16.1.18

Achaste, MESMO, que iria esperar por ti?

janeiro 16, 2018 0 Comments
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Achaste, MESMO, que iria esperar por tiAchaste, em algum momento, que eu não sabia do que falava? Consideraste que era um capricho, ou uma forma de pressão? Pois...

Sou das que tem sempre alguma coisa válida para dizer, porque o que sinto é igualmente válido e precisa de ser respeitado. Sou das que nunca quer metades, nem migalhas, e que não cede no TUDO que alguém terá que me dar, porque sou inteira, dou sem reservas e preciso de saber quem me envolve, como se chama, de onde veio e para onde planeia ir, comigo.

Achastemesmo, e por algum momento, que eu não seria capaz de encontrar quem preciso? Achaste, mesmo, que me manteria cega, quieta e desprendida dos outros, para me prender a ti? Achaste, mesmo, que não haveria quem me quisesse dar o que tanto te pedi?

Será que já tiveste forma de sentir, o sabor que permanece na boca, quando nos insultam a inteligência? Será que já te esbofetearam, sem mãos, quando te querem fazer ver o que nunca existiu? Será que continuas apenas a contar contigo?

Não sei se estás errado e se a tua forma de ver a vida até não te será mais conveniente, mas o que sei é que jamais voltarás a tropeçar na felicidade, outra vez, como fizeste quando deste comigo. Vais certamente ainda ter muitos mais corpos, com meias entregas, com as dúvidas de que és feito e acabas a passar aos outros. Vais dar beijos calorosos, e ter toques que te despertam, mas vais, e isso sou eu quem te garante, lembrar-te muitas vezes de mim, porque o que te dei em tão pouco tempo, foi o que nunca tiveste.

Achastemesmo, que eu não seria capaz de te deixar no lugar certo, naquele que estavas antes de eu te amar como já fiz?

Não é apenas pele!

janeiro 16, 2018 0 Comments


Já não preciso de perguntar se me amas, tu mesmo tratas de o dizer, assegurando-me que não tenho porque duvidar. Já não tenho que esperar que me digam o que têm dentro e para mim, porque agora chega, aos sopetões, derramado nas palavras que não sabes poupar e com as quais me inundas até que me cale, sem saber o que mais dizer, e logo eu!

Tocar-te, sentir-te, faz-me sentir sem qualquer defesa, a saber que és tu, que não mais sairás de mim  e que parei de procurar. Olhar-te quando dormes, sentindo o teu respirar seguro e tranquilo, deixa-me segura de que te dou o que precisas e que sou quem procuraste, tal como eu, durante toda a nossa vida.

Não escondemos nada um do outro, nem sorrisos, nem lágrimas, nem mesmo os medos que nos assolam aos dois, quando o frio nos invade, e nos tentamos imaginar sozinhos, um sem o outro. Não te ter, não saber do que sabes tu, não te ver como és mesmo, deixou de ser possível, agora basta-me fechar os olhos para saber de que forma te terei e de que forma estás para mim.

Nunca te senti duvidar, ou sequer engasgar. Deixas que te veja e saiba porque esperavas por mim. Nunca mais precisei de me questionar, de analisar o que sinto, ou o caminho que escolhi, porque tu respondes sem que pergunte, tu sorris assim que me sentes, e dás-me cada pedaço de ti, para juntar a todos os meus. Nunca mais voltei a olhar para trás, e deixei de pensar no que quisera tanto, antes de ti. Vieste de rompante, arrebataste-me e ensinaste-me a ver o que importa, aos dois.

Sei agora, que te vou amar até morrer e que é contigo e por ti que moverei céu e terra, até que o nosso pedaço de mundo se ajuste. Não é apenas pele, é tudo o que consegui conquistar, assim que fui conquistada por ti. Não é apenas pele, é um amor que soubemos encaixar e é o nosso direito à felicidade!

15.1.18

Não vou morrer por não te ter...

janeiro 15, 2018 0 Comments
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Não ter quem amamos não mata, mas mói, e tanto, que nos deixa um vazio que ninguém parece ser capaz de preencher. Não vou morrer por não te ter, mas vou, certamente, continuar a sentir a dor que me infligiste quando decidiste e não por mim!

Quem deixa de estar do nosso lado, deveria poder apenas ir, sem pedaços soltos, para que iniciassem um novo percurso, um e outro, sem que ficassem mágoas, um no outro, não ficando lembranças amargas, um do outro. Isso sim seria um mundo ideal, porque o amor e o desamor deveriam ser livres, com uma vontade própria, como até o são, mas perceptíveis e de leitura fácil.

Ninguém deveria ter que pedir o que lhe cabe por direito. Ninguém deveria precisar de buscar o que está, sempre, disponível, em outros lugares e em muitas outras pessoas. Ninguém deveria ter que chorar quando sorrir é o que faz o mundo correr da forma certa. Ninguém deveria ter que escrever sobre o que ninguém quer recordar, porque de uma forma ou de outra, já todos estivemos lá um dia.

Onde foi parar a pessoa que viste antes, eu? O que mudou quando a tiveste, quando a sentiste mesmo, a mim? O que foi que te induziu em erro e te matou o que pareceu ter nascido, do nada, mas de tudo, e de um dia para o outro?

Quando as perguntas se mantêm assim, sem qualquer resposta que satisfaça, morrer mesmo não se morrerá, mas ficarão dúvidas que se espalharão qual vírus, crescendo e destruindo tudo à sua passagem. Quando o que esperávamos não se concretiza, precisamos de saber como fechar, arrumando, seguindo em frente e até que o que foi, deixe de o ser.

Não vou morrer por não te ter. Não me mataste, disso tenho eu a certeza, mas moeste, bem forte e agora vou ter que esperar, não sei por quanto tempo, até que volte a acreditar!


Tu és o que és e pronto!

janeiro 15, 2018 0 Comments
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Sou o que sou e pronto, é o que dizem alguns, talvez para se protegerem, ou para não terem de melhorar, mas a verdade é que procuram a perfeição, nos outros!

Tu és o que és e pronto, porque assim o escolheste, porque não te ensinaram a ser melhor, e porque te daria MUITO trabalho melhorar. Tu és o que és, mas sabes o que se sente de cada vez que nos dizem e fazem sentir o que magoa, certo? Tu és o que és, porque te colaste a uma imagem que te foi servindo, até ao momento em que já nem a tua imagem te movimente e as opções reduzam. Tu és o que és, até ao dia em que alguém, que também se considera da forma certa, te faça provar do mesmo, e te mostre que terás sempre o que deres.

Eu sou o que sou, até quando reconheço que não sou perfeito, que erro, que engano e magoou.

Tu irás continuar dessa forma, por mais algum tempo. Eu sei tal como também o saberás, porque é mais conveniente, porque tens mais benefícios que prejuízos, e porque não te faltam amores, mesmo que secos e sem conteúdo, mas que te vão preenchendo as noites vazias e a alma na qual não entra quem tencione ficar. Tu vais continuar a querer pousar em todo o lado, fugindo dos silêncios, e procurando quem te conheça sem conhecer demasiado. Tu partilharás as noites com quem já morreu para ti há muito, mas o seu calor impedir-te-á de estar tão sozinho. Tu acordarás, com menos, sendo bem menos do antes, porque continuas a afastar quem poderia fazer de ti a pessoa mais importante.

Tenho, por ti, agora, o pior dos sentimentos, o de pena. Pena do que consegui ver, no final de nós. Pena da tua infantilidade. Pena da tua falta de amor-próprio, mas que apenas assim explica a falta de amor por mim. Sinto uma enorme tristeza por entender do que és feito, e de que forma te manterás até ao final dos teus dias, vazio, de conteúdo, de sonhos, de força, porque um homem sem força e determinação, é como um galho onde nenhum pássaro quererá pousar.

És tu, e pronto, nada mais a dizer ou a fazer. O que quer que tenhas começado, terás que terminar, à tua maneira, sendo o que só tu sabes. Boa sorte!

14.1.18

Qual a parte de mim que mais gosto?

janeiro 14, 2018 0 Comments
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Qual a parte de mim que mais gosto? Não sei muito bem o que escolheria em primeiro lugar, porque até que gosto de quase tudo em mim, mas a ter que ser, muito provavelmente seriam as mãos. São o motor de tudo o que faço, gosto de as olhar, de as enfeitar, de as manter como a extensão do que sou. As minhas mãos nunca se fecham, são abertas tal como tudo na minha vida, estão sempre prontas a segurar as que se estendam para mim, e nelas cabe o meu mundo, inteiro, sobretudo quando percebi que com elas cuidava, como ainda faço, dos meus e de todos quantos consigo amar. Tanto que eu produzo, todos os dias, tanto que faço acontecer e que toco, com estas mãos que são tão pequenas quanto é grande a minha capacidade de as preencher.

As mãos tocam, afagam, acariciam faces, corpos, cabelos. As mãos mostram, sem palavras, o quanto desejamos outra pessoa e até onde podemos ir. As mãos, as minhas, são o meu reflexo, são a minha marca.

Não gesticulo em demasia, controlo cada possível descontrole, gosto de passar, pelas mãos, a minha firmeza, mas também a minha capacidade de me manter pouco exposta, porque não tenho que ser "sonora" para me fazer ouvir. O que seria de mim, sem as mãos que me tranquilizam, quando mais ninguém está suficientemente perto? O meu corpo sabe do que falo, todo ele, a minha alma usa-as para que saibam o que sinto, como, quando e com quem.

Estou a olhá-las, como não me esqueço de fazer, todos os dias, porque são do formato, do tamanho e da determinação que me caracteriza. Com elas serei capaz de fazer nascer e de matar. Com elas uso o que aprendi para que possa mudar o meu mundo e o dos que conseguem fazer parte dele. Com as minhas mãos sei que te tocaria agora, da forma que certamente, precisarias para que tivesses a certeza de que nunca se movem em vão, e que a fazê-lo terá que ser no corpo certo, num outro para além do meu, e com elas sei que seria capaz de nos juntar.

Até a força terá os seus limites!

janeiro 14, 2018 0 Comments


Até a força terá os seus limites e é por isso que sinto que a fonte de onde bebo a minha força, de onde retiro as energias para os percalços, para suportar os desamores, e para aprender a encaixar com paciência a burrice generalizada, a mentalidade cinzenta e o mau carácter, por vezes seca e eu transformo-me num bicho mau.

Não sei onde vou buscar a capacidade para puxar dos galões, bater os pés e mostrar, para quem tende a estar distraído, que sou eu quem mando, comando e decido. A bem, sou um doce de mulher, ui, até pinga mel para o chão, a mal... eu nem teria como explicar por palavras, precisariam que me estar a ver.

Abomino faltas de carácter, a incapacidade de se olhar para o próximo, o usar e abusar dos mais frágeis e é nessas alturas que me transformo. Bem dizia o meu pai que sou enxertada em corno de cabra, por isso cuidado então com as marradas, porque os cornos, no mundo animal, não são exclusividade dos machos e eu acredito que as fêmeas marrem com bem mais força.

Até a força terá os seus limites, mas a sorte de alguns é que a minha fonte se regenera, quem sabe não é da chuva!

13.1.18

Quando estamos sozinhas...

janeiro 13, 2018 0 Comments


Quando estamos sozinhas ganhamos umas manias da merda, mas são as nossas merdas, de mais ninguém e por isso não incomodam, a não ser... Pois é, mas como é que alguém depois se adapta e entra na nossa vida com tantas manias? Ainda não sei a resposta a essa pergunta, nem sei se quero alguém na minha vida. Gosto dela. Gosto do que faço com ela, gosto dos espaços e dos momentos que crio para mim. Pronto, já disse!

Falo ao telefone durante horas, com uma das meninas e faço tudo o resto em casa, acabo com uma dor atroz no pescoço, mas nada fica por dizer, não nesse dia. Não sou totalmente livre, tenho filhos, mas eles sabem como se adaptar, temos rotinas bem orientadas e já consigo ter o meu tempo. Consigo respirar, dançar até que me doam as coxas, tomar duches longos, sair nua da casa de banho, ah e não menos importante, masturbar-me. Pronto, já podem fechar a boca. Mas a propósito, digam-me qual é a mulher numa relação que o faz sem problemas de consciência e sem achar que está a trair o dito cujo? Pois, algum bem há-de advir da coisa, de estar sozinha.

Quando estamos sozinhas demasiado tempo, dividir torna-se complicado, mas possível, digo eu para me convencer. Depois certamente que poderei escrever sobre o assunto quando o viver, ou não, isto de acumular manias como se de troféus se tratassem, dificulta muito a capacidade de ver para além de nós mesmos. Nunca nada será perfeito...