16.5.16

Não se pode. Não nos deixam!

maio 16, 2016 0 Comments
Yulia Gorbachenko : Amazing Colorful photography:


Chegamos a um momento na vida, em que parecemos não ser capazes de fazer, o que quer que seja, sem que outros lugares, pessoas ou situações, se interponham. Muito provavelmente, nunca fomos autónomos, decisores, não a cem por cento, de nós e dos nossos desejos, mas quando a idade avança, outros valores se levantam.

Os dias deixam de ser nossos. as vontades, dos outros, parecem sobrepor-se, de cada vez que sentimos vontade, de nós. As noites assustam, porque os acordares já não são tranquilos, nem previsíveis, se é que alguma vez o foram. Tudo parece ser mais importante e urgente e já nem respirar, de forma compassada, se consegue.

Não se pode. Já não posso, dizer que quero desta forma ou de outra, porque não depende apenas de mim. Não me cabe, apenas a mim, escolher, fazer, ou simplesmente deixar de querer. Não deixam, já não me deixam, seguir o que planeei, lá atrás. Já não se importam com o que me importava, e acabo a ser, apenas, um ser igual a todos os outros.

Não se pode, porque já não nos deixam apenas ser. Não se pode, apenas sentir, usufruir, e fugir, para bem longe, não levando nada nem ninguém. Não se pode, mesmo que se lute, deixar para trás quem não acrescenta, não envolve e não permite que se seja, que eu seja, o que afinal sempre acreditei que era.

Evolução? Inevitabilidade? Não sei o que responder, talvez apenas perdas.

15.5.16

Para mim é assim...

maio 15, 2016 0 Comments
.red curls.  I think if I paint this it might take 75 glazes to capture her glorious skin.:


Para mim por mim, o que faço, sinto e desejo é assim, MUITO, FORTE e INTENSO. Para mim que me sei de cor, mesmo quando as voltas da vida me levam a dar voltas ao contrário e mesmo que caia, sei que terei que me levantar rapidamente para que ninguém se assuste demasiado. Para mim ser eu assim chega a ser mais do que pareço aguentar, mas aguento. Para mim amar quem me chega, quem consegue entrar e ficar, é o que saberei fazer bem, numa entrega que só fará sentido por fazermos ambos sentido.


As razões, as questões, as dúvidas, todas e cada uma serão e virão sem que tenhamos muito para controlar. Mas eu, por ser assim, não perco a esperança e sorrio mesmo que a chorar, bastando que o sol brilhe, que a música certa toque e que o meu coração, o que está preenchido, me preencha.

Estou mais "crescida" e madura o bastante para entender, de uma vez por todas, que algumas coisas jamais poderão ser minhas. Estou consciente e preparada, para uma viagem nova, ao teu lado, sabendo que serás comigo, o que preciso, mesmo que o recuse. Estou diferente, algo castigada, com dores físicas que reagem intolerantes à dor que se propaga emocionalmente. Estou mais dura, mais preparada, mas sei que perdi o melhor, o que tinha de inocente, quando acreditava que me bastava acreditar e pronto, ficaria assim...

Para mim agora será assim, outra vez novo e diferente. Agora aceito e percebo que tenho que me aceitar assim!

14.5.16

Estou vazia!

maio 14, 2016 0 Comments


Estou vazia, sem alma e perdida, porque me deixei perder. Estou a perceber que até o que escrevo deixou de ser meu. Não sei para onde fui, quem é esta mulher agora, mas certamente que já não é a mesma. Estou vazia porque passei a deixar-me ir em sentimentos que poderão até nem ser os meus.


É mecânico. É frio e pouco natural. Deixou de ser apaixonado e apaixonante, deixei de ser eu!

Nunca me apaguei, não antes, não desta forma e nem sei porque o faço agora. Nunca foi tão pouco colorido, mesmo que negro, mesmo que sofresse, chorasse e gritasse sem sons. Nunca me deixei sem sabor, porque tinha sempre algum que identificava. Nunca parei de querer mais, da única forma que conhecia, com um desejo que me alimentava e transformava nos sonhos que queria sonhar. Nunca esperei parar de esperar e ao ires-te, fui-me eu também.

Pode ser que o tempo volte. Pode ser até que a minha veia e alma regressem, mas nunca mais serei eu, porque me deixei ir, porque desisti de mim e do que me incendiava num fogo bom.

Estou vazia, sem as músicas que dançava até que dançar fosse eu mesma. Estou vazia do que conheço, porque sempre me conheci, mas agora, no meu agora, restou muito pouco.
Quem sabe gritando e correndo mais veloz, não me reencontro. Quem sabe parando o que parecia ter iniciado da forma certa, não me tenho de volta, porque esta, eu, está vazia...

Não importa...

maio 14, 2016 0 Comments
Feelme/Não importa...


Não importa quem perdeste, o que passou a ser menos, pior, ausente, o bastante para te manter longe, de ti, porque o que importa, mesmo, é que não te percas do que vieste fazer!

Gostava de te poder dizer, com toda a serenidade que o teu amor me trouxe, que serás, sempre, demasiado importante para mim, e que terás, de mim e por mim, o que vivemos, juntos, mesmo que não o bastante. Gostava de te poder tocar, mais uma vez, de te olhar, com os olhos que conhecem os teus, mas sem lágrimas, apenas num calar tranquilo, para me recordar do que me recordava de ti. Gostava de conseguir perceber porque te quis tanto e mesmo assim te deixei ir.

Não importa, não agora, que não tenhamos conseguido seguir, prosseguindo com o que pensámos ser o bastante, usando os motivos que faziam tudo o resto ser, certo, seguro, e inevitável. Não importa, não para mim, e certamente que já não para ti, que sejamos incapazes de nos continuar a amar, porque nos amaremos sempre, da única forma possível, com um formato que talvez ninguém consiga entender, mas que para nós e connosco será o que se encaixa. Não importa que não me consigas ler, que as minhas palavras já não falem do que falava, tantas vezes, por ti. Não importa que afinal nunca me tivesses conhecido, porque já não precisarás de o fazer. Não importa que eu tenha desistido, da dor que a tua dor me infligia, porque teria que parar, tu terias que sair da parte de mim que não controlava.

Eu sei que ficarás, de alguma forma, comigo, com o que levarei para dias novos, com um outro no horizonte. Já não nos sentimos, nem ouvimos. Já não falamos, horas a fio, do tudo, e do nada de que era feito o nosso amor. Parei de sonhar contigo, de acordar e adormecer a querer o que nunca foste capaz de querer. Roubei, memórias, desejos, e sonhos. Roubei-me, a mim mesma a capacidade de continuar, mesmo que derrubada, mas sei que teria que ser assim. Sei que depois de ti, teria que haver mais, melhor, meu, para mim.

Não importa, não agora, porque já desisti, e porque desta vez já não dói.

13.5.16

Para mim és tudo o que me faz falta!

maio 13, 2016 0 Comments

Para mim és a minha pessoa. Para mim tens tudo o que preciso e até o que achava não me fazer falta. Para mim e apenas por tua causa, sei que o amor que carregas me consegue carregar durante o tempo todo. 

Os que se nos entram. Todos os que chegam como apenas é possível para a metade que a nossa metade reconhece, imprimem um sabor que mais ninguém iguala e é por isso que me deixas da forma certa, porque és mais do que o muito que sempre esperei. Tu és quem me segura, na certeza e nas incertezas de que são feitas as relações, mesmo as que têm muito amor. Tu, para mim, serás no amanhã, melhor, mais, muito mais do que és já. Tu, homem da minha vida, voltas e revoltas cada pedacinho de tempo e caminho que agora são também teus. Tu, és quem lutarei para manter, pelo menos enquanto lutares, por mim. Para mim o que já percebemos foi traçado lá atrás por "quem" sabia muito bem o que estava a fazer!

12.5.16

Inevitabilidades!

maio 12, 2016 0 Comments
"In her eyes, the sadness sings— of one who was destined, for better things.":

Inevitabilidades. Que palavra carregada e difícil de pronunciar, mas ela é mesmo a representação do que não conseguimos impedir de acontecer e há tanto que acontece a cada segundo e que nos deixa sem sabermos por onde ir. Era inevitável que retrocedesses, porque alguns navios são demasiado grandes, com percursos que levam a mares tão remotos, que apenas os mais duros resistem. Era inevitável que o choque da tua realidade, com a minha fosse o equivalente a uma avalanche de neve. Era inevitável que o que sou, o que tenho e carrego, na vida que eu escolhi, te abafasse e impedisse de respirar. Era inevitável a nossa diferença em todas as semelhanças que carregamos.

As inevitabilidades vão acontecer até mesmo quando tentamos muito. Por vezes as pessoas encaixam-se e levam, com todas as suas forças, para o sítio aparentemente certo o que têm ambos, mas inevitavelmente nem sempre basta. Não basta querer. Não basta ser determinado. Não basta olhar e ver mesmo. Não basta sermos apenas nós quando existem outros. Inevitabilidades. Fazem parte de todo o nosso processo evolutivo, ou apenas existencial. Perceber que não controlamos nada, sobretudo sentimentos, torna-nos inevitavelmente mais humanos. Eu sei que fiquei.


11.5.16

Dores que ficam!

maio 11, 2016 0 Comments
Sueños, Citas, Pensamientos, Quotes y Reflexiones. Búscame en Facebook: https://www.facebook.com/almade.colores.1:


Quais são as dores que ficamAs dores que ficam  deixam-nos lições demasiado duras, daquelas que nos fazem questionar tudo o que já construímos, mas que certamente virão com um propósito, resta-nos saber qual. As dores que um filho carrega, de cada vez que o temos que "carregar", o que deverá ser inevitavelmente sempre, levam-nos a perguntar se o que fazemos será mesmo válido, ou se o que escolhemos representar no final de cada etapa representará apenas NADA.

Nunca sabemos se falamos o bastante, se amamos o que lhes chega, se mostramos, com actos o que representam para nós e se seremos os certos, os pais que escolheriam se lhes fosse permitido escolher. Nunca sabemos o que parece chegar para que estar do lado certo chegue. Nunca sabemos se saberemos realmente o que fazer e como. Nunca seremos o bastante! i

Algumas dores, as de alma e que se propagam velozes para um coração que parece não conseguir suportar tudo, transformam-se em dores que ficam e que arriscam deixar a fronteira sem delimitar coisa alguma. Algumas dores não se explicam, apenas se sentem com uma intensidade castigadora, fustigando qual vento gelado o corpo que já desejávamos tranquilo e sanado. Algumas dores nunca serão suportáveis, porque o que sai de nós permanece em nós, até que o que somos deixe de o ser. Algumas dores, como aquelas de que padecem os nossos filhos, poderão deixar num vazio que nunca mais conseguiremos preencher. Algumas dores serão apenas as dores de quem ama alguém bem mais do que a si mesmo...