5.4.23

Finalmente a liberdade!

abril 05, 2023 0 Comments



Finalmente a liberdade!

Tomamos por adquirida a liberdade de estar e de ser da forma certa, de cada vez que recebemos alguém no nosso espaço e sempre que esbarramos na parede da maldade intrínseca, percebendo que a única solução passa por arredar quem não serve e não nos acrescenta.

Nada como regressar a "casa", não dispendendo demasiadas energias com quem estará irremediavelmente danificado. Cada um dá o que tem, é uma realidade, mas também é verdade que cada um, eu incluída, só permitirá o que for capaz de aguentar. A liberdade termina onde começar a do outro, mas os sucessivos atropelos, mentiras sem conteúdo e desculpas que não limpam solos conspurcados, por vezes forçam-nos a entrar de rompante nas suas vidinhas pequenas, mas apenas para repôr a ordem e gritar as nossas regras.

Finalmente a liberdade, a minha, e com ela veio o respirar sem as alergias que me fustigam os pulmões na Primavera. Estou tão livre quanto sempre me senti, mas tendo abdicado de alguma da liberdade que me define e delimita fronteiras. Finalmente a liberdade que me vai deixar capaz de restaurar a fé nas almas boas, limpando-me das más. Finalmente a liberdade quando já quase arriscara deixar de ser livre e por consequência menos assumida e feliz. Finalmente a liberdade após alguns desvios de rota.

4.4.23

No final da noite!

abril 04, 2023 0 Comments



No final da noite, de mais uma, percebi que não tinha qualquer valor para quem tanto valorizara. No final dum fim há muito anunciado, aceitei, sem qualquer renitência, ou alguns dos entraves que me auto colocara, que algo teria que mudar. No final duma relação que na realidade nunca o teria sido, fui eu em primeiro lugar e libertei-me das minhas próprias amarras. No final dum percurso bem duro pelas inúmeras lições, decidi escolher outro, aliviando o peso que o desamor provoca. No final ficou apenas o que já antecipara, o NADA que me fará voltar a querer TUDO.

Não quero ensinar nada a ninguém, mas desejo que nunca se impeçam de aprender com o que a intuição tão bem passa. Sou a pessoa mais determinada que conheço no meu círculo de amigos próximos, mas desta vez a minha determinação mostrou-me o lado mais negro da alma, aquela que se esconde da luz que apenas os sentimentos genuínos provocam. Provavelmente teria que o saber e viver, quiçá para melhor o descrever, mas esta era uma das incumbências das quais preferia ter escapado. Seguramente que algo ou alguém mais poderoso do que eu saberia, de antemão, que não seria isto a derrubar-me e que teria como continuar a ser a pessoa com a qual a minha deseja conviver, recomeçando sem mágoas incontornáveis.

No final da noite ficaram as longas horas dum dia sofrido e muito mal vivido. Nada do que me passei deveria ter passado pelo meu percurso de amor, mas também porque nada acontece em vão, percebi que amo da forma certa e que um dia terei a bater no mesmo ritmo, e ao meu lado, quem me olhe e veja verdadeiramente. No final duma noite existirá sempre mais um e outro dia de oportunidades e é por isso que estou pronta para agarrar os meus!

3.4.23

Desde Novembro...

abril 03, 2023 0 Comments



Chegou o mês de Novembro e com ele a minha virada de página. Na minha perspetiva passei a merecer uma medalha de mérito por bom comportamento, mas alguns discordam!

Não raras vezes oiço e leio este discurso, porque sempre existem uns quantos que consideram já saber de que forma melhor tratar os outros, mas fazendo-o baseados não sei muito bem em quê. E o que significa para elas ser uma boa pessoa? Talvez já devesse ser óbvio e intrínseco, no entanto ainda vamos encontrando quem tabele os comportamentos por intermédio de manuais redigidos numa outra língua, quicá em Russo, ou Chinês, que na verdade não domino, mas isso serei eu. 

O que precisaram afinal de ser e de fazer para considerar que o serão da forma certa? Provavelmente acreditam que já analisam tudo com um olhar diferente, pelo menos para elas, mas vão continuar a precisar de ouvir umas quantas opiniões para entenderem de que forma impactam os outros, porque nunca estarão sozinhos nos seus "quadrados". 

Chegou o mês de Novembro, lá atrás, e com ele a minha vontade de apenas ter vontades saudáveis, tentando dar tudo o que me dispus a receber e equilibrando a balança da vida, mas não fui bem sucedido.

Se dói não tem sabor!

abril 03, 2023 0 Comments



Doeu, mas já não duma dor real, foi apenas como que um esbofetear do meu atrevimento. Doeu, mas sobretudo pelo vazio de alma e por perceber que o coração que falou ao meu, não tem nada dentro. Doeu, mas já não tive lagrimas para derramar, senti-me apenas incrivelmente livre, talvez por ter percebido que não me cabe mais nenhum esforço, nem sequer necessidade de incluir quem nunca esteve, não como acredito deva estar quem tem sentimentos supostamente fortes. Doeu, mas foi o ponto final de que precisava para me voltar de novo para mim e fazer apenas o que faço bem.

Será que nos podemos enganar mais do que uma vez? O SIM é grande e redondo, porque a verdade é que nos engaremos tantas vezes quantas precisarmos, até que nos cansemos de ser e de sentir por dois. Será que esbarramos mesmo em quem usa as palavras ao contrário, dizendo apenas o que sabe que precisamos de ouvir? Mais um SIM que me deixa com a sensação de uma burrice que afinal nem tenho, mas que teimei em mostrar. Será que a alguns dos seres que povoam este pedaço de mundo está vedado o amor verdadeiro e que por isso nunca o quererão incluir, mesmo que lhes saiba bem ser amados? Podem dar vocês mesmos a resposta, porque até sei que a sabem.

Se doer faz bem, mas apenas quando cuidamos do corpo, levando-o ao limite para que se supere e melhore. Se doer, no amor, não está certo, nem deverá continuar. Se dói pelas dúvidas, seguramente que nunca irão desaparecer, não, porque precisamos de viver com certezas e não, porque simplesmente deveremos querer e exigir mais, tanto quanto o tamanho que fizemos por ter. Se te doer fecha a porta e acredita que existem umas quantas janelas para abrir.

1.4.23

A vida surpreende-nos sempre!

abril 01, 2023 0 Comments



Nada, mas mesmo nada, alguma vez me levaria a suspeitar do que hoje vivo!

A vida vem e faz o que lhe cabe, porque não controlamos nada, mas viver continuamente como que a fazer desportos radicais, é muito difícil. Já me tinha "resignado" a viver a um ritmo mais lento, começando e terminando os dias sempre à minha maneira e sob os meus termos. Ter quem nos ligue os botões mantem-nos mais vivos, mas também nos testa todos aos limites.

Nada, nem mesmo a vontade de um dia esbarrar num amor que me amasse como sempre soube, me prepararia para a intensidade com que voltaria a amar. 

Tudo foi diferente, a um outro ritmo e com novas condições, mas tudo o que chegou, na forma dum homem sem formato definido, ou por mim conhecido, tem servido para me abanar as estruturas, talvez para que conheça melhor mais uma das minhas versões. Porque pareço ter muitas!

Nada, nem ninguém, alguma vez teria como me convencer dos muitos dias em que esperei pelo que não chegava, dando-me sem condições e sendo descartada até quando achava estar a ser aceite e incluída.

Ainda penso em tudo o que fui pensando quando não estava a pensar claramente e dava, uma e outra vez, mais chances para que me visse, reconhecesse e aceitasse. Não me iludi, em momento algum, achando que a história tomaria outros contornos, mas fui colocando os pés, um em frente ao outro, sem metas definidas e sem sequer saber se terminaria a corrida. Houve momentos em que quis desistir e quase que o fiz, mas aconteceram muitos outros nos quais decidi simplesmente levar tudo até à ponta do precipício, esperando pela decisão de saltar ou de simplesmente parar.

Nada, ninguém e nem mesmo nós, poderia alguma vez sequer imaginar que o dia de hoje iria chegar e que juntos estaríamos a encetar a mesma viagem, amando com igual vontade e aceitando tudo o que nos forçou a mudar.

Acabamos de completar a primeira travessia, seguramente que a mais dura. Parabéns a nós por um ano bem mais desafiador do que os do confinamento e por vezes bem mais doloroso do que as dobradas vacinas que aparentemente não nos puderam proteger. Um ano de aprendizagens, de idas e voltas, mas este já ninguém nos tira.

29.3.23

Não e não!

março 29, 2023 0 Comments



Não estou presa a ti, nem ao que passaste a representar para mim, porque preciso da liberdade que nos deixa livres para escolher. Não poderei ser o teu formato certo se te amar da forma errada e nada em ti se acertará com o que preciso, se continuares a procurar em mim apenas o que já conhecias antes. Não sou de todo fácil, nem sequer previsível, mas sei que te saberei encher e preencher do que nem te atreves a sonhar, porque é de lá que saio todas as noites, dos sonhos, para mudar os nossos dias. Não venho com opção de legendagem, mas explico-me convenientemente para que vejas cada pergunta respondida. Não te amo por camadas, lanço-me inteira e sem rede, acreditando que acabarei a ter o mesmo amor de volta. Não me encolho perante o difícil e dificilmente tornarei a tua fácil tão fácil que te esqueças de querer crescer comigo, lutando pelo que nos distinguirá do passado que nos marcou, mesmo que pela positiva. Não deixarei, em nenhum momento, de usar as palavras que te dirão exatamente o que estou a sentir e que te recordarão, caso te arrisques a esquecer, o motivo pelo qual te escolhi. 

25.3.23

Com a câmara nas mãos!

março 25, 2023 0 Comments



É atrás duma câmara que vejo duma perspetiva que nem as minhas palavras explicam. Descobri que consigo ser várias pessoas, cabendo num único corpo, mas tendo-me de forma diferente até em dias supostamente iguais. Percebi que afinal percebo bem mais do que não explico, mas que o faço por escolha, porque escolhi ter no meu espaço apenas o que me devolve o que sei e consigo dar, até quando pareço não estar a dar nada. É com um olhar novo, até para as coisas de sempre, que me foco em pormenores que nunca serão pequenos, não para mim que preciso de me renovar a cada respirar.

Passar-me por imagens, para quem me souber descortinar, é contar outras histórias, com legendas livres e suportadas pelas cores que me enfeitam a vida e das quais me recuso afastar. Adorava saber desenhar e colorir tudo o que a objetiva me permite eternizar. Se pudesse ter um super poder, seria o de recriar o que já existe, mas à minha maneira, nas minha condições e com a paleta que eu mesma saberia inventar, patenteando-a para que outros a pudessem usar.

É atrás duma câmara que faço por chegar ao mundo que ainda só me foi dado saborear nos livros e em todas as palavras que nunca me canso de usar. É com uma câmara nas mãos que planeio criar as telas que "ainda" não sei pintar, mas que claramente me saberão representar.