31.1.21

O que me dirias se apenas tivesses 1 minuto?

janeiro 31, 2021 0 Comments



O que me dirias se apenas tivesses 1 minuto? Quanto deixaste por dizer quando afinal até tinhas todo o tempo do mundo? Quem poderias ter sido para mim se ao menos não tivesses reduzido ao mínimo tudo o que tínhamos para viver juntos? O que carrega agora o teu coração depois da distância que criámos? Quem o ocupa e que amor lhe tens prometido e cumprido? Será que já valorizas as horas que passam, não deixando passar em vão o que verdadeiramente importa? Quem vês quando fechas os olhos?

Os caminhos serão tão simples quanto o que já soubermos ter que caminhar. O que sentimos quando sabemos ser verdadeiro e forte, fortalece as dores e apaga os medos, porque assustador mesmo é não ter quem nos ame como todos já sonhámos um dia. Termos apenas 1 minuto não muda nada, porque o importante diz-se em segundos, faz-se sentir num beijo intenso e comprova-se num abraço sentido que vai parecer envolto em horas.

Se tivesses usado bem o minuto que te coube enquanto esperava e te olhava incrédula por tanta reticência, hoje já saberíamos tudo um do outro.

30.1.21

Sei bem quem és!

janeiro 30, 2021 0 Comments



Sei bem quem és, sempre soube, mas queria e precisava de saber quem serias comigo e por mim!

Nunca houve nada que não estivesse disposto a fazer por ti e por isso te dei tantas vezes bem mais do que tinha, mas na verdade tive de volta cada respingo de amor e todo o cuidado que sempre puseste no que guardavas para me encher de ti. Foste sempre tão certa e eu tão seguro da minha certeza, que só poderíamos ter ficado assim, juntos.

Sei bem o que já sabes sobre mim, porque nunca me retraio de te mostrar tudo o que tenho e que tanto te serve. Sei bem que se não existisses e não estivesse na minha vida, ela jamais seria tão plena e valiosa para ambos. Sei bem que mulher me coube e que homem afortunado passei a ser.

28.1.21

O que faço melhor agora?

janeiro 28, 2021 0 Comments


O que faço melhor agora, não importa se o dia nasceu triste e cinzento ou brilhante e quente, é passar-te o meu amor!

Temos todos um propósito na vida e uma vez encontrado, nunca mais nos voltamos a perder. Temos doses massivas de sentimentos puros e se não nos deixarmos "sujar" pelos males do mundo. Temos lugares que nos sabem a casa e casas que nos abrigam de lugares inóspitos, mas temos sem-abrigos de alma e a esses raramente conseguimos abrigar.

O que já não economizo nem guardo para mais tarde usar, é o que nunca se esgota porque me reabasteço da pessoa que me importa.

Somos seres tão vulneráveis quanto o medo de nunca sabermos como bastar, mas somos duma coragem admirável quando ao nosso lado se mantém, de forma igualmente firme, o amor que reconhecemos. Somos puros quando crentes e completamente danificados quando duvidamos até da sombra. Somos maiores do que a montanha mais alta, mas capazes de nos permitir reduzir a pó por quem não nos souber amar.

O que já não me permito é permitir que me mostrem o lado negro da lua, até porque já me habituei a usá-la para me encantar, tal como me faz o amor que arrisquei sonhar.

27.1.21

Já somos apenas tu e eu!

janeiro 27, 2021 0 Comments



sabemos como nos alhear do mundo e ficar, no nosso mundo, saboreando cada sonho sonhado até à exaustão, porque o propósito é torná-los realidade. não sucumbimos aos alertas e constantes correntes de opinião, porque na verdade apenas opinam os que nada sabem, de nós, do amor, do que nos mantém juntos e nos segura com uma cola invisível, mas tão eficaz. temos em nós a parte do outro que se encaixa e encaixamo-nos por isso mesmo tão bem.fomos e voltámos vezes suficientes para não precisarmos de mais nenhuma viagem que não nos tenha. não subtraímos palavras, agora usamos e abusamos do que o outro precisa de ouvir e cada um tem que saber dizer para que nada se esfume demasiado rápido. fazemos contas ao tempo que passa demasiado veloz e mesmo sem termos que correr, apressamos os passos que nos dirigem à pessoa que nos muda o universo. somos maduros o suficiente para sabermos que uma vez encontrada a pessoa que reconhecemos, deixá-la ir será desistir de quem somos. estamos definitivamente prontos.

26.1.21

Até onde podemos usar o amor como desculpa?

janeiro 26, 2021 0 Comments



Qual é a fronteira que delimita o que quero e considero certo, da vontade e desejos de cada uma das pessoas a quem tanto amo?

Saber quando estar sem que a minha presença seja intrusiva, mas nunca descurando a necessidade de estar mesmo, independentemente dos quês e porquês, força-me a uma ginástica mental contínua. O meu instinto e sexto sentido não podem desculpar tudo, por isso evito, a todo o custo, que me desculpem sempre que use e abuse do amor.

O que pode justificar a minha intromissão, até quando considere que tenho que me armar de escudo e espada para proteger quem afinal poderá já não precisar da minha protecção?

Os bens que mais demorei a conquistar foram a autonomia, a liberdade emocional e a auto-avaliação, porque na verdade preciso de muito pouco para além de mim mesma para decidir e escolher entre o certo e o errado, na minha perspectiva, claro está, por isso passei a respeitar o que os outros conquistam, dando-lhes espaço para que saibam quem são e o que lhes serve.

O que pode justificar o nosso alheamento perante tudo o que nos é verdadeiramente importante? Se entregamos o poder, não temos como reclamar de quem o reconhece e usa, certo?

25.1.21

Tanto que já teríamos se soubéssemos de que forma querer!

janeiro 25, 2021 0 Comments



"A história reza assim, dois irmãos, filhos dum pai que passava a vida bêbado, tornaram-se muito diferentes na vida adulta. Um deles tornou-se igualmente bêbado, mas o outro não tocava em álcool. Então um dia alguém perguntou a cada um - Porque razão bebes tanto? - Porque o meu pai era um bêbado. - Então e tu, porque razão não bebes álcool? - Porque o meu pai era um bêbado. "

Ora então vamos lá, somos ou não somos aquilo que escolhemos? As nossas vivências terão obviamente infuência, mas no final das contas, seremos sempre nós a determinar o caminho. Não nos escudemos por isso em desculpas vãs, usemos ao invés de bom-senso e determinação, envolvendo-nos em muito amor próprio e desculpando os que não sabiam mais, porque ser-se pai ou mãe, por si só, não bastará para que se saiba exactamente o que fazer, ou quando.

Uma árvore bem cuidada logo que plantada, crescerá direita e viçosa, mas aquela com a qual ninguém se importou, também poderá dar frutos e sombra. Reduzirmo-nos ao ambiente e à educação, será sempre demasiado redutor, porque termos vontade, força e foco, poderá levar-nos bem mais longe.

A minha análise de hoje vai ao encontro dos que se "vestem" de desculpas e de lamúrias para justificarem a falta de vontade em melhorar, mantendo o foco e a persistência na fraqueza e na escassez, mas se assim fosse, estaríamos todos marcados pelo ferro do fatalismo e do alegado destino.

Querer é poder e não existe poder maior do que o da escolha consciente. Isto vale para tudo na vida, seja ele aparentemente pequeno, ou tão grande que nos destaque de todos os outros. Querer ser melhor, fará com que nos cuidemos ao ponto de cuidarmos dos outros; Querer ver a luz da integridade em toda a escuridão que sempre nos rodeia, fará com que ela irrompa por nós dentro e ilumine os outros à nossa volta; Querer ser um exemplo fará de nós um exemplo a seguir; Querer que se saiba porque razão se quer algo, aceitando que tudo se justifica, justificará as escolhas que sempre seremos forçados a fazer; Querer amar sem condições todos os que também precisam de andar por aqui, tornará o mundo um lugar mais azul (escolhi esta cor porque é a minha favorita).

Tanto que já teríamos se soubéssemos de que forma querer!

24.1.21

Como é que fugimos do mundo para sermos nós?

janeiro 24, 2021 0 Comments



Como é que nos mantemos num namoro constante para revitalizarmos a única coisa que nunca deve morrer? Como se acorda e adormece com a mesma vontade, a de termos e fazermos feliz a pessoa que nos deixa numa felicidade tola, TÃO mas necessária? Como se recordam as palavras do início, as que nos envolveram e abraçaram com uma força imensurável e capaz de afastar todos os males? Como é que se resiste à futurologia constante dos mal-amados, sendo que é quase sempre negativa e apocalíptica? Como se revitaliza o desejo de continuar a ter desejo de quem compartilha tudo, sobretudo o corpo que nos mantém vivos e no aviva o que nos levou ao outro a primeira vez? Como é que se aprende a amar de forma simples e se simplificam as atitudes e as expectativas? Como é que fazemos para sermos apenas nós os dois a fazer o que nos importa, parando de nos importar com os outros e sendo genuinamente felizes?

Só precisamos de resistir ao mundo e envelhecer juntos.

23.1.21

Faço escolhas mais acertadas!

janeiro 23, 2021 0 Comments



Faço escolhas mais acertadas e talvez por isso acerte mais vezes no que me deixa bem. Já nem preciso de escolher com cuidado as palavras, porque apenas uso as que me servem e não perturbam ninguém. Olho de forma tranquila para tudo o que me rodeia e rodeio-me apenas de motivação, boas energias e pessoas positivas, mesmo que estejam longe. Percebo do que me decido a aprender e aprendo com uma rapidez que nunca cessa de me surpreender. Estou verdadeiramente comigo, até quando a mente se enrola e rebola numa vontade em crescendo de apenas fazer o que faz sentido. Já não julgo os que sentem medos desmedidos, até porque também já lá estive, mas recuso deixar-me abraçar pelo que se tornou simples e claro. Há em mim uma mulher nova a cada acordar, talvez por isso as noites se estendam e recusem a terminar. Há uma sabedoria que apenas o tempo que me ofereço permite e é desta forma que me vou dando permissão para testar o que tanto adiei, escudando-me em desculpas infindáveis, mesmo correndo o risco de nunca me vir a desculpar, mas felizmente cheguei ao ponto e lugar onde tudo deixou simplesmente de passar e passei a melhor saber como cada pedaço saborear.

Faço decididamente escolhas que me incluem e já não desiludem, simplesmente porque parei de procurar peças para colocar em posições incomuns e passei a posicionar apenas as que posso realmente encaixar.

22.1.21

Porque será que te adiei?

janeiro 22, 2021 0 Comments



Os planos foram de repente adiados e com eles foram-se os momentos planeados ao mais ínfimo detalhe. O nosso casamento não aconteceu no dia e hora antecipados, enquanto antecipava um dia de sonho, recheado com todos os detalhes vistos e revistos, por mim, sempre por mim que pareço ter colocado a minha vida em pausa para viver um único momento, esperando que fosse um momento único, mas de repente...

Que importância dei afinal a nós e ao que deveríamos querer em conjunto? Quando é que me tornei esta pessoa egocêntrica e egoísta? Para onde virei as prioridades, enquanto deixava de lado todos os momentos que deveríamos continuar a viver?

Já deveria ter aceite que os contos de fadas não são exemplificativos da realidade e simplesmente reconhecer que seremos tudo o que fizermos de nós, e que ninguém deverá carregar o "fardo" da superação de sonhos alheios, porque nunca será atingível.

Onde deixei os votos a respeitar em cada acordar e adormecer? Que mulher passei a ser enquanto deixava passar dias quentes com passeios na praia e o chocolate quente em dias frios, mas nos quais estávamos firmemente juntos? O para sempre não acontece apenas depois da cerimónia, do vestido chorado quando olhado; das inúmeras provas de bolo, mesmo sabendo que gostavas de todos; do orçamento megalómano para as flores cujos nomes desconheces e para o programar do que nem parece ser também para ti. O para sempre começou quando começámos a relação que esqueci por um breve período, mas que agora preciso de resgatar. O para sempre somos nós os dois em cada decisão e não uma meninice que já não se emoldura neste milénio.

- Meu amor?
- Sim pequenina, diz-me o que precisas?
- Preciso que me pegues pela mão e me transformes na tua mulher.
- Assim, agora?
- Assim o permitam os registos e me perdoes tu por todas as decisões que não te incluíram, quando afinal tens a única importância que me importa.

Os nossos planos nunca mais voltarão a ser adiados, não para que me arrisque a esquecer do que afinal nos trouxe até aqui.

21.1.21

Nunca te cheguei a conhecer...

janeiro 21, 2021 0 Comments



Nunca te cheguei a conhecer mesmo quando achava que conhecia tudo sobre ti. Senti então que me marcavas com ferros quentes, mas como afinal tudo o que começa também termina, terminou o que me ligava a ti e fiquei subitamente livre. Tínhamos conversas demasiado intensas e aparentemente cheias de sentimento, mas na verdade faltava o mais importante de todos, o amor desinteressado, descomplicado e seguro, mesmo com toda a insegurança que sempre rodeia as relações.

Nunca entendi o que te fazia recuar, talvez a minha aceleração e busca incessante em te fazer feliz, mas sei hoje que a felicidade que me fizeste sentir foi real e que se manteve pelo tempo que permitiste. Foi sempre em vão que te tentei passar a confiança que merecia, mas acabaste a provar-me que não mereceste TUDO o que te dei sem qualquer cobrança.

Houve um final de estrada anunciado bem cedo, mas como escolhi olhar para o lado contrário e acreditar que o amor falaria mais alto, falei menos comigo e parei perigosamente de me ouvir. Foi TANTO o que aprendi contigo, até o menos bom, que agora, depois do que me parecem muitas vidas, já não existem palavras sem legendas nem sentimentos desproporcionados.

Nunca cheguei a saber ao que saberias se fosses realmente a pessoa que fantasiei, mas bebi o antídoto da desilusão e nunca mais me desiludi com os que sabem menos, sentem pouco e nunca passarão a barreira dos amores pequenos. Nunca mais me voltarei a deixar em segundo plano, não depois de ti e não depois da mulher que passei a ser.

20.1.21

Quando achares que já te rendeste, rende-te ainda mais!

janeiro 20, 2021 0 Comments



Quando achares que já te rendeste, rende-te ainda mais!

Aprender a aligeirar, a deixar seguir, seguindo com mais calma e sabendo de que forma usufruir, deve ser uma meta a atingir. A vida tem ritmos próprios e de nada nos adianta tentar apressá-la. O amor tem planos para cada um de nós e querer que chegue depressa, sem acautelar o que precisamos que nos traga, só trará resultados aquém dos esperados. A paz tem exigências e apenas a sentimos quando deixamos de sentir pressa de tudo.

Quando achares que estares quieta te impede de avançar, percebe que ou percebes mesmo o que fazer e quando, ou o como nunca te será revelado.

Sente com mais profundidade e generosidade, sendo-o sobretudo contigo, porque dares-te muito vai permitir que recebas de igual forma. Mas será que demora? Demora o tempo que demorares a aceitar que és tudo o que pensas e que por isso atrais o que és.

Quando achares que já não vais a tempo de melhorar, melhora no primeiro dia e todos os outros se seguirão.

19.1.21

Pressa, para quê?

janeiro 19, 2021 0 Comments



Pressas, deixei de ter, mas quero muito, tal como antes, chegar ao meu lugar emocional e ficar. Vontade de viver sempre e a cada dia cheia de vontade de algo diferente, novo ou até igual, mas bom, é o que me move agora. Desejos por realizar, uns quantos, porque continuo viva e com a criatividade ao rubro, mas quando a paz me invade e tem acontecido a cada segundo, percebo que vou chegar porque para isso fui trabalhando, até quando o fazia sem consciência aparente.

Por onde andam as pessoas que antes procurava, mas que deixaram de fazer falta? Quem eram e sobretudo quem era eu quando as procurava? O que precisava de encontrar acompanhada que agora acho tão facilmente sozinha?
Pressa para quê quando o que devemos querer mesmo é bastante solidez, muita firmeza e mãos cheias de sabedoria?

18.1.21

Será que temos TUDO?

janeiro 18, 2021 0 Comments



Temos fases, momentos que fazem sentido quando os vivemos porque nos cabem e ajudam a sonhar, em que apenas sonhamos com um amor grande, um que se sobreponha a tudo e a todos e que não nos fuja. Temos meninice quando é suposto ela existir e é assim que passamos a acreditar no que até é possível, se ao menos encontramos quem nos encontre e queira ficar. Temos vivências e experiências que não poderemos reviver e é assim que percebemos que o agora, no hoje, depois de muita vida, nenhum amor voltará a ser encarado da mesma forma e igual simplicidade. Temos mais maturidade quando nos trabalhamos para sabermos como deixar passar o que faz sentido e é desejável. Temos ainda esperança e sobretudo confiança em nós, mas já não esperamos por nenhum príncipe ou princesa, muito menos um que venha montado num cavalo branco e numa que se mantenha bonita e doce para sempre. Temos todas as ferramentas que decidirmos procurar e temos um coração gigante que se estende e abraça o amor que nos venha acrescentar e completar, permitindo que os sorrisos balancem no canto dos lábios e os olhos se iluminem a cada acordar. Temos TUDO, quando decidimos querer apenas TUDO e nada MENOS do que o MUITO com o qual ainda podemos sonhar. Temos esta vida e muitas outras para escrever sobre o amor sem que nunca nada seja completamente dito.

16.1.21

Ama-me sem reservas...

janeiro 16, 2021 0 Comments



Deixa que o melhor de mim chegue até ti sem qualquer esforço. Permite que o que tens de real mude a minha realidade para que possamos ambos sair do sonho e finalmente viver. Cede à vontade que tens de ser minha e aceita que apenas comigo serás a mulher que reconheces. Ama com intensidade e não receies assustar-me, porque medo só sinto de nunca te poder vir a ter.

Rouba-me todos os minutos e prometo que transformarei as nossas horas em momentos únicos. Aceita-me hoje e verás que afinal sempre estiveste certa e que certamente já te deverias ter rendido, a mim, ao amor que te tenho e que se agiganta a cada dia; aos toques que serão teus até que me peças para parar e aos inúmeros beijos apaixonados que te preencherão boca, alma e coração.

Ama-me sem reservas e enche-te de coragem para viveres em pleno a única vida que te poderá fazer sentido. Olha-me com atenção para que possas ter um vislumbre de como será teres-me por perto até ao final dos nossos dias. Confia em mim desta vez, por uma vez que seja e saberei como te provar que apenas comigo serás verdadeiramente feliz.

13.1.21

Quem sou eu?

janeiro 13, 2021 0 Comments



Quem sou eu e quando sou mesmo eu quando os outros estão por perto? Quantas vezes sorrio com vontade e quantos sorrisos são apenas ofertas, sopros de positividade para os mais negativos? Que partes de mim entrego a quem amo e quantas escondo para que não me conheçam as fragilidades? Quem conseguirá saber o que carrego quando não o digo?

Quanto tempo levamos para deixar de fingir, retendo o que não deve ser escancarado, mesmo que alguns o façam sem qualquer pudor?
Será que sou diferente para cada um, ou sempre a mesma até quando sinto que as diferenças me atingem e forçam ao que não me deixa confortável? Serei sempre natural, sem esforços hérculeos, ou já tão plástica que até a mim me engano?
Quem sou eu quando sou apenas eu, sem olhares, sem palavras, sem cobranças ou expectativas? Quem é que me conhece verdadeiramente enquanto espero que não conheçam tudo e me deixem simplesmente ser à minha maneira? Afinal quem sou eu para mim?

11.1.21

Quem foi que disse que os olhares não têm toque?

janeiro 11, 2021 0 Comments



Quem foi que disse que os olhares não têm toque?

Estamos a viver momentos diferentes, assustadores e tão inconvenientes, que por vezes até me esqueço que sou mulher e que os homens continuam a existir. Ando tão focada no que preciso de fazer, que já não faço o que me pode manter viva, de coração descompassado, mas na passada certa e de pele arrepiada. No entanto os dias crescem e com eles os acasos.

Tens seguramente os olhos mais bonitos que já vi e não apenas pela cor. Tinhas à vista o possível, porque com este frio polar a roupa carregava-te, tal como o fazia a mascara, mas a verdade é que te vi, vimo-nos e olhámo-nos sem pressa, sem qualquer desconforto ou inibição perante todas as pessoas que passavam. Não sei quantos minutos passaram, mesmo que tenham sabido a longas horas duma conversa sem palavras, não das que se dizem mesmo, mas das que se ouvem e sentem. Não sei quem és, não me apeteceu perguntar, talvez porque tenha sentido que nos voltaremos a ver, ou quiçá por ter duvidado de próximos episódios.

Quem foi que disse que até um dia não planeado nos pode deixar com vontade de fazer planos?

10.1.21

Será que gostava de acreditar no amor?

janeiro 10, 2021 0 Comments



Gostava de ser capaz de me voltar a apaixonar pelo amor e por tudo aquilo que ele representa enquanto somos capazes de acreditar. Gostava de voltar a sentir vontade de o ter na minha vida de forma consistente e tranquila. Gostava de deixar de lado esta sensação de desistência pacífica, porque se ela acabar colada como uma segunda pele, dificilmente haverá retrocesso.

Já mal me recordo de como era começar e terminar os dias com um amor certo, porque certo será tudo o que nos fizer bem. Já nem sinto saudades de uma voz diferente, empenhada em palavras que me mantivessem acordada, apaixonada e devidamente enamorada. Já estarei, muito provavelmente, conformada com a inexistência de alguém que me motive a recomeçar a viagem com tudo a que ela tem direito, as borboletas na barriga; os beijos a toda a hora e a horas inconvenientes, para os outros claro está; os risos parvos e os toques que nunca parecem tocar o suficiente.

Já deixei de querer enumerar as qualidades que me acertam, talvez porque esteja finalmente certa de quem sou, bastando-me o suficiente para que não tenha que esperar por quem nunca chegou, ou pior ainda, procurar por quem muito provavelmente nem sequer existe. Já estou tão envolta na minha paz interior, que parei de "comprar" cartas náuticas para mares revoltos. Já não preciso de guerras emocionais e muito menos de pessoas inseguras e sem metas prováveis. Já me reformei dos solavancos do coração e das corridas paradas, daquelas que nunca nos levam a lugar algum.

Gostava de acreditar que ainda sou das que acredita no amor, mas a verdade é que escolhi amar sem ter que provar qual a intensidade que imprimo a um sentimento tão natural quanto é respirar. Gostava de dizer que ainda não me "reformei" sentimentalmente, mas depois de ter espreitado e arriscado entrar no único lugar onde realmente me sinto eu, escolhi atirar para bem longe a chave, e que bem que me soube.

9.1.21

O que te diz a tua intuição?

janeiro 09, 2021 0 Comments



Acreditas na tua intuição, ou receias o que te surge de forma natural e óbvia sempre que precisas?

Sei que gostávamos de viver com manuais de TUDO e que nos guiassem nas relações e na tomada de decisões prementes. Sei que o fácil assusta pela simplicidade, mas na realidade as coisas até são simples, nós é que as complicamos. Sei que até já sabemos o que precisamos para decidir de forma sábia, mas o medo de errar e de estar a avaliar de forma descuidada, inibe-nos, mesmo que nos provemos certos a maioria das vezes.

Evoluir e subir patamares também nos traz responsabilidades acrescidas, talvez por isso alguns o recusem fazer com ENORME determinação, até porque ter razão nem sempre é sinónimo de paz. Tanto que gostava de errar mais vezes, só para não ter que ver os "filmes" de forma repetida, é que saber o final de cada um também cansa. Saber o que nos diz o instinto significa já o ter descodificado e quando acontece, fugir dele torna-se desnecessário.

Viver é realmente um BEM inestimável, mas viver BEM, com todo o sabor e sabedoria, é maior do que qualquer palavra usada, porque nem sempre precisamos delas para nos explicarmos o óbvio. Viver obriga a uma panóplia de sentidos e é apenas sentindo que podemos realmente saber quando ir, por onde, ou de que forma ficar, sem mágoas nem arrependimentos.

Quando a minha intuição toca o sino, eu oiço-a com MUITA atenção!

6.1.21

Qual é a nova moda?

janeiro 06, 2021 0 Comments



A moda agora passa por se relatar de forma "livre", acontecimentos reais! Esta foi a forma simpática que encontrei para dizer coscuvilhar à grande, sem quaisquer filtros, nem respeito por pessoas que existem mesmo. A moda agora é apontar erros, reduzir grandes feitos e aumentar pequenos defeitos tornando-os TÃO grandes, que ninguém possa deixar de os ver. A moda agora é não aceitar qualquer responsabilidade por TUDO o que se faça com a intenção de cuspir fogo, esquecendo vidas de merda e sujando a dos outros sem apelo nem agrado. Oh gente danificada...

O que é que pode servir de desculpa para que se atropele os vulneráveis e se incite a uma violência colaborativa que não serve a ninguém? Onde foi que a maioria de nós desatou a julgar sem um julgamento digno e justo, declarando culpados os que nem se podem defender? De onde vem tanto fel e do que padecem afinal os atacantes de serviço?

A moda agora é tocar a todas as campainhas, mas com a firme intenção de incomodar sem resposta, acham "eles", porque a verdade é que o troco chega, pode até demorar, mas chega e depois a quem se irão queixar? Vou ficar por aqui à espera da resposta do universo, até porque já o vi em acção, foi sem qualquer dúvida justo, mas não foi bonito.

4.1.21

Os invernos da minha vida!

janeiro 04, 2021 0 Comments



O inverno, o frio e o recolhimento têm que servir para algo produtivo, por isso uso cada hora de luz e o primeiro despertar, para solidificar a minha versão de vida tranquila e feliz. Aprendi que é possível ter mais com menos; que é fazível mudar as rotinas e encaixar novas visões do mundo; que nos é permitido e desejável ser mais do que ter e é tanto que se tem quando o essencial já nos rodeia.

Viver devagar, saboreando cada novo momento, tal como se faz com um chá fumegante, é cada vez mais uma habilidade e estou a melhorar e a solidificar as minhas. Viver no aqui e no agora, sem adiar constantemente, sem reclamar e sem arranjar 423 mil desculpas. Viver sem repetir erros e deixando os medos bem enterrados, porque são eles que nos condicionam. Viver tendo o leme nas mãos e decidindo TUDO, até o aparentemente pequeno.
Não sei se é a idade a cobrar-me balanços, mas que avalio e olho com muito mais atenção para o que já construí, isso é um facto. Não sei se já atingi o patamar da coerência e clareza constantes, mas que já analiso e decido com mais determinação, isso ninguém nega. Não sei se finalmente entendi a matéria, mas que as provas chegam com melhores resultados, isso também asseguro. Não sei se serei apenas eu, mas sei que já faço correcções de rota sem qualquer esforço.
Cada inverno da minha vida carrega outras tantas primaveras e é dessa forma que chego ao verão sem recear que o outono faça recomeçar tudo outra vez.

3.1.21

Os anos passam...

janeiro 03, 2021 0 Comments



Os anos passam para que possamos evoluir e mudar, mas apenas nos mudam quando nos sentimos prontos. O foco não pode estar no calendário, mesmo que já saibamos, alguns de nós, que a conjugação dos astros nos infuencia. Querer diferente passa por ser e fazer diferente, não existem fórmulas mágicas.

Ainda estamos a viver e a conviver com o resultado dum ano há muito previsto, mas do qual nunca esperámos ter que escrever. Os efeitos não terminarão com o virar de 24 horas, as restantes, dia-após-dia, serão como as quisermos viver, se mantivermos vivas as imagens que não desaparecerão tão cedo, mas que eventualmente terão servido para algo. Assim o espero!
Tanto se tem falado em proximidade, cuidado e toque, mas continuo a perguntar porque razão teremos que perder, ou não poder, para querer? Juro que não entendo a raça humana e o seu constante foco no supérfulo para que se sintam grandes, no julgamento constante para camuflar fraquezas e na desvalorização do que realmente os pode tornar felizes. Desenganem-se os optimistas, porque a salvação não chegará agora, não ainda e não enquanto nos continuarmos a cruzar com quem apenas olha para o que é pouco exemplificativo do que se tem dentro.
Os anos passam, passou mais 1, mas para mim nenhum jamais o será em vão. Sinto-me reabilitada, mais sábia e mais motivada a conseguir o que tanto construí mentalmente e não precisei duma pandemia para o identificar. Os anos passam, mas se nada fizermos para nos cuidarmos interiormente, jamais nos cruzaremos com quem saberá fazer todo o percurso valer a pena. Os anos passam, mas o importante e real estará presente em cada novo dia.

1.1.21

Mesmo sem amor...

janeiro 01, 2021 0 Comments


Mesmo que sinta saudades de ter por quem acordar, confesso que acordo muito mais tranquila por já não precisar de sentir saudades de alguém. Até quando sinto vontade dos beijos, de ter uma boca que se encaixe na minha, sei que estar livre para beijar  quem escolher, ou nem sequer beijar, compensa tudo. 

Já ninguém me chama de querida ou me atira uns quantos "amo-te", mas já amei tanto e a quem escolhi, que não me sinto no direito de reclamar.

Mesmo que saiba que não ser a mulher de alguém me impede de alguns sentimentos bem poderosos, sabe-me bem perceber que tenho o poder que me atribuo e nem preciso de o justificar. Mesmo que não tenha uma qualquer metade inteira que se encaixe, vou tendo a força e a sabedoria para não lamentar nada do que decida escolher, porque sou a condutora do meu destino.