5.7.16

Ingratidão? NUNCA!

julho 05, 2016 0 Comments
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O meu processo de cura chega a ser milagroso, talvez porque saiba já onde me tocar e de que forma me restaurar sobretudo de mim. Posso até sentir dor, alguma mágoa momentânea, mas NUNCA sou, em nenhum momento, ingrata ao ponto de afastar bruscamente o que tão bem me chegou a saber!

Tudo, mas mesmo tudo, acontece por alguma razão. Todas as pessoas que se vão cruzando na nossa vida, algumas a parecerem chegar de forma inesperada, já eram de alguma forma esperadas. Todos temos metade de Belas e metade de Monstros, mas apenas porque precisamos de nos defender, e quem não o fizer quando era suposto, verá o corpo e a alma serem irremediavelmente danificados.

Andar por aqui, por este pedaço de mundo com tantos cantos e recantos que não teremos forma de contar, traz-nos ensinamentos duros e mudanças que não desejávamos, roubando-nos o conforto emocional que julgávamos ser nosso.

Nunca sou ingrata, até quando me apetece gritar de raiva perante a incapacidade de me darem o que me parecia ser tão fácil conseguir. Nunca rejeito, para sempre, quem me conduziu para a faixa errada, deixando-me totalmente à mercê dos "choques" que pareço, no primeiro olhar, ser incapaz de impedir, porque me cabe a mim saber quem me pode conduzir. Ingratidão nunca, porque o que me acontecer também terá mão minha. Ingratidão jamais, porque mesmo que tenha tido apenas dois segundos de prazer, serei sempre mais abençoada do que os que não sentem, não esperam, não olham e não acreditam.

Quando fecho os ciclos, torno-me, absurdamente grata e aceito que se algum amor não ficou, então é porque outro o teria que suceder. Quando entendo, sigo em frente e volto a ter o poder que me atribuo, o de cuidar da minha felicidade, porque isso eu faço melhor do que toda a gente.

Coração desassossegado!

julho 05, 2016 0 Comments



A minha mente salta, corre, como uma louca, à procura das respostas que o meu coração desassossegado não lhe consegue dar!

Já não sou a mesma, não hoje, não depois de mais um nascer de sol. Já não conheço nem reconheço esta mulher, a mulher que passava e ultrapassava cada obstáculo, e que acabava sempre do lado certo das suas escolhas. Já não tenho os mesmos vinte anos que me deixavam sempre a sorrir, esperançada pela esperança que representava mais um dia. Já não sinto a simplicidade com que tudo chegava, até o que não entendia. Já não entendo o meu coração, e tantas vezes que falamos, eu e ele...

De repente, de bem dentro de mim, chegam as dúvidas, a culpa e o ressentimento e eu tento, com todas as minhas forças, acreditar que sou mais e melhor. Eu sou a que ama, perdoa e agradece pelo que me chega, mesmo que me doa e me deixe com uma vontade, desesperada, de desistir.

O meu coração está desassossegado, "hoje", mas eu acabarei a saber o que lhe dizer quando voltarmos a conversar. O meu coração desassossegado precisa de tudo o que lhe prometi, quando te sonhei e te trouxe até a nós. O meu coração desassossegado terá que me saber perdoar as impossibilidades, porque na verdade não sei amar por dois, mesmo que ame a dobrar.

Hoje estou assim, mas amanhã e em todos os amanhãs de que serei feita, vou tentar que a confusão que me abraça, irreverente, se desvaneça e eu possa, finalmente, sossegar!

4.7.16

E no meu agora?

julho 04, 2016 0 Comments
Feelme/E no meu agora?Tema:Pensamentos!
Imagem retirada da internet

. No meu agora estou eu, o que criei, o tempo que o meu tempo encaixou. Estão os que consegui conquistar e todos quantos ficaram, porque queriam e sabiam como.

. No meu agora está o que me permiti aprender, de cada vez que usei da minha atenção e respeito por quem até parecia ter algo para me ensinar.

. No meu agora está mais um amor, o que existiu sempre, até quando julgava não saber da sua existência. No meu agora estás tu, e chegaste quando fazias, mesmo, falta, para me falar das fraquezas dos outros e para me recordares que a minha força não pode ser motivo de medos, não dos outros,

. No meu agora estão os sonhos que nunca paro de sonhar e que se encaixam, perfeitos, em cada momento, segundo a segundo, até quando pareço não estar a sonhar.

. No meu agora penso de mim o que sei de mim, e nunca é pouco, nunca é para me magoar ou tornar pequena.

. No meu agora está a música que oiço de cada vez que arrisco querer mais, mais  para a frente, mais rápido, e mais seguro.

. No meu agora, neste preciso agora, estão as palavras que não consigo interromper, porque haverá sempre quem necessite mais delas do que eu.

E se saltar?

julho 04, 2016 0 Comments

E se saltar, será que me seguras? Será que me posso confiar toda a ti?

Ter confiança em quem nos passa a certeza de que o que diz e sente é real. Saber que quem nos olha, bem dentro dos olhos, está  a ver o desejo que faz crescer apenas por existir. Perceber que é possível voar, indo tão longe quanto queiram ir connosco. Ser capaz de começar por algum lado, aceitando os braços que se abrem para nos acolher. Dar o salto, juntos, até ao lugar que se tornará o centro de nós mesmos.

Estarei a querer demasiado, sonhando com o que apenas existe em mim? Estarei a encurtar passos, quando deveria ser capaz de esperar mais?

Tenho esta vida para viver. Tenho-me a mim para satisfazer e fazer feliz. Tenho o tempo que consegui juntar e agora vou usufruir dele, sem reservas, saltando sem medos, porque lá, no lugar onde acabarei a aterrar de pés, estará o chão que preciso para parar de precisar.

Salta também, permite-te a fé que deixaste fugir e corre, porque a caminhar estiveste este tempo todo e não foste a lugar algum. A resposta à tua pergunta é, se saltares eu estarei aqui para te receber, não posso dizer muito mais, por isso espero que me oiças com atenção, pelo menos desta vez!

Nem sempre tens tudo!

julho 04, 2016 0 Comments
For light because Blanche likes to hide in the dark so that no one can really see her real age and face.:



Nem sempre tens tudo e muito provavelmente nunca terás o suficiente, assim sendo deverias talvez usufruir do que recebes sem pedir demasiado. Nem sempre tens tudo, porque nunca serás capaz de dar tudo, até porque ficarias sem o que te iria fazer falta!

Algumas músicas, mesmo que tenham a melodia certa, não transportam a letra que nos serviria. Quem sabe mudá-la não seja a solução adequada, porque nem sempre teremos tudo feito à nossa medida. Alguns sonhos nem sequer são lembrados ao acordar, mas outros existirão que se manterão para além de uma noite bem dormida, até ao acordar no qual os saberemos receber como chegaram, não mudando nada, ou adaptando tudo até que se encaixe.

Alguns defendem que deveremos parar com as histórias fantasiadas, as que se contam às crianças para que aprendam a desejar mais e a esperar muito, eu continuo a achar que o melhor de nós.e o que nos permitirá suportar o que cair por terra, será a certeza, inocente ou não, de que poderá existir mais, melhor e para nós. O que fica depois de tudo ter partido, irá certamente colocar-nos de novo em pé. O que fica quando o que desejámos não pôde ficar, terá que ser suficiente para continuarmos a esperar, e a desejar. Se nos impedirmos de acreditar, teremos mais do mesmo e ficaremos com as metades que nos tentaram oferecer, como se fosse muito.

Nem sempre tens tudo, não todos os dias, não em todos os momentos, mesmo nos que consideras ser feliz. Nem sempre tens tudo, mas quando tiveres o "tudo" que precisas, nos momentos certos, saberás qual o seu verdadeiro sabor. Só terás que aprender a esperar!

3.7.16

Descer à terra!

julho 03, 2016 0 Comments
being-a-woman:


Queremos porque queremos, encetar viagens novas, esperando que estejamos a ir na mesma direcção e a lutar as mesmas batalhas. Não há nada de errado no desejar, no esperar que se pense no outro de forma incondicional, não permitindo que o esquecimento se nos cole para nos esquecermos de dar o que faz realmente falta.

"Esqueci-me de te ligar; Não sabia que estavas a precisar; Tinha mais nas mãos do que podia segurar.

São inúmeras as "desculpas" que acabamos por ouvir, mas no fundo elas significam apenas que temos a importância que nos derem e que até poderá ser  nenhuma.

Descer à terra significa parar de esperar por quem não chega, olhando para o lado onde não está ninguém, apenas as sombras que a nossa imaginação criou. Descer à terra é forçoso de cada vez que disparamos rumo às nuvens que não sustentam corpos físicos, almas vazias e nem sequer corações amargos. Descer à terra poderá travar-nos as subidas demasiado rápidas, nas quais corremos um enorme risco de cair desamparados. Descer à terra quando nos cansarmos de flutuar sozinhos, não sentindo a mão que imaginámos estendida, para nós.

Vou parar de sonhar, está prometido. Sim, mas apenas por alguns minutos, porque prefiro a loucura que me mantém viva, do que a realidade cinzenta com que te "aguentas", até que não consigas aguentar mais. Eu continuarei, cima e baixo, as vezes que precisar de me recordar que só vale a pena assim, e que quero, realmente ser mais do que aquilo que vejo enquanto não sonho.

Não me importo de cair...

julho 03, 2016 0 Comments
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A verdade é mesmo essa, até que não me importo de cair, porque isso significa que tentei, que saí do meu espaço de conforto e fui "à luta", agora o que não posso é ficar demasiado tempo no chão!

Já todos sabemos do poder terapêutico do sonho. Já todos experimentámos, alguma vez na vida, a sensação de estar com a pessoa certa e de poder fazer os planos que íamos adiando. Já, de alguma forma, esperámos ter que parar de esperar, chama-se a isso viver. Será assim tão difícil existirmos como nós mesmos, falando do que nos move e movendo-nos na direcção do outro sem medos? Deveremos manter os medos que nos implantaram desde que nos conhecemos por gente, ou apenas ir arrojando até que se provem todos certos ou errados?

Não me importo de cair - Dizemos várias vezes a quem nos ouve, mesmo e de cada vez que o receio de apenas ver o chão nos assola como se de uma doença incurável se tratasse. Não me importo de cair. Queremos que saibam que temos o direito de o fazer, de nos sentirmos indefesos e frágeis, mas que alguém, de alguma forma, nos impeça de ficar, imóveis, inertes e apagados. Não me importo de cair - Digo quando já nada há a fazer, mas não gosto da sensação, até porque dispensava ter que me levantar à força, dorida e magoada comigo por ter continuado a arriscar. Não me importo de cair - Digo corajosa, mas não queria que acontecesse, não a mim e sobretudo não outra vez.