23.3.16

Existem mulheres sábias e diferentes!

março 23, 2016 0 Comments
Shine by Babak Fatholahi



Existem mulheres que nunca serão compreendidas, que terão vindo com uma marca que as deixa marcadas e que apenas encontrarão um lugar, um tempo e paz, enquanto se esconderem de todos!


Caminhos paralelos, realidades que se cruzam, mas que ninguém parece reconhecer. Sorrisos fechados em lábios que muitos desejam beijar, mas que não têm sabor, não o que lhes passaria os sabores do mundo, aquele onde estiverem a viver.

Existem mulheres que não respiram o mesmo ar, que parecem ter chegado do nada, partindo quando ninguém olha, e regressando quando todos ainda dormem os mesmos sonos que matam os sonhos e que rasgam os desejos de quem se atreve a desejar mais. Existem mulheres assim, incompreendidas, com olhos que sabem ver para lá de qualquer olhar. Existem mulheres que nem as outras mulheres conseguem aceitar, porque trazem uma aura de cores que as cores não reconhecem. Elas estão por aqui, contam mais do que muitas contarão e transformam, para melhor, o que não se percebe mesmo quando se torna tão perceptível, que ignorá-las será provar os medos que o medo maior provoca. O de não entender e o de não saber tocar quem nos toca.

Ter uma pele que não envelhece. Uma sabedoria que perdura e um coração que não sabe magoar, faz destas mulheres seres que a luz reflecte para quem quiser olhar. Ter todos os males curados, as dores sanadas e as legendas em qualquer filme que muitos terão que ver, uma e outra vez, faz destas mulheres seres que deveríamos manter por perto, entendendo que terão que ser mesmo assim...

22.3.16

Quando me sinto testada!

março 22, 2016 0 Comments


Quando me sinto testada e cada vez que a minha pele se arrepia perante a minha incapacidade de reagir ao que me chega,  mudo, mudo-me, ajusto as rotas e sigo em frente!


Isto de ser eu e ser a que consegue, a que tem força, a que procura para encontrar, drena cada célula de um corpo que já foi mais e já reagiu melhor. Isto de ter que encontrar soluções, de não me esgotar no que TANTO me esgota, sobretudo nestes últimos meses, porque o decidi assim, porque estou a colher, uma a uma, todas as sementes que plantei, assusta-me e quase que me deixa com vontade de desistir, de me encolher a um canto e parar de respirar.

Não posso, não devo, nem sequer consigo, sofrer mais com a tua ausência, do que já sofres com a minha. Não estou a sentir pena de mim, estou apenas a permitir que a dor que me consome, me recorde do quanto consigo amar-te e de que forma fiquei, de repente e como que por magia, pronta para quem estava pronto para mim e do que ainda me falta ser e fazer para que o que nos faz bem nunca nos doa.

Quando me sinto testada por norma reajo, mas desta vez a tua ausência deixou-me tão ausente, que apenas uma mão, a que sempre se estende para mim quando já não sei o que fazer, conseguiu trazer-me de volta, de lá do lugar para onde vão as almas que padecem do que poucos parecem entender.

Se dúvidas tivesse e nunca as tive, saberia nestes dias de luta desigual, que tu és a metade de mim. Tu és por quem esperei, até quando não sabia que te esperava. Tu vieste e ficaste, no teu lugar, aquele que já te estava destinado e do qual nunca mais poderás voltar a sair. Tu vieste amor da minha vida, para me ensinares como se ama incondicionalmente e de que forma se juntam dois corações para caberem muitos mais. Tu chegaste quando precisava de ti e eu aceitei-te quando te fazia, mesmo, falta.

Quando sou testada, sinto de forma ainda mais forte, que fazes sentido!

21.3.16

O que aconteceu afinal?

março 21, 2016 0 Comments


O que aconteceu afinal? Para onde foram parar todos os nossos planos? O que mudou em nós e porquê? O que aconteceu ao mundo como o sonhámos? Do que eram feitos os nossos sonhos?

Não sei o que nos aconteceu nem para onde decidimos olhar, agora que deixámos de nos ver. Não sei, nem entendo, os jogos que passámos a usar um com o outro, permitindo que nos fizessem mal e nos magoassem. Não sei o que aconteceu ao amor que me dizias ter, nem a tudo o que já senti por ti. O que aconteceu afinal para que deixássemos de usar as palavras que nos pacificavam os dias?

Mudámos, isso consegui perceber, mas será que nos mudámos, ou que apenas deixámos de querer ser os mesmos, os de antes, quando achávamos que nos conhecíamos? Quando o amor falha, ou nos abandona, quando criamos pensamentos que não se ajustam às imagens, fazemos uma de duas coisas, reavaliamos e adaptamos, ou mais simples ainda, desistimos.

O que fizemos, eu e tu?


Já não nos respondemos, deixámos de querer e de sequer entender. O tempo que o meu necessita para correr, não se compadece com os avanços e recuos que o teu provoca. Os meus lados não reflectem os teus, e de cada vez que escolho escolher, já não estás por perto.

O que aconteceu afinal e quando, não sei, mas decidi que deveria parar de procurar respostas para as perguntas que já não consigo construir. O que aconteceu mudou-nos, eu sei que mudei e que tu mudaste no processo.  O que aconteceu vai levar-nos ao passo seguinte, depois de nos arrumarmos, fechando o que arriscámos abrir. Done and over with!

A falta de ti...

março 21, 2016 0 Comments
FP


Vazia, sem nada que valha a pena dizer. Sem saber como e para onde olhar. A falta de ti prova-me como estás em mim e porque já não terei forma de te tirar. Não quero deixar de funcionar, mas a verdade é que funciono melhor contigo por perto. Não quero sufocar-me no amor que te tenho, mas amo melhor se souber de ti e se te ouvir o tempo todo. Não quero estar sem as únicas partes do dia que me importam. Não quero e pronto!

A falta de ti faz-me derramar uma torrente de palavras, ou então secar tanto, que nem mover-me quero. Sentir a tua falta deveria ser bom, para me recordar do quanto estamos os dois para ficar. Mas sentir que não sinto se não estiveres, apaga-me a chama, derrete-me a alma e deixa-me a escorrer água em vez de sangue. Sei bem que não posso estar assim, que não posso parar-me, sufocando o que faço, porque o faço sempre, em primeiro lugar para mim e por mim. Sei que saber de ti me enche e preenche, mas vou ter que aprender a não te ter, quando não te tiver.

A falta de ti meu amor, parou todos os movimentos, gelou-me os membros, sobretudo as mãos, e impediu-me de pensar, de querer e de olhar para além de mim. Fiquei momentaneamente egoísta, sentei-me e recusei-me, a mim mesma.

Não me deixes, não com esta falta de ti!

20.3.16

Amores que o amor quebra!

março 20, 2016 0 Comments


Amei-te de forma desenfreada, porque te reconheci como a única mulher que poderia ser minha e quis-te tanto, que até me deixei morrer.

Esmeralda, tal como o nome e como a pedra, de um verde que os teus olhos carregavam e que os meus não podiam deixar de ver. Tu foste e serás sempre a outra metade de mim, quem eu amarei enquanto o amor existir, nos outros e pelos outros. Amei-te e desisti de ti por te querer mais do que a mim mesmo. Amei-te e decidi que não poderia deixar de lutar por ti, mas só até enquanto o sangue do meu sangue não se derramasse por mim.

Esmeralda minha cigana linda, mulher que me fez desejar manter todos os amores que o amor conquista. Por ti ando por aqui, como Entidade de Luz, a unir os que arriscam ter quem nunca poderá deixar de lhes pertencer. Sou o protector dos que trabalham incansavelmente, dos que lutam porque amam o que sonham e sonham conquistar o que os fará amar ainda mais, tal como sempre te amei a ti.

Ver-te dançar e sorrir com cada sorriso teu, era o que me mantinha vivo e a amar-te como muitos já serão capazes de fazer. Não morri, não morremos, mantivémo-nos muito para além do tempo como se conhece, porque por ti passei a tocar os que sabem amar incondicionalmente. Os que trabalham afincadamente, sobretudo com as palavras, para que outros possam sentir o que deixaram adormecer.


Por ti meu amor, toquei a alma e as mãos de uma mulher que teria que escrever sobre nós, oferecendo-nos a história que a nossa história criou. Por ti meu amor, levanto a taça de um vinho doce e dou a provar a quem nem gostava de beber, o sabor do amor numa forma e formato que apenas conseguem os que prestam mesmo atenção.

19.3.16

Quem me ensina, quem me analisa?

março 19, 2016 0 Comments


Nunca deixo que me apontem caminhos que já sei percorrer, não no que diz respeito ao que escrevo, porque o faço, em primeiro lugar, para mim e só depois para os que me recebem em forma de palavras. Não é egoísmo, é algo que me ultrapassa e que vai para além do que compreendo sobre mim.

Escrever é um acto solitário, muito meu, que me chega como uma necessidade tão premente, que ignorá-la seria deixar de me sentir e passaria apenas a sobreviver.

Quem é que me ensina, afinal, a debitar tantos sons, a "despejar" esta torrente de palavras que quase me afoga quando as uso e quando tento, sem sucesso, não o fazer? Quem me analisa, de cada vez que escrevo comigo tão dentro, que pareço ser eu toda? Muitos, já vão sendo muitos, em análises que não sabem fazer, com palavras que não têm forma de se misturar nas minhas, porque o que eu tenho pertence-me até que o deixe ir e me liberte do que não deveria ficar. Quem me lê, será que consegue, da forma certa, perceber como sinto e escrevo? NÃO e eu não queria que fosse feito, que me lessem quando me lêem, apenas que sentissem o que partilho da minha. Queria que usassem, cada palavra, da forma que os enchesse e preenchesse. Que se demarcassem do que aparento ser porque de mim apenas eu saberei. Não queria que achassem que terão forma de interpretar tudo, porque nem eu sou capaz de o fazer. Eu sou a que vai escrevendo quando e enquanto escrever for esta necessidade. Lamento que não estejam em primeiro lugar. Em primeiro estou eu, sou eu, porque decido eu.


17.3.16

Tiveste o meu coração na palma da mão...

março 17, 2016 0 Comments



Tiveste o meu coração na palma da mão e tiveste-me a mim durante todo o tempo em que me soube dar!


Fui sempre capaz de cuidar da tua alma com o que de melhor sei sentir e fazer. Sempre te falei no amor que o meu reconhecia e nunca deixei nada por dizer. Sempre te mostrei o que tinha e como desejava ter-te, para que soubesses o que fazer comigo e com TANTO. Tiveste sempre o meu coração, mas escolheste deixá-lo ir.

Cheguei a jurar que ficaria onde estava. Cheguei a pensar que nunca deixaria de pensar em ti, mas soube, assim que escolhi saber de mim, que deveria cuidar de quem me cuida e que poderia fazer o que me deixasse em paz comigo e pronta para quem esteja realmente pronto para mim. Por vezes os amores terminam. Por vezes quem ama não se reconhece, não ao mesmo tempo. Por vezes o que fazemos não basta ao outro e acabamos a ter que encontrar o nosso caminho, sozinhos. Por vezes teremos que esperar por mais umas quantas vezes, por outras voltas e por novos despertares. Por vezes nunca seremos nós. 

Talvez não estivéssemos destinados, porque não poderíamos ter permanecido no que não era e no que nunca foi, quando outros esperam, pacientemente, por nos ter, por nos amar e por ter nas mãos o único coração que fará com que o seu bata no ritmo certo.

Na verdade nunca te conheci, nem nunca soube como vieras parar aqui, a mim. Nunca entendi o teu percurso, porque ele não fora percorrido por ninguém próximo de mim. Não tínhamos nada em comum, não desejávamos as mesmas coisas, nem estávamos sequer no mesmo ponto da vida, mas sabia, soube sempre, o que fazer de quem entrasse e me conseguisse fazer sentir o que vale realmente a pena. Soubeste sempre que poderias ir amando, gostando e sentindo, até que te fosse permitido.

Lamento que tivesses deixado fugir o meu coração, porque o tiveste, bem na palma da mão...