2.11.16

Duelo de corações!

novembro 02, 2016 0 Comments

Duelo de corações, por vezes parecem começar ao mesmo ritmo, mas de repente um deles desata a galopar e o outro não consegue acompanhar e magoa e faz estragos e...

É impressionante a quantidade de almas desemparceiradas que povoam o mundo. Quem me quer... bla bla bla. Mais do mesmo, até dói pensar que poderia estar com alguém que tem TUDO o que sempre pedi, mas não o consigo aceitar e receber. Há dias em que me sinto burra, porque até acabo a entender a mentalidade que existia no tempo dos nossos avós. Eles acreditavam que o amor se podia construir, crescendo com o tempo e por isso casavam-se, sabendo que a convivência, as partilhas e o saber do outro, viríamos  acertar passos. Se ao menos eu conseguisse experimentar, quem sabe não te aceitava.

Dói-me saber que te faço sofrer, que não terei como te dar o que esperavas de mim.
Dói-me ver-te mal, a quereres que eu saia de ti à mesma velocidade que me fizeste entrar, mas sem sucesso e ainda com maus bocados para viver.
Dói-me sentir-me responsável pela infelicidade de outra pessoa, e incapaz de sarar a ferida que abri, mas estou de mãos e coração atados.

Perdoa-me se puderes. Estarei aqui sem nunca me silenciar, dando-te o que te vá atenuando mágoas, durante o tempo que precisares, até que me digas que estás pronto e que já voltaste a andar sozinho. Perdoa-me por não conseguir aceitar que o amor cresce, mesmo que não aconteça no início, é que eu preciso de muito, de tudo,  para iniciar qualquer "viagem".Também eu estou "rasgada" por dentro, com raiva de mim, a sentir-me impotente e mesmo que isso não te ajude em nada, achei que precisavas de saber.

O que se passa afinal com o cupido, reformou-se ou anda a beber?

1.11.16

Em todas as idades!

novembro 01, 2016 0 Comments



Em todas as idades existem pessoas felizes, infelizes, realizadas e revoltadas. Pessoas empreendedoras e conformadas. Existem pessoas azedas, mais amargas do que o fel, ou tão doces que até escorrem, e isto em todas as idades, por mais incrível que possa parecer!

Já fui abençoada com gente, mais velha, mas com a felicidade bem instalada, nada preocupadas com a idade e com o que deixaram por fazer, porque aparentemente fizeram tudo. Mas também conheço quem tenha tudo no sítio, beleza, uma excelente carreira, vida financeira estável, e que para largarem um sorriso parecem pagar imposto. Estranho!

Aceitarmo-nos em cada estágio de vida, sendo capazes de mudar, mesmo, o que nos deixa menos bem, é meio caminho para a tão afamada felicidade, que nunca será plena, porque simplesmente não é possível. Nós, os humanos, aspiramos sempre a mais e é isso que nos faz mover cada pé, quem se deixar estagnar, morre mesmo estando vivo.

Nem sempre os menos felizes, são aqueles a quem falta tudo, eu acredito que a felicidade é uma atitude, uma forma de estar, de reconhecer os melhores momentos e de os reproduzir, e por vezes os mais frágeis conseguem-no e são, natural e inevitávelmente felizes.

Felizmente ser feliz não tem prazo de validade, por isso embora lá lambuzarmo-nos, todos os dias um bocadinho mais!

Os prazeres!

novembro 01, 2016 0 Comments
Red Butterfly 2:



Os prazeres podem chegar de diversas formas, e felizmente que não dependem apenas do sol e do céu azul.

Do que sinto falta nestes últimos tempos, devo estar a ficar velhota, é de amigos envoltos em boas conversas, bebidas quentes e nutritivas com muitos risos à mistura. Sou das que trabalha e trabalha, cuida e volta a cuidar, mas que por si mesma faz muito pouco e quando me refiro ao fazer, significa languidez, preguiça, tempo sem tempo, isso ainda não aprendi, e confesso que as 3 crias também não me dão muita margem para manobra. Ok, é discutível!

Tudo é passível de nos proporcionar prazer, dependerá apenas da nossa disposição e capacidade de nos reinventarmos, não nos fixando nas rotinas que matam tudo à sua volta. Eu não sou de todo rotineira, mesmo que tenha actividades que cumpro, religiosamente, mas comigo nunca existe tédio, até porque não sei estar quieta nem calada.

Hoje já me banhei nuns quantos prazeres. Tive os filhotes. Falámos de projectos, de comportamentos, de cedências e de sonhos. Prepararam-me um maravilhoso cappuccino, porque eu não gosto de café, e deixámos que o tempo corresse mais devagar. Fiz um enorme esforço para não ser apenas a mãe, e não debitar conhecimento às pazadas, fui uma ouvinte atenta e larguei, subtilmente, algumas frases que certamente não o abandonarão tão cedo. Não fosse eu a mulher das palavras. Vimos filmes que comentámos e avaliámos e sentimo-nos ainda mais próximos e preparados para nos continuarmos a escudar.

Os prazeres poderão ser tudo o que nos permitirmos saborear, até ao finzinho!

As desculpas não virão!

novembro 01, 2016 0 Comments







As desculpas não virão, as explicações deixar-te-ão pendurada, em suspenso, como suspensa está agora a tua vida!


Não esperes pelo que os outros não conseguem dar, não lhes entregues as tuas obrigações, o direito que te cabe a ti de estares primeiro e de apenas ser quando já o fores, para ti.

Ninguém é igual a nós, mesmo que se encaixe e aprenda a viver a nossa vida, ao nosso lado, por isso teremos que ceder alguns momentos nossos para as entender, para que se possam abrir, mudando o que sabem estar errado. Não tomes para ti a responsabilidade de "ensinar" o que se recusam a aprender. Não te magoes, nem carregues dores que não são tuas, mantém-te inteira para receberes as partes que importam.

As desculpas deverão ser breves e não se poderão repetir, voltando aos mesmos lugares de cada vez que os medos assolarem quem escolheu ter medo do amor que ofereces. Podes sempre tentar, podes sempre aconselhar e olhar por dois, mas não por muito tempo, não quando te consuma tanto que acabes a misturar os pedaços quebrados.

Já sabemos todos que as desculpas se evitam, mas seremos sempre TÃO humanos, que a um determinado ponto estaremos nesse lugar, a pedir para que nos saibam perdoar a incapacidade de sermos grandes quando o outro mais precisar. Vamos ter que pedir desculpas, a nós mesmos, quando pararmos de nos olhar. Mas já não terás como aceitar desculpas quando elas forem o que sobrar, quando depois delas vier apenas mais do mesmo. Quando receberes tão pouco que arrisques acreditar que te bastará.

As desculpas até poderão chegar, mas com elas o recomeço, porque quando não formos capazes, teremos que saber quando parar!

Apetecia-me...

novembro 01, 2016 0 Comments

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Não sei o que será mais doloroso, se a falta do teu corpo, ou não te poder ouvir a voz, não sabendo o que sentes, o que estás a pensar, quem amas agora, para onde planeias ir e quando. Talvez seja TUDO porque és tu, TODO que me faz falta e de quem tenho saudades!

Apetecia-me acordar ao teu lado, deixando-me ficar lânguida, quieta, a sentir o teu corpo que certamente teria cuidado do meu durante a noite, recebendo os beijos que me acenderiam e que me passariam o teu desejo misturado no meu.
Apetecia-me ouvir-te chamar-me de querida, sentindo a forma como mudas o teu tom de voz, deixando-a mais suave e cheia de entrega.
Apetecia-me que eu te apetecesse desta forma e que me chamasses para me encheres de ti e para me saciares desta saudade, de ti TODO.

Eu já percebi que não funciono de igual forma se não estiveres. Já percebi que me parecem faltar partes, peças, perdendo a cada dia, muito mais do que juntei, antes de ti. Já percebi que não superei as saudades que me deixaste, e que preciso de me abastecer do que só tu tens para mim, enchendo-me até que me restabeleça e prossiga, sozinha, se for essa a tua escolha.

Tenho saudades tuas, tantas que pestanejar me dói. Tantas que já nem sei como se chora, porque me esqueci até de onde vêm as lágrimas.
Tenho saudades de te dizer que te amo e de ver o teu sorriso, comprometido e meio de menino.
Tenho saudades de rir da vida, das coisas, da ligeireza que punha em tudo, porque sabia que estavas do outro lado, à minha espera.

As saudades de ti são tantas que acabei a sentir saudades até de mim, da mulher que sabia existir sem sofrer, nunca correndo atrás do que não existe!

31.10.16

Ai o amor!

outubro 31, 2016 0 Comments




Ai o amor, o amor não se implora, não se pede, não se espera...

Foi o que li num texto partilhado e cada vez acredito mais nisso. O amor ou chega, no tempo em que se precisa, ou é dado, de vontade, desejando o outro e apenas querendo ser desejado, ou não adianta, nem pedir, nem esperar, desesperando.

Nada pode ser mais fácil do que desejar outra pessoa, do que a querer na nossa vida, para nos encher de sentimentos que se intensificam e que crescem como crescemos nós. Sempre que alguém cruza o nosso caminho, começar de novo passa a ser um desafio. Reencontramos traços que perdemos, algures, em dores antigas, e que até nos poderão ter deixados adormecidos, mas que de repente como que por magia, despertam-nos e recordam-nos que sentir assim sempre será bom e que se já o foi antes, poderá muito bem voltar a ser.

O amor é apenas o motor de arranque, uma vez começando o carro a mover-se, tudo o resto fará o que é suposto, levando-nos até onde o nosso combustível o permitir. O amor permite-nos sonhar, e sonhar pode ser grande, dando-nos poderes, asas, corpos prontos e olhares que nunca mais se desviam.

Não me vou deixar levar por amores que me possam corroer e por sentimentos que alguns temem reavivar, com medo de serem felizes. Não vou fugir da sensação de vulnerabilidade, porque ela apenas me lembra que estou viva e que também posso ser frágil. Não vou impedir-me de sentir o que me faz mover a velocidades certas, porque parada sou apenas eu e sozinha não sirvo. Não vou deixar de olhar em frente, porque algures, do nada, pode surgir quem me consiga ver.

Eu não vou implorar amor, nem pedir que me sintam, que aprendam como me tocar, ou como me mover, porque se me amarem realmente, saberão!

Não foi fácil!

outubro 31, 2016 0 Comments
Monica Bellucci:
Feelme/Não foi fácil! Tema:Sentimentos!
Imagem retirada da internet



Não foi fácil, largar a parte do meu coração onde estavas tu. Eu sei como me custou aceitar que não poderia ser, que não existiria forma de voltar atrás, de recomeçar e que teria de parar de me magoar. Deixei-te ir, vi cada momento, senti cada decisão, bem dentro de mim, tão dentro que por diversas vezes achei que voltar atrás seria mais fácil...

Deixar de acordar contigo, a pensar no que correrá ao longo do dia,  passou a ser a minha rotina, a minha defesa e a minha sobrevivência. Não te incluir, não sabendo o que sentes, o que fazes e do que precisas, foi bem duro no início, mas eu mesma me curei e fui-me recordando, de cada vez que arriscava vacilar, que só tinha poder para mim mesma, para me proteger, de mim, para continuar a olhar para tudo o resto com os mesmos olhos, com a mesma vontade de ser e de ter o que continuo a querer.

Não foi fácil, admitir, aos outros, que não deu certo, que não consegui, que não soube como e o que fazer.
Não foi fácil dizer que continuo a ser apenas eu, mesmo que mais consistente e capaz de outros desafios.
Não foi fácil responder a perguntas que apenas tento adivinhar, porque nunca tive certezas e sem elas continuarei, até ao dia em que não saber deixará de importar.

Não voltarei a ser a mesma, nem poderia, mas apenas porque cresci e amadureci um pouco mais. Passei a ver para além do que julgava ser natural, tendo que conviver com quem não soube como conviver comigo, forçando-me a aceitar que a minha escolha tinha sido a errada e perdoando-me a mim por ter falhado os sinais. Nunca mais voltarei a ser tão crente que aceite sem perguntas, mas também não serei tão descrente que julgue serem todos os outros iguais.

Tudo é um percurso e uns serão, inevitávelmente, mais difíceis, a fazerem menos sentido e a não terem explicação, mas sem eles não estaria aqui, não seria a força que alimenta todos à minha volta, nem teria as palavras que vos ofereço, porque na verdade acabo sempre a dar pedaços do que recebo!