14.9.18

Haja coração...

setembro 14, 2018 0 Comments
coração                                                                                                                                                                                 Mais


A vida balança-nos, testa-nos e empurra-nos, mais ou menos devagar, para os lugares que escolhermos, porque a verdade é que somos sempre nós a dizer o que desejamos. Se o fazemos de forma clara ou dúbia, isso já é discutível, sobretudo para os visados. 

Andar por "aqui" é uma montanha russa sem paragens e haja por isso coração que aguente. Temos que entender que as subidas serão íngremes e violentas, com umas quantas descidas assustadoras e sem programação, mas no final a paragem chegará de forma suave e a trazer-nos de volta ao ponto de partida.

Haja coração que aguente as loucuras que lhe infligimos, achando que seremos sempre fortes e capazes, porque a verdade é que por vezes esbarramos em muros demasiado duros, acordando de sonhos que mais parecem pesadelos. Haja coração para tanta credulidade, ou ingenuidade disfarçada, a sua função não passa por nos alertar, ele apenas sente e usufrui. Haja coração para os risos que nos negamos e para os choros que já ninguém aguenta.

O que nos serve não nos pode magoar, não deliberadamente e nunca por maldade intrínseca, porque se for realmente bom e nos pertencer, então terá que deixar o coração aos saltos com a intensidade, mas tranquilo com as certezas.  

13.9.18

Somos sempre o modelo certo de alguém!

setembro 13, 2018 0 Comments
E** - Couldn't help converting it into black and white :)  You can also join me at  <a href="www.facebook.com/portraitsbysam">www.facebook.com/portraitsbysam</a>   Thanks in advance

Parece que existe um sapato para cada pé, mesmo que agora as formas já não nos deixem com uma medida segura. 

- Parte de ti vai saber o que fazer para encontrar a outra parte.

Falam assim os supostos sábios, talvez na ânsia de nos impedirem de desmotivar, e atenção que já falo no plural, porque a "desgraça" é cada vez mais colectiva.

Somos sempre o modelo certo de alguém. Será? E o modelo é antecipado, ou apenas encaixado quando surge quem nos acorda? Será que pensamos nos modelos que nos assentam, ou já vamos assentando qualquer um, não esteja a parabólica avariada?

Já tive enormes discussões construtivas acerca da pessoa certa e da minha construção sobre a mesma. Não baixo fasquias, subo-as a cada hora. Não me contento com menos quando tenho direito a mais. Não dou a volta ao contrário porque já sei por onde entrar.

A ser verdade que somos sempre o modelo certo de alguém, vou continuar à espera do meu, se ele se apressar e ainda chegar nesta vida, fine, de contrário teremos uma conversinha na próxima!

12.9.18

Amores grandes versus pessoas pequenas!

setembro 12, 2018 0 Comments


Já percebi que é perfeitamente possível esbarrarmos em pessoas bem mais pequenas do que o amor que as move. Amam muito. Querem tudo e parecem ser capazes de ir atrás do que desejam, mas depois são demasiado pequenas, amedrontadas e inseguras. 
Há um quê de desproporcionalidade entre o que nos faz bem, aparentemente e o que se consegue conquistar. Há trabalho a fazer minha gente. Existem compromissos que deverão ser mantidos, sobretudo quando enquadramos um outro na equação. Mas temos que ser feitos de uma vontade férrea, para tudo e ainda mais para o amor.

Amores grandes versus pessoas pequenas. Que bom seria conseguirmos identificá-las, afastando-as do percurso que apenas colide com o nosso e não parece, não numa primeira avaliação, trazer-nos nada de novo.

Quem é que agora veste as calças neste novo mundo? Quem é que sabe o que quer e o que precisa para o conseguir? Quem é que se foca na guerra, mesmo que vá perdendo umas quantas batalhas? Quem é que se mostra como é, percebendo que a capa eventualmente acabará por cair e que os danos serão muito maiores depois?

As pessoas pequenas não deveriam almejar amores grandes, ou então os amores grandes nunca se lhes deveriam ser dirigidos, ficaríamos todos a salvo!

Tenho falta de toque!

setembro 12, 2018 0 Comments


É um facto, tenho falta de toque e mesmo que não pense nisso numa base diária, a verdade é que não estimulo os abraços, os beijos e o contacto que me levará para além do que sou e tenho!

Sou demasiado cerebral e pragmática, analiso e compartimento tudo, tornando-me quase mecânica, sobretudo quando estou afastada do amor e das relações emocionais. Sou muito intensa comigo, nas exigências que me imponho e deveria cuidar de me cuidar mais, procurando colo e dando menos.

Tenho falta de toque, de beijos intensos e apaixonados, de olhares que se cruzam e permanecem. Tenho falta de um outro lado de mim, aquele que me conforta e assegura de que não estou sozinha e que mesmo no meu percurso, poderei ter quem caminhe comigo, lado a lado. Tenho falta de toque e entendê-lo já é um enorme avanço, quem sabe não me reprogramo e passo a procurar, sem medo de me expor. Tenho muita falta de sentir falta de quem chegará para me assegurar de que não tenho que permanecer assim, sozinha, em controlo de tudo, a fazer tudo e a ser apenas eu, em tudo!

11.9.18

O que é que não posso perguntar?

setembro 11, 2018 0 Comments
♥ENIGMA DO AMOR♥ e o PADRE


Fiquei a pensar na pergunta que aguardava uma outra que supostamente não me iria agradar. O que é que não posso perguntar? Pois, não sei muito bem o que é que não permito que me perguntem, talvez porque eu mesma não seja dada a bombardeamentos, não imediatos. Gosto que as conversas fluam e que as perguntas se encaixem com contexto. Gosto de ir descobrindo e que me descubram, mas detesto, sobretudo ultimamente, repetir-me, recontar, recomeçar e dar-me a conhecer de chofre.

O que é que não posso perguntar? Julgo que agora e depois de pensar no assunto, não vou querer que me perguntem sobre amores passados, porque para lá do que vivo, ficou o que não me pertence mais e por consequência ninguém precisará de saber. Mas será que gostaria de saber de tudo, de todos, do que tiveram ou deixaram fugir? Será que ajudaria na construção de quem me está a chegar? Será que me faz falta, ou pelo contrário impede e afasta?

O que é que não posso perguntar? A mim talvez possam perguntar tudo, mas preparando-se para as respostas, as que irei dar e as que negarei, para me defender do que não me protegeu antes. No entanto sei que não gosto que me perguntem se tenho medo, ou do que tenho medo, sobretudo se o associam às minhas escolhas e recusas, porque há muito pouco que me assuste, tirando a fobia a roedores e aranhas, os seres de 2 pernas não me fazem medo, mesmo que me assuste a imbecilidade e a incapacidade de evoluírem, porque parecem renitentes em aceitar o século 21.

Posso fazer uma pergunta? Ui, já sei que vem coisa! 

10.9.18

Quando o amor certo chega...

setembro 10, 2018 0 Comments
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Quando um amor chega e atropela um outro, previsível, pronto e aparentemente natural, a nossa paz esbate-se a passamos a questionar até o ar que respiramos, sentimo-lo entrar, mas somos incapazes de o expelir convenientemente.

Gostava de te ter visto e sentido antes, muito antes das cartas que já trocávamos, mas com uma finalidade muito diferente da que tenho hoje. Gostava de não precisar de magoar quem me escolheu, afastando a ideia que criou de nós, porque esteve ao meu lado quando precisei e quando precisou de mim, do meu amor e das minhas certezas, já não as tinha, agora eram-te dirigidas, a ti, quem certamente já me pertenceu. Gostava de não precisar de comparar dois homens, dois amores, mas a verdade é que quando nos vimos, eu e tu, depois da vida que tinha e que me corria de forma tão natural, o ontem esfumou-se e passei a não ter qualquer passado sem ti.

Quando o amor certo chega, nada do que nos parecia certo volta a ter lugar. As dúvidas passam a ser a nossa maior forma de certeza, porque nos deixam a pensar no que nos resta, no que nos está reservado e no que ainda teremos que fazer para que tudo resto faça sentido. O teu amor chegou assim, destemido, mas igualmente reservado, como se não acreditasse no que lhe poderia devolver. Gostava de ter gostado de ti antes, vendo-te quando podia ser simples e imediato, mas aparentemente precisei de um outro amor para validar o teu.

Decidir teve um sabor agridoce, mas a única decisão possível teria que passar por ti, já o sabias e foi com o teu sorriso mais aberto e confiante que me recebeste, a espera não poderia ter sido demasiado longa, afinal de contas já não tínhamos mais tempo para gastar, não um sem o outro!

9.9.18

Sabes o que protege o amor?

setembro 09, 2018 0 Comments
F&O Fabforgottennobility

Temos que aceitar esta nossa capacidade, infinita, de sonhar a pessoa certa, querendo que ela chegue no nosso formato. Sabemos mais do que isto, mas escolhemos não saber nada no que toca ao amor, porque a viagem fará tudo valer a pena, até com os sobressaltos inerentes à cegueira temporária. Precisamos de não ver o final, imaginando o que só acontece na nossa mente, porque até poderemos ser dos sortudos e ter tudo na proporção certa. 

Sabes o que protege o amor?

A ignorância. A estupidez que se nos cola, mas chega a ser romântica, porque mudamos até a polaridade dos objectos quando estamos apaixonados. As incertezas que queremos, à força, saber como contornar, saltando etapas, ou adiando umas quantas. O que protege o amor é a escuridão que nos envolve quando parecemos estar a ver de forma clara e o clarão que nos ofusca, porque se soubéssemos quem nos tinha chegado, cada insegurança e defeito de carácter, já não arriscaríamos e fugiríamos do que muito provavelmente teríamos que aprender à força, com as bofetadas que recebemos para que possamos ser plenos e felizes. Se soubéssemos muita coisa, não nos permitiríamos viver, e é apenas vivendo que acumulamos histórias, lugares, amores e momentos que  nos servirão no futuro. 

Sabes o que protege o amor?

Todos os amores que resultam enquanto estamos a amar e por isso esperamos por mais e melhor. Cada desejo de certezas que não poderão existir, não enquanto não soubermos ao que vamos e por que razão. O que protege o amor é a inexplicável vontade de nunca nos afastarmos demasiado dele, sabendo, sem qualquer sabedoria documentada, que um dia o teremos todo só para nós, sem qualquer medida, sendo do peso que o nosso coração e alma aguentarem. O que protege o amor é  a vontade de continuarmos a querer amar, muito e para sempre!