13.4.18

Beijos?

abril 13, 2018 0 Comments
Que beijo sincero


São muitos os beijos. São estranhos alguns dos que damos e recebemos. São tantos os desperdiçados, mesmo que desejados e sofridos. São beijos de quem amamos muito, por vezes demasiado. São beijos de quem não queremos, mas que nos beijam assim mesmo. Beijos que sabem a um sabor que ninguém identifica, mas que nos enchem e preenchem e não apenas de prazer. Beijos que acordam para a vida e impedem de uma morta solitária. Beijos que pedem muitos mais de volta!

Já muito se escreveu, eu inclusive, sobre a importância de dar e receber beijos, porque desses não nos cansamos, não se forem de e para a pessoa certa. Não há nada que um bom beijo não cure e quando os temos na medida certa, nada nos falta.

Gosto de beijar, tal como a maioria das mulheres, mas sofro de falta, muita, até porque não ponho a minha boca em qualquer uma, no way. "És esquisita, então aguenta". Não se trata de esquisitice, mesmo que o seja por vezes, trata-se de querer TUDO aquilo a que tenho direito, mas BEM feito. Gosto de beijar e até levanto o pé direito quando me espetam um bom e doce beijo, mas gosto de saber como, onde, porquê e sobretudo com quem, mesmo que agora falte pouco para desatar a beijar todos quantos me apareçam pela frente.

Beijos, venham eles e não apenas hoje, please!

12.4.18

Qual é a cor da tua cor?

abril 12, 2018 0 Comments
@ematimofei


Qual é a cor da tua cor? Como te identificas e avalias, de que forma as cores estão presentes na tua vida e na tua personalidade? Será que tens a segurança e a força do azul. O optimismo e a clareza do laranja, ou a juventude e a coragem do vermelho?

Eu alimento-me das cores, envolvo-me nelas e sei que não teria forma de me enrolar, apenas num branco inerte, no vazio e frieza que provoca. Terei sempre que dar enormes pinceladas das cores que mudam os meus dias e que fazem de mim este ser tão emocional, tão intenso e vivo.

Fico sempre surpreendida quando me respondem não ter uma cor favorita, ou uma menos interessante, porque temos que saber tirar partido, nós os visuais, deste maravilhoso dom. Se ao menos pudéssemos ver as pessoas pelas cores. Se as conseguíssemos catalogar, percebendo de que forma irão mudar o nosso espaço e se entrarão em nós com a vivacidade ou a baixa frequência que as cores provocam...

A minha cor especial, da qual sou TOTALMENTE dependente e viciada, é o azul. Com ele vem-me a sensação de mar, de água, de céu, de movimento e está presente em praticamente TUDO o que nos rodeia. O meu esforço é enorme para me dosear, porque de contrário mergulharia toda a família numa única cor, mesmo que tenha diversos tons e certamente que se sentiriam enjoados e cansados, algo que para mim é impossível de acontecer.

Li numa avaliação de cores, que o azul representa a confiança, a segurança e a força. Pois! Porque será que gosto tanto dela então? Está mais do que explicado, sou eu em cada pincelada, mais ou menos desbotada, e é por essa razão que gostaria de atribuir uma cor a cada pessoa, percebendo o que as move e em que direcção.

Já aumentei um item na minha lista de perguntas. Já vos falei da minha lista e agora vou passar a riscar os itens da mesma, para saber se o dito cujo se enquadra ou não na minha visão da vida. Assim sendo, vou perguntar - "de que cor és tu"?  - Espero que resulte e que me ajude de alguma forma, partindo do princípio que terão realmente uma resposta visual!

11.4.18

Dizer o quê?

abril 11, 2018 0 Comments
ЅℰXUᎯℒ ✦ ᏇᎾℳᎯℕ - Pinterest: Crackpot Baby


Há muito pouco que adiante dizer, se do outro lado de nós nada for ouvido. Existem pessoas, momentos e sentimentos que nunca serão partilháveis, por mais que as consiguemos amar.  Dizer o quê, quando as palavras não bastam, ou ecoam demasiado forte e fora de contexto?

Somos, cada um de nós, fruto de tudo o que acumulámos, ano após ano, em experiências que nos vimos forçados a repetir, ou a deixar de lado. Tivémos parte do que fomos capazes de conquistar, mas certamente que não atingimos metade do que sonhámos, não por falta de talento, nem tão pouco por falta de vontade, mas porque nos encolhemos perante o que nos abanaria, inevitavelmente, mas apenas para nos melhorar.

Mudar dói. Mudar obriga a escolhas que assustam. Mudar arranca-nos raízes, mesmo que delas já não venha qualquer "alimento". Mudar é o que desejamos e precisamos para mudarmos tudo à nossa volta, mas mudar é o que escolhemos, muitos de nós, nunca fazer. Dizer o quê? Logo eu que mudo sempre que me mude por dentro. Mudo de pessoas corrosivas, caústicas e danificadas. Mudo de ar, quando o que respiro me impede de respirar. Mudo de amor, aquele que sinto, se senti-lo não me permita amar-me em primeiro lugar. Dizer o  quê aos que temem até a sombra? Muito pouco, porque as palavras que usar não farão eco. Não, porque as temem mais do que a tudo o resto. Não, porque já sabem a verdade e ela apenas lhes recordaria da mentira eterna. Não, porque já desistiram, há muito e eu desisto dos que não querem continuar a aprender.

Dizer o quê, quando já disse tudo?

10.4.18

GRITAR!

abril 10, 2018 0 Comments
Sarah Connor #sarahconnor


GRITAR impõe-se de cada vez que nos sentirmos doer por dentro, mas com uma dor que ninguém explica, porque chega de tão fundo que nos parece querer apagar a alma. GRITAR pode ser um acto de coragem. Um desprender de amarras. O afirmar de quem se toma por pessoa e precisa, como de pão para a boca, de ser respeitada e admirada pelas escolhas, mesmo que erradas.


Nunca deixo nada por dizer e se gritar é o que me permite continuar, faço-o, com o mesmo à vontade com que canto e incluindo-o nas minhas rotinas para que não me afogue, mas 
calma com esta coisa do gritar, porque ele pode não ser no sentido literal da palavra. Por vezes os gritos saem sem sons agudos, mas numa determinação que basta para que nos levem a sério. Gritar afirma-nos e reafirma tudo o que tantas vezes repetimos para que nos oiçam.

Conheço tantas pessoas sufocadas, com palavras que recusam deixar sair, olhando, sempre, para todos os lados, certificando-se de que não serão julgadas, que manterão a classe, como se por classe entendessem o nuca levantar a voz, o olhar de forma tranquila, sem deixar que os olhos chispem, de raiva ou de cansaço. Ter classe significa ter postura, carácter, algo a dizer e que até poderá doer a alguns, mas que virá para clarificar mal entendidos.

Os "arrumadinhos", e estou a tentar ser gentil, não lhes "gritando" que a falta de um nome e postura é tão limitador que dói, esses, vão acumular doenças incuráveis, mágoas que se manterão e com as quais não saberão mais lidar. É bom que entendam que no final pagarão tudo isso, tornando-os seres totalmente indesejados e sem qualquer capacidade de aligeirar as palavras que já não terão mais como conter. Nessa altura, inevitavelmente, acabarão como acabam os que nunca souberam explicar o que precisavam, sozinhos!

Falta, mesmo, não sei se fazes...

abril 10, 2018 0 Comments
Love the body


Já me estiveste tão dentro, que respirar se tornava mais difícil do que correr e olha que correr é duro. Já me ocupaste mente, corpo e alma, até que passasse a duvidar de mim mesma, não percebendo onde começava eu, e terminava o que supostamente serias. Já chorei até que as lágrimas secassem e me secassem por dentro e ri com gargalhadas tão sonoras que me julguei tola e descompensada. Já te amei com a intensidade dos condenados, mas acabei cansada de tanto amor mal distribuído...

Falta, mesmo, não sei se fazes, não agora. Não com tanta mudança interna. Não depois de saber que só posso precisar de quem esteja. Não com o cansaço que me assola só por me atrever a espreitar o passado. Não quando já adormeço em paz e acordo confiante. Não por saber, como só eu poderia, que mereço muito mais do que alguma vez deste.

Ainda não fui capaz de avaliar a entrega absurda e desmedida, que votamos a quem nos move o orgão principal, mas da forma errada, trucidando-o e vetando-o ao desespero. Não sei, com certeza absoluta, porque nos tornamos cegos, surdos e demasiado mudos, perante faltas aterradoras. Não entendo a passividade perante os que não se disponibilizam, escolhendo apenas o que lhes serve, e abandonando quem nunca os abandonaria. Nunca terei forma de aceitar tanto desamor.

Falta, mesmo, sei que já não fazes, até porque mataste a parte boa e o que sobrou já não servirá a ninguém!

8.4.18

Do que falamos afinal em primeiro lugar?

abril 08, 2018 0 Comments
//Lu


Do que falamos afinal em primeiro lugar? Ui, esta categoria é explosiva. Temos aqui uma divisão clara no que diz respeito às conversas de circunstância. Na maioria das vezes somos bombardeados com notícias mórbidas, doenças incuráveis, tratamentos dolorosos e tudo isto num par de minutos, pondo-nos os cabelos em pé, porque existem pessoas cujo maior talento passa por despejar negatividade em cima dos incautos, dos que não encontraram forma de fugir. Depois também nos cruzamos com os que reparam, em primeiro lugar, no que aparentemente temos de errado e quando nos atrevemos a dizer que está tudo bem, que o mundo não está a desabar sobre nós, franzem o sobrolho e duvidam, pois, têm mesmo que duvidar, porque as pessoas normais padecem de problemas GRAVES! Estas pessoas têm um nome, mas eu não vou dizer, não me apetece abandalhar.

As mulheres, essas, para a inveja são um portento. Como é que as outras se atrevem a parecer tão bem, como se a idade não lhes passasse por cima?  

- Deve andar a enganar o marido, ou o companheiro, ou pior ainda, a fazer plásticas 

Oh pequenez, isto é o que faz andarem focadas na vida alheia, esquecendo-se de olhar para as suas, mesmo que sejam desinteressantes.

As pessoas, homens e mulheres, de classe, falam do que importa realmente. Espalham boas energias. Riem e enchem-se de orgulho dos sucessos e felicidade dos amigos e familiares. Quando estamos pouco tempo com alguém, o que se torna importante é "arrancar-lhe" boas notícias, algo que tenha conseguido executar bem, promoções ou mudanças de vida, para melhor.

Eu sei que por norma o português é fatalista, mas felizmente já me vou cruzando com pessoas que sinto vontade de voltar a ver. Quanto aos outros, sorriam porra, é que já estão a ser vigiados!

Depois do muito, do pouco e do nada!

abril 08, 2018 0 Comments
É febre e amor e eu quero mais; Sério, é tooo esse mistério... Marina Lima.


Estar de volta a mim é o que consigo fazer sempre que o que não me serve tem que ser refeito. Analisar, sem demasiado coração, mas com todo o cérebro de que sou feita, restaura-me e deixa-me pronta, porque nada do que sou parece bastar-me. Nada do que tenho me deixa quieta demasiado tempo, porque posso ter bem mais e proporcionar TUDO, primeiro a mim e depois a quem me olha e escolhe.

Depois do muito, do pouco e do nada, continuo o meu caminho, sem receios, ou cada vez com menos. Já ter sentido cada um dos percursos. Já ter saboreado cada sabor e definido quais me conseguem mover, levo a minha vida a viver, comigo, por mim e com os que irão, SEMPRE, fazer sentido. Depois do muito, do pouco e do nada, sei saber sem demasiado esforço. Sei encontrar estradas que outros percorrem e não vêem. Sei antecipar-me, mudando de direcção quando seguir em frente já não seja necessário. Depois do muito, do pouco e do nada, relativizar é cada vez mais o meu modelo e ele funciona, definitivamente.

Tanto que me perguntam sobre fórmulas, medidas e pesos. Tanto que parecem buscar, na busca que já fui capaz de fazer, por soluções mágicas, mas nada surge só porque sim e nada se encontra sem que saibamos onde procurar. Querem saber sobre as fórmulas? A única que parece funcionar, para mim, é o autoconhecimento. Sei de mim. Sei quem sou. Sei para onde tenho que ir, quando e porquê. Em relação a tudo o resto, sou como o comum dos mortais e também estou sujeita às leis da natureza e não raras vezes sentindo que é das minhas fraquezas que me cresce a força.

Quando formos capazes de subir todos os degraus, mesmo que a arfar, sentiremos o prazer da chegada e teremos como voltar a descer, regressando menos cansados e já sabendo o que nos espera!