31.8.22
30.8.22
De que forma fico quieta?
Estar quieta, usufruir do silêncio e parar de lutar contra o mundo, é tão restaurador quanto uma longa noite de sono. Estou cada vez mais capaz de aceitar o que me chega, acreditando que é o certo e que só poderá ser no "agora". Sinto-me mais resistente a embates que nunca terei forma de controlar e controlo a cada dia o que já sou, respeitando o que tanto apregoo. Ouvir os sons que os outros parecem abafar com palavras vãs, tem-me tornado mais recetiva a tudo o que preciso mesmo de ouvir. Sei de que forma vou sentir a chuva mal chegue e como permito que o sol me toque sem que me fustigue demasiado. Estar quieta também me deixa a respirar de forma descompassada se a mente viajar demasiado veloz, mas apenas acontecerá pelo tempo que me permita fugir da realidade que ainda é demasiado nova para ser aceite. Estar quieta tem trazido ao de cimo o melhor de mim.
Já fui contestatária, demasiado opinativa e uma acérrima defensora dos direitos que decidi adquirir. Já fui a que dizia sempre o que fazia sentido aos outros, ouvindo-os para lá do tempo que me devotava. Já fui muito pouco tolerante, mas decidi tolerar a minha eterna capacidade de querer ser melhor hoje do que ontem e passei a aceitar quem escolha nunca mudar. Já fui muito em pouquíssimo tempo, mas passei a ser muito mais sem qualquer correria desenfreada ou necessidade de validação.
Estar quieta enquanto vejo os que correm sem que saibam exatamente para onde, deixa-me ainda com menos vontade de não apressar o que apenas será bem feito se for convenientemente ouvido e entendido. Estar quieta não significa que tenha desatado a permitir tudo, ao invés sinto que já entenderam que apenas permito o que me mantém a paz.
28.8.22
Final de mais um dia!
Quem é a tua pessoa certa?
Não existe apenas uma pessoa certa na nossa vida, ao invés acredito que as pessoas certas acabarão sempre por chegar nos momentos em que nos fizerem mesmo falta!
Hoje estás aqui e eu contigo. Hoje gostamos do sabor que cada um passa e que seguramente não se assemelha a mais nenhum outro. Hoje o teu toque permite-me sentir todas as partes do corpo que já te pertence. Hoje amamo-nos porque nos soubemos reconhecer.
Não sei ao que sabe o "para sempre", mas em cada começo e recomeço sei saborear o que tenho pelo tempo que o tiver. Consigo usufruir bem mais da viagem, focando-me menos na chegada, até porque ela poderá deixar de ser a mesma, no entanto a minha mente ainda teima em controlar o coração menos protegido. Planeio muito de mim, tendo-me dentro, mas deixei de esperar por planos alheios, até porque nunca os conhecerei inteiramente. Sou mais resistente aos embates e encontro, mais facilmente e quase sem danos irreparáveis, razões que a razão desconhece para que o que tanto desejava não chegue. Não sei tudo, nem tenho pretensões, mais sei bem mais de mim e do que me move, por isso movo-me sempre na direção que me faz sentido.
Quem é certo vai saber como te confirmar o que por vezes nem a vida se atreve e é nessa altura que te sentes sossegar, sentindo tão naturalmente quanto respiras. Quem é certo nunca te permite ter dúvidas. Quem é certo não te muda, mas deixa-te com vontade de mudar tudo. Quem é certo conquista-te com poucas dores e mantém-te sem qualquer esforço. Quem é certo sê-lo-á pelo tempo que o tempo de ambos permitir.
27.8.22
O que passou a ser prioritário?
O meu bem-estar interior passou a ser verdadeiramente prioritário, porque quero ser capaz de escolher diariamente o que me deixa mais perto dos objetivos a que me proponho. Quero decidir tudo o que me melhora, mesmo as coisas mais pequenas. Quero não ter que me explicar, sobretudo quando já sei o que faz sentido para mim.
26.8.22
I agree!
Inteligência emocional procura-se!
Quem é que nos deveria ensinar a lidar com as emoções, impelindo-nos para o crescimento emocional que inevitavelmente fará de nós adultos mais seguros e determinados?
Tanto que percebi pela intuição e bom senso, mas tanto que poderia ter feito de ainda mais válido, se soubesse, quando os meus filhos eram de tenra idade, tudo o que aprendi e hoje vejo com enorme clareza. Os erros, as dores que se verbalizam e as incapacidades que se melhoram, se para isso nos derem oportunidade.
O que podemos fazer para resolver, juntos, o que te surgiu agora? É a nós, pais, que cabe colocar uma criança a pensar, a tirar conclusões, mas de forma dirigida e acompanhada, isso sim é educação, mas que exige obviamente paciência e habilidade emocional.
Quem é que se responsabiliza, mais tarde, quando supostamente já somos autónomos, por tudo o que não adquirimos, pelas consecutivas escolhas erradas, pelos medos extrapolados, ou por todo o arrojo desmedido? Feliz ou infelizmente, a infância reflete-nos e direciona-os, mesmo que disso não tenhamos consciência. A incapacidade de auto regulação que é inata nas crianças e que origina as birras, os choros desesperados e os medos, só poderá ser travada se o apoio, sobretudo materno, tiver funcionado, de contrário seremos confrontados com adultos inseguros, sem travões, ou demasiado amedrontados.
Olha para ti hoje e percebe o que te move, quem és como ser humano, o que te faltou ou recebeste na proporção certa. Entende que já nada podes fazer para mudar os teus primeiros e cruciais anos de vida, mas reajusta, cresce emocionalmente e sara as feridas que ainda manténs abertas. Quando cuidas da tua inteligência emocional, a tua intuição dispara, tal como a capacidade de tomada de decisões. Passas a usar adequadamente o NÃO e NUNCA mais toleras o desrespeito ou os abusos, quaisquer que sejam.
Que não te restem dúvidas quanto ao papel que os teus pais ou cuidadores desempenharam na tua infância, mas que não te permitas desistir do poder que hoje carregas e que fará de ti a pessoa que todas as outras irão querer ter por perto, porque a isso sim se chama inteligência emocional e ela importa mais do que qualquer habilidade que possas ter adquirido.
Que haja motivação!
25.8.22
Quais são os teus medos?
Os medos, os tais que chegam quando menos precisávamos e quando até já parecíamos ter sido convencidos. Os medos terão talvez uma função definida, mas que nos poderão atrasar os passos, fazendo-nos recuar nas decisões que já tinham sido tomadas e até de forma acertada. Os medos deverão ser lidos e entendidos, porque as razões até poderão estar disfarçadas, mas serão tão ou mais válidas quanto nos esforçarmos por as contrariar.
24.8.22
O amor tem várias formas !
Esbarrámos literalmente um no outro. De repente e em apenas alguns minutos, tudo estremeceu. As minhas fundações, aquelas que julgava firmes, sólidas e seguras, abanaram e mostraram-me como se pode ser realmente frágil e vulnerável.
23.8.22
True colours!
Será que se espera?
Ainda não sei e muito provavelmente nunca chegarei a saber, se esperamos mesmo por alguém, pela pessoa certa, ou se apenas seguimos a corrente recebendo o que estivermos preparados para ver!
22.8.22
Algures na noite!
Continua a fazer escolhas!
Quando não lidas bem com o outro, é porque não estás a saber de que forma lidar contigo!
Dá-te amor e recebe todo o que te é reservado. Abraça até que te doam os músculos, mas a alma sossegue e o coração deixe de ter dúvidas. Beija, beija muito e sente na tua boca os lábios que te regarem do doce sabor da vida e dança ao som das músicas que te movem para além do que já sentes dentro. Sê diferente, mas sempre igual ao melhor de ti e espalha aos quatro ventos tudo o que acumulaste e poderá servir aos outros tal como a ti mesma.
Quando desistes rapidamente achando que te estás a proteger, apenas recuas ao invés de avançares na direção do que te espera e te pertence.
Recebe sem cobranças. Aceita, com a mente aberta o que até sabes ser certo. Ouve as palavras que tantas vezes repetiste e guarda-as porque também te são dirigidas. Abre as mãos para as que se envolverão nas tuas com determinação e assegurando-te de que serão para o sempre possível. Vai sem rotas definidas ou sequer antecipadas e volta apenas quando te sentires cheia do que te permitirá continuar amanhã, depois e mais um dia, até que nos restantes mais nada te reste do que ser feliz.
Quando achares que ainda não estás pronta, pensa outra vez e quem sabe a segunda volta já trará o que sabes ser teu.
Chora se rir já não for possível, mas usa as gargalhadas quando chegarem, para que te continues a sentir viva, válida e capaz de ainda tocar alguém. Acredita até quando duvidares, mas nunca duvides do que conseguires sentir, redireciona-te apenas e recomeça do ponto que já tomaste como partida, partindo para a viagem que terás que fazer se realmente quiseres concluir o que te trouxe aqui. Deixa-te ir uma vez que seja e sê o que te der na real gana, mas depois volta para que tenhas ainda mais, porque afinal de contas até mereces.
20.8.22
Vinte e uma primaveras!
Há muito pouco que uma mãe não consiga fazer quando é movida a amor e quando o que sente por um filho é TÃO natural e incondicional, que lhe basta um sorriso sincero para que todos os seus supostos "dramas" se esfumem!
Ontem, dia 19 de Agosto, o meu caçula fez 21 anos e não poderia estar mais feliz perante a possibilidade de usufruir inteiramente de um dia que já acrescentei ao meu calendário de memórias. Tanto que aprendo com os seus silêncios, com o respirar que já sei descortinar, porque nem sempre é agitado e com todos os sorrisos que esconde do exterior, mas que lhe enfeitam os olhos para os quais nunca me canso de olhar. É o terceiro duma linha que me tem enchido de orgulho, porque se tornaram todos BEM maiores do que alguma vez juguei ser possível. O Eduardo foi igualmente abençoado com dois irmãos que o guiam, protegem e amam de uma forma tão bonita, que o meu coração já vai conseguindo sossegar perante o escudo visível que se forma por laços que apenas o sangue consegue. O meu papel é bem mais suave agora, porque estou ladeada de homens incríveis que me certificam de que fiz exatamente o que deveria, quando era suposto e com a enorme sabedoria que acreditava possuir, mesmo que duvidasse sempre, não de mim, mas do que o mundo lhes forçaria e forçará a cada dia.
Já não desvalorizo o importante, mas deixei de valorizar o que importa tão pouco, que consigo finalmente saborear todos os minutos, estando apenas no presente e sabendo que o futuro só poderá reservar-nos mais do que somos todos capazes de dar. O nosso pequeno núcleo começa a crescer e estou segura de que apenas virão os que já carregam o amor que ampliará o nosso.
Parabéns meu filho, por ti e para ti, sou e serei sempre a mãe que escolheste.
18.8.22
17.8.22
Leva-me para casa!
Leva-me para casa. Segura-me as mãos e diz-me que vai tudo ficar bem. Aperta-me forte nos braços que sempre me abraçaram mais do que o corpo que sinto frágil e sem que o reconheça, porque me susteve corajosamente todo este tempo. Leva-me para casa, mesmo que não saiba o que representa e que morada escrever para que me reencontre enquanto finjo não estar em lugar nenhum. Tira algum do peso que me verga os ombros e mantém-me de pé, porque não posso cair, não ainda e sobretudo não agora. Leva-me para casa já que pareces saber onde fica e até dizes ter-me reconhecido enquanto abria a porta que o meu coração tanto desejava fechar. As janelas já não pareciam deixam passar a luz e as cores das paredes, as de dentro e de fora, estavam a escorrer como se o quadro tivesse sido mal pintado, mas foi assim mesmo que me viste e tens sido tu a manter-me acordada, até quando os sons não me chegam, ou acabam por ser tão altos que nem ouço o coração bater. Leva-me para casa enquanto consigo quere-lo, querendo que o que me afastou me deixe regressar. Leva-me para casa, nem que seja ao colo, mas não me deixes continuar por aqui, assim, muito mais tempo.
16.8.22
Nunca sabemos nada!
Nunca parecemos saber o suficiente e raramente descodificamos os outros ou sequer conseguimos ler-lhes os sinais, é pelo menos essa a sensação com que fico a cada dia!
15.8.22
Sinto a tua falta...
Mesmo o cinzento do céu não abafa o verde das árvores que em breve terão pinceladas de um castanho-mel. Até as nuvens que correm velozes permitem continuar a sentir o calor que virá das pessoas certas, das que ligam para um simples olá, das que se preocupam mesmo e que nos provam que a amizade uma vez instalada permanece.
14.8.22
Onde a história permanece!
13.8.22
Água é vida, já a falta dela...
12.8.22
O que é que quero?
Quero acreditar que te digo sempre tudo e que o que faço, fazendo-o contigo dentro, me representa e ainda acrescenta o que possa ter deixado passar. Quero, porque preciso, que saibas o quanto moves o meu universo, tirando-me da minha zona de conforto, mas confortando-me perante o que na realidade até consigo fazer. Quero querer-te sempre desta forma, ou mais se possível, porque ainda estou a descobrir os teus sabores. Quero que acredites que amar-te está a ser um desafio que pretendo vencer.
Nada substitui o toque, os olhares que olham para conseguir mesmo ver e os momentos que nos oferecemos para que o outro nos ofereça o que tem. As relações carregam etapas e têm uma sequência que por vezes baralhamos, mas apenas para regressarmos ao ponto de partida, porque é de lá que se começa. Somos feitos de uma massa própria que por vezes esconde o que tivemos, ou fomos incapazes de conquistar e é com ela que devemos trabalhar para que um novo lugar se abra e alguém consiga entrar.
Quero, mais hoje do que ontem, que saibas o que já sei de mim, porque apenas assim me terás inteira. Quero o teu coração tranquilo, mesmo que a bater desenfreado por mim. Quero que cada novo beijo te forneça os códigos que me descodificam e quero que me continues a querer assim, como já és capaz de mostrar e prometo que te mostrarei o que ainda receberás por me teres escolhido. Quero um amor simples e seguro, mesmo que envolto em mil inevitáveis inseguranças e quero que esta viagem nos leve sempre de volta ao que já sabemos querer um do outro.
10.8.22
O que te toca o coração e a alma?
O que te toca mais quando és tocada por alguém? O que distingue um olhar do outro e porque fica a tua boca mais pronta quando és beijada por alguém? De onde te vem o desejo de continuar a sentir que és mesmo desejada por alguém?
Vais sempre poder esbarrar em quem te fará sentir bem no cimo da montanha, depois duma longa viagem na qual procuraste por pequenos, mas grandes momentos de superação e inevitáveis sucessos. Vais, eventualmente, entender os motivos pelos quais não chegaste antes, porque mesmo que te pareça agora longa a viagem, ela teria que ser feita. Vais, um dia, esquecer todos os outros nos quais achaste já ter chegado, porque na realidade estavas apenas a "treinar" para a corrida certa.
O que te deixa de coração sossegado, mas tão revolto que todas as outras partes de ti o seguem sem questionar? O que te sentes capaz de dar e de fazer para que tudo o que te façam saiba a certo? O que ainda esperas receber do que estás finalmente pronta a dar?
8.8.22
Viagens de memória!
Nos teus braços !
Contigo, bem junto ao coração que quero ouvir bater de forma descompassada por mim, planeio deixar-me ir sem medidas, nem pesos, sendo para ti tudo o que esperas e tendo-me a mim da forma que preciso.
4.8.22
O que faço aqui?
O que faço aqui? Esta era a minha pergunta de um milhão de dólares, mas percebo que já a respondi quando me deixei invadir por uma energia que passou a restaurar-me a cada acordar. Nada se tornou mais fácil ou iluminado, mas o TUDO passou a ter outra classificação. Ter e ser TUDO começa bem dentro e nunca passará por conquistas materiais, porque essas a acontecerem, não serão a minha "companhia" nas inevitáveis noites de solidão, aquelas em que todos os meus estarão a viver as suas vidas e a serem quem tanto antecipei. O TUDO será tão somente o que fiz por ser enquanto não me ocupava do insignificante e me focava em "mobilar a minha velhice". O TUDO é o que consigo criar quando deixo sair por cada poro o que me move e adorna o olhar. O TUDO são as lembranças, as viagens em mim mesma, as certezas quanto ao que sou para quem de mim precisa e até as dúvidas que trabalho para que se dissipem.
3.8.22
Where is the moon?
Não sabotes a tua vida!
Não permitas que as memórias e mágoas do passado te impeçam de ver o BOM do presente. Escolhe ter um olhar diferente. Encontra os lados certos de cada lado novo. Sê mais coração sarado e sara cada dor acumulada.
1.8.22
As memórias...
As memórias por vezes traem-nos, passando-nos imagens que nunca estiveram lá, com pessoas que nem sequer existiam e que fantasiámos na totalidade. Porquê? Talvez porque seja mais fácil e porque tudo o resto se encaixe melhor, ou talvez porque sejamos mais frágeis do que parecemos!