrendo o que na verdade os deveria conduzir.

O mundo é redondo, não me canso de o dizer e desenganem-se os que julgam que algo ou alguém superior a nós se esqueceu de lhes devolver o troco, porque ele vai chegar, oh se vai! Para ser sincera, considero que o tal do Universo, Deus, ou que entenderem chamar, seria mais bem-sucedido se devolvesse de imediato, tipo bofetada ou grito bem dentro do ouvido, a malvadez gratuita, porque quando a paga chega, por norma tendem a esquecer-se da origem e isso é contraproducente. É exactamente o que me acontece com as crises de vesícula, se as tivesse mal comesse o que não devo, seguramente que me continha. 

Ai gente do meu planeta e arredores, tratem de fazer uns retiros, meditem, revejam e analisem o que estão a espalhar na terra que araram, é que se foram sementes de abóbora, asseguro-vos de que não irão nascer pepinos, ou qualquer outro vegetal. Retirem as palas dos olhos e deliciem-se com o que já existe à vossa volta, mas que não conseguem ver por escolha e cuidem do coração que tanto massacram, porque ele não vai bater para sempre.

7.1.22

Que a estrada me saiba quando me levar...

janeiro 07, 2022 0 Comments
Sue Amado´s photo


Continuo a olhar para a estrada que me impele a cumprir objectivos propostos, esperando que ela saiba para onde me levar, tirando-me do lugar que deixei de sentir como meu. Continuo a desejar que o desejo se transforme em algo mais concreto, e aprendendo a saber esperar!

O que é que te dou?

janeiro 07, 2022 0 Comments

Trazes-me o que sozinha não teria forma de conseguir. Não me complementas, porque não é essa a tua função, mas vens com as tuas experiências, o carácter, os olhares do que apenas tu viste e com o mesmo amor que te devoto. A tua paciência sossega-me e os silêncios que me ofereces nunca são ruidosos, sei sempre que mesmo calado estás atento ao que preciso e que os teus abraços me asseguram de que nunca ficarei sozinha.

Apenas agora consigo responder à eterna questão "o que esperas duma relação?" porque foi através de ti que o entendi. Passei a querer o que representas e percebi que juntos somos o que individualmente ficaria aquém do desejado. A pessoa que a nossa pessoa reconhece e aceita, é feita de tantas histórias que merecem ser ouvidas, mas de muitas outras que nunca deveremos contar, porque cuidar é saber o que dizer e quando calar. 

O respeito que me ofereces é-te devolvido na íntegra e cresce nos dois a admiração perante o que nos tornamos quando e sempre que juntos. Sabes sair quando preciso dos meus momentos e estás pronto e disponível quando tenho que beber de ti, porque arranjas sempre forma de fortalecer as minhas forças e de me impelir a continuar na passada que me imprimo diariamente.

Trazes-me tanto depois de ter desejado, mas recebido tão pouco, que só posso esperar ter igual quantidade para te dar.

6.1.22

Porque não podemos continuar iguais?

janeiro 06, 2022 0 Comments



O que há de errado em querer que tudo permaneça igual e que até as pessoas que "perdemos" ainda estejam por aqui?

Mudar, deixar o velho para trás e seguir viagem faz-nos crescer, mas força a que tudo o que nos era familiar e permitia a sensação de lar, naturalidade e certeza, nos abandone para sempre. Saber que a porta de casa tem outro número, que na rua de sempre já não chamamos pelos nomes que nos sorriam de volta e se lembravam de tudo sobre nós; Perceber que o que tomávamos por adquirido afinal nos fintou e levou para o futuro, mas não como o imaginávamos, faz tremer o chão.

Porque é que não podemos simplesmente ouvir as mesmas canções, dançando-as com a mesma desenvoltura de quem apenas se queria mover, divertindo-se?

De repente somos adultos, envelhecemos e já vemos surgir as mechas da cor que antecipam o começo da viagem final. Do nada passamos a olhar mais para as fotos que não revelavam o que hoje sabemos e que lá atrás nos teriam roubado uns quantos sonhos. No que nos parece tão somente um minuto, a nossa força, coragem e capacidades de abraçar qualquer mundo, esvaem-se e com elas a certeza de que nunca mais poderemos voltar atrás.

Porque é que de repente consigo ver tudo o que já fiz, o que tanto desejei e acreditei conquistar, e sentir que só tenho vontade de voltar a casa e lá permanecer até aprender a saborear devidamente o que me iria fugir pelos dedos?

Sei que nada é igual e não importa se melhor, porque já consigo valorizar o que representava a pessoa que hoje também se dá o direito de olhar para o passado e sentir saudades!

5.1.22

Quando somos dois...

janeiro 05, 2022 0 Comments



Quando somos dois, nunca terminamos da mesma maneira, usando igual velocidade, ou sequer vendo o que o outro há muito percebeu. Quando as relações ficam pelo caminho, passamos metade do nosso tempo útil à procura "do" culpado e na verdade nunca se trata de apenas um, como eventualmente aprenderemos, se não nos mantivermos de olhos vendados.

Quem ainda acreditar que o amor resolve tudo, ponha o dedo no ar! O que na realidade nos permite continuar, fazendo todas as viagens de ida e volta necessárias, é o tempo que nos devotamos, todas as palavras que repetimos para que possam mesmo ser ouvidas e os olhares que terão que se encontrar diariamente para que nunca se deixem de ver.

Quando somos dois, temos que fazer por perceber quem é quem na relação e o que cada um precisa de aceitar para que assim nos mantenhamos. Quando uma das metades inteiras deixa de se identificar com o que aparentemente as juntou, a separação será a única solução. Não existem fórmulas que nos evitem as dores, mas a longo prazo, o que for decidido pela razão, deixando o coração a fazer apenas o que faz melhor, que é bombear sangue, salvaremos duas pessoas de uma prisão emocional, que a eternizar-se, provocará danos irreparáveis.

Quando somos dois, também precisamos de saber de que forma preservar cada um.

4.1.22

2022 here I go!

janeiro 04, 2022 0 Comments
Sue Amado´s photo


Vamos aproveitando os dias de sol, para que nos abasteçamos do que nos fará falta nos mais escuros. 2022 será o ano dos inícios e recomeços consolidados.

A tranquilidade das escolhas conscientes!

janeiro 04, 2022 0 Comments



Existe uma tranquilidade que se instala com o fim da espera e os dias passam a nascer e a terminar sem sobressaltos nem desejos que não se concretizam.

Amar é bom, sou a primeira a concordar, mas os caminhos sinuosos do amor deixaram de fazer sentir saudades de o ter. Deixei de me querer explicar e de precisar de me posicionar perante quem muito provavelmente não vibrará na mesma energia. Tornei-me bem mais consciente do que necessito para ser feliz, estando em paz, e por isso renego, hoje mais do que antes, quem apenas me fará pesar a "mochila" da vida. Ser dona da minha vontade, controlando o que escolho sentir e até onde permito que cheguem, deixou-me com tempo para cuidar de mim, não descurando nenhum ponto. 

Gostar de mim, mas sem ser narcizista, porque ainda levanto os olhos para os que comigo se cruzam, foi o que passei a fazer melhor. Aprender a descodificar emoções, palavras e reacções precisa de tempo e agora uso-o adequadamente. Ler nas entrelinhas através dos silêncios que antes eram tão ruidoso, fez-me perceber que já não preciso de vocalizar tudo o tenho dentro, até porque escrevo.

Existe uma paz possível e bem-vinda agora que já não permito que me interrompam a passada ou que surjam numa qualquer esquina sem aviso prévio. Existe uma sabedoria que se cola quando passamos a ter o leme nas mãos e as viagens já só se iniciam e terminam por escolha própria.